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22 agosto 2020

A MATANÇA DE CRISTÃOS - THE KILLING OF CHRISTIANS

MATANÇA-CRISTAOS

Na época do Império Romano os cristãos suportaram ciclos regulares de perseguição, como na época do incêndio de Roma, em 64 AD, quando o imperador Nero culpou-os pela tragédia. Porém o autor do incêndio foi o próprio imperador, pretendendo contornar os poderes decisórios do Senado para reconstruir uma 'Nova Roma' a seu bel-prazer.

21 setembro 2016

PENSAMENTOS CRISTÃOS - CHRISTIAN THOUGHTS

CHRISTIAN-THOUGHTS

Jesus perguntou aos apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu sou? " Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". E Jesus respondeu: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não te revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos Céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela".

Porém, a afirmação de Jesus: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja", baseava-se na resposta de Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", e não na pessoa de Pedro. Jesus não criou um trocadilho com os termos pedra e Pedro — palavras gráfica e sonoramente diferentes no grego original do Novo Testamento. A revelação de Deus ao apóstolo Pedro, o seu reconhecimento da Divindade de Jesus, é que fundamentaria a futura Igreja, da qual Jesus Cristo seria a rocha, a pedra angular, pois sem Ele não existiria o Cristianismo.

Desde que creditaram ao apóstolo Pedro o status de primaz na religião Católica, a hierarquia papal perpetuou-se até nossos dias. Mas São Pedro não ajustar-se-ia ao padrão dos papas da era moderna, pois nunca permitiu que fiéis se curvassem em sua presença nem exaltou o título de "Pai" (páppa, em grego). São Pedro não legou sua liderança na primitiva Igreja Católica, pois seria impossível que qualquer sucessor fosse uma testemunha viva do Cristo ressuscitado.

CHRISTIAN-THOUGHTS

Durante o primeiro século da Era Cristã, os princípios e dogmas da recente Igreja Católica foram protegidos com fervor pelos Primeiros Cristãos, os únicos mantenedores dos Ensinamentos de Jesus. No século II, a presunção dos novos cristãos romanos permitiu a interpretação pessoal e seletiva dos Ensinamentos e do Novo Testamento, quando o consequente desvirtuamento atingiu níveis inimagináveis. No século III, o imperador romano Constantino incorporou o Cristianismo à sua sede de poder e a alteração da Palavra de Deus alcançou proporções irreais.

Constantino atribuiu ao Deus Cristão a vitória sobre o imperador tetrarca Magêncio durante a Batalha da Ponte Mílvio (312 d.C.), alegando que no dia anterior sonhara com uma cruz que trazia os dizeres "in hoc signo vinces" (por este sinal vencerás), levando-o a gravar o símbolo da cruz nos escudos dos soldados das suas tropas. Entusiasmado com a ajuda divina, Constantino incrementou sua cruzada pelo poder até destronar a tetrarquia romana em 324 d.C., quando alçou-se à posição de imperador único do Império Romano.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

Quando pensamos sobre a existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e como a união destas três divindades distintas formam um só Deus — Mistério da Santíssima Trindade —, podemos compreende-la melhor se fizermos uma analogia com a dinâmica do Espaço-Tempo de Friedmann, o intervalo decorrido desde o Big-Bang a partir do qual os eventos cosmológicos sucederam. Quando analisamos a divisão do tempo em passado, presente e futuro, vemos que mesmo servindo a propósitos diferentes as partes formam um todo, unindo-se na mesma dimensão temporal.

Os apóstolos perpetuaram os Ensinamentos de Jesus, agora a única filosofia necessária para nortear a humanidade. A riqueza dos fatos que estes biógrafos de Jesus Cristo nos legaram está ao alcance de qualquer ser humano, e não precisamos de intermediários para conhecê-los, pois o único mediador entre a humanidade e Deus Pai é Seu Filho, Jesus Cristo: "Peçam e lhes será dado, busquem e encontrarão, batam e a porta lhes será aberta; pois todo o que pede, recebe, o que busca, encontra, e àquele que bate, a porta será aberta."

Na hierarquia da verdadeira Igreja de Deus primeiro estabeleceram-se os apóstolos, em seguida, os profetas, depois, os mestres e os que realizavam milagres através inspiração divina — aqueles que têm o dom da cura e prestam ajuda aos necessitados, como os nossos Santos Pio de Pietrelcina e Pio X, entre outros guardiões da Fé Cristã. São Pedro não tinha mais autoridade do que os outros apóstolos, pois todos carregavam o poder de ligar e desligar na Terra e nos Céus, mas sempre guiados pelo Espírito Santo. A fraseologia "ligar e desligar" significa declarar permitido ou proibido segundo a Palavra de Deus.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

Os discípulos de Jesus precisavam dar continuidade ao Seu trabalho entre a humanidade, e divulgar Seus Ensinamentos era a prioridade máxima. Eles possuíam a autoridade cedida por Deus para efetuar milagres e permitir que outros discípulos também realizassem estes acontecimentos inexplicáveis pelas leis naturais, beneficiando aqueles que mereciam esta dádiva de Deus. Os milagres de Jesus sobre a natureza eram o prenúncio da vinda do Reino de Deus entre os homens, anunciando que o poder Divino de Jesus Cristo estender-se-ia muito além da existência humana.

Após a morte, só acessaremos o local onde beneficiam-se os recompensados pela presença de Deus se formos merecedores. Nossos destinos são fixados na hora da morte e qualquer ação posterior não pode alterá-lo, pois cada ser humano será contemplado pelo que fez e nada poderá ser alterado por outrem. Pode-se orar por outro cristão, mas isto não comutará sua pena pela recompensa. Somente Deus pode perdoar e todos podem orar para que Jesus Cristo perdoe nossos pecados. O pecado é um ato contrário à Lei Eterna, uma ofensa a Deus que atenta contra a solidariedade e a natureza humana.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

No fim do sábado, quando despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro onde Jesus Cristo jazia. Repentinamente houve um terremoto, quando um anjo do Senhor desceu do Céu. Ele suavemente removeu a pedra que guardava o sepulcro, e assentou-se sobre ela. O aspecto deste anjo era sublime, como o de um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. Os soldados romanos que mantinham a guarda ficaram amedrontados e assombrados, até quedarem-se como mortos.

O anjo dirigiu-se às duas mulheres, dizendo: "Não tenhais medo, pois sei que buscais Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas Ele não está mais aqui porque ressuscitou como havia predito. Venham, e vejam o local onde Nosso Senhor Jesus jazia. Sigam pois, imediatamente, e digam aos Seus discípulos que Seu Mestre já ressuscitou dentre os mortos. Ele vai adiante de vós, para a Galileia, sigam o caminho, que lá o encontrarão".

Os apóstolos também partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus designara dias atrás. Ao chegarem, Jesus aproximou-se e disse: "Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, Amém".




30 agosto 2016

O INÍCIO DA IGREJA CATÓLICA - THE BEGINNING OF THE CATHOLIC CHURCH

BEGINNING-CATHOLIC-CHURCH

A Igreja Católica é a mais antiga instituição religiosa no mundo desde que, perseguidos pelo Sinédrio, denominação da suprema corte judaica em Jerusalém, os primeiros Cristãos desvincularam-se das sinagogas e fundaram a Igreja Primitiva e, em seguida, nomearam-na como Católica (Universal) — a origem é a palavra grega Katholikos latinizada para Catholicus. A Igreja Católica invocou o princípio da universalidade desde o início, pois aceitava todos em suas congregações, sem distinção de credo ou raça. No meado do primeiro século, os fiéis foram isentos de obedecer à antiga Lei mosaica, conforme resolução do Concílio de Jerusalém (50 d.C.), o primeiro concílio da Igreja Católica.

O Cristianismo floresceu na atmosfera político-cultural do Império Romano, onde o paganismo e a apocrifia eram parte das normas sociais e morais. Assim, durante os três primeiros séculos, os Cristãos foram perseguidos por professarem o Cristianismo, religião contrária à veneração do imperador e seus deuses. Isto foi considerado uma afronta ao poder do Estado e as perseguições aos Cristãos tiveram início. As mais cruéis foram as elaboradas por Nero César, em 100 d.C., Trajano Décio, em 249 d.C., Públio Valeriano, em 260 d.C. e Valério Diocleciano, em 305 d.C., considerada a mais sangrenta da história, porque seu objetivo era o extermínio total dos Cristãos e o fim da Igreja Católica.

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O início do século IV foi um período de paz graças ao Édito de Milão, quando o imperador Constantino vetou oficialmente toda a perseguição aos Cristãos e à Igreja Católica. No decurso deste século, o Cristianismo passou a ser tolerado pelo império romano e a doutrina cristã professada com liberdade, acabando por tornar-se a religião oficial do império romano. Finalmente, no final do século, o Imperador Flávio Teodósio convocou as assembleias dos bispos e instaurou vários concílios, permitindo à Igreja organizar seu conjunto de inter-relações sociais.

Em 381 d.C., o Primeiro Concílio de Constantinopla foi convocado por Teodósio I, para debater as heresias do arianismo, ideologia do padre Ário de Alexandria, Egito, e atestar a natureza, a humanidade e divindade de Jesus Cristo, confirmando o dogma da Trindade Divina. Em 431 d.C.Teodósio II realizou o Concílio de Éfeso. Este foi conduzido em uma atmosfera de confronto e recriminações, onde o nestorianismo e o sabelianismo foram declarados heresias.

Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, pois Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas. Também negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza Divina.

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O Catecismo de São Pio X disserta sobre a doutrina católica e confirma sua profunda relação com os Ensinamentos de Jesus, e como estes nos orientam sobre o caminho da Salvação e do Reino de Deus. As partes mais importantes e necessárias da doutrina são: o Credo, o Pai Nosso, os Dez Mandamentos e os sete Sacramentos. Jesus Cristo é o personagem central do Cristianismo, e veio anunciar a Salvação da humanidade pela Vontade de Deus. Ele é o Filho Unigênito de Deus e a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. É o Único e Verdadeiro Mediador entre Deus e a humanidade.

Os dogmas do Cristianismo professam que a Salvação da humanidade originou-se da Graça Divina e da Paixão de Jesus Cristo. Este supremo sacrifício foi um ato de submissão à Vontade e ao Infinito Amor de Deus, objetivando a Salvação da humanidade. É fundamental que a adesão à Fé Cristã, a crença em Jesus Cristo e Seus Ensinamentos, ocorra de forma espontânea, porque a liberdade humana, um dom divino, é autônoma perante o Criador. A Fé Cristã transmuda-se na caridade e no amor ao próximo, e para que isso suceda, devemos levar uma vida espiritual elevada.

INICIO-IGREJA-CATOLICA

Jesus Cristo ensinou que a suprema felicidade só é alcançável pelos Santos e justos no Reino de Deus, e que temos nascer novamente para fazer parte Dele. Ele também ensinou que a Graça e a Misericórdia Divina eram superiores ao pecado e ao mal absoluto, e que o arrependimento sincero dos pecados e a Fé em Deus podem salvar nossas almas. Instruiu como um Cristão pode fazer parte do Reino de Deus, Um Reino que está entre vós, disse Jesus. Ele viveu de acordo com os princípios que ensinava e legou exemplos claros de como alcançar a Glória de Deus.

Mas, o que Jesus quis dizer quando afirmou que o Reino de Deus está entre vós? Tertuliano, um escritor da Igreja primitiva, respondeu: "Entre vós significa em vossas mãos ou em vosso poder. Se cumprir os Mandamentos e fizer o bem, qualquer pessoa pode entrar no Reino de Deus, mas só se assumir o compromisso exigido".


Jesus estava divulgando algo maravilhosamente novo e revolucionário. Não era somente um novo reino, como todos que existiram na Terra e desapareceram, mas um Reino com outra natureza que não era deste mundo. Um Reino totalmente diferente, que ninguém jamais tinha ouvido falar. Um Reino que está entre vós...Jesus estava descrevendo um Reino de Verdade, o Reino de Deus.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU


20 outubro 2014

OS CRISTÃOS E A IGREJA ATUAL - CHRISTIANS AND THE CHURCH TODAY


CHRISTIANS-CHURCH-TODAY

As verdades contidas nas Escrituras estão em conformidade com a vontade de Deus mas, atualmente, só nos resta a submissão ao controle das diversas denominações ou seitas cristãs que desvirtuam a Palavra de Deus para arrebanhar fiéis e aumentar o faturamento das instituições. Com este intento, os Ensinamentos de Jesus são interpretados de forma aleatória pelos sofistas especializados em pregar a palavra de Deus.

Os fiéis, desavisados, depositam sua confiança em qualquer seita cristã e a maioria frequenta as igrejas evangélicas. Mas qual a idoneidade destes novos formadores de opinião que manipulam as Escrituras em proveito próprio? É certo que uma agremiação não terá um maior entendimento da palavra de Deus do que outra, e não sabemos se realmente conhecem o que os apóstolos nos repassaram.

Visto que as interpretações metafísicas não podem ser desvendadas pela razão, o legado dos primeiros Cristãos pode nos ajudar. Seus escritos não foram inspirados por Deus e os escritores da Igreja primitiva não os elevaram ao mesmo nível das Escrituras. Se pudéssemos conhecer o que os Cristãos do final da época apostólica acreditavam, seria um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro.

CRISTAOS-IGREJA-ATUAL

Estes primeiros Cristãos nortearam suas vidas e crenças pelas práticas que herdaram dos apóstolos e não se dividiram em diferentes ramificações cristãs, como as atuais, pois concordavam e não discutiam pontos faltantes na metodologia cristã — não aceitaram que a diversidade abalasse a Fé em Deus. Ainda que intransigentes quanto à obediência a Jesus Cristo, foram flexíveis para debater suas dúvidas sobre as questões não resolvidas.

Os Cristãos atuais afirmam que vivemos numa era de prosperidade material, onde os milagres e bençãos ocorrem em abundância. Mas porque Deus entregou a cruz da aflição para os primeiros Cristãos e um mundo de benesses para nós?

A Igreja Católica na época do cristianismo híbrido constantiniano, creditava seu rápido desenvolvimento à benção de Deus. Devemos recordar que a Igreja cresceu exponencialmente depois da conversão do Imperador Constantino. Será que Deus realmente aprova nossos métodos atuais ou será que nos percebe como a igreja-estado criada por Constantino?

CRISTAOS-IGREJA-ATUAL

A Igreja do quarto século utilizou métodos humanos para construir templos luxuosos que não comprovaram sua eficácia em "edificar" uma Igreja mais justa. Os Cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual porque não temeram desafiar as autoridades e os valores do mundo antigo. Sua filosofia não era um conjunto de regras, mas uma maneira inovadora de servir a Deus.

No entanto, os novos-cristãos constantinianos esqueceram como interpretar os Ensinamentos de Jesus e propuseram melhorar o Cristianismo usando os recursos do mundo. Mas não melhoraram, e sim destruíram seu coração!

A atual Igreja Católica ainda celebra sua união com o Estado e ainda cremos que podemos melhorar o Cristianismo utiliizando métodos humanos. Mas o verdadeiro Cristianismo não retornará até que voltemos à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação dos primeiros Cristãos. A Igreja deve divorciar-se do mundo, um tipo de divórcio que teria a bênção inequívoca de Deus.

Onde está a cruz da abnegação e do sofrimento, o estandarte da Fé e do amor que carregavam os primeiros Cristãos? Ficaram esquecidos e largados nas ruas empoeiradas de Niceia. Mas não é demasiado tarde para nós, Cristãos, pois a Santa Igreja pode voltar e recolhê-los, levantá-los e novamente elevá-los em honra à Jesus Cristo, o Filho de Deus.



23 junho 2014

HERESIAS DO PASSADO - HERESIES FROM THE PAST

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Quando olhamos para o período pré-constantiniano constatamos que ele se apresenta um tanto obscuro. É muito difícil obter informações específicas sobre o cotidiano dos Cristãos na sua Igreja, desde que muitos dos seus escritos e edificações foram regularmente destruídos. Sabemos mais sobre os conceitos teológicos do que a Fé ou a vida litúrgica do Cristianismo primitivo. Este período pode ser denominado como um ponto cego da história Cristã, pois foi o que teve o menor número de fontes históricas primárias preservadas. Existiam inúmeras fontes sobre o Cristianismo do Novo Testamento mas, em seguida, as luzes se apagaram.

Metaforizando, podia-se ouvir os sons abafados de uma grande luta nos bastidores da Cristandade. O Cristianismo e as culturas judaica, romana e grega chocaram-se de frente no campo de batalha ideológico das crenças e estilos de vida, até que o mundo grego sobrepujou os demais. Como consequência, o cristianismo judaico foi revisto para torná-lo mais atraente e apelativo para o público grego. Séculos mais tarde, quando as luzes se reacenderam, podemos dizer que alguém rearranjou toda a "mobília" do Cristianismo, tornando-o muito diferente do que era nos seus primórdios.

HERESIAS-PASSADO

O antigo Cristianismo não mais existia e, em seu lugar, surgiu uma nova entidade recriada e antagônica, o cristianismo helenizado. A helenização do Cristianismo é um fenômeno amplamente reconhecido pelos estudiosos da história Cristã. Refere-se à imposição da cultura e filosofia grega sobre as culturas do Oriente. O resultado foi uma síntese do Oriente com o Ocidente, um caldeirão de cultura popular que permeou por todo o mundo da época. Entretanto, na esfera religiosa, a síntese significou um compromisso e, nos termos do Evangelho de Deus, o compromisso com as crenças e apostasias populares traduziu-se como heresia.

Em 312 d.C., o imperador romano Constantino criou a igreja-estado e satanás instalou seus ministros nesta "nova igreja". Os Apóstolos já estavam mortos há séculos e o reescrito Novo Testamento, como o conhecemos, já espalhara-se pela população Cristã. A igreja-estado foi criada pelos romanos para os romanos, os quais editaram e controlaram a distribuição das Escrituras, excluíram da sua história vários Santos de Deus, assim como apóstolos e profetas. Esta "nova igreja" foi formada em conluio com a monarquia e o governo civil, que usaram seu poder intimidador para fazer valer suas visões religiosas e angariar riquezas para o clero.

HERESIES-FROM-PAST

Esta igreja apóstata substituiu a Igreja primitiva do primeiro século e pregou seu ideário humano inserido nas Escrituras. No século II d.C., compiladores heresiarcas como o assírio Taciano e Marcião de Sínope tiveram a ousadia de reescrever o Evangelho de Deus, acrescentando e obliterando trechos que não eram do "seu agrado". Esta heresia explícita, que negou o princípio da Revelação transformando-o no intelecto humano, pretendeu destronar Deus da Sua Igreja e substituí-Lo pelo homem. Sendo um subproduto do homem e auto-idolatria, estes novos credos representaram uma abominação ao Senhor. O mal que disseminou-se no mundo atual é consequência das heresias do passado.


19 junho 2013

BABILÔNIA, A IGREJA ABOMINÁVEL - BABYLON, THE ABOMINABLE CHURCH

BABILONIA-IGREJA-ABOMINAVEL

O termo abominável era usado no Antigo Testamento para descrever "tudo que é ofensivo a Deus". Lemos em Daniel que a abominação da desolação era tão ofensiva a Deus que a sua presença no Templo fazia com que Ele se afastasse, deixando o santuário desolado. As traduções do antigo hebraico para "abominação" são normalmente associadas a qualquer idolatria ou desvio sexual.

A palavra igreja, ou "edah", na forma hebraica, e "ekklesia", em grego, carregava um significado mais amplo. Referia-se a uma assembléia, congregação ou associação de pessoas reunidas para compartilharem as mesmas lealdades. Assim, o termo não era necessariamente restrito às associações religiosas, pois em Atenas, os gregos usavam o termo "ekklesia" para denominar a assembléia legislativa do governo.

O termo "ekklesia" é formado pela expressão "chamada para fora", e referia-se aos cidadãos que anunciavam os chamados ou convocações para as reuniões públicas. Como consequência direta, as palavras igreja e católica (universal em grego) acabaram por representar o corpo de indivíduos reunidos para honrar a Deus.

A Revelação do apóstolo João no Apocalipse aborda o conceito incompreendido da grande e abominável igreja de satanás — um simulacro da Igreja Católica — que introduz ideologias apóstatas aos homens para contaminar as Escrituras. A palavra apostasia significa, no grego original, rebelião ou revolução.

Este artifício satânico objetivava destronar Deus da Sua Igreja, substituindo-O pelo ser humano, ao negar o princípio da Revelação e transformar o pensamento humano em princípios religiosos. Como um produto da mente humana, estes novos credos foram considerados uma abominação ao Senhor, uma idolatria. Os homens idolatram suas criações, aquelas que surgem nas suas mentes!

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O nome da abominável igreja do Apocalipse é Babilônia. Uma leitura literal do Livro do Apocalipse pode dar a impressão que o apóstolo João refere-se a alguma cidade em particular. No entanto, quando lemos nas entrelinhas, descobrimos que a Babilônia não é uma cidade real, mas sim, a emulação da antiga Jerusalém, onde viverão os ímpios sem coração.

Observando as características da Babilônia pode-se distingui-la da besta do Apocalipse, pois não representam as mesmas coisas, embora a besta dê suporte à abominável igreja. No Apocalipse, a falsa igreja é representada como uma mulher imoral, ressaltada pela sua natureza maligna. Ela é espiritualmente infiel e representa a imoralidade sexual e a idolatria — as abominações gêmeas do Antigo Testamento.

Esta mulher é a "mãe das abominações"! Ela aparece no Apocalipse como o símbolo da mulher sem virtude, representando uma falsa religião. A Babilônia descrita no Apocalipse é a mulher vestida de púrpura e escarlate, a contraparte satânica da "mulher virtuosa" que simboliza a Igreja de Cristo.

Os animais e a imagem da besta com chifres representam outros aspectos do reino do mal. Satanás, representado pelo dragão, está por trás da besta e da prostituta, entidades separadas e com funções distintas no império do mal. As visões apocalípticas são altamente simbólicas, e os profetas interpretaram suas visões pela perspectiva religiosa, onde o passado e o futuro constantemente se entrelaçam.

O tempo deixa de ser um elemento lógico, uma razão para a cronologia do Apocalipse às vezes parecer confusa. Na literatura apocalíptica, o elenco de personagens é constante, pois há apenas um "roteiro" desde a fundação do mundo até o seu fim, onde os papéis e as linhas do drama são sempre os mesmos.

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A literatura apocalíptica é dualista, e uma vez que versa sobre personagens caracterizados, tudo se resume a princípios opostos: amor e ódio, bem e mal, luz e escuridão — não há zonas neutras nos escritos apocalípticos. Neste sentido, existem apenas duas categorias no âmbito da religião: os que vão se salvar e os condenados, a Igreja de Deus e a da abominação.

Aquele que não pertence à Igreja faz parte daquela que é a mãe das abominações, a prostituta de toda a Terra: "Eis aqui a formação de uma igreja que é mais abominável que todas as outras igrejas, que torturou e matou os Santos de Deus, e deleitava-se com ouro e sedas, e tirou muitas partes do Evangelho de Cristo".

Podemos identificar o período da helenização como a época histórica que favoreceu a implementação da abominável igreja. A helenização é um fenômeno que os estudiosos da História referem-se como a imposição da cultura e filosofia grega sobre a cultura do Oriente.

O resultado foi uma síntese do Oriente com o Ocidente, um caldeirão de multiculturalismo que atravancou o mundo pós-helenista. No reino da religião, no entanto, a síntese significava um compromisso, e nos termos do Evangelho, este compromisso com o paganismo significava a apostasia.

Quando o Cristianismo e a cultura grega encontraram-se frente a frente, uma grande batalha de crenças e estilos de vida surgiu, e a concepção do mundo grego sobrepujou o Cristianismo — revisto para tornar-se mais atraente e apelativo para o público grego!

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O preconceito primário do povo grego era natureza absoluta de Deus: a certeza de que Ele não poderia ser limitado por qualquer coisa ou alguém. A fim de satisfazer aqueles cristãos já mergulhados na filosofia grega, o Cristianismo teve que fazer concessões e dispensar os dogmas do Deus antropomórfico e da ressurreição dos mortos, ou mesmo reinterpretá-los drasticamente.

Negar ou alterar a doutrina da ressurreição foi precisamente o que alguns cristãos gregos em Corinto fizeram, quando o apóstolo Paulo repreendeu-lhes com rispidez, relacionando a apostasia com a obra de satanás e a criação da religião falsa.

Em Tessalonicenses, Paulo relata: "Esse dia não virá sem que antes venha a apostasia e o homem do pecado será revelado, o filho da perdição. O homem do pecado vai sentar-se no Templo de Deus para mostrar-se que ele é Deus". O mistério da iniquidade já estava em andamento como Paulo escreveu estas palavras proféticas. O filho da perdição e homem do pecado é lúcifer, pois é a falsificação do "Homem de Santidade". O Templo em que ele se senta é a Igreja, agora desolada e desprovida da presença Divina pela abominação da apostasia.

No período histórico entre a fundação da Igreja por Pedro, até a época do imperador romano Constantino, existiram várias Igrejas e denominações Cristãs. A Igreja Ortodoxa e as congregações cristãs dos ebionitas, as igrejas sírias e egípcias, os donatistas, os gnósticos e marcionitas, entre outros, já existiam na época da circulação do Novo Testamento.

O cristianismo híbrido do século IV foi o resultado e o produto final da apostasia que iniciou-se no segundo século, através dos diferentes movimentos cristãos que adotaram a filosofia grega como regra — quando os gnósticos aprofundaram-se nos mistérios e nas práticas indizíveis, fortalecendo o ascetismo inclemente.

Finalmente, os compiladores do século II d.C., como Taciano e Marcião reescreveram as Escrituras, a definitiva ousadia para obliterar qualquer coisa de que não gostassem. E assim, eles desterraram a "mulher virtuosa", a verdadeira Igreja de Jesus, para o deserto da desolação, abrindo o caminho para a Babilônia, a igreja abominável.


12 maio 2013

OS MÁRTIRES CRISTÃOS - CHRISTIAN MARTYRS


CHRISTIAN-MARTYRS

A palavra mártir, usada em todo o Novo Testamento, significa "testemunha". No entanto, à medida que o Império Romano tornava-se cada vez mais hostil em relação ao Cristianismo, as distinções entre testemunho e sofrimento tornaram-se turvas e finalmente inexistentes. Desta forma, no segundo século, a denominação "mártir" tornou-se o termo técnico para uma pessoa que havia morrido por Jesus Cristo.

A noção do martírio não se originou com a Igreja Cristã, mas foi inspirada pela resistência passiva dos judeus piedosos durante a revolta dos Macabeus, em 173-164 a.C. Antíoco IV, o rei tirânico do antigo Império Selêucida, iniciou sua revolução com uma variedade de atos bárbaros, inclusive proibindo aos judeus palestinos as suas práticas religiosas, e até a circuncisão.

Histórias de judeus estoicos, como a do escriba Eleazar, que escolheu a tortura e a morte em vez de violar a lei mosaica, ao ser obrigado a comer carne de porco, eram frequentes. Duzentos anos depois, na guerra judaica em 70 d.C., milhares de judeus-cristãos tornaram-se mártires pela sua Fé, em vez de capitular ao paganismo romano. Essa nobre tradição ajudou a moldar na Igreja a emergente Teologia do martírio. A Igreja entendeu o martírio como uma imitação da Vida de Jesus Cristo.

MARTIRES-CRISTAOS

Jesus foi o exemplo da não-violência em Seu próprio julgamento e execução, declarando que não revidaria às agressões sofridas porque o Seu Reino não era deste mundo. Estêvão, o primeiro mártir Cristão, teve uma morte semelhante à de Cristo, orando fervorosamente por seus algozes. Eusébio, o historiador da Igreja, chamado de "mártir perfeito", tornou-se o protótipo para todos os mártires que viriam em seguida.

A resposta não violenta do mártir para a tortura nunca foi igualada na sua passividade ou resignação. Para a Igreja primitiva o ato do martírio era uma batalha espiritual de proporções épicas contra os poderes do próprio inferno. Justino, por exemplo, escreveu uma apologética ao imperador Antonino alegando que sua punição aos Cristãos era por "instigação dos demônios".

A Igreja antiga entendeu o poder da força e do testemunho dos mártires. Eles seguiam o conselho de Jesus: "Sempre que você for preso e levado a julgamento, não se preocupe com antecedência sobre o que dizer. Basta dizer o que é dado no momento, pois não é você falando, mas o Espírito Santo".

Aqueles que confessavam sua Fé diante da perseguição foram vistos como se recebessem a palavra da Revelação, como os profetas do Antigo Testamento.


Por exemplo, Policarpo, o bispo de Esmirna martirizado em 155 d.C., viu seu leito pegando fogo, uma visão profética sobre o tipo de morte que ele sofreria. A Basileides, um dos primeiros professores religiosos de Alexandria, foi concedida a visão do Potamiaena martirizado, 205 d.C., que lhe informou profeticamente que logo teria o privilégio de morrer por Jesus Cristo. Em ambos os casos foram cumpridas as visões proféticas.

Porque eles estavam contra a apostasia, e porque possuíam os dons da profecia e visões, os mártires eram tidos em alta conta pela Igreja primitiva. De fato, sua autoridade espiritual rivalizava com a dos bispos. Saturus de Cartago teve uma visão na qual ele e Perpétua, ambos mártires, foram chamados para mediar uma disputa entre um bispo e seus presbíteros.

A Igreja primitiva também acreditava que os mártires eram intercessores de Deus. A Primeira Epístola de João alude ao poder da intercessão Divina: "Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não leva à morte, ele deve orar que Deus lhe dará a vida".

Inúmeras histórias circulavam sobre as Graças obtidas pelas orações dos mártires durante suas vidas. Assim, não foi difícil para os Cristãos daquele tempo imaginar esses mesmos guerreiros da oração intercedendo na corte celestial após a morte.

CHRISTIAN-MARTYRS

A crença na virtude do martírio gerou o fenômeno do "voluntariado", em que alguns Cristãos buscavam ativamente a perseguição e a morte. Em um julgamento, o governador romano foi interrompido em seu tribunal pelo Cristão chamado Euplus (304 d.C.), que bradava agitando a Bíblia: "Eu sou um Cristão e quero morrer". Seu pedido foi concedido.

A Igreja primitiva não aprovava os martírios voluntários e, de fato, Orígenes e Clemente especificamente advertiram sobre eles. Jesus Cristo, no Evangelho de Mateus, aconselhava a retirada em vez da confrontação quando a perseguição era iminente. Assim, aqueles que se ofereciam para morrer em martírio eram uma pequena minoria.

O autor do relato do martírio de Policarpo escreveu: "Para ele, como o Filho de Deus que adoramos, os mártires, como discípulos e imitadores do Senhor, são reverenciados como eles merecem, pela lealdade insuperável para com o seu Rei e Mestre". Desta forma os mártires passaram a ser honrados nos aniversários das suas mortes.

O culto da celebração era realizado no túmulo do falecido com orações, oferendas, comunhão e uma leitura da história do mártir, relatando o seu sofrimento e morte. Essa prática era bastante contrária às raízes judaicas do Cristianismo que, seguindo a lei mosaica, considerava o túmulo impuro.

MARTIRES-CRISTAOS

Não é exatamente certo quando a honra prestada aos mortos martirizados foi transferida para os seus restos mortais, mas o relato do martírio de Policarpo, escrito no século II, inclui uma declaração de que a Igreja de Esmirna considerava os ossos do Santo "mais valiosos do que pedras preciosas e mais puros do que o ouro".

Os crentes em Antioquia tinham em alta estima os restos mortais de Inácio, enquanto o sangue e as roupas de Cipriano tornaram-se objetos de veneração. Havia várias perseguições aos Cristãos como resultado desta adoração, e algumas eram apenas manifestações locais nas cidades, causadas quando um terremoto ou uma praga passavam a ser da responsabilidade dos Cristãos.

Havia várias perseguições organizadas pelo Estado, mas estas não costumam durar muito tempo. Porém, em 303 d.C., uma década antes de Constantino, aconteceu "A Grande Perseguição". O Estado, sob o império de Diocleciano (245-313 d.C.), declarou guerra contra a Igreja.

Como parte de uma reforma política geral, ele decidiu dividir o Império para torná-lo administrativamente mais gerenciável e, no processo, viu a necessidade de impor uma unidade religiosa ainda mais forte. Em 303 d.C., Diocleciano lançou quatro editais contra o Cristianismo, às vésperas da conversão de Constantino.

MARTIRES-CRISTAOS

O primeiro edital exigia que os Cristãos entregassem seus Livros Sagrados e seus bens. O magistrado local deveria pedir ao bispo ou ao padre da Igreja Cristã que entregasse esses itens, e se recusassem seriam presos. O passo seguinte era queimar a própria Igreja.

A segunda parte do plano de Diocleciano para destruir a Igreja envolvia a detenção dos bispos, presbíteros, fiéis e quaisquer outros que tivessem um papel de liderança dentro da comunidade Cristã. Então, em vez de destruir as propriedades da Igreja, que o Estado queria preservar para proveito próprio, decidiu-se por destruir a estrutura hierárquica da Igreja que já existia totalmente formada bem antes de Constantino.

A terceira fase da perseguição obrigava que os integrantes do Clero, que haviam sido detidos, oferecessem sacrifícios públicos aos deuses pagãos para mostrar a sua conformidade com a religião do Estado. Às vezes, isso significava queimar um incenso em frente à imagem de um deus ou do próprio imperador. O Estado presumia que se os bispos e clérigos aderissem ao sacrifício pagão, o resto dos Cristãos faria o mesmo.

Finalmente no quarto estágio, qualquer um identificado como Cristão seria preso e também forçado a oferecer sacrifícios aos deuses e ao imperador.

MARTIRES-CRISTAOS

Mas o Estado falhou em abalar a Igreja simplesmente destruindo suas propriedades ou colocando o Clero fora de circulação, objetivando desacreditá-lo. Assim, como último recurso, houve uma perseguição em massa aos fiéis Cristãos, que durou até 311 d.C. No entanto, a Igreja foi capaz de sobreviver a esta perseguição com tanta facilidade que em 312 d.C. estava realmente em posição de tornar-se a religião oficial do Império Romano.

Desta forma, em 325 d.C., a Igreja realizou seu primeiro Concílio Ecumênico, em Niceia, que foi o primeiro encontro dos bispos de todo o Império Romano. Em um curto espaço de tempo, o Cristianismo passou de uma total perseguição bem-programada para a sua aceitação como a religião oficial de todo o Império Romano.

O Concílio de Niceia foi realizado e, assim, reformaram o Credo e os Dogmas da Fé. A Igreja estava prestes a tomar grandes decisões teológicas! As decisões implementadas pela Igreja foram determinantes e deram certo (sic). Foram o produto da capitulação da Igreja para uma Teologia não-bíblica forçada pelo Estado.

Por sua fidelidade a Jesus Cristo, apesar da tortura e morte, aqueles homens, mulheres e crianças, nossos mártires Cristãos, proclamaram ao mundo que Jesus é o verdadeiro Deus, estruturando toda a teologia e Fé Cristã que nortearam o futuro da Cristandade.

Lemos a respeito dos mártires no Livro do Apocalipse: "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela Palavra do Seu testemunho, e não amaram suas vidas até a morte".

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





18 março 2013

PAPA SÃO PIO X - O PAPA, O SANTO, A SUA HISTÓRIA - POPE SAINT PIO X - THE POPE, THE HOLY, HIS STORY

SANTO-PAPA-PIO-X

Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral.

A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".

Giuseppe Melchiorre Sarto, o Papa São Pio X (1903 a 1914), nasceu em 2 de junho de 1835 em uma pequena casa na aldeia de Riese, na província de Treviso, Itália, perto de Veneza. Seu pai, Giovanni Battista Sarto (1792–1852), um carteiro e sapateiro de profissão, morreu em 1852 quando Giuseppe era muito jovem.

Sua mãe, Margaritta Sanson Sarto (1813–1894), teve que cuidar da familia composta por quatro irmãos e seis irmãs, conseguindo suporte financeiro através dos seus talentos na costura. Giuseppe aprendeu sobre a Fé Cristã com a sua mãe, em uma idade precoce, e também nas aulas do padre Don Tito Fusaroni.

Embora pobres, seus pais valorizavam a educação, e Giuseppe caminhava seis quilômetros todo dia para chegar à escola. Ainda jovem, Giuseppe estudou latim com o padre da aldeia, e com o tempo, as sementes de uma vocação sacerdotal floresceram. Logo depois entrou no seminário de Pádua, na freguesia do Santo padroeiro da aldeia, Santo Antonio de Pádua, onde terminou com distinção seus estudos clássicos, filosóficos e teológicos.

Frequentando a escola paroquial, a inteligência e o caráter moral de Giuseppe logo despertaram a atenção do reitor, que arranjou uma bolsa para o rapaz no ensino médio, em Castelfranco Veneto, uma cidade maior a 2 km de Riese. Depois de concluir o curso de instrução em Castelfranco, Giuseppe deu a conhecer que sentia a chamada para o sacerdócio, mas tinha considerado que os meios para alcançar esse fim estavam fora do seu alcance, devido às dificuldades financeiras da sua família.

No entanto, seus pais viram que a vontade de Deus estava na vocação do seu filho, e fizeram tudo em seu poder para ajudá-lo. Então, o reitor veio novamente em seu auxílio conseguindo outra bolsa de estudos no seminário de Pádua.


Papa-Pio-X

Em novembro de 1850, o jovem Giuseppe chegou a Pádua e imediatamente foram retomados os estudos no seminário. As mesmas qualificações elevadas, de intelecto e espírito, despontariam adiante em seu trabalho como Bispo e futuramente no seu pontificado.


Em 18 de setembro de 1858, com 23 anos de idade, na época das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, Sarto foi ordenado sacerdote e tornou-se capelão em Tombolo, recebendo o Sacramento da Ordem. Sua primeira missão pastoral em Tombolo foi iniciar uma escola noturna para todos os adultos, ensinando o catecismo.


Após sua aplicação exemplar neste empreendimento, seu Bispo o designou como Vigário paroquial em Salzano e, em seguida, enviou-o para a Diocese de Treviso, onde ele estudou direito canônico e as obras de São Tomás de Aquino, especificamente a "Summa Theologica". Desta forma, o padre Giuseppe Sarto, cristalizou definitivamente seu amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua luta pela salvação de almas. O padre Giuseppe trabalhou arduamente, e finalmente em 18 de setembro de 1858, foi ordenado Cardeal de Castelfranco.


Em 1867, foi nomeado Arcipreste de Salzano, onde restaurou a Igreja e ampliou o hospital, com fundos provenientes do seu próprio trabalho. Tornou-se popular com o povo quando trabalhava para ajudar os doentes durante a peste de cólera que varreu o norte da Itália no início dos anos 1870. Ele foi nomeado Cônego da Catedral e Chanceler da Diocese de Treviso e também manteve escritório como diretor espiritual, reitor do seminário de Treviso e examinador do clero.


Como Chanceler tornou possível que alunos das escolas públicas recebessem instrução religiosa. Muitas vezes ele lutou pela resolução dos problemas para conseguir trazer o ensino religioso para a juventude rural e urbana, que não tinha a oportunidade de frequentar escolas Católicas.


Em 1878, após a morte do Bispo Zanelli, foi nomeado Vigário da Diocese. Depois de 1880, Sarto ensinou Teologia Dogmática e Teologia moral no seminário de Treviso. Em 10 de novembro de 1884, o Papa Leão XIII elegeria Giuseppe Sarto como Monsenhor e Bispo de Mântua, em uma diocese em completo tumulto. Ele acalmou os espíritos da insurreição e da baixa moral, continuando o seu compromisso e prioridade para com os pobres e as crianças.



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Rejeitou o luxo da mansão do Bispo e conduziu-se como um humilde pároco. Devido ao devoto e sincero cuidado com seus fiéis em Mântua e sua profunda espiritualidade, Leão XIII elevou-o a Cardeal Patriarca de Veneza em 1893. Durante um ano e meio o Cardeal Sarto teve que esperar a nomeação por causa da oposição do governo italiano, que exigia os mesmos privilégios exercidos pelo imperador da Áustria.


Apesar da crise política entre a Igreja e o governo, ele passou o tempo de espera em oração e preparação. Muitos acreditam que o Papa Leão XIII, que teve numerosas visões e recebeu mensagens celestiais, soube em seu coração e alma que Giuseppe eventualmente iria sucedê-lo como Papa. Dez anos mais tarde isso se tornaria uma realidade. Em 20 de julho de 1903, com a morte de Leão XIII, o colégio dos Cardeais foi convocado para eleger um novo Papa.


Para muitos Cardeais presentes, foi a primeira vez que um Papa não foi selecionado no primeiro escrutínio, pois os votos foram para o Cardeal Rampolla, mas o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph ou Francisco José (1848–1916), vetou a sua nomeação. Veto este que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Império Sacro Romano. Havia na época o privilégio de certas nações Católicas poderem vetar a eleição de um Papa. Isto marcou a última vez que um veto seria exercido por um monarca Católico no processo do conclave.


Novamente foi convocado o conclave que, guiado pelo Espírito Santo, duas semanas mais tarde elegeu o Cardeal Giuseppe Sarto para o mais alto cargo da Santa Igreja Católica, em 4 de agosto de 1903. O Papa Pio X recebeu 55 de um total de 60 votos. Embora a todos agradasse sua nomeação, o Cardeal Giuseppe Sarto, num ato de verdadeira humildade, inicialmente recusou. Ele também estava profundamente triste com o abuso de poder do veto governamental, e pela união entre o governo e a Igreja, prática adotada na época do imperador e papa Constantino.



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Antes de se tornar o 257º Papa desde São Pedro, ele entrou em solidão e, depois de oração profunda e da insistência de seus companheiros Cardeais, percebeu que era a vontade de Deus. Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja. E este simples pároco, Giuseppe Sarto, levou a Igreja de Cristo ao alvorecer do século XX.

Assim, em 9 de agosto de 1903, em sua coroação na Basílica de São Pedro, ele escolheu o nome "Pio", em homenagem ao Papa Pius IX, que havia inspirado sua vida sacerdotal. Logo após ser elevado à cadeira de Pedro, o Papa Pio X definiu a sua agenda, anunciando ao mundo, como seu ideal, o lema: "Restaurar todas as coisas em Cristo". O principal meio de alcançar esta restauração, segundo Pio X, seria através do Clero.

Durante seu reinado o Papa exortou os Bispos a reorganizarem os seminários e obter a melhor formação possível para estes homens, para poder incutir na população o conhecimento de Deus. O novo Pontífice publicou uma Encíclica, "Exortação para o clero Católico," na qual salientou que somente através de um clero treinado e disciplinado poderia ser realizado um programa de retorno a Cristo.

O ensino religioso dos jovens e idosos se tornou o segundo mais importante meio para a restauração Cristã, e em sua Encíclica "Acerbo Nimis", sobre o ensino da doutrina Cristã, o Papa Pio X firmemente declarou sua posição. Os males do mundo foram rastreáveis como um desconhecimento de Deus. Ele disse ser necessário que os sacerdotes disponibilizassem as verdades eternas para todos, em uma linguagem acessível.

Sempre um exemplo, ele próprio deu a instrução de domingo para a população, em um dos pátios do Vaticano. No entanto, nenhuma reforma de Pio X foi mais elogiada do que os decretos sobre a Sagrada Comunhão. São Pio X é frequentemente chamado de "Papa da Eucaristia". Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias.

Revisou o Breviário e preparou o Catecismo. Estes decretos, emitidos a partir de 1905 até 1910, permitiram a recepção da primeira comunhão em uma idade mais adiantada do que tinha sido anteriormente exigido, incentivando a recepção frequente da Santa Eucaristia por todos os Católicos e "relaxando" o jejum para os doentes.

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A seu respeito, disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado:

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tentasse dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

A grande batalha do Papa Pio X foi a luta contra o modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como a síntese de todas as heresias: "Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus indignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo conduzirá ao totalitarismo, e só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado. A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas, ou seja, o laicismo, a máxima expressão do idealismo e do racionalismo".

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Profundamente entristecido pela falta de amor e desprezo pelos valores humanos em todo o mundo, São Pio X morreu menos de dois meses após a eclosão da I Guerra Mundial. Muitos acreditam que faleceu "de um coração partido". Foi velado na Basílica de São Pedro, em um esquife papal em 20 de agosto de 1914.

Os sinos ecoaram em luto em todo o mundo, e milhões prestaram seu respeito a este amado Pontífice de 79 anos, que tinha cumprido as bem-aventuranças. Sua última vontade e testamento foram lidos logo após sua morte, e suas palavras simbolizavam sucintamente tudo o que o Papa Pio X acreditava representar: "Eu nasci pobre, vivi na pobreza, quero morrer pobre". Ele verdadeiramente exemplificou tudo o que Cristo pediu nas bem-aventuranças de seu Vigário na Terra.

São Pio X foi amado por centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, juntamente com milhões em todo o mundo. Após ser enterrado no Vaticano, não demorou muito para o povo clamar por sua canonização. Mas somente em 1951 foi beatificado e posteriormente canonizado, em 3 de setembro de 1954, pelo Papa Pio XII.

Como a Santa Bernadette Soubirous, de Lourdes, que nasceu nove anos depois de São Pio X e faleceu antes dele, o corpo de São Pio X permanece incorrupto ainda hoje. É uma homenagem à sua Santidade e ao fato de que ele era verdadeiramente a "rocha" para a Igreja no início deste século, promovendo um profundo amor, respeito e anseio por Jesus no Santíssimo Sacramento.

Atribuem-se a São Pio X vários milagres ainda em vida e depois da sua morte. Relatam que pessoas doentes que tiveram contato com ele se curaram, e este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Assim, devemos intuir que podemos seguir o exemplo e obedecer a este Santo Pontífice, cujo corpo incorruptível demonstra a sua Santidade, e seus feitos na Terra uma inspiração Divina. Desta forma, todo Cristão deve rejeitar o que está sendo atualmente promovido pela Igreja, baseado no Concílio Vaticano II que, decididamente, não foi Católico, pois contrariou os ensinamentos de Jesus e as tradições da Igreja primitiva e dos primeiros Cristãos.

Estas verdades únicas foram reafirmadas pelo Papa São Pio X, um simples sacerdote, cujo amor sem fronteiras cumpriu o seu ideal de "restaurar todas as coisas em Cristo".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU