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06 junho 2014

ALÉM DA OPERAÇÃO OVERLORD, O DIA D - BEYOND THE OVERLORD OPERATION, D-DAY


OVERLORD-OPERATION

No dia 06 de junho de 1944 foi lançada a Operação Overlord, o plano militar dos aliados americanos, britânicos e canadenses para deter a dominação mundial iniciada pelas forças do Eixo, compostas pelos alemães, italianos e japoneses. A invasão Aliada, conhecida como o Dia D, envolveu 500.000 tropas de assalto que cruzaram o Canal da Mancha (English Channel) embarcadas, culminando com a invasão da Normandia, noroeste da França. Simultaneamente, várias divisões Aliadas baseadas na Itália atacaram a França pela região sul. O número de mortos e feridos entre os Aliados, somente no Dia D, alcançou a cifra de 200.000 vítimas.

Os Aliados foram bem sucedidos na campanha e derrotaram as unidades do exército de ocupação na França. Em 25 de agosto de 1944, as tropas americanas libertaram a cidade de Paris. Discursando pelo rádio a partir da Inglaterra, o general Charles de Gaulle conclamou o povo francês a apoiar seus salvadores. No mesmo ano, os Aliados continuaram a forçar o recuo das forças alemãs na Europa Ocidental. Em 8 de maio de 1945 celebrou-se o dia da vitória, a rendição do inimigo, e a Segunda Guerra Mundial chegou ao fim. Com um saldo de 100 milhões de mortos, a metade de civis, a Segunda Guerra Mundial é considerada a maior tragédia da história da humanidade.

WWIII

Atualmente os preparativos para a próxima chacina, a Terceira Guerra Mundial, estão em ritmo acelerado. A perda de vidas na Segunda Guerra parecerá irrisória se comparada com as bilhões de vítimas da nova guerra tecnológica. Bases móveis de mísseis, portando ogivas nucleares táticas, estão sendo secretamente instaladas em Cuba e nos países comunistas da América do Sul. Submarinos chineses e russos, utilizando a tecnologia stealth e indetectáveis por meios convencionais, já patrulham as águas territoriais dos EUA e das nações do pacto-atlântico, a OTAN. Todos estão de prontidão, apenas aguardando pacientemente o comando final para o ataque surpresa.

Este é o momento mais perigoso para a humanidade, pois o mundo será envolto na maior confrontação militar da história. A União Eurasiana, o novo "Eixo do Mal", do qual fazem parte as cinco potências nucleares: China, Rússia, Coréia do Norte e Paquistão, somadas às nações islâmicas espalhadas pelo mundo, já estão se preparando para a guerra definitiva contra os EUA, a OTAN e as forças aliadas da Confederação Euro-Atlântico. A implosão deliberada da economia dos EUA e das nações que compõem a União Européia, objetivando desestruturar o sistema financeiro global, é parte da Agenda 21 que foi implementada logo após a Segunda Guerra.

TERCEIRA-GUERRA-MUNDIAL

A Terceira Guerra mundial terá início através da confrontação entre os EUA e a Rússia, seguido de um breve cessar-fogo. Neste ínterim, a despeito das proibições aprovadas na Convenção de Genebra, serão usadas armas biológicas e, posteriormente, as temidas armas secretas. Os cientistas e pesquisadores criaram armas radicais que desafiam qualquer perspectiva de sobrevivência no campo de batalha. Tecnologias avançadas foram usadas nestes artefatos. Inovações no armamento atômico, como a miniaturização e portabilidade, já são uma realidade. As novas armas escalares, gravitacionais e a laser também aguardam sua estréia no cenário das batalhas.

O armamento mais impactante será composto pelas armas escalares e gravitacionais. Seu desenvolvimento representou um salto qualitativo na forma de aniquilar um exército inimigo e destruir seus equipamentos. As armas escalares resultam do aperfeiçoamento do pulso eletromagnético, pois seu poder de fogo pode ser direcionado para o alvo. Já o armamento gravitacional pode incrementar a gravidade de forma absurda e tornar o alvo dezenas de vezes mais pesado, seja homem ou máquina, causando sua destruição ou bloqueio. Um soldado atingido pela intensa gravidade ficaria imobilizado ou seria transformado numa massa disforme.

ARMADEDOM

O ser humano caminha para o estágio final da auto-destruição. As profecias relatam que Gogue, cujo número de guerreiros contar-se-á como os grãos das areias do deserto, será um déspota soberano que surgirá do Oriente para protagonizar a batalha final. Nesta passagem profética fica explícito seu poder de incitação: "Ele irá sussurrar nos ouvidos dos líderes, e aliciá-los, para que unam seus exércitos contra a humanidade". Gogue está claramente identificado na profecia como proveniente da terra de Magogue, região onde situa-se a atual Rússia. Desta forma, podemos supor que o personagem Gogue será o comandante da União Eurasiana e o responsável pela guerra que aniquilará metade da humanidade, a Batalha do Armagedom.



07 março 2014

CARTA DE UM COMANDANTE DA AVIAÇÃO BRASILEIRA - LETTER FROM A BRAZILIAN AVIATION COMMANDER


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Para você entender o que é a aviação no Brasil, deve partir da seguinte idéia. Imagine-se dirigindo um carro BMW luxuoso no meio de um safari na África. É mais ou menos assim que um aviador percebe-se voando pelo Brasil. Você tem uma tecnologia de ponta dentro do seu avião e um sistema precário e ultrapassado à sua volta, e vou explicar o porquê.

Os atrasos no Brasil têm características incomuns comparadas às do mundo civilizado. Quando há nevoeiro, somente Guarulhos conta com um sistema mais preciso para pouso por instrumentos, conhecido como "ILS categoria 2". Curitiba também tem esta vantagem, mas o absurdo é que colocam o sistema em manutenção exatamente na época de nevoeiro. Vergonhosamente, os aeroportos de Porto Alegre, Florianópolis e Confins não têm esse sistema, portanto sempre fecham por causa de nevoeiro. Manaus, que tem uma localização extremamente estratégica e que sempre tem nevoeiro, também não conta com o sistema ILS. Detalhe: nos EUA mais de 100 aeroportos usam o "ILS categoria 2", fora os de categoria 1 e 3.

Se você, passageiro, está indo para Porto Alegre, fique sabendo que seu avião não pode alternar para Florianópolis caso o aeroporto de Porto Alegre esteja fechado. Florianópolis tem um vergonhoso pátio para apenas cinco aviões, lembrando que, no verão, Florianópolis recebe mais de 150 vôos de fretamento além dos regulares. Este aeroporto, vergonhosamente não tem taxway, a pista para a aeronave taxiar até a pista principal, sendo necessário que a aeronave faça uso da pista principal, gerando um espaçamento maior entre as aeronaves que se aproximam, ou seja, ocasionando atrasos.

Se está chegando a São Paulo o problema é parecido. Guarulhos está sempre com o pátio lotado, assim como Vitória e Confins. O Galeão e Congonhas também encontram-se nesta situação, com o pátio lotado. Quem tem o Galeão como alternativa de pouso às vezes escuta um "negativo" do controlador ao alternar para aquele aeroporto. Se estava no plano de voo que o Galeão seria o "alternado", e se o controlador aprovou o plano antes de decolar, isso significa que é uma questão de lei e que deve ser cumprida, e não de conveniência de pátio.

Voar no Nordeste é mais tranquilo por haver menor tráfego de aeronaves, porém lá existe outro problema. O controle de tráfego aéreo tem o desserviço de contar com as aeronaves militares fazendo treinamento, o que consequentemente gera atrasos de aproximadamente mais de 20 minutos nas decolagens, o que desencadeia um atraso bem maior quando essas aeronaves chegam atrasadas ao sul do Brasil. Na regra internacional uma aeronave em instrução militar tem preferência sobre aeronaves civis em pousos e decolagens.

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Mas se o País quer adotar regras internacionais ao pé da letra, que construam bases militares específicas para a atividade militar! Lembrem-se que aqui é o Brasil e não a Europa ou os EUA, onde os aviões são sequenciados para pouso com separações de 4 km entre aeronaves. No Brasil o espaçamento entre aeronaves é de 8 Km e, no caso de Florianópolis, chega a 20 km por aeronaves por falta de taxway.

Saibam que todo piloto brasileiro se sente mais seguro voando nos EUA, Europa e Ásia do que voando no Brasil. Fato decepcionante, mas vou explicar o motivo. Aqui no Brasil existe a regra de que "a menor distância entre dois pontos é uma curva". Você sabia que quando parte do litoral brasileiro e vai pra São Paulo você voa em curva? É necessário passar por cima do Rio de Janeiro mas poderia ser direto via Minas Gerais. Esse contorno do litoral gera em cada voo pelo menos 1000 litros a mais de combustível consumido.

Nos EUA não existe mais aerovia, somente proa direta para o destino. Lá eles têm acordos com as ONG´s e entendem que quanto menos tempo um avião ficar no ar menor é o efeito no afamado aquecimento global. Se fosse aqui, no Brasil, seria o equivalente a você decolar de Salvador e o controlador autorizar proa direto para São Paulo. Mas não, são 1000 litros de combustível de aviação desperdiçados, sendo queimados na cabeça dos cariocas a cada 2 minutos. Deixe o Greenpeace saber disso!

A desculpa não pode ser a separação de fluxo aéreo, já que os EUA são maiores que o Brasil e o fluxo aéreo americano é cinquenta vezes maior que o do Brasil. O que o Brasil voa em horas de voos em 50 dias os EUA voam em apenas um dia. Poderia ser pior se nevasse no Brasil, pois aí sim a desorganização aérea seria uma catástrofe diária e permanente.

Mas não coloco a culpa nos controladores, pois a culpa não é deles. O sistema brasileiro é arcaico e precário. O salário deles é baixo e cheio de "concurseiros" sem compromisso com o seu trabalho. Alguns são sérios e dedicados, porém não têm condições dignas  de trabalho. Apenas um controlador cuida de várias regiões do País e todos sofrem muita pressão para, no final das contas, serem menos eficientes que os controladores americanos, europeus e asiáticos.

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Outro dia ouvi um controlador se despedindo no rádio porque tinha passado em um concurso melhor. Isto é vergonhoso para um país que pretende ser do "primeiro mundo", mas desejei a ele sucesso e espero que esteja feliz no emprego bem remunerado que tem agora. Talvez ele não tenha sido valorizado como deveria.

Eu, como piloto de linha aérea, digo sem exagero que voar no Brasil hoje é como estar voando numa espécie de alerta vermelho, quando o acidente está bem próximo de acontecer. Ao decolar não significa que temos a certeza de pousar no destino nem no aeroporto de alternativa. Outro dia, cinco aeroportos estavam literalmente fechados por falta de pátio. Confins, Galeão, Vitoria, Guarulhos e Campinas. Assim, você tem que decolar de Brasilia para São Paulo com combustível suficiente para alternar para Salvador!

Isso irá tornar a aviação brasileira inviável, sem mencionar a venda de nossas companhias aéreas para países vizinhos, em decorrência das altas taxas de impostos sobre as mesmas. Por isso, para sobreviverem no mercado, submetem-se a parcerias miraculosas, inclusive mudando a sede da empresa para países vizinhos para se livrar dos impostos absurdos daqui, ou seja, irão agora pagar impostos em outro país. Por que será? Porque aqui não há incentivo. Há falta de estrutura e falta de lucidez, e isso é que eu chamo de "entregar a soberania nacional".

Soberania não é somente colocar militares nas fronteiras. O País nunca foi tão próspero, mas o problema é que nossos governantes ganham eleições por saberem aparecer e ainda têm mentalidade medíocre. São vendidos. Basta colocar dólares na mão deles, ou falar com um pouco de sotaque, que eles entregam tudo.

Voei muito na Amazônia e garanto que depois daquilo virar um deserto ninguém mais vai querer assumir. O desmatamento está na razão de um campo de futebol por segundo! Hoje só fazem hidrelétricas por causa do apagão de 2002, mas esses "apagões" na aviação irão se repetir pelos próximos 20 anos. Lembre-se que a Copa do Mundo e as Olimpíadas serão em época de nevoeiro.

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A Infraero já arrumou duas soluções típicas dos brasileiros. A primeira foi tirar os bancos dos transportes aeroviários, para dar mais espaço, de forma que os passageiros possam viajar em pé. A segunda foi liberar a internet Wi-Fi de graça, como um "cala-boca"  para amaciar seus usuários, agora um bando feliz.

Hoje a aviação brasileira é realmente uma surpresa diferente a cada dia, "a mess", uma bagunça, como definiu um piloto europeu há alguns dias, e garanto a vocês que ser pego de surpresa na aviação tem consequências trágicas. Solução? Primeiro de tudo é que os políticos devem começar a pensar como pensam os governantes das nações desenvolvidas ou a solução é alugar o Brasil.

Os EUA, Europa e Ásia constroem aeroportos para atender uma demanda que só terão daqui a 20 ou 30 anos, e com pátio suficiente para estacionar mais de 100 aviões de grande porte juntos. Isso é bem diferente dos puxadinhos brasileiros, que nem dão conta da demanda atual.

Enquanto você lê esta carta, na Índia estão sendo construídos mais de 10 aeroportos maiores que o de Guarulhos. Na China são mais de 70 sendo construídos. Os 3 países, China, Brasil e Índia, fazem parte do mesmo grupo denominado BRIC, que ainda inclui a Rússia e a África do Sul. Entre estes cinco parece que só o Brasil ainda não acordou.

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Já é um absurdo os aeroportos brasileiros não terem metrôs. Os estrangeiros quando chegam aqui e não veem metrôs nos aeroportos brasileiros acham que é uma piada, até entenderem que não existe mesmo. Em qualquer aeroporto no estrangeiro tem uma linha de metrô para atender os passageiros.

Que país é esse? O brasileiro se espelha muito nos EUA, porém o povo americano sabe exigir de seus governantes e por isso o governo não espera ser pressionado pra poder começar a fazer algo de útil.

O povo brasileiro só sabe reclamar. Só não sabe reclamar para a pessoa certa, ou órgão "competente" certo. Reclama para o vizinho e com o amigo, mas quase ninguém entra no site do Senado ou da Câmara dos deputados pra enviar emails, para reclamar do seu político votado ou pelo menos para saberem o que eles estão fazendo, além do que "já sabemos".

É muito fácil ir aos Estados Unidos passear, fazer compras e voltar, falando que lá é o máximo e aqui é o fim do mundo. De fato são décadas de atraso, porém lá o povo é mais consciente com relação ao que seus políticos estão fazendo com o dinheiro público, e a burocracia no país deles praticamente inexiste se comparada ao nosso.

No Brasil a ANAC leva 30 dias para emitir uma carteira de aeronauta, gerando assim uma queda no salário dos pilotos e comissários, além de prejuízo também para os empregadores. Quem vai pagar essa conta, a Anac, o Governo Federal? Nos EUA a mesma carteira é emitida em apenas uma hora pela FAA. Sem esquecer que no Brasil a ANAC administra um universo de 20 mil pilotos comerciais, enquanto nos EUA são mais de 600 mil.

Nos EUA, poucos empregos no setor público têm estabilidade. Talvez seja por isso que o funcionário público trabalha mais e tem mais eficiência, pois trabalha em função do próximo e pede desculpa se atrasou, tratando muito bem o contribuinte, mesmo que seja um latino-americano, um brasileiro. No mais, boa sorte a todos nós, e que Deus nos proteja!