A URSS havia sido desmantelada e desapropriada pela autoridade do ex-presidente Gorbachev e do primeiro presidente da Rússia, Yeltsin. Na época, a Ucrânia declarava sua neutralidade e amizade com a Rússia. Com sua parcela de infraestrutura soviética, da indústria pesada e seus 50 milhões de trabalhadores diligentes, a Ucrânia tinha recursos mais do que suficientes para prosperar. No entanto, os nazis neocons americanos não estavam satisfeitos com essa solução. Eles queriam sangue, domínio total e a vitória em um jogo de soma zero.
Eles deliberadamente transformaram a Ucrânia em uma ameaça mortal aos russos, uma faca permanentemente posicionada na garganta da Rússia. Eles estabeleceram laboratórios de armas biológicas e construíram bases militares subsidiadas pela OTAN. Finalmente, começaram a estrangular economica e violentamente Donbass, a parte da Ucrânia povoada pelos russos. Donbass havia sido arbitrariamente incorporado à Ucrânia por decisão das autoridades soviéticas por volta de 1920, e permaneceu solidamente russo na população e no idioma.
Esta diversidade não era um problema para uma URSS forte, mas o estado fraco da Ucrânia não podia tolerar nenhuma voz dissidente. O presidente russo Vladimir Putin herdou a configuração e estava disposto a deixar a Ucrânia manter sua independência. Ele assinou o acordo de Minsk, garantido pela Alemanha e a França, de que Kiev permitiria a autonomia de Donbass. Novamente, os mesmos neocons nazis renegaram o acordo. Mais tarde, eles admitiram que o assinaram para ter tempo de rearmar a Ucrânia. Kiev também renegou a declaração de neutralidade e amizade com a Rússia, e o reconhecimento da Rússia na independência da Ucrânia.
Eles ignoraram o clamor de Vladimir Putin, em dezembro de 2021, para manter a paz permanente. Em fevereiro de 2022, apenas algumas semanas antes da planejada invasão conjunta pela Ucrânia e a OTAN, a Rússia iniciou sua Operação Militar Especial na Ucrânia. Suas forças rapidamente se moveram para Kiev, tomaram o aeroporto e avançaram para Kharkov, uma grande cidade predominantemente russa. Naquela época, a Ucrânia pediu a paz, e prontamente o novo tratado de paz russo-ucraniano foi rubricado em Istambul.
Novamente, Putin endossou a autonomia para Donbass, a neutralidade para a Ucrânia e o reconhecimento da língua russa onde quer que fosse falada. Porém, o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, veio a Kiev e convenceu os líderes ucranianos a renegarem esse acordo e retomar a guerra. Assim, a guerra continuou com pequenas mudanças na fronteira, enquanto que a Ucrânia era 'drenada' de centenas de milhares de homens de combate. Inevitavelmente, a iniciativa na guerra passou para as mãos russas e agora é firmemente deles.
Enquanto isso, a Rússia permaneceu uma terra pacífica com exceção das áreas escassamente povoadas de Kursk, aonde fazia fronteira com a Ucrânia. O peso da luta foi comandado pelo exército profissional da Rússia, ou seja, guerreiros bem pagos, e não por soldados regulares ou tropas mobilizadas. Atualmente, as lojas russas estão bem abastecidas, os teatros russos estão cheios, e o povo russo está contente. E aqueles que não estão contentes, não reclamam. Os russos geralmente aceitam a fórmula estóica: 'O prego que sobressai é logo martelado'.
Tanto protestar quanto expressar aprovação apaixonada ao esforço de guerra podem ser igualmente punidos com severidade. O herói de guerra Strelkov e o pacifista Kagarlitzky, mais a Sra. Berkovich, dramaturga judia, e a Srta. Kevorkova, escritora pró-palestina, encontram-se igualmente na prisão. O escopo das prisões não é particularmente alarmante. E de acordo com ONGs pró-ocidentais, cerca de 1.300 homens e mulheres foram levados ao tribunal por expressar todas as formas de dissidência. E isso é dez vezes menor do que a lista atual de milhares de prisioneiros políticos da Ucrânia.
Em 2022, essa estatística foi melhorada por uma onda de migração para fora da Rússia, pelas pessoas que se viram discordando da guerrae e votaram com os pés. Enquanto estavam no exterior, alguns deles publicaram opiniões anti-guerra e depois relutaram em voltar para casa. Muitos dos emigrantes se mudaram para Israel e obtiveram cidadania israelense. Quando a guerra estourou entre Israel e seus vizinhos árabes, esses refugiados russos apoiaram principalmente o genocídio em Gaza, provando assim que não eram pacifistas, mas apenas inimigos pró-Israel e pró-Ocidente da Rússia.
A auto-remoção dessas pessoas ajudou a Rússia quando as autoridades expressaram seu apoio cauteloso à Palestina. O movimento passou sem controvérsia pública. Como todos os países desenvolvidos, a Rússia é amaldiçoada com um forte lobby israelense, bem entrincheirado na esfera cultural; mas pelo menos na Rússia é menos poderoso do que nos EUA e no Reino Unido. Ao longo dos anos, os membros mais ativos do lobby judaico partiram para Israel, dizimando seus números. Ainda assim, o que resta é forte o suficiente para bloquear todas as publicações de qualquer sentimento pró-palestino.
Sem surpresa, o lobby israelense domina a Ucrânia. Quase todos os oligarcas ucranianos e figuras da mídia são de origem judaica. Eles também são totalmente contra o Trump. Muitas pessoas ao redor do mundo estão surpresas que os judeus na América votam nos democratas, mesmo que Trump fosse claramente melhor para Israel. Há um grande segredo escondido aqui. Todas as nações naturalmente acham os judeus problemáticos, e os judeus, como verdadeiros judocas, aprenderam a canalizar esse sentimento a seu favor. Você é contra os judeus? Então apoie Israel, eles dizem.
As paradas gays em Tel Aviv são obviamente antijudaicas, sendo baseadas na negação dos valores judaicos tradicionais (shlilat ha-golah) em hebraico. Você é contra Israel? Então apoie os judeus! Rabinos conservadores cantarão para você canções doces sobre seu ódio ao sionismo. Essa tática 'cara ou coroa' não é uma ideia nova desde a década de 1930 do século passado. Adolf Hitler e Benito Mussolini discutiram sobre isso. Este último recomendou que eles aceitassem fascistas judeus como Jabotinsky como aliados. Hitler se opôs, e Benito aprendeu que tais aliados decepcionariam nos momentos inoportunos.
Hoje em dia a fórmula foi simplificada: os nazistas apoiam Israel e os progressistas apoiam os judeus internacionais. E não sobrou ninguém que seja contra ambos. Essa alquimia de dividir para conquistar funciona enquanto os judeus e Israel permanecerem horríveis como são. Algumas pessoas são ousadas o suficiente para admitir que os sionistas são criminosos, mas então imediatamente se cobrirão de correção política idolatrando os judeus. Vice-versa também é uma opinião viável: os judeus são um problema que precisa ser resolvido, e o Estado de Israel é essa solução.
Esta é uma manobra dialética elementar, mas até Hitler foi fisgado por esse artifício, sendo um inimigo de Jesus Cristo e da Sua Igreja. Assim, ele apoiou os judeus em sua principal tarefa; em sua luta contra Cristo. Como os russos gostariam de ver o mundo foi bem expresso pelo presidente Vladimir Putin em seu memorável discurso na conferência de Valdai. Os leitores tiveram um vislumbre disso no artigo de Pepe Escobar. Putin pediu um mundo sem hegemonia, sem facções internacionais, sem jogos de soma zero, com total soberania e independência de todos os estados.
Mas isso é muito diferente do que temos atualmente, e acontece de ser uma inversão dos planos dos neocons. Essa é a atitude russa operante: eles a empregam em suas relações com a China e gostariam de desfrutar de uma relação de trabalho tão eficaz com os EUA. Para eles, o MAGA movement é ótimo; deixe os EUA serem grandes desde que não usem essa grandeza para esmagar outros estados independentes. Porém, os EUA não terão mais permissão para hegemonia global e cadeias militarizadas de nações satélites. Faça o que quiser mas não interfira com os outros. É por isso que os russos apoiam a vitória de Trump.
Eles acham que ele luta por eles também, desfazendo os planos de apreensão mundial do judaísmo internacional e sua subsidiária integral, os democratas. O que quer que ele faça dentro dos EUA é problema dele, e o povo russo está totalmente preparado para desfrutar do espetáculo de suas manobras políticas. Os russos veem a vitória republicana como se os americanos tivessem se livrado de suas correntes sionistas. Eles se perguntam por que tantos americanos são totalmente cativados pela narrativa judaica e porque os EUA estão dispostos a gastar toda a sua riqueza em Israel.
Eles não podem deixar de notar que os homens americanos são circuncidados e que é a pátria do sionismo cristão. A atitude russa em relação aos judeus é a da Igreja: Sicut Judaeis Non. Não machucamos os judeus, nem permitimos que eles nos machuquem. Os russos têm um respeito modesto pelos judeus como o povo do Antigo Testamento. Eles admiram as histórias dos hebreus corajosos lutando contra a influência imperial romana, mas isso não se estende ao ponto de permitir que os judeus desmantelem a Rússia pela segunda vez.
A Rússia resistiu à guerra da OTAN na Ucrânia sem suar a camisa. Enquanto isso, observou como grandes cidades nos EUA e no Reino Unido foram devastadas pela violência da 'esquerda principalmente pacífica', liderada em grande parte por organizações judaicas como a Black Lives Matter. Para os russos, a vitória de Trump significa o fim da violência progressiva na América, e talvez no exterior também. Veremos! Este é um momento emocionante para estar vivo como comentaristas pensantes. Tantas nuances a serem exploradas são cuidadosamente ignoradas pela grande mídia. O silêncio dominante nunca foi tão cheio de espaços vazios!