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24 janeiro 2021

JESUS CRISTO E OS VERDADEIROS CRISTÃOS - JESUS CHRIST AND THE TRUE CHRISTIANS

JESUS-CRISTO

O princípio básico do Cristianismo é que devemos conduzir nossas vidas tomando como exemplo os Ensinamentos de Jesus. Sua essência divina provém do fato de que Jesus é o Filho perfeito e Único de Deus nascido no mundo para testemunhar o Amor do Seu Pai. O maior título de benemerência de Jesus é a Sua bondade.

09 agosto 2019

ECOS DO PASSADO CRISTÃO - ECHOES OF CHRISTIAN PAST

ECHOES-OF-CHRISTIAN-PAST

Atualmente conhecemos os fatos históricos e as verdades únicas que os primeiros cristãos testemunharam, mas isto não significa que devemos adotar os procedimentos próprios de um passado distante. Porém precisamos aceitar a possibilidade de que algumas das atuais doutrinas não estão corretas, ainda que as tenhamos adotado com todo o nosso espírito. Também devemos evitar o uso indiscriminado da teologia para a solução dos problemas.

Não precisamos mudar nossas crenças e atitudes com base no depoimento daqueles cristãos, pois eles interpretaram as Escrituras de maneira diferente da nossa. O Novo Testamento é a única autoridade e referência para os atuais cristãos, uma literatura cuja amplitude e força do seu significado estendeu-se através dos séculos, mas os que creem nas Escrituras compiladas pelos discípulos de Jesus, agora estão divididos entre diferentes denominações.

Esta variedade de linhas ou igrejas que compõem o Cristianismo contemporâneo não subsistem, pois cada uma altera o sentido dos Ensinamentos de Jesus para atrair mais fiéis. Assim, os cristãos sentem-se obrigados a fixar outra base de autoridade teológica, depositando demasiada confiança nos impressos religiosos emitidos pelos pastores e biblicistas, seguindo os novos credos que compõem e infestam este cristianismo falseado.

Mas quanta autoridade e valor carregam na realidade tais fontes cristãs? Nenhuma! Devemos nos apegar aos relatos dos primeiros cristãos, os escritores da Igreja primitiva, que equipararam seus ensinamentos ao mesmo nível dos escritos contidos no Novo Testamento. Desvendamos o que acreditavam estes antigos cristãos do final da época apostólica, e isto nos forneceu um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro disponível.

Os escritos daquela época carregavam em seu núcleo as crenças e práticas recebidas dos apóstolos de Jesus, mas existiam concepções únicas que os apóstolos não relataram ou explicaram claramente aos cristãos do primeiro século. Havia uma enorme diversidade intelectual e social entre estes cristãos primitivos, mas ainda assim eles não se dividiram entre diferentes seitas, denominações ou linhas de pensamento como as que encontramos na atualidade.

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Flávio Justino (100-165) foi um filósofo romano que sacrificou-se em defesa da religião cristã. Sua convicção nos Ensinamentos de Jesus era tão completa que foi martirizado por decapitação. O ponto central da apologética de Justino demonstrava que Jesus é o Logos, o primogênito de Deus, do qual deriva toda a sapiência da humanidade. O espírito aprazível de Justino transparecia nas suas concepções filosóficas e ele escreveu duas apologias em defesa dos cristãos.

Justino ensinou estudantes em Éfeso e Roma, marcando uma posição nítida em defesa da Fé cristã, pelo Deus dos cristãos contra os falsos deuses dos pagãos, o que lhe custou a vida. Era típico dos primeiros cristãos o espírito pouco contencioso e livre de preconceitos, não permitindo que a diversidade destruísse seu espírito aprazível e a Fé profunda. Ainda que intransigentes em sua obediência a Cristo, eram flexíveis nos pontos que os apóstolos não tinham fixado.

Uma cópia nunca reproduz exatamente seu original, e os fundamentos do cristianismo primitivo foram repassados de uma geração para outra, produzindo mudanças profundas na sua forma e conteúdo. Durante as duas primeiras gerações a maioria das mudanças foi suave, quase imperceptível, mas o efeito cumulativo dessas mudanças através de muitos séculos redundou em transformações verdadeiramente significativas para a concepção da religiosidade cristã.

De uma geração a outra qualquer idioma muda levemente, uma mudança tão lenta que mal nos damos conta. No entanto, através dos séculos, o efeito cumulativo de tantas mudanças leves produzirá uma linguagem muito diferente da original. Sabemos que o Cristianismo do segundo século já não era uma cópia exata do Cristianismo apostólico, mesmo estando os cristãos da época na geração subsequente à dos apóstolos. 

Porém, aquela época histórica não seria a única vantagem dos cristãos antigos, pois podiam ler o Novo Testamento no grego original. Em contraste, a maioria dos atuais cristãos sabe muito pouco a respeito da cultura e do ambiente histórico daquela época. Mesmo os eruditos que dedicaram uma vida inteira ao estudo da cultura e do ambiente histórico do período compreendido entre a Ressurreição e a edição do Novo Testamento, jamais poderão apreendê-lo como o entenderam aqueles que viveram nos tempos gloriosos após a Ressurreição de Jesus Cristo. 

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Certamente aqueles cristãos levaram uma vantagem importante e imprescindível quanto à compreensão oral e escrita do Novo Testamento. A primeira geração de fiéis teve a oportunidade de aprender pessoalmente com os apóstolos e também fazer-lhes perguntas pertinentes sobre a Vida de Jesus. Assistir aos apóstolos explicarem seus escritos não era um luxo, mas sim uma necessidade. Pedro ensinava aos cristãos em grego e eles entendiam perfeitamente os escritos gregos e a cultura em que viviam. 

Os cristãos antigos não tentaram viver suas vidas piedosas sem a ajuda de Deus, pois sabiam que não tinham o poder necessário para tal feito - eles tinham a plena convicção de que precisavam do Seu poder para continuar a seguir na íntegra os Ensinamentos de Jesus. Os que servem a Deus não excluem a Sua ajuda na própria vida, no entanto, o que sucede atualmente é que a princípio dependemos do poder de Deus, mas com o tempo começamos a afastar-nos Dele.

Geralmente este processo começa de forma gradual no interior do ser humano, na sua alma, e aparentemente continuamos a proceder em relação à vida da mesma forma sem nos dar conta da grave situação na qual incorremos. Mas o que de fato acontece é que as nossas orações tornaram-se formais ou obrigatórias e cumprimos automaticamente os Ensinamentos de Jesus, sempre com a mente focada em outras coisas, pessoas ou lugares, para no fim acharmos que dependemos só de Deus e não precisamos mais "perder tempo" em buscá-Lo!

Esta doutrina, a lógica dialética, teve a sua origem com Martinho Lutero (1483-1546), reformador alemão que pregou que somos incapazes de fazer o bem e que nosso desejo de amar a Deus dependia unicamente Dele. Este ensinamento foi a pedra fundamental do luteranismo, que produziu uma nação de cristãos alemães desobedientes e impiedosos. A nação alemã na época de Lutero era uma "sentina" de grosseria, imoralidade e violência, pois o esperar passivo para que Deus assumisse suas vidas não produziu uma Igreja nem uma nação piedosa.

Porém, os primeiros cristãos seguiram um outro caminho. Nunca disseram que o homem seria incapaz de fazer o bem ou de vencer o pecado em suas vidas, nem que alguém pudesse vencer todas as suas debilidades e seguir obedecendo a Deus, dia após dia, só com seu próprio juízo. Estes cristãos sabiam que lhes faltava o poder de Deus mas não esperavam passivamente que Ele fizesse toda a obra, pois acreditavam que o "estar com Deus" era uma interação entre homens e seu Criador.

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Um cristão tem que estar disposto a empenhar toda a sua força espiritual e a alma imortal no intuito de amar e bem servir a Deus, mas continuamos a precisar e depender de Deus sempre. Orígenes (184–253), escritor cristão, assim explicou: "Deus revela-se àqueles que, depois de dar tudo o que possam para encontrá-Lo confessam a necessidade da Sua ajuda". Os cristãos dos primeiros séculos acreditavam na procura premente da ajuda de Deus e que não deviam pedir só uma vez, mas sim persistir em pedir Sua ajuda diariamente.

Clemente (150-215), escritor e cristão grego ensinou aos seus discípulos: "Um homem que trabalha sozinho para libertar-se dos desejos pecaminosos nada consegue, mas quando manifesta um grande zelo e um real propósito neste apelo sente o poder de Deus, que colabora com os que almejam pela Sua ajuda. Mas para os que perdem este anseio o Espírito de Deus também se restringe, pois o ato de salvar os que não têm vontade é um ato de obrigação e para aqueles que têm empenho é um ato da Graça Divina".

Assim, vemos que a justiça Divina resulta da obra mútua entre o ser humano e Deus. Há um poder sem limites por parte de Deus, e a busca da Graça Divina significa como utilizaremos este Poder que nos é ofertado sem restrições. O anseio pela ajuda de Deus tem que nascer do cristão. Ensinou Orígenes: "Não somos objetos de madeira que Deus move a seu capricho, mas sim humanos capazes de almejar a Deus e de responder-Lhe. A mortificação dos nossos pecados não será fácil se não estivermos dispostos a sofrer no coração".

Antes de tentarmos avaliar as lições históricas herdadas dos primeiros cristãos, temos que apresentar uma boa explicação para seus poderes únicos, a Fé irrestrita e a obstinação implacável, pois não podemos negar o fato de que tinham um poder extraordinário. Mesmo os romanos pagãos tiveram que admitir este fato surpreendente, como relatou Lactâncio (240-317), o conselheiro de Constantino Magno ou Grande (272-337), o primeiro imperador romano "cristão" que governava na época:

"Quando vemos os homens lacerados por várias classes de torturas, parecendo indomados ainda que seus verdugos se fatiguem, devemos acreditar que o acordo entre estas pessoas e sua Fé invencível tem um verdadeiro significado. Vemos que a perseverança humana por si só não poderia resistir a tais torturas sem a ajuda de Deus. Vencem seus verdugos com o silêncio e nem sequer o fogo os faz gemer o mínimo. Facilmente poderiam evitar os castigos se assim o desejassem, ao negar Jesus Cristo, mas suportam de boa vontade porque confiam Nele".

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A Igreja atual e seus fiéis cristãos poderiam aprender lições valiosas daqueles primeiros cristãos, desde que suas concepções teológicas os situassem em condições de viver como cidadãos de outro Reino, ao lado de Deus, como indivíduos de outra cultura ou "espécie". A Igreja Católica primitiva apoiava seus cristãos até o fim e a mensagem da Cruz de Jesus era seguida à risca, como também a crença de que o ser humano precisava colaborar com Deus para conseguir um alto grau de excelência cristã nesta vida terrena.

Durante o século IV, ao findar a época do reinado de Flavius Valerius Constantinus (Constantino, o Grande), a Igreja Católica havia-se convertido num agrupamento de fiéis que reuniam-se a cada domingo, nas horas vespertinas, e que somente sabiam decorar certos credos e outras fórmulas doutrinais impostas pelo governo de Constantino. Somente por volta de 317 d.C. é que a Igreja passou a adotar símbolos que combinavam as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo, o "X" e "P" superpostos.

Assim, a maioria destes "novos cristãos constantinianos" não exercia qualquer contato pessoal com Deus, e a Igreja Católica sofria de intensa anemia espiritual. Opondo-se a esta negligência, o monge ascético Pelágio da Bretanha (350-423) começou a pregar vigorosas mensagens sobre o arrependimento e a santidade. Mas, para destacar a responsabilidade de cada pessoa perante o Criador, divulgou que os homens poderiam praticamente viver toda a vida sem pecado e que, desta forma, poderiam salvar-se sem a necessidade de depender da Graça Divina.

Agostinho de Hipona (354-430), o teólogo e filósofo Santo Agostinho cujas obras auxiliaram o desenvolvimento da Igreja, respondeu aos ensinamentos de Pelágio utilizando sua "famosa" abordagem teológica, indo a outro extremo e desenvolvendo "certas doutrinas": 

"Como resultado do pecado de Adão, os homens são totalmente depravados e totalmente incapazes de fazer o bem, de salvar-se ou de acreditar em Deus. A decisão de salvar uma pessoa e condenar a outra, de dar fé a uma pessoa e não a dar a outra, é totalmente arbitrária. Isto é, depende só de Deus e não de nós. Antes da criação do mundo, Deus arbitrariamente predestinou quem seria salvo e quem seria condenado, e aqueles que são predestinados para a condenação não podem ser salvos jamais. Não obstante, nem todos os que recebem o dom da Fé são predestinados para a Salvação, pois o dom de perseverar é um dom independente da Fé. A Salvação depende exclusivamente da Graça de Deus. A Fé, a obediência e a perseverança são dons de Deus".

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O monge Pelágio não pode combater os argumentos poderosos de Agostinho e suas pregações não tiveram qualquer repercussão. Mas a situação agravou-se quando Agostinho, reagindo à já extinta polêmica de Pelágio, negou completamente os escritos dos primeiros cristãos quanto ao livre arbítrio do homem e a sua responsabilidade de responder à graça de Deus para receber a Salvação. Assim, em seu lugar, Agostinho criou a doutrina fria e inflexível da predestinação arbitrária.

Mais uma vez a controvérsia entre Pelágio e Agostinho, agora com outros atores, retornou ao palco da Europa no século XVI, e novamente o tema central era a Salvação. Através dos séculos, a Igreja Católica Romana havia-se apartado da posição de Agostinho sobre a predestinação facultativa e ensinava que as boas obras também tinham um certo prestígio para alcançar a Salvação. Assim, a doutrina da Igreja agora parecia com a dos primeiros cristãos mas, para eles, as boas obras não eram nada mais do que a obediência aos mandamentos de Deus.

Porém, a situação agravou-se ainda mais quando os cristãos da Idade Média estenderam o significado da Salvação incluindo certas práticas cerimoniais, como as peregrinações a lugares santos, adoração de relíquias sagradas e a compra de indulgências. Na teologia católica a indulgência é a remissão total ou parcial das penas temporais cabíveis para pecados cometidos, que a Igreja concede após terem sido perdoados. Este fato desencadeou a reforma de Martinho Lutero (1483-1546), o protestantismo, como resposta ao abuso destas práticas. 

O Papa mantinha o poder de conceder indulgências tanto às pessoas vivas como também aos falecidos que estavam no purgatório - um local de sofrimento para purificação de crimes ou faltas cometidas - com a condição de que doações à Igreja ou a alguma obra de caridade fossem realizadas. Em 1517, o Papa Leão X autorizou que Johann Tetzel angariasse fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.

Johann Tetzel (1465-1519) foi um alemão católico e frade dominicano, além de inquisidor na Polônia e comissário para indulgências na Alemanha. Tetzel era um orador entusiástico que emitia vários comunicados e afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele manejava com destreza as preocupações dos cristãos com a própria alma imortal assim como com a dos parentes falecidos, cinicamente afirmando: "Tão logo tintilar a moeda no cofre, tão cedo a alma do seu ente querido saltará do purgatório!"

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Certa vez, um jovem de uma aldeia remota questionou Tetzel se a compra da indulgência lhe asseguraria o perdão eterno por qualquer tipo de pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel, inflado de satisfação e concupiscência. Mas insistiu o jovem pecador: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia imoral ainda não cometida eu seria perdoado?" Entusiasmado com a ingenuidade excessiva do rapaz Tetzel afirmou: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande ou grave!" Com isso, o jovem sorriu e comprou a sua indulgência precoce.

Muitos dias depois, ao terminar de recolher os frutos do seu lucrativo negócio naquele distante e humilde povoado, Tetzel continuou sua peregrinação social em direção ao próximo vilarejo. Mas, inoportunamente no meio caminho, ele deparou-se com uma dupla de saqueadores que levaram todo o dinheiro que tinha ganho com as indulgências e aplicaram-lhe uma boa surra. Depauperado, abriu um olho e reparou que o ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência precoce, resguardando-se do pecado que iria cometer!

Mas as afirmações de Tetzel também não ficaram sem respostas, pois foram desafiadas pelo monge Martinho Lutero que, ardendo com indignação desmedida, confrontou Tetzel e refutou todas as suas afirmações ridículas e ministrou-lhe uma nova surra. Como a Igreja nada fazia para conter e calar Tetzel, Lutero redigiu e fincou 95 proposições contra as indulgências no portal da Igreja em Wittenburg, na Alemanha, propondo a realização de um debate público sobre a validade da bula das indulgências.

O fogo que começou a arder em Wittenburg teria se extinguido caso não existisse uma recente invenção daquela época: a tipografia. Sem que Lutero autorizasse, suas proposições foram impressas e distribuídas por toda a Europa, e assim desencadeou-se o confronto final entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero voltou-se para um outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia inexistente porque, como monge agostiniano, nada fez além de ressuscitar a antiga e esquecida retórica de Agostinho.

Seguindo as ideias de Agostinho, Lutero propôs que a Salvação dependia exclusivamente da predestinação e que o ser humano não produzia nada de bom ou mesmo teria a capacidade de acreditar em Deus. Lutero sustentou que Deus concede o dom da Fé e das boas obras a quem Ele quer: "Deus concede aos predestinados segundo Sua vontade desde antes da criação do mundo, e aos demais Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna". Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.

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Martinho Lutero também tomou emprestado outras doutrinas de Agostinho, inclusive a da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres a suprimirem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras: "Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada e não da graça. Qualquer camponês que morra se perderá de corpo e alma: será do diabo por toda a eternidade".

Continuou o ensandecido Lutero: "Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração. Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti, uma morte mais bendita não há".

Sem vacilar, os nobres seguiram as palavras de Lutero massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e executados. Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo caminhou de um lado a outro, de um extremo ao outro, mas acabou por voltar ao IV século da Era Cristã. A Reforma de Lutero fracassou, porque não foi um retorno ao espírito dos primeiros cristãos, nem aos Ensinamentos de Jesus. 

Os cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo pois não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. No entanto ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História. A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja!

Ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos, mas no sentido verdadeiro o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros cristãos. Ensinou Jesus: "Se não faço as obras de meu Pai, não acreditais em mim. Mas se as faço, mesmo que não acreditais em mim, crede nas obras, para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e Eu estou no Pai".






01 abril 2013

O SANTO SUDÁRIO, UMA EXPLOSÃO DE LUZ - THE HOLY SHROUD, AN EXPLOSION OF LIGHT

HOLY-SHROUD

Em 2013, o Professor Giulio Fanti e cientistas da Universidade de Pádua, utilizando testes no espectro da luz infravermelha e reagentes químicos, dataram a idade do Sudário de Turim provando a sua existência no período de 300 a.C. a 400 d.C.  O Santo Sudário é o tecido de linho, medindo aproximadamente 4,40 x 1,20 metros, que serviu de mortalha para Jesus na ocasião da Sua morte na Cruz.

Na avaliação científica foi utilizada a espectroscopia de infravermelho trabalhando exclusivamente em ligações covalentes, que é de largo uso na química orgânica, e também a espectroscopia Raman: uma técnica fotônica de alta resolução que informa a química e estrutura de qualquer material orgânico ou inorgânico, permitindo assim sua identificação.

O cientista Giulio Fanti afirmou, após a conclusão do estudo, que a impressão da imagem no Sudário foi criada por um evento sobrenatural, como um "flash" de luz ultravioleta, e que apenas os modernos lasers ultravioletas poderiam criar algo semelhante com intervenção humana.

"A imagem do Sudário de Turim foi criada por uma explosão de energia ultravioleta, gravando seus efeitos no tecido de linho no momento da Ressurreição de Jesus Cristo", acrescenta o Professor Giulio Fanti, catedrático na Faculdade de Engenharia da Universidade de Pádua.

SANTO-SUDÁRIO

As primeiras referências ao Santo Sudário encontram-se na Bíblia. Mateus relata que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus Cristo com um pano de linho limpo, e João que os apóstolos viram no túmulo de Jesus, após a Ressurreição, um tecido de linho dobrado. No século IX, o Sudário foi encontrado em Edessa, pertencente ao império bizantino, e transferido para Constantinopla.

Durante a ocupação de Constantinopla pelos Cruzados, no ano de 1204, testemunhos escritos atestaram a presença do Sudário no local. A história do Santo Sudário é mais documentada a partir do século XII. Registros históricos mostram que um tecido ostentando a imagem de um homem crucificado existiu na pequena cidade de Lirey, na França, nos anos 1353 a 1356. Estava na posse de Geoffroi de Charny, que morreu na batalha de Poitiers em 1356.

Depois de várias confirmações históricas da presença do Sudário em locais distintos, em 1532 o Sudário estava sendo mantido no convento franciscano em Chambéry, capital da região de Savoia. Nesta época, um incêndio na capela onde estava armazenado ocasionou o derretimento da prata do relicário, pela ação do calor do fogo, o que produziu uma queimadura simetricamente disposta através das camadas do tecido dobrado.

As freiras do convento repararam este dano com remendos, que podem ser vistos atualmente no Sudário. Em 1578, Emmanuel Philibert, Duque de Savoia, ordenou que o Santo Sudário fosse transferido de Chambéry para Turim, onde permaneceu na sua Catedral desde então. A próxima exposição pública do Santo Sudário está agendada para 2025.

SANTO-SUDÁRIO

Em 1932, realizou-se a primeira pesquisa científica sobre o Sudário de Turim. Assim relatou o Dr. Pierre Barbet na sua análise médico-científica concluída na imagem estampada no tecido de linho: "Na face havia sinais de contusões, o nariz estava fraturado na cartilagem, descolado do osso, e no corpo foram contados 120 sinais de golpes de açoite produzidos por dois flageladores, um de cada lado da vítima.

O flagelo utilizado foi o que se usava na época do Império Romano, composto de duas ou três correias de couro, terminando em pequenos ossos de pontas agudas ou pequenas travas de chumbo nas extremidades. Duas chagas marcavam o ombro direito e omoplata esquerdo. O peito, muito saliente, indicava a terrível asfixia suportada durante a agonia. Os pulsos apareciam perfurados, tendo o prego perfurante seccionado em parte o nervo mediano, fazendo contrair o polegar para dentro da palma da mão.

Pela a curvatura das pernas e as perfurações nos pés, tem-se a nítida visão de que o esquerdo foi sobreposto ao direito e presos ao madeiro por um único prego. Os dois joelhos estavam chagados. Havia um sinal de sangramento produzido por uma grande ferida no lado direito do tórax. Foram observadas 50 perfurações na fronte, cabeça e nuca, compatíveis com uma coroação de espinhos".

Foi uma constatação científica totalmente coerente com a descrição bíblica da Paixão de Nosso Jesus Cristo. Tratava-se realmente do tecido de linho que envolvera o corpo do Redentor, quando este foi descido da Cruz para ser sepultado, acrescentou o cientista.

SANTO-SUDÁRIO

Em 1978, cientistas americanos do "Turin Research Project" realizaram uma série de exames no Santo Sudário, totalizando 140.000 horas de pesquisas. Estas incluíram a microscopia eletrônica, raio-X, espectroscopia, fluorescência ultravioleta, termografia e análises físico-químicas.

Os resultados dos exames provaram que a imagem mostrada no tecido de linho não poderia ter sido criada por mãos humanas. As manchas de sangue que marcam o Sudário estavam gravadas em positivo, ao contrário do restante da imagem que está em negativo.

Tratava-se realmente de sangue humano, tipo AB, exatamente o mesmo encontrado no famoso milagre de Lanciano, na Itália. O especialista e botânico suíço, Max Frei, identificou incrustado no tecido o pólen de plantas diferentes, pertencentes a época e local da crucificação de Jesus.

Na análise do Sudário pelos especialistas em fotografia, John Jackson e Eric Jumper, constatou-se que a imagem gravada no tecido de linho foi impressa de maneira tridimensional, de tal forma que é possível conhecer a distância entre o tecido e as diversas partes da impressão da imagem do corpo.

Para a reconstituição da tridimensionalidade, utilizou-se um equipamento denominado VP-8. Os dois especialistas tiraram várias fotos do Sudário e, ao introduzi-las no aparelho, aos poucos formou-se uma imagem tridimensional que parecia emergir gradativamente do tecido de linho, formando a face de Jesus Cristo. John exclamou, ao ver a imagem emergindo da foto: "Jesus Cristo ressuscitou".

Após a série de exames, os cientistas afirmaram que a imagem impressa no Sudário de Turim foi criada por alguma forma de energia eletromagnética, como uma explosão de luz.









25 julho 2012

O SANTO SUDÁRIO - THE HOLY SHROUD


SANTO-SUDÁRIO

O primeiro estudo sobre o Sudário que se tornou público foi a análise médico-científica feita pelo dr Pierre Barbet, em 1932. As conclusões, descritas no livro A paixão de Cristo segundo o cirurgião  foram impressionantes: "Na face havia sinais de contusões, o nariz estava fraturado na cartilagem descolado do osso, no corpo foram contados 120 sinais de golpes de açoite, produzidos por dois flageladores, um de cada lado da vítima".

"O flagelo utilizado foi o que se usava no Império Romano, composto de duas ou três correias de couro, terminando em pequenos ossos de pontas agudas, ou em pequenas travas de chumbo com duas bolas nas extremidades, Duas chagas marcavam o ombro direito e o omoplata esquerdo, o peito muito saliente denotava a terrível asfixia suportada durante a agonia, os pulsos apareciam perfurados, tendo o prego perfurante secionado em parte o nervo mediano, fazendo contrair o polegar para dentro da palma da mão."

"Pela a curvatura das pernas e as perfurações nos pés, tem-se a nítida impressão de que o esquerdo foi sobreposto ao direito e presos ao madeiro por um único prego, os dois joelhos estavam chagados, havia um sinal de sangramento, produzido por uma grande ferida, no lado direito do tórax. Foram observadas 50 perfurações na fronte, cabeça e nuca, compatíveis com uma coroação de espinhos".

Não havia mais dúvidas. Era uma constatação científica, totalmente coerente com a descrição evangélica da Paixão de Nosso Jesus Cristo. Tratava-se realmente do Santo Sudário que envolvera o corpo do Redentor, quando este foi descido da Cruz para ser sepultado.

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Nos Estados Unidos se formou um grupo de investigação científica que, em 1978, foi até Turim com 40 toneladas de aparelhagem. Os cientistas realizaram uma série de exames num total de 140.000 horas. Dentre os vários testes aplicados, cumpre destacar fotos e microscopia eletrônica, raio-X, espectroscopia, fluorescência ultravioleta, termografia e análises químicas.

Os resultados dos exames laboratoriais demonstraram que o desenho que aparecia no pano não poderia ter sido feito por mãos humanas. Até agora não foi explicada a formação da imagem no Sudário. Não se trata de pintura nem da compressão do tecido sobre o corpo de um cadáver. A hipótese mais provável levantada por alguns cientistas sugere que ela foi produzida, numa fração de segundos, semelhante a um clarão de uma explosão nuclear, como a  de Hiroshima, que imprimiu a imagens de pessoas nas paredes.

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As manchas de sangue que marcam o tecido estão gravadas em positivo ao contrário do restante da imagem que está em negativo. Trata-se realmente de sangue humano, de tipo sanguíneo AB, exatamente o mesmo encontrado no famoso milagre de Lanciano, na Itália. O criminologista e botânico suíço, Max Frei, identificou células de pólen de 49 plantas diferentes presentes no tecido. Elas são originárias da Palestina, da Turquia e da Europa, exatamente, as regiões percorridas pelo Santo Sudário.

Foram verificados dois objetos circulares colocados sobre os olhos. Trata-se de duas moedas. A primeira, o dilepto lituus, produzido na Palestina no governo de Pôncio Pilatos entre os anos 29 e 32 d.C. A segunda moeda identificada foi cunhada por Pilatos em homenagem a Júlia, mãe do imperador romano Tibério, em 29 d.C. Colocar moedas sobre os olhos do morto, para manter as pálpebras fechadas, fazia parte dos ritos funerário judaicos da época de Jesus. Elas também confirmam as datas dos Evangelhos: "Eram do ano décimo quinto do reinado do Imperador Tibério César, Pôncio Pilatos era governador da Judeia".

SANTO-SUDÁRIO

Dois oficiais da Força Aérea norte-americana, John Jackson e Eric Jumper, analisando o Sudário perceberam que a figura foi impressa de maneira tridimensional, de tal forma que é possível conhecer a distância entre o tecido e as diversas partes do corpo. Para a reconstituição da tridimensionalidade, utiliza-se um aparelho chamado VP-8.

Jackson e Jumper tomaram uma simples fotografia do Sudário e a introduziram no aparelho. Qual não foi o seu espanto ao constatar que se constituiu uma imagem tridimensional que parecia emergir gradativamente do pano como na Ressurreição.

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Eles exclamaram: Cristo ressuscitou! 



A VENERAÇÃO DAS RELÍQUIAS - THE WORSHIP OF RELICS



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A palavra relíquia, etimologicamente significa restos, reliquiae, com referência ao corpo humano ou partes do mesmo. Num sentido mais amplo, são chamadas relíquias também os objetos que tiveram um contato com uma pessoa que se venerava, como as suas vestes, os objetos que usou e, mais especialmente, os instrumentos de seu martírio ou de sua penitência.

As relíquias são veneradas pelo povo Cristão não por si mesmas, mas em razão das pessoas com as quais estão ligadas.

Desde suas origens a Igreja venerou as relíquias, primeiramente as dos mártires e logo também as dos Santos. Este culto começou com o martírio de Santo Inácio de Antioquia, e a Igreja de Esmirna considerou os restos de seu bispo e mártir São Policarpo mais preciosos do que o ouro.

Assim começou a venerá-los celebrando solenemente todos os anos o aniversário dos seus martírios.

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Se a relíquia estava constituída pelo cadáver inteiro se chamava corpus, se por parte do mesmo, será ex-ossibus ou ex-capillis. As relíquias procedentes somente do contato com o corpo eram chamadas pelos antigos  de brandea, memoriae, nomina, pignora e sanctuaria.

As edificações levantados sobre os sepulcros dos mártires se chamavam basilicae ou ecclesiae ad corpus, o que quer dizer, erigidas precisamente no lugar do seu sepulcro. Os primeiros Cristãos gostavam de ser enterrados junto aos sepulcros dos mártires e, por isso, estas basílicas chamavam-se cemiteriais.

O culto das relíquias está intimamente vinculado ao culto dos santos. Portanto, assim como o culto dos santos exerce um grande influxo na vida espiritual, mediante o exemplo de sua vida, assim também o culto das relíquias pode influir muito no incremento da vida interior.

Com efeito, as relíquias são algo concreto e visível, posto que se trata de partes físicas do corpo do santo. A veneração, o contato, o beijo da relíquia, segundo as leis psicológicas, comovem, excitam a admiração e induzem à imitação do herói Cristão.

VENERAÇÃO-RELÍQUIAS

Ademais, há que se admitir, a intervenção sobrenatural do santo cujas relíquias se veneram e cuja intervenção se pede ante a Deus. As relíquias dos santos são para nós como um documento tangível das suas vidas espirituais, enquanto nos mostram de que modo alcançaram uma perfeição tal que lhes valeu a canonização ou beatificação e o culto público.

Não há dúvida de que tudo isso constitui um grande incentivo para a perfeição da vida espiritual.

A Igreja não só recomendava a veneração das relíquias mas se preocupava também em desterrar os abusos e irreverências. Exigia que as relíquias fossem autenticadas mediante documento escrito e oficial, expedido pela autoridade competente, para que pudessem ser expostas ao culto público dos fiéis.

A exposição pública, a fabricação ou a venda de uma relíquia falsa era punida com a excomunhão "ipso facto".








24 julho 2012

AS RELÍQUIAS DE SÃO JOÃO BATISTA - THE RELICS OF SAINT JOHN THE BAPTIST


VENERAÇÃO-RELÍQUIAS

Os cientistas encontraram novas evidências de que as relíquias supostamente pertencentes a São João Batista, descobertas por arqueólogos búlgaros no verão de 2010 na ilha de Sveti Ivan são autênticas.

O relicário foi descoberto pela expedição do prof. Kazimir Popkonstantinov, em 28 de julho de 2010. Dentro do sarcófago de mármore estavam partes de braços, os ossos do crânio e um dente.

Os arqueólogos ainda naquela altura expressaram a sua confiança de aquelas serem as relíquias de São João Batista.

A autenticidade dos achados foi confirmada pela data da sepultura, século V, e pelo fato de as relíquias terem sido colocadas de acordo com os cânones da Igreja, na base do altar durante a construção de uma nova Igreja no mosteiro.

O patrono da Igreja era precisamente São João Batista!