03 agosto 2012

A TÁBUA DE DISPILIO PODE ABALAR A HISTÓRIA DA ESCRITA - THE DISPILIO BOARD CAN SHAKE THE HISTORY OF WRITING


TABUA-DISPILIO

Em 1993, às margens do Lago Kastoria, um terreno pantanoso e remanescente do período neolítico, situado perto da aldeia de Dispilio, o professor George Hourmouziadis e sua equipe desenterraram a Tábua de Dispilio: um tablete de madeira que continha vários símbolos antigos e misteriosos.

A tábua foi datada pelo processo do carbono 14 e chegou-se à data de 7300 anos.

Durante a revelação da sua descoberta para o mundo, o professor Hourmouziadis alegou que o texto gravado na tábua não poderia ser revelado levianamente, pois iria desafiar e abalar a atual história das origens da escrita e da língua dos povos na Terra, causando um impacto sem prededentes no meio científico.

De acordo com o professor, um catedrático da arqueologia na Universidade Aristóteles de Thessaloniki, os símbolos sugerem que a atual teoria de que os gregos antigos receberam seu alfabeto de uma civilização antiga do Oriente Médio como os babilônios, sumérios, fenícios, etc, não consegue fechar a lacuna histórica de 4000 anos.

Esta lacuna significa que enquanto as civilizações orientais antigas usavam ideogramas para expressar-se, os gregos antigos usavam sílabas de forma similar às que usamos hoje no Ocidente.

A teoria histórica aceita e ensinada sugere que os gregos antigos desenvolveram a linguagem escrita a partir dos fenícios por volta de 800 a.C. Mas, como é possível que a língua grega tenha 800.000 palavras, sendo classificada como a maior língua dentre todas as conhecidas no mundo, enquanto que a segunda colocada contém somente 250.000 palavras?

Como foi possível que os poemas homéricos tenham sido escritos em 800 a.C., quando foi justamente nessa época que os gregos aprenderam a escrever segundo os especialistas?

De acordo com os linguistas, seria impossível para os gregos antigos escreverem esses trabalhos poéticos sem terem uma história literária de pelo menos 10.000 anos. A Tábua de Dispilio é 2.000 anos mais antiga do que os escritos da era dos sumérios e 4.000 anos do que os de Creta.

De acordo com as declarações do professor Hourmouziadis, os sinais da tábua não representam figuras humanas, o Sol ou a Lua, ou ideogramas geralmente representados nos escritos antigos. Na verdade, eles mostram sinais que indicam ser um resultado de processos cognitivos.

A tábua foi parcialmente danificada quando exposta ao ambiente rico em oxigênio fora da lama em que esteve submersa por um longo período, mas agora está sob conservação e cuidados profissionais.

Uma publicação acadêmica completa será concluída e publicada quando for terminado o trabalho de conservação e recuperação da Tábua de Dispilio.


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