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05 dezembro 2024

GUERRA, PARA QUE TE QUERO - WAR, WHAT DO I WANT YOU FOR

GUERRA, PARA QUE TE QUERO

A URSS havia sido desmantelada e desapropriada pela autoridade do ex-presidente Gorbachev e do primeiro presidente da Rússia, Yeltsin. Na época, a Ucrânia declarava sua neutralidade e amizade com a Rússia. Com sua parcela de infraestrutura soviética, da indústria pesada e seus 50 milhões de trabalhadores diligentes, a Ucrânia tinha recursos mais do que suficientes para prosperar. No entanto, os nazis neocons americanos não estavam satisfeitos com essa solução. Eles queriam sangue, domínio total e a vitória em um jogo de soma zero.

Eles deliberadamente transformaram a Ucrânia em uma ameaça mortal aos russos, uma faca permanentemente posicionada na garganta da Rússia. Eles estabeleceram laboratórios de armas biológicas e construíram bases militares subsidiadas pela OTAN. Finalmente, começaram a estrangular economica e violentamente Donbass, a parte da Ucrânia povoada pelos russos. Donbass havia sido arbitrariamente incorporado à Ucrânia por decisão das autoridades soviéticas por volta de 1920, e permaneceu solidamente russo na população e no idioma.


Esta diversidade não era um problema para uma URSS forte, mas o estado fraco da Ucrânia não podia tolerar nenhuma voz dissidente. O presidente russo Vladimir Putin herdou a configuração e estava disposto a deixar a Ucrânia manter sua independência. Ele assinou o acordo de Minsk, garantido pela Alemanha e a França, de que Kiev permitiria a autonomia de Donbass. Novamente, os mesmos neocons nazis renegaram o acordo. Mais tarde, eles admitiram que o assinaram para ter tempo de rearmar a Ucrânia. Kiev também renegou a declaração de neutralidade e amizade com a Rússia, e o reconhecimento da Rússia na independência da Ucrânia.

Eles ignoraram o clamor de Vladimir Putin, em dezembro de 2021, para manter a paz permanente. Em fevereiro de 2022, apenas algumas semanas antes da planejada invasão conjunta pela Ucrânia e a OTAN, a Rússia iniciou sua Operação Militar Especial na Ucrânia. Suas forças rapidamente se moveram para Kiev, tomaram o aeroporto e avançaram para Kharkov, uma grande cidade predominantemente russa. Naquela época, a Ucrânia pediu a paz, e prontamente o novo tratado de paz russo-ucraniano foi rubricado em Istambul.



Novamente, Putin endossou a autonomia para Donbass, a neutralidade para a Ucrânia e o reconhecimento da língua russa onde quer que fosse falada. Porém, o então primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, veio a Kiev e convenceu os líderes ucranianos a renegarem esse acordo e retomar a guerra. Assim, a guerra continuou com pequenas mudanças na fronteira, enquanto que a Ucrânia era 'drenada' de centenas de milhares de homens de combate. Inevitavelmente, a iniciativa na guerra passou para as mãos russas e agora é firmemente deles.

Enquanto isso, a Rússia permaneceu uma terra pacífica com exceção das áreas escassamente povoadas de Kursk, aonde fazia fronteira com a Ucrânia. O peso da luta foi comandado pelo exército profissional da Rússia, ou seja, guerreiros bem pagos, e não por soldados regulares ou tropas mobilizadas. Atualmente, as lojas russas estão bem abastecidas, os teatros russos estão cheios, e o povo russo está contente. E aqueles que não estão contentes, não reclamam. Os russos geralmente aceitam a fórmula estóica: 'O prego que sobressai é logo martelado'.



Tanto protestar quanto expressar aprovação apaixonada ao esforço de guerra podem ser igualmente punidos com severidade. O herói de guerra Strelkov e o pacifista Kagarlitzky, mais a Sra. Berkovich, dramaturga judia, e a Srta. Kevorkova, escritora pró-palestina, encontram-se igualmente na prisão. O escopo das prisões não é particularmente alarmante. E de acordo com ONGs pró-ocidentais, cerca de 1.300 homens e mulheres foram levados ao tribunal por expressar todas as formas de dissidência. E isso é dez vezes menor do que a lista atual de milhares de prisioneiros políticos da Ucrânia.

Em 2022, essa estatística foi melhorada por uma onda de migração para fora da Rússia, pelas pessoas que se viram discordando da guerrae e votaram com os pés. Enquanto estavam no exterior, alguns deles publicaram opiniões anti-guerra e depois relutaram em voltar para casa. Muitos dos emigrantes se mudaram para Israel e obtiveram cidadania israelense. Quando a guerra estourou entre Israel e seus vizinhos árabes, esses refugiados russos apoiaram principalmente o genocídio em Gaza, provando assim que não eram pacifistas, mas apenas inimigos pró-Israel e pró-Ocidente da Rússia.


A auto-remoção dessas pessoas ajudou a Rússia quando as autoridades expressaram seu apoio cauteloso à Palestina. O movimento passou sem controvérsia pública. Como todos os países desenvolvidos, a Rússia é amaldiçoada com um forte lobby israelense, bem entrincheirado na esfera cultural; mas pelo menos na Rússia é menos poderoso do que nos EUA e no Reino Unido. Ao longo dos anos, os membros mais ativos do lobby judaico partiram para Israel, dizimando seus números. Ainda assim, o que resta é forte o suficiente para bloquear todas as publicações de qualquer sentimento pró-palestino.

Sem surpresa, o lobby israelense domina a Ucrânia. Quase todos os oligarcas ucranianos e figuras da mídia são de origem judaica. Eles também são totalmente contra o Trump. Muitas pessoas ao redor do mundo estão surpresas que os judeus na América votam nos democratas, mesmo que Trump fosse claramente melhor para Israel. Há um grande segredo escondido aqui. Todas as nações naturalmente acham os judeus problemáticos, e os judeus, como verdadeiros judocas, aprenderam a canalizar esse sentimento a seu favor. Você é contra os judeus? Então apoie Israel, eles dizem.


As paradas gays em Tel Aviv são obviamente antijudaicas, sendo baseadas na negação dos valores judaicos tradicionais (shlilat ha-golah) em hebraico. Você é contra Israel? Então apoie os judeus! Rabinos conservadores cantarão para você canções doces sobre seu ódio ao sionismo. Essa tática 'cara ou coroa' não é uma ideia nova desde a década de 1930 do século passado. Adolf Hitler e Benito Mussolini discutiram sobre isso. Este último recomendou que eles aceitassem fascistas judeus como Jabotinsky como aliados. Hitler se opôs, e Benito aprendeu que tais aliados decepcionariam nos momentos inoportunos.

Hoje em dia a fórmula foi simplificada: os nazistas apoiam Israel e os progressistas apoiam os judeus internacionais. E não sobrou ninguém que seja contra ambos. Essa alquimia de dividir para conquistar funciona enquanto os judeus e Israel permanecerem horríveis como são. Algumas pessoas são ousadas o suficiente para admitir que os sionistas são criminosos, mas então imediatamente se cobrirão de correção política idolatrando os judeus. Vice-versa também é uma opinião viável: os judeus são um problema que precisa ser resolvido, e o Estado de Israel é essa solução.


Esta é uma manobra dialética elementar, mas até Hitler foi fisgado por esse artifício, sendo um inimigo de Jesus Cristo e da Sua Igreja. Assim, ele apoiou os judeus em sua principal tarefa; em sua luta contra Cristo. Como os russos gostariam de ver o mundo foi bem expresso pelo presidente Vladimir Putin em seu memorável discurso na conferência de Valdai. Os leitores tiveram um vislumbre disso no artigo de Pepe Escobar. Putin pediu um mundo sem hegemonia, sem facções internacionais, sem jogos de soma zero, com total soberania e independência de todos os estados.

Mas isso é muito diferente do que temos atualmente, e acontece de ser uma inversão dos planos dos neocons. Essa é a atitude russa operante: eles a empregam em suas relações com a China e gostariam de desfrutar de uma relação de trabalho tão eficaz com os EUA. Para eles, o MAGA movement é ótimo; deixe os EUA serem grandes desde que não usem essa grandeza para esmagar outros estados independentes. Porém, os EUA não terão mais permissão para hegemonia global e cadeias militarizadas de nações satélites. Faça o que quiser mas não interfira com os outros. É por isso que os russos apoiam a vitória de Trump.



Eles acham que ele luta por eles também, desfazendo os planos de apreensão mundial do judaísmo internacional e sua subsidiária integral, os democratas. O que quer que ele faça dentro dos EUA é problema dele, e o povo russo está totalmente preparado para desfrutar do espetáculo de suas manobras políticas. Os russos veem a vitória republicana como se os americanos tivessem se livrado de suas correntes sionistas. Eles se perguntam por que tantos americanos são totalmente cativados pela narrativa judaica e porque os EUA estão dispostos a gastar toda a sua riqueza em Israel.

Eles não podem deixar de notar que os homens americanos são circuncidados e que é a pátria do sionismo cristão. A atitude russa em relação aos judeus é a da Igreja: Sicut Judaeis Non. Não machucamos os judeus, nem permitimos que eles nos machuquem. Os russos têm um respeito modesto pelos judeus como o povo do Antigo Testamento. Eles admiram as histórias dos hebreus corajosos lutando contra a influência imperial romana, mas isso não se estende ao ponto de permitir que os judeus desmantelem a Rússia pela segunda vez.



A Rússia resistiu à guerra da OTAN na Ucrânia sem suar a camisa. Enquanto isso, observou como grandes cidades nos EUA e no Reino Unido foram devastadas pela violência da 'esquerda principalmente pacífica', liderada em grande parte por organizações judaicas como a Black Lives Matter. Para os russos, a vitória de Trump significa o fim da violência progressiva na América, e talvez no exterior também. Veremos! Este é um momento emocionante para estar vivo como comentaristas pensantes. Tantas nuances a serem exploradas são cuidadosamente ignoradas pela grande mídia. O silêncio dominante nunca foi tão cheio de espaços vazios!

GUERRA, PARA QUE TE QUERO


31 outubro 2024

FDI, O EXÉRCITO DO MAL - IFD, THE ARMY OF EVIL


FDI, O EXÉRCITO DO MAL

Para executar seu 'genocídio particular' contra a Palestina, Israel bombardeou e destruiu sistematicamente hospitais, mesquitas, universidades, campos de refugiados, prédios residenciais, mercados, rotas de fuga e instalações de infraestrutura, e também executou médicos que atendem à Faixa de Gaza utilizando atiradores militares, atropelou vários civis palestinos vivos, lançou ataques de mísseis de precisão contra os trabalhadores responsáveis pela ajuda alimentar dos refugiados e bombardeou as ambulâncias de resgate deliberadamente, bloqueando as rotas de fuga ao bombardear as 'rotas seguras' para os palestinos.

22 agosto 2020

A MATANÇA DE CRISTÃOS - THE KILLING OF CHRISTIANS

MATANÇA-CRISTAOS

Na época do Império Romano os cristãos suportaram ciclos regulares de perseguição, como na época do incêndio de Roma, em 64 AD, quando o imperador Nero culpou-os pela tragédia. Porém o autor do incêndio foi o próprio imperador, pretendendo contornar os poderes decisórios do Senado para reconstruir uma 'Nova Roma' a seu bel-prazer.

14 março 2019

A ERA DOS KHAZARES - THE ERA OF KHAZARS

KHAZARS

No mundo pré-cristão mediterrânico, o oligárquico império da Babilônia estendia-se desde o Golfo Pérsico a leste até o Mar Vermelho ao Sul. A "prostituta da Babilônia" citada no Apocalipse de São João não era uma construção metafísica, mas sim uma abordagem realista e crítica da mais proeminente oligarquia familiar da Mesopotâmia.

Outro centro oligárquico poderoso encontrava-se na Fenícia, outrora situada no litoral da atual Síria. Sua população de mediterrâneos de origem semita canaanita descendia do contingente populacional que habitava Canaã em 2800 a.C. No mundo grego, o centro do saber oligárquico era cidade de Delfos, sede do principal templo dedicado ao deus Apolo, onde filosofavam seus principais pensadores: Licurgo de Esparta  e  depois, Aristóteles.

Segundo Aristóteles, a sujeição a uma autoridade despótica é uma faceta inerente à natureza humana, pois nascemos para servir e para tal função pré-existimos. O formalismo de Aristóteles — a doutrina segundo a qual as verdades científicas são puramente formais e repousam nas convenções — reduziu a questão do conhecimento humano à uma crua percepção dos fatos existentes, contemplando a criatividade humana com o infame conceito da época: "Os plebeus são apenas animais irracionais".

Mas as Eras sucederam-se umas às outras, e o longo e tortuoso caminho da humanidade através da História agora transportou-nos ao quinto século da Era Cristã, para as estepes russas e ao litoral Mediterrâneo, duas regiões pertencentes ao reino dos khazares. Esta será a história da saga destes beligerantes guerreiros caucasianos que dominaram grande parte do Hemisfério Norte.

KHAZARS

Atualmente, por ambições étnicas, os khazares tornaram-se as entidades dominantes dos debates políticos pertinentes ao avanço do sionismo internacional. Porém, fortes evidências históricas desvendaram a verdadeira etnologia deste povo misterioso — sem nenhuma ascendência semita canaanita — e sua conexão com a História.

Estudos genéticos sobre os judeus não encontraram evidências de uma origem entre os khazares, ao contrário: "Inúmeras evidências apontaram para uma herança genética misturada originária no Oriente Próximo, entre os povos do Crescente Fértil". O estudo do DNA mitocondrial foi realizado por uma equipe liderada por Martin B. Richards, Universidade de Huddersfield, que não encontrou linhagens maternas e paternas atribuíveis à região do Cáucaso.

Richards resumiu seus resultados: "Nenhum DNA mitocondrial provém do norte do Cáucaso, localizado ao longo da fronteira entre a Europa e a Ásia, entre os mares Negro e Cáspio. Todos os nossos estudos atualmente disponíveis, incluindo o meu, devem desbancar completamente uma dos mais questionáveis, mas ainda tenaz, hipótese de que a maioria dos judeus pode traçar suas raízes para o misterioso Reino da Khazaria, que floresceu durante o século IX na região do Império Bizantino e o Império Persa".

No quinto século, a Khazaria era a maior nação da Terra em extensão territorial, ocupando uma área equivalente à metade da atual Rússia: estendendo-se desde o oeste da Hungria até o leste do Mar Aural, limitada ao norte pelo Rio Volga e ao sul pelas montanhas do Cáucaso. O império dos khazares abrigava uma uma imensa população composta por pagãos eslavos, notáveis por sua ferocidade e crueldade para com seus inimigos.

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Os khazares mantinham um exército permanente com centenas de milhares de guerreiros, que guardavam vastos territórios entre o Cáucaso e o Mar de Aral, desde os Montes Urais até as estepes ucranianas. Eles descendiam dos povos indo-europeus que habitaram a Europa central e oriental há mais de sete mil anos!

Em 632 d.C., após a morte de Maomé, os exércitos árabes iniciaram a "guerra-santa" visando conquistar as terras setentrionais, aniquilando populações e arrasando vilarejos até serem detidos pela barreira do Cáucaso, a região montanhosa entre o mar Negro e o Cáspio que inclui sua grande cordilheira e as planícies adjacentes.

Sem este intransponível impedimento geológico a História da Europa e do Mundo Cristão teria sido vastamente diferente do que é hoje, pois foi no Cáucaso que os árabes enfrentaram os khazares e sofreram várias derrotas humilhantes — uma guerra que durou mais de um século e efetivamente impediu que a Europa adotasse o islamismo como religião oficial.

Estas vitórias dos khazares moldaram os séculos vindouros da Plena Idade Média e os desdobramentos sociopolíticos que acabaram por definir a Europa, a Ásia e o Oriente Médio. Há muita evidência histórica apontando para esta raça de guerreiros tão violentos que eram temidos pelos povos da época. O cronista árabe, Ibn-Said al-Maghribi descreve os khazares:

"Eles vivem ao norte, onde a terra é fria e úmida, tendo sobre suas cabeças a constelação do Plough (Ursa Maior). Sua tez é branca e seus olhos azuis, seu cabelo é avermelhado e seus corpos grandes, com aspecto selvagem e destemido. Quando um chefe militar envia suas tropas eles não recuam em nenhuma circunstância, pois quando derrotados, cada um que retornasse seria morto e esquartejado pelo "bek" (chefe khazar) e seus soldados, que cortavam o guerreiro em dois e penduravam o resto pelo pescoço, assim a derrota não era uma opção viável e todos lutavam até a morte". 

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Os rituais dos khazares eram primitivos e sua estrutura religiosa era centrada no xamanismo, incorporando o culto aos espíritos (deus "Tengri") e a zoolatria. Esta era a religião da maioria dos khazares desde que o cristianismo ortodoxo era professado apenas pela elite e a realeza, já convertidos pela influência do Império Bizantino e cristãos armênios locais.

Historiadores confirmaram que os khazares não descendem da etnia de Judah, uma atual reivindicação sionista devido à personalidade de base e alta linhagem daquela Família. Os atuais descendentes dos khazares são: os russos, bielo-russos, ucranianos, búlgaros, sérvios, croatas, macedônios, eslovenos, tchecos, eslovacos, poloneses e os lusácios (leste da Alemanha), entre outros.

O reino da Khazaria atingiu seu auge de poder e influência em 750 d.C., e sua sentença de morte deveu-se à chegada dos vikings, os sagazes invasores e conquistadores bárbaros. Nos séculos VIII a XI, Anno Domini, este povo escandinavo de navegadores, guerreiros e mercadores já percorria a costa européia, alcançando a Groenlândia, o Canadá, a América e as principais vias náuticas do Hemisfério Norte.

Assim, a ferocidade lendária dos khazares foi suplantada pelos experientes e incansáveis vikings, que não se dignavam a negociar uma trégua e nem se abatiam até que não fôsse mais possível aniquilar seu inimigo — os vikings preferiam o ouro manchado de sangue ao lucro certo de qualquer atividade mercantil.

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O enfraquecimento da influência militar dos khazares na Ásia e no Mediterrâneo foi fortemente determinante na dissolução do Império Bizantino. No final da Era dos Khazares, estes já não possuiam suas guarnições poderosas postadas nas fronteiras orientais, nem para evitar um ataque viking ou uma invasão suicida dos terríveis mongóis. Assim, acabaram por permitir que seu território fôsse invadido e saqueado. O antigo reino dos Khazares era uma sombra do passado e, enfraquecido pelas guerras constantes, foi dizimado!

Estes fatos, aliados às facções dissidentes dentro da própria Khazaria, resultaram na dispersão dos khazares por toda a região da atual Rússia e através da Europa Oriental, causando novamente uma nova reformulação da História da Humanidade.

O fim do reino dos Khazares não foi precipitado pelas batalhas decisivas perdidas ou sucumbindo às forças invasoras superiores durante um longo período, pois tudo ocorreu gradualmente. Mesmo assim, mantiveram suas defesas de prontidão até a metade do século XII, quando uma devastadora invasão perpetrada pelo imperador mongol Gengis Khan (1162-1227), capitaneando um exército de 250.000 indivíduos, selou o destino final daquele povo guerreiro.

Porém, mesmo depois desta última derrocada arrasadora, os khazares continuaram a enviar um imenso contingente populacional, centenas de grupos de migrantes, objetivando a ocupação gradativa dos territórios não subjugados pelos inimigos. Assim, o soerguimento destes novos assentamentos na Europa e na Ásia ainda mantiveram uma esperança no renascimento da "Nova Era dos Khazares", mas era tarde demais para os verdadeiros "pais" dos eslavos do Hemisfério Norte.



01 maio 2017

A GUERRA MUNDIAL ASSIMÉTRICA - THE ASYMMETRIC WORLD WAR

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Uma nova classe de conflito mundial assola implacavelmente as nações: a guerra assimétrica. O mundo está sendo impulsionado para uma direção irreversível que fatalmente resultará na guerra atômica. A ordem global está se desmantelando e as instituições internacionais são claramente impotentes diante do caos instaurado à medida que a violência atinge proporções assustadoras.

Desde 2001, trava-se uma guerra formal contra os terroristas muçulmanos, desde que forças norte-americanas e russas intervieram nas guerras civis das nações islâmicas. Agora, através dos seus ataques aéreos em apoio ao governo da Síria, o presidente russo Vladimir Putin incitou uma guerra por procuração contra os EUA — uma jogada geopolítica para garantir um acordo sobre a Ucrânia.

A base de operações russa em território sírio permite maior capacidade no combate aéreo, missões de reconhecimento e a intensa vigilância com drones sobrevoando todo o Oriente Médio. O fator crucial é a aliança da Rússia com o Irã, um aliado da Síria, e com o Iraque, cuja liderança convocou o presidente russo para combater os terroristas do ISIS, também inimigos do presidente sírio Bashar al-Assad.

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Especialistas concordam que o poderio militar dos EUA e da OTAN superam o dos russos e chineses numa guerra convencional. Mas as guerras assimétricas não são conflitos convencionais, onde a geografia e a política permitem a vitória do ardiloso. O orçamento das forças armadas americanas é dez vezes o da Rússia, o que resulta em maior capacidade de manter seu poderio mundial.

Os russos já modernizaram suas forças armadas prevendo o conflito com os EUA, mas a evolução da eletrônica aplicada desenvolvida pelos americanos, obliterando radares e sinais de satélite, atingiram níveis irreais. A Rússia também desenvolveu um bombardeiro estratégico supersônico com capacidade de lançar artefatos nucleares do espaço exterior. 

Enquanto isso, a guerra assimétrica intensificou-se no Ocidente, pois a Al-Qaeda e o ISIS alastraram-se e criaram mais de 100 franquias e células terroristas por todo o globo. Eles demonstraram sua capacidade de radicalizar o jihadista solitário e estimulá-lo a realizar seus ataques pelo mundo. Mas este conflito não é a próxima rodada do choque das civilizações cristãs e muçulmanas que estiveram em guerra durante um milênio.

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A iconografia jihadista e suas referências contra os Cruzados, bem como a lamentação sobre as derrotas sofridas no passado, evidente nas declarações de que a jihad islâmica reconquistará as terras perdidas pelos muçulmanos nos séculos IX ao XII, assim como a prática jihadista de distinguir os Cristãos, especialmente os do Clero, como os eleitos à execução imediata, só reforçam a noção da guerra por vingança.

Existem cerca de 200.000 jihadistas ativos no mundo de hoje, e grande parte é composta por grupos subordinados à liderança central islâmica. Outros 250.000 militantes adicionais já obtiveram treinamento ou experiência no campo de batalha — jihadistas comprometidos não ativos. As agências de inteligência estimam que existem 50.000 jihadistas comprometidos espalhados pela Europa e nos Estados Unidos.

Além disso, há um número significativo de simpatizantes que aprovam o movimento jihadista e apoiam financeiramente os terroristas, embora  não participem ativamente da violência, e este é o grupo mais difícil de identificar. Mas este grupo representa 20% da população muçulmana  mundial, um grupo de apoio aos terroristas com mais de 400 milhões de indivíduos! 

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A luta contra uma força que contabiliza 500.000 combatentes e 400 milhões de simpatizantes claramente é uma guerra aberta, mas as usuais regras de combate e protocolos estratégicos não servirão neste campo de batalha. Não venceremos com as antigas estratégias nem com táticas concebidas num modelo de correção política, e perderemos se não admitirmos que já estamos vivenciando a Guerra Mundial Assimétrica.

Existiram conflitos travados por forças assimétricas, e não há nada de novo nessas guerras. O conflito entre o IRA e a Grã-Bretanha e entre americanos e vietnamitas são exemplos de tais confrontos. O que difere o conflito jihadista é que o combate acontece no mundo todo, com várias linhas de frente nas principais cidades do Ocidente, envolvendo forças policiais e paramilitares numa extensão sem  precedentes.

A caracterização da violência jihadista é uma vingança contra os Cristãos, ou mesmo a continuação da histórica luta cristã-muçulmana que teve início no século VIII. O fato é que explicitamente escolheram como oponente a cultura ocidental nas suas formas cristã e secular. O que eles defendem é a substituição da cultura ocidental pela alternativa radical islâmica, objetivo que tem a simpatia da população muçulmana.

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Estes terroristas identificam-se como muçulmanos, utilizam o simbolismo da iconografia islâmica e as tradições do Corão para justificar suas  pérfidas ações. Além disso, acrescenta-se o fato de que uma identidade muçulmana corrompida está no cerne do movimento jihadista. Assim é a Guerra no século XXI — não é uma guerra convencional embora envolva a utilização de forças militares ao redor do mundo.

Nunca travamos uma guerra como esta e não temos uma doutrina abrangente de como tal guerra deva ser combatida ou uma estratégia coerente para derrotar os adversários. Dependemos predominantemente dos militares, embora seja claro que numa guerra de idéias a força militar nunca será a solução definitiva. Esta será uma guerra que atravessará gerações e exigirá gastos e sacrifícios significativos.

Mesmo que aniquilemos o Estado Islâmico e seus terroristas, novas e reeditadas organizações islâmicas levantar-se-ão prontas para assumir o antigo manto da liderança jihadista. A derrota do ISIS e da Al-Qaeda não vai acabar com a violência dos muçulmanos espalhados pelo mundo, mas sim, os transformará em novas organizações com outros atores articulando o mesmo enredo de morte aos "infiéis".


21 fevereiro 2017

O PAPA E A GUERRA SANTA - THE POPE AND THE HOLY WAR

PAPA-GUERRA-SANTA

O Ocidente que os jihadistas agora aterrorizam deixou-se enfraquecer. Uma combinação de correção política, medo de ofender, combater e relutância em perturbar a estabilidade ilusória, levou a uma incrível série de oportunidades para a jihad islâmica.

20 novembro 2015

A IMIGRAÇÃO ISLÂMICA E O ISIS AFUNDARÃO O MUNDO NO CAOS - ISLAMIC IMMIGRATION AND ISIS WILL SINK THE WORLD IN CHAOS


ISIS-ISLAMIC-IMMIGRATION

O islã pretende destruir a civilização ocidental e a religião cristâ disseminando o radicalismo do islamismo socio-político. O crescimento do islamismo no mundo não foi teve sucesso através conversão direta, mas incentivada pelo nascimento destes novos adeptos.  A expressiva taxa de natalidade dos muçulmanos, sete vezes maior que a média ocidental, garante uma preponderância sobre as populações sujeitas à ocupação islâmica.

Mantidos os atuais níveis de imigração e invasão muçulmana, os europeus serão uma minoria nos seus próprios países dentro de poucas décadas. O baixo índice da taxa de natalidade dos europeus, menos de dois filhos por casal, não permitirá manter o crescimento estável da população nativa. Por outro lado, a religião islâmica permite a poligamia e prática de manter escravas sexuais entre os adeptos.

Se você ainda não está convencido do perigo que representa a migração avassaladora de muçulmanos para o Ocidente, saiba que os estupradores, criminosos e terroristas de plantão infiltraram-se neste êxodo. Dados oficiais revelam que 10.000 jihadistas do ISIS, veteranos do holocausto na Síria, Iraque e Iêmen, aproveitaram a ausência dos controles fronteiriços para voltar para casa ou mudar-se para os países do Leste Europeu.

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Durante a revista destes imigrantes considerados jihadistas do ISIS ou da Al Qaeda, foram descobertos iPhones, cartões ATM (caixa automático), vários passaportes e dinheiro vivo ($5.000 dólares/média), o que dificilmente estaria na posse dos legítimos refugiados da guerra. Estes terroristas vão zombar dos hipócritas líderes esquerdistas que acolheram este flagelo sub-humano que transformará a União Europeia num Terceiro Mundo islâmico. Literalmente num buraco do infernal!

Uma recente pesquisa da polícia sueca revelou que os milhares de muçulmanos residentes no país, que constituem apenas 2% da população nativa, são responsáveis por 80% dos estupros da nação, tornando a outrora pacífica Suécia detentora do título de país com a segunda maior taxa de estupros do mundo, só perdendo para a África do Sul e o Brasil. Nos enclaves islâmicos suecos os agentes públicos são recebidos a tiros, e o governo considera estas áreas como "no man's land".

A estratégia islâmica consiste em incentivar a imigração em massa de muçulmanos para o Ocidente e a ocupação de territórios nas cidades invadidas, visando a consequente formação dos enclaves islâmicos e, posteriormente, promover o casamento de muçulmanos com as mulheres ocidentais. Os perpetradores do plano já foram instruídos a procriar de forma intensiva, criando uma prole de novos muçulmanos e logo depois requerer o divórcio, repetindo o processo ad infinitum.

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A segunda parte da estratégia consiste na construção de mesquitas nos países-alvo. Atualmente, as milhares de mesquitas erguidas nos EUA, França, Reino Unido e nas nações europeias superam a quantidade de Igrejas Cristãs construídas em toda a história da humanidade. Os muçulmanos consideram que os ocidentais são uns fracotes: "Eles não conseguem ter filhos e não praticam sua fé. São facilmente conquistáveis" apregoam os mulás da lei corânica, que também consideram que os cristãos estão engajados numa "Nova Cruzada"; mas por dentro se borram de medo!

Mas se não houver resistência dos cristãos, ainda protegidos pelos braços fortes da ciência e da milenar cultura ocidental, a civilização ruirá e será substituída pela Era do Obscurantismo. Para proteger os últimos cristãos do Oriente Médio devemos vencer a guerra contra o ISIS (Islamic State of Iraq and Syria). A imigração em massa para a Europa facilitou o caminho para que as organizações fundamentalistas terminassem sua tarefa de torturar e exterminar estes cristãos.

Um Oriente Médio sem o Cristianismo não terá identidade ou valor, pois é o local histórico onde Jesus Cristo nasceu e viveu. Naquelas terras áridas Jesus proclamou Seu Evangelho que se espalhou pelo mundo, centenas de anos antes do surgimento da religião de Maomé. Mas este muçulmano não veio para pregar o bem ou trazer a paz como ensinou Jesus; pois Maomé formou um exército de matadores atraídos por um deus que sancionava a pilhagem, o estupro e a escravização de mulheres e crianças como simples despojos da guerra.

ISIS-IMIGRACAO-ISLAMICA

O grupo terrorista ISIS conta com um número expressivo de combatentes mas não dispõe de armas adequadas para uma guerra contra as potências militares, e só conseguem atingir efetivamente uma nação através dos atos terroristas. Assim, limitam-se a criar convulsões locais no Oriente Médio através dos atentados, subjugando a população inocente através das ameaças e da tortura explícita, amoral, como as decapitações em massa. É uma forma tacanha, maldosa e extremamente covarde de expressarem seus valores, visando inspirar alguns imitadores de plantão!

A maior parte do território conquistado pelo ISIS teve pouca oposição da população local que considerava estes terroristas um aliado contra a civilização ocidental. "Foi psicologicamente agradável apoiá-los e não havia qualquer consequência negativa", respondiam. Mas, chegou a hora de lidar com os intensos bombardeios, a premente invasão das topas aliadas e a inevitável ocupação dos seus vilarejos. Todas as nações que compõe a OTAN se envolverão nesta estratégia de reconquista!

Os ataques aéreos já infligem severos danos à infraestrutura precária do ISIS, mas são estrategicamente ineficientes para vencer uma guerra. A batalha principal deve acontecer em campo com as forças terrestres convencionais apoiadas pelas nações do Oriente Médio contrárias à dominação do ISIS. A campanha terrestre precisa ser liderada por exércitos ocidentais de primeiro nível, contando com a colaboração logística e o contingente militar das nações vizinhas para que mantenham as fronteiras fechadas e impeçam que os terroristas escapem quando forem acuados ou destruídos.

ISIS-IMIGRACAO-ISLAMICA

"Eis que venho em breve e a minha recompensa está comigo, e retribuirei a cada um de acordo com o que fez. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Felizes os que lavam as suas vestes e assim têm direito à árvore da vida, e podem entrar na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades sexuais, os assassinos, os idólatras e todos aqueles que amam e praticam a mentira. Eu enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente às Igrejas. Eu sou a resplandecente Estrela da Manhã". 






31 maio 2014

CAVALEIROS TEMPLÁRIOS, UMA SAGA DE HEROÍSMO - TEMPLAR KNIGHTS, A SAGA OF HEROISM


CRUZADAS

As Cruzadas foram constituídas no ano de 1095 e, no decorrer delas, percebeu-se a necessidade da instituição de grupos particulares de cidadãos armados, milícias paramilitares Cristãs, para proteger as vias de acesso da população e dos guerreiros em suas campanhas no Oriente.

Os recursos financeiros para manter as milícias provinham dos próprios membros e das doações de peregrinos, monarcas ou mercadores agradecidos pela proteção recebida. Eles foram a base para a criação das Ordens Militares, como a dos Cavaleiros Templários, que instauraram as melhores tradições da cavalaria medieval.

No século XII, o cavaleiro francês Hughes de Payns sugeriu a Godefroy de Bouillon que guarnecessem a via de peregrinação Jafa-Jerusalém tendo por base de apoio o Templo de Jerusalém, o local do antigo Templo de Salomão.

Hughes de Payns viaja até Jerusalém e apresenta o projeto ao Rei Balduíno II, primo de Godefroy de Bouillon, que aceita e cede-lhes como abrigo uma mesquita encostada ao Templo. Foi por este motivo que os cavaleiros da Ordem dos Templários passaram a ser denominados como os Cavaleiros do Templo, ou Templários.

O número três era considerado sagrado pelos Templários e regia seus propósitos: Os cavaleiros possuíam três cavalos, alimentavam-se de carne três vezes na semana e, nos dias em que não a comiam, podiam optar por três refeições diferentes.

Adoravam a Cruz solenemente três vezes por ano, juravam não fugir na presença de três inimigos e se lutassem contra crentes da Fé Cristã só poderiam reagir depois de três vezes atacados. Deviam fazer votos de castidade, pobreza, obediência e assistir aos ofícios religiosos pela manhã e à noite.

Flagelavam-se três vezes aqueles que tinham merecido esta correção. Os cavaleiros em combate, quando abatidos, jamais poderiam pedir clemência. Não deveriam pagar o resgate pelos companheiros aprisionados em batalha. Em virtude disso, os Templários aprisionados, inclusive os Grão-Mestres, eram quase sempre executados pelo inimigo.

Os cavaleiros deviam estar sempre dispostos a dar a vida pelos seus irmãos e não deveria haver diferença de classes. Os templários abominavam as diferenças de classes sociais, seguindo fielmente a doutrina de Jesus Cristo.

CAVALEIRO-TEMPLARIO

Os Templários instituíram em suas vidas três grandes missões: A Primeira Grande Missão seria encontrar algo de muito valor que foi perdido, um símbolo da eterna procura da verdade, sabedoria, conhecimento e perfeição, o cálice usado por Jesus e denominado Santo Graal.

A Segunda Grande Missão era o objetivo social da Ordem e visava organizar uma nova sociedade na qual todos seriam iguais, trabalhando com segurança e vivendo em paz. A Terceira Grande Missão foi a construção de Igrejas em larga escala. Entre 1146 e 1272 foram construídas na França, e no resto da Europa medieval, uma infinidade de catedrais de grande porte.

Os Templários já eram especialistas na construção de fortalezas militares e máquinas de guerra. Assim, usaram esta experiência de construtores e dedicaram-se a construir catedrais. Por isso são considerados como os precursores das associações de pedreiros (maçons).

No século XIII, a população francesa, assim como o resto da Europa, passava fome e enfrentava múltiplas guerras regionais. Mas mesmo nesta situação de carência havia uma quantidade impressionante de pedreiros trabalhando no continente, que se organizaram em grupos libertários denominados "francomaçons".

Em 1303, no reinado de Felipe, o Belo, a situação financeira da França piorava cada vez mais e o povo estava cansado dos impostos abusivos. A situação foi agravada quando os funcionários encarregados das finanças promulgaram uma lei que criava uma nova moeda, reduzindo a existente à metade do seu valor.

O povo revoltado dirigiu-se à residência do Rei Felipe, que conseguiu fugir e pediu abrigo aos Templários. Estes esconderam o Rei covarde na câmara secreta onde era guardada a parte importante dos tesouros dos Templários, riqueza que acabaria por tornar-se o alvo futuro do ambicioso Rei. Felipe pôde voltar em segurança ao seu palácio após revogar a nova lei.

Poucos anos depois deste acontecimento, o Rei Felipe da França decide chamar à sua presença o Grão-Mestre da Ordem dos Templários, o nobre Jacques de Molay.

Em 1307, Jacques de Molay viaja acompanhado de 2.000 Cavaleiros Templários, transportando no lombo de mulas todo o tesouro que a Ordem dos Templários possuía no Oriente, estimado em 150.000 peças de ouro e grande quantidade de prata e jóias.

Jacques de Molay e seus dignitários foram recebidos com grande pompa pelo Rei Felipe, o Belo. Mas toda a cortesia e honrarias acobertavam um plano mais sinistro e elaborado, digno dos reis da época medieval.

KNIGHTS-TEMPLAR

Felipe, profundo conhecedor e temeroso do poder dos Templários, logo procurou algum tipo de aliança com Jacques de Molay. Nomeou-o padrinho de um de seus filhos e propôs-lhe o ingresso de outro na Ordem dos Templários. 
Evidentemente, pensou Molay, em razão de sua linhagem real este novo membro da Ordem deveria ser a curto prazo o novo Grão-Mestre dos Templários.

Desta forma, Jacques de Molay recusou gentilmente, mas com firmeza, as ofertas do Rei. Mesmo assim, o cobiçoso Rei Felipe conseguiu da parte de Jacques de Molay um enorme dote para sua filha Isabel, que estava prestes a casar.

Diante da recusa de Jacques de Molay, o Rei espalhou horríveis calúnias sobre os Templários, que estarreceram e confundiram a mentalidade simples do povo da época. Em 14 de setembro de 1307, o Rei decretou a prisão de todos os Templários dentro do reino francês e o embargo dos seus bens.

Cabe ressaltar que o processo penal instaurado pelo Rei da França atingia os Templários na qualidade de cidadãos pois, como Ordem, respondiam exclusivamente ao Papa Clemente V no Vaticano. Mas o objetivo principal do Rei era perseguir e desmantelar a Ordem dos Templários para apropriar-se dos seus tesouros. Assim, acabou por envolver a Inquisição no processo.

O inquisidor Guillaume de Paris decidiu julgar os Templários individualmente e ordenou que se obtivesse confissões mediante tortura e assassinato. O Rei desejou envolver os Templários de forma profunda no sistema inquisitório porque, quando o Papa Clemente decidisse iniciar algum julgamento contra a Ordem, tudo já estaria sancionado.

Os membros da Inquisição francesa também desejavam o controle absoluto da Igreja e encarregaram-se do processo contra os Templários. Dado o poder econômico, militar e institucional da Ordem dos Templários, esta era considerada um obstáculo para as futuras aspirações daqueles membros, razão pela qual decidiram eliminá-los imediatamente.

A passividade que os Templários demonstraram, deixando-se aprisionar pelas forças do Rei apesar de contarem com 2.000 cavaleiros de primeira linha infinitamente superiores aos soldados do Rei Felipe, é explicada pelo fato de que os Templários juraram lutar apenas contra os inimigos da Fé Cristã.

A regra de três proibia-lhes combater os Cristãos pois somente podiam reagir quando três vezes atacados e somente em caso de conflito. Outro fator era que a declaração de batalha, ou ordem de lutar, deveria vir do Grão-Mestre que, por estar preso e incomunicável, levou os Templários à disciplina rígida e pouco comum na época, pois seguiam os juramentos da Ordem.

SAGA-HEROISM

Acolhendo os conselhos do Rei da França, a Inquisição foi violenta com os Templários, que foram encarcerados, torturados e executados. Dezenas de Templários foram queimados vivos em Paris antes mesmo de serem interrogados. Os julgamentos em outros países não foram tão rigorosos.

Em 16 de outubro de 1311, reuniu-se em Viena um Concílio Geral para julgá-los, que resultou em nada. Em Aragão, Portugal, foram autorizados a ingressar em outras Ordens, caso o desejassem. Na Alemanha e na Itália foram simplesmente absolvidos. Na Inglaterra eles foram detidos e submetidos ao processo inquisitório mas sem a amplitude e a violência vistas na França.

Em 1312, vendo que os processos poderiam reverter em favor dos Templários, o Papa Clemente V emitiu a "Bula Vox Clamantis" extinguindo a Ordem e, no mesmo ano, a "Bula Ad Providas" que regulamentava a requisição de todos seus bens e tesouros.

Em 3 de março de 1314, o Grão-Mestre Jacques de Molay compareceu ao átrio da catedral de Notre Dame em Paris, para ouvir a sentença que condenaria à prisão perpétua os últimos Templários. Mas Jacques de Molay tomou a iniciativa, retratando-se publicamente das confissões obtidas sob tortura e declarando que a regra dos Templários era santa, justa e Católica, sendo seguido nessa atitude heroica por Geoffroy de Charnay.

Diante de tamanha demonstração de rebeldia, coragem e desafio ao Rei e à Inquisição, a reação das autoridades francesas foi imediata: condenou-os à fogueira e executou-os imediatamente.

Jacques de Molay aproximou-se do local da execução e despiu-se total e solenemente das suas vestes de Grão-Mestre, ficando nu para simbolizar que era o cidadão Jacques de Molay que seria queimado e não o Grão-Mestre da Ordem dos Templários.

Em suas últimas palavras, Molay profetizou e estabeleceu que o Papa Clemente V morreria no prazo de 45 dias e o tempo de vida do Rei Felipe seria de um ano até comparecer diante do Tribunal de Deus.

Em 20 de abril de 1314, em Roquemaure, Clemente V morreu vítima de uma infecção intestinal. Em 29 de novembro, em Fontainebleau, o Rei Felipe sofreu de paralisia provocada por uma queda do cavalo e acabou morrendo.

Nogaret, o assessor legal do Rei que dirigiu o processo contra os Templários, morreu misteriosamente no mesmo ano, e quatro delatores que participaram do processo desde o início foram apunhalados e enforcados.

Em 1337, iniciou-se a Guerra dos Cem Anos envolvendo a França. As derrotas militares deixaram o país arrasado e a fome alastrou-se pela nação. Em 1348 a Peste Negra dizimou grande parte da população francesa.

JACQUES-DE-MOLAY

Após a morte de Jacques de Molay, o Grão-Mestre Pierre D´Aumont e mais sete Cavaleiros Templários fugiram de barco e atracaram na Ilha de Mull, na costa ocidental da Escócia.

Neste país, favorecidos e protegidos por antigas relações com os Templários, criaram a Ordem dos Francomaçons, cuja simbologia apresentava o compasso e o esquadro, instrumentos preferenciais dos pedreiros.

A nova Ordem visava dois objetivos: um exterior, que difundiria o ideal religioso e social dos antigos Templários de forma acessível ao povo e outro, interior, que buscaria a vingança contra futuros reinados e papados, em retaliação à perseguição sofrida pelos Templários.

A vingança também alcançaria as Ordens dos Hospitaleiros e dos Cavaleiros de Malta, beneficiados com a distribuição dos bens dos Templários.

A nova Ordem dos foi moldada na busca da vingança e retaliação e, desta forma, abandonou os antigos e puros princípios básicos que regiam e norteavam os verdadeiros Cavaleiros Templários, ou seja: justiça, obediência, perdão, Fé em Deus e respeito ao próximo.

Assim, este simulacro de Ordens passadas foi instituído tendo por raiz o mal absoluto e como norma a destruição do próximo. Esta foi a origem dos "escoceses maçônicos dos mais altos graus", dos quais deriva a maçonaria que assola nossos dias atuais.