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17 junho 2014

A CELEBRAÇÃO DE CORPUS CHRISTI - THE CELEBRATION OF CORPUS CHRISTI


CORPUS-CHRISTI

Os Cristãos celebram o dia de Corpus Christi exaltando o mistério da Eucaristia, ou seja, a Presença Real de Jesus Cristo na Terra. Diante do Santo Sacrário sempre podemos ter a certeza de que Jesus estará presente, atento às nossas preces e contemplando nosso amor por Deus.

Durante as festividades de Corpus Christi realiza-se a Santa Missa, isto é, a celebração da Eucaristia, que é o principal Rito Romano da Igreja Católica. Durante a Missa o celebrante consagra a Hóstia, que será apresentada aos fiéis para a devida adoração durante a procissão de Corpus Christi, a caminhada do povo de Deus celebrando a Presença do Cristo Vivo.

Em 1243, na Abadia de Cornillon em Liège, Bélgica, instaurou-se a celebração de Corpus Christi através do movimento Eucarístico, como também iniciou-se a exposição do Santíssimo Sacramento e o uso do címbalo na Santa Missa.

Foi nesta mesma época que a madre superiora do convento de Cornillon, a abadessa Julienne de Mont Cornillon, teve consecutivas visões de um astro similar à Lua, muito brilhante, mas que carregava um pequena marca escura. A interpretação da visão foi que o astro representava a Igreja, o brilho intenso indicava celebração e o sinal escuro revelava a falta da dedicação a Jesus.

Assim, Julienne prontamente levou suas interpretações ao conhecimento de Dom Roberto de Thorete, o Bispo de Liège, como também revelou-as a Dominico Hugh, o Cardeal dos Países Baixos e, principalmente, ao seu confidente Jacques Pantaleón, que nesta época era o Arquidiácono de Liège que, duas décadas mais tarde, seria eleito o sucessor do Papa Alexandre IV adotando o título de Urbano IV (1195-1264).

ORVIETO

Roberto de Thorete acreditou nas visões da abadessa de Cornillon e convocou um sínodo para estabelecer a realização da "festum corporis". No ano seguinte a primeira celebração de Corpus Christi ocorreu numa quinta-feira posterior à festa da Santíssima Trindade.


Em 1263, o Papa Urbano IV já tinha se estabelecido em Orvieto, na região da Umbria, Itália. Curiosamente, foi próximo a esta localidade que aconteceu o Milagre de Bolsena:


"Certa vez, quando um sacerdote celebrava a Santa Missa, foi acometido de sérias dúvidas quanto à veracidade da Consagração. Mas, no momento da elevação da hóstia constatou que dela escorria sangue, manchando o corporal, o tecido de linho onde apoia-se o cálice e a pátena. Arrependido e chorando, o padre prostrou-se aos pés do altar". Em 19 junho de 1264, os objetos tocados pelo sangue foram transportados para Orvieto.


Em 11 de agosto de 1264, quatro dias antes do seu falecimento, o Papa Urbano IV universalizou a celebração de Corpus Christi atendendo aos pedidos do clero e beneficiando toda a Cristandade. Foi através da Bula Papal "Transiturus de hoc mundo" que Urbano IV estabeleceu o sexagésimo dia após o domingo de Páscoa como a data oficial da festa de Corpus Christi.


São Tomás de Aquino contribuiu substancialmente para o texto litúrgico da nova festa, compondo os hinos "Tantum Ergo Sacramentum", entoado nas adorações ao Santíssimo Sacramento, e "Lauda Sion Salvatorem", cantado em coro por milhões de Católicos nas liturgias diárias em todo o mundo.



18 março 2013

PAPA SÃO PIO X - O PAPA, O SANTO, A SUA HISTÓRIA - POPE SAINT PIO X - THE POPE, THE HOLY, HIS STORY

SANTO-PAPA-PIO-X

Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral.

A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".

Giuseppe Melchiorre Sarto, o Papa São Pio X (1903 a 1914), nasceu em 2 de junho de 1835 em uma pequena casa na aldeia de Riese, na província de Treviso, Itália, perto de Veneza. Seu pai, Giovanni Battista Sarto (1792–1852), um carteiro e sapateiro de profissão, morreu em 1852 quando Giuseppe era muito jovem.

Sua mãe, Margaritta Sanson Sarto (1813–1894), teve que cuidar da familia composta por quatro irmãos e seis irmãs, conseguindo suporte financeiro através dos seus talentos na costura. Giuseppe aprendeu sobre a Fé Cristã com a sua mãe, em uma idade precoce, e também nas aulas do padre Don Tito Fusaroni.

Embora pobres, seus pais valorizavam a educação, e Giuseppe caminhava seis quilômetros todo dia para chegar à escola. Ainda jovem, Giuseppe estudou latim com o padre da aldeia, e com o tempo, as sementes de uma vocação sacerdotal floresceram. Logo depois entrou no seminário de Pádua, na freguesia do Santo padroeiro da aldeia, Santo Antonio de Pádua, onde terminou com distinção seus estudos clássicos, filosóficos e teológicos.

Frequentando a escola paroquial, a inteligência e o caráter moral de Giuseppe logo despertaram a atenção do reitor, que arranjou uma bolsa para o rapaz no ensino médio, em Castelfranco Veneto, uma cidade maior a 2 km de Riese. Depois de concluir o curso de instrução em Castelfranco, Giuseppe deu a conhecer que sentia a chamada para o sacerdócio, mas tinha considerado que os meios para alcançar esse fim estavam fora do seu alcance, devido às dificuldades financeiras da sua família.

No entanto, seus pais viram que a vontade de Deus estava na vocação do seu filho, e fizeram tudo em seu poder para ajudá-lo. Então, o reitor veio novamente em seu auxílio conseguindo outra bolsa de estudos no seminário de Pádua.


Papa-Pio-X

Em novembro de 1850, o jovem Giuseppe chegou a Pádua e imediatamente foram retomados os estudos no seminário. As mesmas qualificações elevadas, de intelecto e espírito, despontariam adiante em seu trabalho como Bispo e futuramente no seu pontificado.


Em 18 de setembro de 1858, com 23 anos de idade, na época das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, Sarto foi ordenado sacerdote e tornou-se capelão em Tombolo, recebendo o Sacramento da Ordem. Sua primeira missão pastoral em Tombolo foi iniciar uma escola noturna para todos os adultos, ensinando o catecismo.


Após sua aplicação exemplar neste empreendimento, seu Bispo o designou como Vigário paroquial em Salzano e, em seguida, enviou-o para a Diocese de Treviso, onde ele estudou direito canônico e as obras de São Tomás de Aquino, especificamente a "Summa Theologica". Desta forma, o padre Giuseppe Sarto, cristalizou definitivamente seu amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua luta pela salvação de almas. O padre Giuseppe trabalhou arduamente, e finalmente em 18 de setembro de 1858, foi ordenado Cardeal de Castelfranco.


Em 1867, foi nomeado Arcipreste de Salzano, onde restaurou a Igreja e ampliou o hospital, com fundos provenientes do seu próprio trabalho. Tornou-se popular com o povo quando trabalhava para ajudar os doentes durante a peste de cólera que varreu o norte da Itália no início dos anos 1870. Ele foi nomeado Cônego da Catedral e Chanceler da Diocese de Treviso e também manteve escritório como diretor espiritual, reitor do seminário de Treviso e examinador do clero.


Como Chanceler tornou possível que alunos das escolas públicas recebessem instrução religiosa. Muitas vezes ele lutou pela resolução dos problemas para conseguir trazer o ensino religioso para a juventude rural e urbana, que não tinha a oportunidade de frequentar escolas Católicas.


Em 1878, após a morte do Bispo Zanelli, foi nomeado Vigário da Diocese. Depois de 1880, Sarto ensinou Teologia Dogmática e Teologia moral no seminário de Treviso. Em 10 de novembro de 1884, o Papa Leão XIII elegeria Giuseppe Sarto como Monsenhor e Bispo de Mântua, em uma diocese em completo tumulto. Ele acalmou os espíritos da insurreição e da baixa moral, continuando o seu compromisso e prioridade para com os pobres e as crianças.



Papa-Pio-X

Rejeitou o luxo da mansão do Bispo e conduziu-se como um humilde pároco. Devido ao devoto e sincero cuidado com seus fiéis em Mântua e sua profunda espiritualidade, Leão XIII elevou-o a Cardeal Patriarca de Veneza em 1893. Durante um ano e meio o Cardeal Sarto teve que esperar a nomeação por causa da oposição do governo italiano, que exigia os mesmos privilégios exercidos pelo imperador da Áustria.


Apesar da crise política entre a Igreja e o governo, ele passou o tempo de espera em oração e preparação. Muitos acreditam que o Papa Leão XIII, que teve numerosas visões e recebeu mensagens celestiais, soube em seu coração e alma que Giuseppe eventualmente iria sucedê-lo como Papa. Dez anos mais tarde isso se tornaria uma realidade. Em 20 de julho de 1903, com a morte de Leão XIII, o colégio dos Cardeais foi convocado para eleger um novo Papa.


Para muitos Cardeais presentes, foi a primeira vez que um Papa não foi selecionado no primeiro escrutínio, pois os votos foram para o Cardeal Rampolla, mas o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph ou Francisco José (1848–1916), vetou a sua nomeação. Veto este que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Império Sacro Romano. Havia na época o privilégio de certas nações Católicas poderem vetar a eleição de um Papa. Isto marcou a última vez que um veto seria exercido por um monarca Católico no processo do conclave.


Novamente foi convocado o conclave que, guiado pelo Espírito Santo, duas semanas mais tarde elegeu o Cardeal Giuseppe Sarto para o mais alto cargo da Santa Igreja Católica, em 4 de agosto de 1903. O Papa Pio X recebeu 55 de um total de 60 votos. Embora a todos agradasse sua nomeação, o Cardeal Giuseppe Sarto, num ato de verdadeira humildade, inicialmente recusou. Ele também estava profundamente triste com o abuso de poder do veto governamental, e pela união entre o governo e a Igreja, prática adotada na época do imperador e papa Constantino.



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Antes de se tornar o 257º Papa desde São Pedro, ele entrou em solidão e, depois de oração profunda e da insistência de seus companheiros Cardeais, percebeu que era a vontade de Deus. Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja. E este simples pároco, Giuseppe Sarto, levou a Igreja de Cristo ao alvorecer do século XX.

Assim, em 9 de agosto de 1903, em sua coroação na Basílica de São Pedro, ele escolheu o nome "Pio", em homenagem ao Papa Pius IX, que havia inspirado sua vida sacerdotal. Logo após ser elevado à cadeira de Pedro, o Papa Pio X definiu a sua agenda, anunciando ao mundo, como seu ideal, o lema: "Restaurar todas as coisas em Cristo". O principal meio de alcançar esta restauração, segundo Pio X, seria através do Clero.

Durante seu reinado o Papa exortou os Bispos a reorganizarem os seminários e obter a melhor formação possível para estes homens, para poder incutir na população o conhecimento de Deus. O novo Pontífice publicou uma Encíclica, "Exortação para o clero Católico," na qual salientou que somente através de um clero treinado e disciplinado poderia ser realizado um programa de retorno a Cristo.

O ensino religioso dos jovens e idosos se tornou o segundo mais importante meio para a restauração Cristã, e em sua Encíclica "Acerbo Nimis", sobre o ensino da doutrina Cristã, o Papa Pio X firmemente declarou sua posição. Os males do mundo foram rastreáveis como um desconhecimento de Deus. Ele disse ser necessário que os sacerdotes disponibilizassem as verdades eternas para todos, em uma linguagem acessível.

Sempre um exemplo, ele próprio deu a instrução de domingo para a população, em um dos pátios do Vaticano. No entanto, nenhuma reforma de Pio X foi mais elogiada do que os decretos sobre a Sagrada Comunhão. São Pio X é frequentemente chamado de "Papa da Eucaristia". Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias.

Revisou o Breviário e preparou o Catecismo. Estes decretos, emitidos a partir de 1905 até 1910, permitiram a recepção da primeira comunhão em uma idade mais adiantada do que tinha sido anteriormente exigido, incentivando a recepção frequente da Santa Eucaristia por todos os Católicos e "relaxando" o jejum para os doentes.

SANTO-PAPA-PIO-X

A seu respeito, disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado:

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tentasse dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

A grande batalha do Papa Pio X foi a luta contra o modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como a síntese de todas as heresias: "Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus indignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo conduzirá ao totalitarismo, e só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado. A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas, ou seja, o laicismo, a máxima expressão do idealismo e do racionalismo".

Pope-Pius-X

Profundamente entristecido pela falta de amor e desprezo pelos valores humanos em todo o mundo, São Pio X morreu menos de dois meses após a eclosão da I Guerra Mundial. Muitos acreditam que faleceu "de um coração partido". Foi velado na Basílica de São Pedro, em um esquife papal em 20 de agosto de 1914.

Os sinos ecoaram em luto em todo o mundo, e milhões prestaram seu respeito a este amado Pontífice de 79 anos, que tinha cumprido as bem-aventuranças. Sua última vontade e testamento foram lidos logo após sua morte, e suas palavras simbolizavam sucintamente tudo o que o Papa Pio X acreditava representar: "Eu nasci pobre, vivi na pobreza, quero morrer pobre". Ele verdadeiramente exemplificou tudo o que Cristo pediu nas bem-aventuranças de seu Vigário na Terra.

São Pio X foi amado por centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, juntamente com milhões em todo o mundo. Após ser enterrado no Vaticano, não demorou muito para o povo clamar por sua canonização. Mas somente em 1951 foi beatificado e posteriormente canonizado, em 3 de setembro de 1954, pelo Papa Pio XII.

Como a Santa Bernadette Soubirous, de Lourdes, que nasceu nove anos depois de São Pio X e faleceu antes dele, o corpo de São Pio X permanece incorrupto ainda hoje. É uma homenagem à sua Santidade e ao fato de que ele era verdadeiramente a "rocha" para a Igreja no início deste século, promovendo um profundo amor, respeito e anseio por Jesus no Santíssimo Sacramento.

Atribuem-se a São Pio X vários milagres ainda em vida e depois da sua morte. Relatam que pessoas doentes que tiveram contato com ele se curaram, e este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Assim, devemos intuir que podemos seguir o exemplo e obedecer a este Santo Pontífice, cujo corpo incorruptível demonstra a sua Santidade, e seus feitos na Terra uma inspiração Divina. Desta forma, todo Cristão deve rejeitar o que está sendo atualmente promovido pela Igreja, baseado no Concílio Vaticano II que, decididamente, não foi Católico, pois contrariou os ensinamentos de Jesus e as tradições da Igreja primitiva e dos primeiros Cristãos.

Estas verdades únicas foram reafirmadas pelo Papa São Pio X, um simples sacerdote, cujo amor sem fronteiras cumpriu o seu ideal de "restaurar todas as coisas em Cristo".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU








02 fevereiro 2013

A EUCARISTIA - THE EUCHARIST

Eucaristia

No Sacramento da Eucaristia o pão e o vinho ofertados durante o sacrifício eucarístico na Missa, são transubstanciados pelo Espírito Santo no verdadeiro Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, os fiéis recebem a Comunhão para a mais íntima união com Cristo e para a Vida eterna.

O Senhor nos deu a Eucaristia na Última Ceia, porque Ele queria partilhar conosco a Vida da Santíssima Trindade, a Comunhão de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tornamo-nos unidos a Deus no nosso Batismo e recebemos uma Graça adicional do Espírito Santo em nossa Crisma.

Na Eucaristia somos alimentados espiritualmente e ficamos mais perto de Deus. Ao comer o corpo e beber o sangue de Cristo na Eucaristia, nos tornamos unidos à pessoa de Cristo, através da Sua humanidade. Disse Jesus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele".

Todos os quatro Evangelhos contam a história da multiplicação dos pães e dos peixes. A semelhança entre este evento e a Última Ceia é impressionante. Esta indica o início da crença Cristã, e a multiplicação dos pães foi uma antecipação da Eucaristia.

Eucharist

As palavras de Jesus na Última Ceia: "Esse é meu Corpo, e esse é meu Sangue derramado por vós para a remissão dos pecados", são completamente claras, definidas e não permitem nenhuma outra interpretação que não seja a mais direta.

Foram dados aos discípulos o verdadeiro Corpo e o verdadeiro Sangue de Jesus Cristo! Isso está em completa concordância com a promessa feita por Jesus a respeito do Seu Corpo e Sangue. Tendo dado a Comunhão aos discípulos, o Senhor pediu: "Fazei isso em minha memória".

Esse sacrifício deve ser realizado "até que Ele venha", o Apóstolo Paulo instrui, isto é, até a Segunda Vinda do Senhor. Disse o Senhor Jesus: "Se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes o Seu Sangue, não tereis Vida em vós".

É fato que a Eucaristia foi recebida pela Igreja desde os primeiros dias como a maior das dádivas divinas, e sua instituição é preservada com o maior cuidado e reverência.

Eucharist

O Sacrifício Eucarístico não é uma repetição do Sacrifício de Jesus na Cruz, mas o Corpo e Sangue sacrificados e oferecidos pelo nosso Redentor. O sacrifício do Gólgota e o sacrifício da Eucaristia são inseparáveis, compreendendo um único sacrifício, mas ao mesmo tempo devem ser distinguidos um do outro.

Eles são uma e a mesma árvore doadora de Graça e Vida plantada por Deus no Gólgota, preenchendo com seus ramos toda a Igreja de Deus, nutrindo por seus frutos salvíficos todos aqueles que buscam a Vida Eterna.

Mas eles têm que ser distinguidos. O sacrifício oferecido na Eucaristia é chamado "sem sangue" e "sem paixão" já que é realizado após a Ressurreição. Havendo Jesus Cristo ressuscitado dos mortos, a morte não teve mais domínio sobre Ele.

É oferecido sem sofrimento, sem derramamento de sangue, sem morte, apesar de ser realizado em lembrança do Seu sofrimento e morte.

Eucharist

Na noite antes de morrer Jesus celebrou com sua família adotiva, os apóstolos, seus seguidores mais próximos. Ele repartiu com eles o pão ázimo e um copo de vinho, oferecendo estes alimentos como Seu Corpo e Sangue, para que nesta Comunhão a humanidade possa alcançar a Vida Eterna.

Com esta ação ele nos deu a Eucaristia, a refeição em família que une em uma mesa os crentes de todo o mundo. A família cresceu, superou as casas judaicas, vilas romanas e floresceu nas Igrejas Cristãs.

Antigamente, o Batismo, a Crisma e a Eucaristia eram ministrados juntos aos recém-chegados na família Cristã, quando o rito de iniciação Cristã era celebrado na Vigília Pascal.

Com o crescimento da Igreja, os Sacramentos da iniciação tornaram-se momentos distintos. A Crisma e a Eucaristia foram gradualmente adiadas até que as crianças, como os catecúmenos adultos, fossem antecipadamente educados na Fé, pelo ensinamento e exemplos de vida Cristã.

Por volta do século X, os três Sacramentos da iniciação tinham se separado. Até 1910 a primeira Comunhão era ministrada dos 12 aos 14 anos, depois deste ano o Papa Pio X reduziu a idade para seis ou sete anos, permitindo o acesso dos mais jovens ao Sacramento da Eucaristia.

Eucharist

Receber a Comunhão, o Corpo e Sangue do Senhor Jesus, é essencial, necessário, salvífico e consolador. É indispensável para todos os Cristãos. Isso é evidente nas palavras de Jesus ao aconselhar a respeito do Sacramento da Eucaristia:

"Na verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis Vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a Vida Eterna".

Os frutos salvíficos e efeitos da Eucaristia nos une de forma íntima com Deus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim, e eu nele".

A comunhão nutre nossa alma, auxiliando no crescimento da vida espiritual e preparando-nos para uma vida abençoada eternamente, pois quem comer deste pão viverá para sempre: "Assim quem de mim se alimenta, também viverá por mim, pois quem comer deste pão viverá para sempre".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



31 janeiro 2013

O CRISMA - THE CONFIRMATION


Confirmation

Os Católicos mais velhos lembram do Sacramento da Crisma como o momento em que receberam o Espírito Santo e tornaram-se soldados de Cristo. Hoje a Crisma é muitas vezes definida como um Sacramento do compromisso Cristão na maturidade. É o momento quando os jovens batizados colocam sua "assinatura pessoal" na decisão de seus pais.

Os primeiros Cristãos não faziam distinção entre a Crisma e o Batismo. Por exemplo, um Apóstolo ao presidir uma cerimônia na sua comunidade Cristã, ao batizar novos membros, ungiu-os com óleo e ofereceu-lhes a Eucaristia pela primeira vez em um rito de iniciação.

Nos primeiros documentos da Igreja não encontramos escritos sobre a Crisma porque era considerada parte do Batismo. Como a Igreja cresceu e se espalhou por todo o mundo, os sucessores dos Apóstolos, os Bispos, já não podiam batizar pessoalmente cada novo Cristão.

Desta forma, eles delegaram o rito aos sacerdotes. Ainda assim, os Bispos faziam visitas regulares às comunidades locais para confirmar batismos de sacerdotes, com uma segunda unção. Nascia um Sacramento separado, a Crisma.

Crisma

O Sacramento da Crisma é um aprofundamento dos dons batismais. Ele enraíza-nos mais profundamente em nossa identidade como filhos de Deus, nos une mais firmemente com Jesus Cristo, aumenta em nós os dons do Espírito Santo e dá-nos uma força especial para testemunhar a nossa Fé. Como o Batismo e a Eucaristia, a Crisma nos molda como Cristãos Católicos.


Cada um destes Sacramentos enfoca um aspecto diferente da nossa vida. Uma criança nascida na religião Católica passa por um processo de aprendizagem. Lentamente a criança descobre o que significa ser Católico, observando costumes e aprendendo as histórias compartilhadas, como o Natal, o Crucifixo na parede do quarto, a oração familiar e Missa de domingo, o nome de Jesus dito pelos pais e frequentar as aulas de religião.


Tudo isso e muito mais ensina as crianças que elas são de Deus. A preparação para a Crisma inclui aprender a articular o que significa ser um Cristão Católico, a Fé que expressamos no credo e o estilo de vida na família. Por isso a Crisma foi adiada até que a criança chegue a algum entendimento dessas coisas, pelo menos até a idade da razão ou cerca de sete anos, e muitas vezes até a adolescência.


Crisma

O Concílio do Vaticano II pode ser história antiga para as crianças de hoje e até mesmo para os pais, mas seus efeitos ainda estão "ondulando" pela vida Católica e a teologia. O mundo também está mudando. As crianças de hoje aprendem a usar um computador tão cedo quanto elas dominam um lápis, e navegam na internet com facilidade invejável.

O que significa afirmar o compromisso batismal em um mundo de rápida mudança? O compromisso humano é sempre uma assinatura em um cheque em branco. Os votos feitos no dia do casamento têm que ser repensados e refeitos muitas vezes ao longo dos anos. Nosso compromisso de Fé sofre mudanças e estresse similar.

Como o resto de nós, os candidatos ao Sacramento da Crisma vão continuar a procurar uma melhor noção pessoal da realidade Divina, até o dia em que a Luz Eterna exploda nos olhos recém-inaugurados, do outro lado da sepultura. Ser doador de Fé a Deus é mais um esforço de vida do que uma única ação. Portanto, é muito difícil falar da Crisma como um Sacramento de compromisso "maduro". A maturidade na Fé não pode ser medida pela idade.

Confirmation

As crianças aprendem, desde a infância, como as pessoas de Fé assumem seu lugar no mundo de hoje. Ouvem orações e histórias de Jesus, vêem o consolo oferecido para o joelho esfolado de uma criança e a perda de um vizinho. Eles vêem adultos prestando serviços à comunidade e aos necessitados.

O noticiário traz longínquos testemunhos para a sala de estar, as visitas papais e os esforços para o alívio da fome, missionários mortos em terras distantes e moradores da cidade natal colocando suas vidas em risco para salvar uma criança de um prédio em chamas.

O testemunho na Igreja Primitiva muitas vezes significava colocar a vida em risco. Crentes ainda estão a morrer por sua Fé em nosso mundo.

Mas hoje, testemunhar refere-se à vocalização da Fé e ao fervor evangelístico, no sentido mais positivo dessas palavras. Testemunha implica testemunho entusiasta ao que o Senhor tem feito em cada uma das nossas vidas. Testemunhar é um termo legal, uma descrição de alguém que testemunha o que ele ou ela sabe por experiência própria. E essa é a realidade de testemunho Cristão desta geração.

A preocupação pela morte de um mártir, pelas necessidades dos outros, é o real testemunho Cristão. É o testemunho dos crentes que sabem que Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou, é vida e esperança para toda a humanidade.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



30 janeiro 2013

O BATISMO - THE BAPTISM


Jesus-Baptism

Jesus Cristo indica a absoluta necessidade do Batismo para a nossa Salvação: "Na verdade vos digo, aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido de carne é carne e o que é nascido do Espírito é o espírito". O estabelecimento do Batismo, doador da graça, ocorreu depois da Ressurreição de Jesus Cristo.

Tendo aparecido para Seus discípulos, Jesus disse que tinha recebido do Seu Pai toda a autoridade no Céu e na Terra, e continuou: "Portanto ide, ensinai a todas as nações batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco até a consumação dos séculos, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado".

No dia da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, depois do discurso do Apóstolo Pedro, seus ouvintes perguntaram o que deveriam fazer e Pedro lhes disse: "Arrependei-vos, e que cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo".

Batismo

O Batismo é um "novo nascimento" e é realizado para a Salvação dos homens. Além disso, evidenciando a importância da doação da graça do Batismo, os Apóstolos em suas Epístolas indicavam que através do Batismo nós somos santificados, limpos e justificados. Pelo Batismo nós "morremos para o pecado" e renascemos para uma vida renovada. Somos "sepultados com Cristo" e ressuscitamos com Ele.

Haveis sido lavados e santificados, justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus. Fomos sepultados com Ele pelo batismo da morte. Então, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andaremos nós também na nova vida.

O Batismo é chamado de "momento da regeneração". O lado subjetivo do estado da alma da pessoa sendo batizada é indicado pelo Apóstolo Pedro, que chama o Batismo de promessa de uma boa consciência para com Deus. No Batismo o homem recebe no lugar da sua antiga existência uma nova vida, tornando-se um filho de Deus e um membro do Corpo de Cristo, um herdeiro da Vida Eterna.

Batismo

O Batismo é indispensável para todos, principalmente para as crianças, de modo que crescendo no corpo e no espírito elas possam crescer em Cristo. Nas Escrituras muitas vezes há menção do Batismo de famílias inteiras e em nenhum lugar é mencionado que as crianças foram excluídas.

É indispensável nessa questão que os pais oferecendo as crianças para o Batismo reconheçam toda a sua responsabilidade pela criação da criança batizada na Fé e na Virtude Cristã. Também importante é a responsabilidade que o padrinho da pessoa batizada toma sobre si. Os pais da criança devem ser cuidadosos na escolha do padrinho.

Numa família Cristã os próprios pais ensinam às suas crianças as verdades da Fé e suas obrigações morais, mas a destruição das bases da vida social contemporânea compele que se esteja em guarda para que a criança não permaneça sem orientação Cristã. Assim, um padrinho deve manter um contato espiritual estreito com seu afilhado e estar pronto para a qualquer momento oferecer um sincero auxílio Cristão.

baptism

O Batismo não é só um símbolo de limpeza e lavagem das máculas da alma, mas o início e a fonte de dons divinos que lavam e aniquilam todos os pecados e nos comunicam sobre uma nova vida. Todos os pecados são perdoados, tanto o pecado original quanto os pecados pessoais, e o caminho estará aberto para uma nova vida e a possibilidade de receber os dons de Deus.

Um crescimento espiritual maior depende do livre arbítrio do homem, mas como a tentação é capaz de encontrar simpatia na sua natureza, desde o dia da sua primeira queda o ser humano tem tido uma inclinação para o pecado. A perfeição moral não pode ser atingida sem batalha. Um homem encontra ajuda para essa batalha interior na vida dedicada a Deus.

Os Sacramentos fornecem mais ajuda nesta batalha, agindo como doadores da graça para o recém-batizado, como por exemplo, pelo intermédio do Sacramento da Crisma.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



04 outubro 2012

DECRETO SACRA TRIDENTINA SYNODUS - SACRED DECREE TRIDENTINE SYNODUS


SANTO-PAPA-PIO-X



                 DECRETO SACRA TRIDENTINA SYNODUS

1. O Sagrado Concílio de Trento, tendo em conta as inefáveis graças que provêm aos fiéis de receber a Santíssima Eucaristia (Sess. XXII, Cap. VI), diz: "Deseja na verdade o Santo Concílio que em cada uma das missas os assistentes comunguem, não só espiritual, mas também sacramentalmente". Estas palavras mostram assaz claramente o desejo da alegria de que todos os fiéis Cristãos tomem diariamente parte naquele celestial banquete, para dele auferirem mais abundantes frutos de santificação.

2. Estes desejos coincidem com aqueles em que estava abrasado Nosso Senhor Jesus Cristo ao instituir este Divino Sacramento. Pois Ele próprio indicou diversas vezes, com grande clareza, a necessidade de comer amiúde a Sua carne e de beber o Seu sangue, especialmente com essas palavras: "Este é o pão que desceu do céu; não como o maná que comeram nossos pais e morreram; quem come este pão viverá eternamente (Jo 6, 59)".

Facilmente podiam os discípulos deduzir da comparação do Pão dos Anjos com o pão e com o maná que, assim como o corpo se alimenta de pão diariamente, e cada dia eram recreados os hebreus no deserto com o maná, do mesmo modo poderia a alma Cristã comer e regalar-se diariamente, com o Pão do Céu. Além de que quase todos os Santos Padres da Igreja ensinam que o que se manda pedir na Oração dominical: "O pão nosso de cada dia", se há de entender não tanto do pão material, alimento do corpo, quanto da recepção diária do Pão Eucarístico.

3. Mas Jesus Cristo e a Igreja desejam que todos os fiéis Cristãos se aproximem diariamente do sagrado festim, principalmente para que, unidos com Deus por meio dos Sacramentos, ganhem forças para refrear as paixões, se purifiquem das culpas leves cotidianas e impeçam os pecados graves a que está exposta a fragilidade humana; não precisamente para honra e veneração de Deus, e recompensa ou prêmio conferido às virtudes dos que o recebem.(S. August., Serm. 57.in Math. De Orat. Dom., v. 7). Donde vem que o Sagrado Concílio de Trento chame à Eucaristia "O antídoto, com o qual nos livramos das culpas cotidianas e nos preservamos dos pecados mortais. (Sess. 13, Cap. II)".

4. Os primeiros fiéis Cristãos, compreendendo a saciedade esta vontade de Deus, todos os dias se acercavam desta Mesa de vida e fortaleza. "Eles perseveravam na doutrina dos Apóstolos e na comunicação da fração do Pão (At 2, 42)". E assim se fez também durante os séculos seguintes, não sem grande fruto de perfeição e santidade, como nos testificam os Santos Padres e escritores escolásticos. 

5. Mas decrescendo e esfriando pouco a pouco a piedade, e principalmente quando mais tarde grassava por toda parte a heresia jansenista, começou-se a disputar acerca das disposições necessárias para a comunhão freqüente e diária, e a exigi-las à porfia cada vez maiores e mais difíceis. Estas disputas deram em resultado que só pouquíssimos eram tidos na conta de dignos de receber diariamente a Santíssima Eucaristia e de tirar deste saudável Sacramento frutos abundantes, e contentando os demais com alimentar-se dele uma vez por ano, por mês, ou quando muito, por semana. E chegou-se a esse extremo de severidade, que se excluíam da freqüência da celestial Mesa classes sociais inteiras, como aos comerciantes, e às pessoas casadas.

6. Outros, por sua vez, perfilharam a opinião contrária. Considerando estes como ordenada por direito divino a Comunhão diária, para que não passasse um só dia sem comungar, sustentavam, além de outras coisas fora dos costumes aprovados pela Igreja, que devia receber-se a Eucaristia até na Sexta-feira Santa, e de fato a administravam. 

7. Não deixou a Santa Sé de cumprir o seu dever a este respeito. Pois, por um decreto desta Sagrada Congregação, que começa Cum ad aures, do dia 12 de fevereiro de 1679, aprovado por Inocêncio XI, condenou esses erros, e cortou os abusos, de qualquer classe social, sem excetuar de maneira alguma os comerciantes e os casados, fossem admitidas à Comunhão freqüente, segundo a piedade de cada um e o parecer de seu confessor. No dia 7 de dezembro de 1690 foi condenada pelo decreto Sanctissimus Dominus Noster, de Alexandre VIII, uma preposição de Baio que exigia daqueles que quisessem abeirar-se da sagrada Mesa, um amor de Deus puríssimo sem mescla de defeito algum. 

8. Contudo não desapareceu por completo o veneno jansenista que havia contagiado até as almas piedosas, sob color de honra e veneração devidas à Eucaristia. A discussão das disposições para comungar bem e com frequência, sobreviveu às declarações da Santa Sé; resultando daqui que até teólogos de nomeada julgaram que só se podia permitir ao fiéis a Comunhão cotidiana raras vezes, e preenchidas muitas condições.

9. Por outra parte, não faltaram homens dotados de ciência e de piedade que deram franco acolhimento a esse costume tão salutar e aceito a Deus, ensinando, estribados na autoridade dos Santos Padres, que nunca a Igreja tinha preceituado maiores disposições para a Comunhão diária que para a semanal ou mensal, que eram sobremodo mais abundantes os frutos da Comunhão diária, que os da semanal ou mensal.

10. As discussões sobre esse ponto aumentaram e exacerbaram-se em nossos dias; e com isso se inquieta a mente dos confessores e a consciência dos fiéis, com não pequeno dano da piedade e fervor Cristãos. Por isso homens ilustres e Pastores suplicaram encarecidamente ao Nosso Santíssimo Senhor Papa Pio X, que resolva com a sua suprema autoridade a questão cerca das disposições para receber diariamente a Eucaristia, para que esse costume tão salutar e tão agradável a Deus, não só não diminua entre os fiéis, mas sim aumente e se propague por toda parte, precisamente nestes tempos em que a Religião e Fé Católicas são combatidas de todos os lados e vai rareando e esfriando cada vez mais o verdadeiro amor de Deus e a piedade.

E Sua Santidade, devido ao seu zelo e solicitude, pede que o povo seja chamado ao sagrado banquete com muitíssima frequência e até diariamente, e aproveite os seus grandíssimos frutos, confiou a esta Congregação o exame e a resolução da referida questão. A Sagrada Congregação do Concilio, em sessão geral de 16 de dezembro de 1905, examinou detidamente este assunto, e pesadas maduramente as razões de um e outro lado, determinou e declarou o que segue:

1. Facilite-se a todos os fiéis, de qualquer ordem ou condição, a Comunhão frequente e diária, tão desejada por Cristo Nosso Senhor, e pela Igreja Católica: nem seja lícito proibir o acesso à sagrada Mesa a quem esteja em estado de graça e se aproxime com reta e pia intenção.

2. A intenção é reta quando vamos à Mesa eucarística, não por costume, nem por vaidade, ou por qualquer outro motivo humano, mas para cumprir a vontade de Deus, para mais nos unir com Ele por amor, e para buscar na Eucaristia o remédio divino em nossos defeitos e misérias.

3. A quem comunga frequente e diariamente convém muitíssimo fugir dos pecados veniais, ao menos dos plenamente deliberados, e até do afeto a eles. Mas basta estar isento do pecado mortal, com o propósito de não voltar a cair nele. Este propósito, quando é sincero, não pode fazê-lo quem comunga todos os dias sem que pouco a pouco venha a perder o afeto às culpas veniais.

4. Como os Sacramentos da Nova Lei, ainda que produzam seu efeito ex operato, são tanto mais abundantes em frutos quanto maiores são as disposições de quem os recebe, deve fazer-se diligentemente a preparação para a Sagrada Comunhão e dar depois desta a conveniente ação de graças, segundo as forças, condições e deveres de cada um.

5. Para que a Comunhão freqüente e diária se faça com mais prudência e maior fruto, deve pedir-se conselho ao confessor. E tenha o confessor cuidado para não desviar da Comunhão freqüente e diária ninguém que viva em estado de graça e se acerque da sagrada Mesa com reta intenção.

6. É claro que por meio da Comunhão freqüente ou diária se estreita a união com Cristo, se robustece a vida espiritual, se enriquece a alma com maior tesouro de virtudes, e se assegura melhor a vida eterna. Por isso os párocos, os confessores e os pregadores, em harmonia com a doutrina do citado Catecismo Romano, exortem frequentemente e com muita instância o povo Cristão a tão pia e salutar prática.

7. Promova-se a Comunhão freqüente e diária principalmente nos Institutos religiosos, de qualquer classe que sejam, para os quais, não obstante, fica em vigor o decreto Quemadmodum, de 17 de dezembro de 1890, dado pela S. C. dos Bispos e Regulares. Promovam-se também quanto for possível nos Seminários de Clérigos, cujos alunos aspiram ao ministério do altar, ou mesmo em qualquer outra classe de colégios Cristãos.

8. Se há alguns institutos, de votos simples ou solenes, cujas regras, constituições ou Calendários apontem e ordenem alguns dias de Comunhão, estas normas hão de ter-se como meramente diretivas e não como preceptivas. E o número prescrito de Comunhões há de considerar-se como o mínimo para os Religiosos piedosos. Pelo que se lhes deverá deixar sempre livre a Comunhão mais freqüente ou diária, segundo as normas anteriores deste Decreto. Mas para que todos os Religiosos dos dois sexos possam inteirar-se bem das disposições deste Decreto, os Superiores de cada uma das casas terão cuidado de que todos os anos, dentro da oitava do Corpo de Deus, seja lido à comunidade em língua vulgar.

9. Finalmente abstenham-se todos os escritores eclesiásticos, desde a promulgação deste Decreto, de toda a disputa ou discussão acerca das disposições para a freqüente e diária Comunhão.

Tendo dado conta de tudo isto ao N. Santíssimo Pio X Papa, Sua Santidade ratificou este Decreto dos Eminentíssimos Padres, confirmou-o e mandou-o publicar, não obstante qualquer coisa em contrário. Mandou, ademais, que se enviasse a todos os Ordinários e Prelados regulares, para que o comuniquem aos seus Seminários, Párocos, Institutos religiosos e Sacerdotes respectivamente, e deem conta à Santa Sé em seus relatórios do estado da Diocese ou Instituto, da execução do que nele se estabelece.


Roma, 20 de dezembro de 1905


21 agosto 2012

PAPA SÃO PIO X - POPE SAINT PIUS X - 21 de AGOSTO


                           PAPA DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

PAPA-SÃO-PIO-X

Celebramos hoje um Papa que mereceu ser reconhecido por Santo, embora na humildade típica das almas abençoadas, Giuseppe Sarto respondia àqueles que o chamavam de Santo: "Não Santo, mas Sarto".

Nascido em 1835 ao norte da Itália e de família muito simples e religiosa, o pequeno Giuseppe, com muito esforço e sacrifício conseguiu, com o apoio dos pais, estudar e entrar para o Seminário.


PAPA-SÃO-PIO-X

Com sua permanente autodefinição: "Um pobre Vigário da roça", Giuseppe Sarto percorreu com simplicidade o caminho que o Espírito Santo traçou da responsabilidade de Vigário de uma pequena aldeia até o Papado.

Tomando o nome de Pio X, chamava a atenção pela modéstia e pobreza que o possibilitava à vivência da sua idéia-força: "Restaurar todas as coisas em Cristo".

PAPA-SÃO-PIO-X

São Pio X foi Papa de 1903 a 1914. Ocupado com a pastoral, São Pio X realizou reformas na liturgia, favoreceu a comunhão diária e a comunhão das crianças, sendo que no campo doutrinal rebateu por amor à Verdade o relativismo moderno.

PAPA-SÃO-PIO-X

Sorridente, pai e pastor, São Pio X entrou no Céu com 79 anos, deixando para a Igreja o seu testemunho de pobreza, pois conta-se o fato que tomou dinheiro emprestado para comprar as passagens de ida e volta rumo ao conclave que o teria escolhido Papa, pois não acreditava num erro do Espírito Santo.


PAPA-SÃO-PIO-X

                                      São Pio X, rogai por nós!




02 agosto 2012

BIOGRAFIA DE GIUSEPPE SARTO - PAPA SÃO PIO X - POPE SAINT PIUS X



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Considerado o Papa do Santíssimo Sacramento, Giuseppe Sarto nasceu em Riese, Treviso. O glorioso São Pio X morreu em 1914, pouco antes da Primeira Guerra Mundial, depois de ter sido Papa por 11 anos.

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Foi uma alma escolhida para ser o vigoroso oponente do liberalismo que tentou, nos tempos modernos, contaminar a Igreja Católica para corromper os seus dogmas, e  associar os Católicos às irmandades sem nenhuma relação com Jesus Cristo ou com Nossa Senhora.

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São Pio X foi o grande Papa da Comunhão para todos, principalmente para os mais jovens. Nenhuma influência política pode fazê-lo alterar sua missão de Vigário de Cristo na Terra e o único legislador do mundo no qual tudo é pertinente a Deus.

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Chegou ao papado seguindo cada simples passo que um padre pode dar. Foi o primeiro Papa a ascender através de todas as ordens menores e maiores. De infância pobre, foi um dos oito filhos de um sapateiro de aldeia, sentiu o chamado para o sacerdócio na sua juventude.

Estudou em Pádua e foi reconhecido como um estudante extraordinário. Foi cura em Tombolo, pároco em Salzano, canonista em Treviso e diretor espiritual do seminário.

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Foi Bispo de Mântua, região da Família de São Luiz Gonzaga, patriarca de Veneza e Papa de Roma. Após 11 dias da morte de Leão XIII iniciou-se o Conclave. Os primeiros escrutínios indicavam a escolha do Cardeal Rampolla, que fora Secretário de Estado de Leão XIII.

Mas no dia 1º de agosto foi comunicado aos cardeais, no Conclave, o veto do Imperador da Áustria, Francisco José. Veto que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Imperador do Império Sacro Romano. Devido a isso, o Cardeal Giuseppe Sarto, passou a ser o preferido.

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Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja.

As únicas credenciais que apresentou para tudo o que fez foram: "Sou um simples padre". São Pio X publicou o decreto para a Comunhão das crianças de 7 anos, ao invés de 12 ou 14 como anteriormente.

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Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias. Revisou o Breviário e preparou o Catecismo.

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Sua grande batalha foi a luta contra o Modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como "síntese de todas as heresias". Reorganizou a cúria Romana, os elementos administrativos da Igreja e contestou a separação entre o Estado e a Igreja. Preparou o Código de Direito Canônico, que só foi publicado em 1917. Fundou o Instituto Bíblico. Seu único desejo foi: "Nasci pobre, vivi pobre e quero morrer pobre".

Sobre ele disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado: 

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais. Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento.

Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tratasse de dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

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Atribui-se à Pio X, ainda em vida, vários milagres. Relatam que pessoas doentes que tinham contato com ele se curavam, e sobre este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Um dos casos mais formidáveis ocorreu durante uma missa, quando ordenou a um padre que apagasse uma determinada vela do altar. Então, Pio X pegou esta vela e retirou de dentro uma bomba que fora ali colocada para estourar durante a missa. 

Mas com certeza o fato mais famoso foi a visão que Pio X teve em 1909. Ele dava uma audiência quando repentinamente "adormeceu". Logo em seguida "acordou" angustiado e disse: "Tive uma visão assombrosa. Será comigo ou com algum sucessor meu? Vi que o Papa deixará Roma, e para sair do Vaticano terá que passar sobre os cadáveres de seus padres."

Foi beatificado em 1951 e canonizado em 3 de Setembro de 1954 por Pio XII. A Igreja celebra a sua memória litúrgica nos dias 21 de agosto e 3 de setembro. É o patrono dos que fazem a Primeira Comunhão e dos peregrinos.

Dentre os milagres que realizou, um foi a cura da mãe de D. Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo de São Paulo, que em visita "ad limina" pediu sua intercessão.