26 maio 2014

NO MULTIVERSO ESTAMOS VIVOS E MORTOS - IN THE MULTIVERSE WE ARE ALIVE AND DEAD

MULTIVERSE.

Foi cientificamente comprovada a existência dos universos paralelos, ou multiverso, através das formulações matemáticas da mecânica quântica. Em 1950, o físico americano Hugh Everett desenvolveu a "interpretação de muitos mundos", que confirmava a existência do multiverso — sobreposição quântica de infinitos universos paralelos.

Quando uma possibilidade física é explorada ou observada obtemos, como resultado, o colapso da onda quântica e a divisão do Universo em múltiplos universos. O problema de tentar compreender o Universo é que não temos nada com que o possamos comparar. As soluções para o enigma do Universo, que possuem maior credibilidade, baseiam-se na utilização do método científico aliado à linguagem matemática.

Einstein afirmava que projetar nossas necessidades humanas para resolver os mistérios do Universo não seria o caminho correto, porque o cosmos é indiferente às pretensões humanas. Já Isaac Newton mantinha a concepção de que o Universo era um grande enigma que deveria ser resolvido a todo custo.

MULTIVERSE.

Ao edificar a teoria dos múltiplos universos, Everett precisou responder a uma questão importante: O porquê da matéria quântica se comportar de forma irregular e errática. Assim, ele concluiu que a medição de uma partícula não a forçaria de um estado ao outro, mas sim causaria uma quebra no tecido do Universo, onde ele seria literalmente replicado e dividido em outros universos, cada um carregando o desfecho da medição quântica primária.

Essa descoberta sugeriu que existem leis universais operando de uma forma tão profunda que jamais poderíamos supor que existissem. Quando o observador interage com o objeto quântico, existem dois desfechos possíveis, ou ele comporta-se como uma partícula ou como uma onda. Na perspectiva da teoria quântica avançada o Universo duplicou-se para acomodar os dois possíveis desfechos: onda e partícula.

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Assim, quando o cientista de um dos universos descobre que o objeto comportou-se como uma onda, o mesmo cientista, coexistindo no segundo universo, compreende o objeto observado como uma partícula. Isto fornece a resposta para o paradoxo de existência da partícula quântica em dois estados simultâneos.

No mundo quântico as partículas frequentemente aparecem e desaparecem do nada, certamente elas vão para algum local desconhecido e coexistem em outras dimensões paralelas e interligadas, porém o número de possíveis cenários e hipóteses é infinito.

O conceito de que podemos coexistir em vários universos, ou dimensões paralelas, torna-se plausível na medida em que constatamos sermos feitos da mesma matéria quântica que compõe toda a Criação. A ideia em si é bizarra, e sua aceitação carrega implicações religiosas e científicas profundas, quando são filosoficamente enquadradas, pois vivenciaríamos um choque existencial.

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Pode parecer estranho, mas a teoria dos múltiplos universos trará sérias implicações existencialistas para o ser humano, pois a nossa percepção do mundo será modificada pela aceitação dos universos paralelos. Por exemplo: sabemos que a reação à observação resulta em vários cenários possíveis, quando o Universo divide-se para acomodar os diversos resultados.

Desta forma, podemos teorizar que se a morte fosse um dos possíveis desfechos para alguém que permanecesse vivo no universo original, esta pessoa, no universo paralelo, poderia encontrar sua morte. Esta é apenas um das razões que tornam a interpretação do multiverso extremamente perturbadora.


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