02 setembro 2012

ANJOS E ARCANJOS - ANGELS AND ARCHANGELS


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São Tomás de Aquino dividiu os anjos em nove coros, agrupados em três tríades ou ordens. A primeira ordem era composta por Anjos, Arcanjos e Principados, a segunda pelos denominados Potestades, Virtudes e Dominações, e a terceira por Tronos, Querubins e Serafins.

Os nove coros Angélicos que foram agrupados nas três hierarquias apresentam, segundo São Tomás, as seguintes características:

Serafins têm o trabalho de cuidar e purificar as almas, e celebram com canções a adoração a Deus, sendo sentidos por todos nós através do coração. Dizem que a canção dos serafins são contos da criação e de celebração.

Querubins têm o privilégio de serem angélicos e dedicados à expansão e proteção da chama do amor. São guardadores dos Registros Sagrados e ajudam para que o Plano Divino seja cumprido.

Tronos também assistem ante o trono de Deus, e é sua missão assistir aos anjos inferiores na proporção necessária. São os anjos da guarda do planeta.

Dominações são assim chamados porque dominam sobre as ordens angelicais encarregadas de executar a vontade de Deus e também atuam como elementos de integração entre o mundo material e espiritual.

Potestades são os portadores da consciência de toda a humanidade e os encarregados da sua história coletiva. Como guardas celestiais seu caminho é vigiar uma possível infiltração diabólica. Eles lutam para o equilíbrio do universo.

Virtudes são encarregados de eliminar os obstáculos que se opõem ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as criaturas e a ordem da Divina Providência.

Principados são assim denominados pelo motivo de que sua ação é mais extensa e universal.  Essas ordens também protegem os espíritos do bem contra o ciúme dos espíritos do mal.

Arcanjos são enviados por Deus em missão de maior importância junto aos homens. Estão acima dos anjos e são anjos super-luminosos, já que  cuidam de diversos aspectos da existência humana. São considerados os mais importantes intermediários entre os mortais e Deus.

Anjos são os que têm a guarda de cada pessoa em particular, para desviá-la do mal e encaminhá-la ao bem, defendê-la contra seus inimigos visíveis e invisíveis, e conduzi-la ao caminho da Salvação. São os mensageiros de Deus.

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ARCANJOS

O nome arcanjo significa "anjo principal". Este título é mencionado no Novo Testamento e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia. Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "o maior" dos arcanjos.

Os arcanjos são mensageiros, intermediários e elo entre os principados e os anjos, interpretando e iluminando as ordens superiores para seus subordinados. Inspiraram misticamente as mentes e corações humanos para a execução de atos de acordo com a Vontade Divina. Atuam assim como os arautos dos desígnios Divinos, tanto para os anjos como para os homens, como foi o caso de Gabriel na Anunciação à Nossa Senhora.

A cultura popular fez deles protetores dos bons relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as ações do diabo. Os arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael são venerados na Igreja Católica Romana no dia 29 de setembro.

Os Arcanjos são superiores aos Anjos e têm maiores responsabilidades. São eles que velam pela natureza, pelas nações, pela humanidade e a paz de forma coletiva. São os mensageiros de um poder mais elevado entre os anjos.

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SÃO MIGUEL ARCANJO

São Miguel Arcanjo significa "o que é um com Deus". Ele é o chefe dos exércitos celestiais e o padroeiro da Igreja Católica. É o arcanjo do arrependimento e da justiça. São Miguel Arcanjo ajuda a nos vermos livres das ciladas do demônio e dos espíritos maléficos. E quando o invocamos, ele nos defende e nos protege contra os perigos, as forças do mal e os inimigos.

No Novo Testamento, no Apocalipse, Miguel liderava os exércitos de Deus contra as forças de satã e durante a guerra no céu ele o derrotou. Miguel e seus anjos lutaram contra satanás e suas legiões, que foram derrotadas, e não houve lugar para eles no céu.

Foi precipitada aos infernos a antiga serpente, o diabo, o sedutor do mundo: "Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo". Após o conflito, satã foi atirado de volta ao inferno juntamente com os anjos caídos, de onde eles ainda tentam desviar o caminho da humanidade".

O livro de Daniel relata: "Ao final dos tempos aparecerá Miguel, o grande príncipe que defende os filhos do povo de Deus. E então os mortos ressuscitarão. Os que fizeram o bem, para a Vida Eterna, e os que fizeram o mal, para o horror eterno".

Em outro trecho, na Epístola de Judas, Miguel é referido especificamente como sendo um "arcanjo" quando ele novamente confronta satã. Mas quando Miguel, o arcanjo, discutindo com o diabo, disse: "Que o Senhor o condene". Por isso São Miguel é mostrado atacando o dragão infernal.

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Os primeiros Cristãos consideravam alguns mártires, como São Jorge e São Teodoro, patronos militares. Porém, a São Miguel, eles entregavam o bem-estar dos doentes. Como um curador de doentes ele era venerado na Frígia.

O mais antigo e mais famoso santuário de São Miguel no antigo Oriente era chamado de Michaelion e foi construído no início do século IV pelo imperador romano Constantino, em Calcedônia, no local de um templo anterior chamado Sosthenion.

Uma pintura do Arcanjo Miguel matando uma serpente se tornou a principal no Michaelion, após Constantino ter derrotado Licínio em 324, eventualmente tornando-a o padrão da iconografia de Miguel como um Santo Guerreiro. O Michaelion tinha uma magnífica igreja e ela se tornou o modelo para centenas de outras igrejas no Cristianismo oriental, que espalhou a devoção ao arcanjo.

Os santuários Cristãos em honra a Miguel começaram a aparecer no século IV, quando ele era percebido como um anjo de cura e, com o tempo, como protetor e líder do exército de Deus contra as forças do mal. Já no século VI, a devoção a São Miguel havia se espalhado tanto no oriente quanto no ocidente. Com o passar dos anos as doutrinas sobre ele começaram a se diferenciar.

No século IV, a homilia de Basílio de Cesareia, De Angelis, colocou Miguel acima de todos os outros anjos. Ele foi chamado de "Arcanjo" por ser o príncipe dos outros anjos. No século VI, a imagem de Miguel como curador continuava em Roma, e o costume era os doentes, após uma epidemia, esperarem a sua manifestação dormindo uma noite no Castel Sant'Angelo, dedicado a Miguel por ter salvo Roma.

No século VI, o crescimento da devoção ao Santo na Igreja Ocidental se manifestou pelas festas dedicadas a ele, como se pode ver no Sacramentário Leonino. No século VII, o Sacramentário Gelasiano incluía uma festa para "S. Michaelis Archangeli", assim como o Sacramentário Gregoriano.

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Os Católicos geralmente se referem a Miguel como "São Miguel", um título honorífico cuja origem não foi uma canonização. Nos ensinamentos Católicos, São Miguel tem quatro papéis principais.

O primeiro é como comandante do Exército de Deus e o líder das forças celestiais em seu triunfo sobre os hostes infernais. Ele é visto como um modelo angélico com as virtudes do "guerreiro espiritual" em guerra contra o mal.

O segundo e o terceiro papel de Miguel lidam com a morte. No segundo, Miguel é o anjo-guia, levando a alma de todos os falecidos para o céu. Neste papel, Miguel desce e dá à alma uma chance de se redimir antes da morte, atrapalhando assim o diabo e seus asseclas.

No terceiro papel, ele mede as almas numa balança perfeitamente equilibrada, daí o motivo de ele ser também muitas vezes representado segurando uma balança.

Em seu quarto papel, São Miguel, o patrono especial do povo escolhido no Velho Testamento, é também o guardião da Igreja. Era comum o anjo ser reverenciado por ordens militares de cavaleiros durante a Idade Média.

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Certa vez, São Miguel apareceu a um pastor na região de Gargano, na Itália. Este pastor tinha uma única filha, que era muda, e São Miguel pediu: "Leva a sua filha à fonte dos Cristãos e tenha fé em Deus, que serás recompensado".

Cheios de esperança, pai e filha foram à fonte e lá perguntaram aos moradores Cristãos, que consideravam a existência da fonte um milagre de São Miguel, o que deveriam fazer.

Eles disseram para rogar desta forma: "É em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e pela intercessão de São Miguel que nós usamos desta água". Assim fizeram, e no mesmo instante a menina começou a falar, despertando um fervor de Fé.

O bispo de Siponto, cidade que ficava aos pés do monte Gargano, convocou a diocese a rezar e jejuar por três dias, pedindo a Deus um sinal. Assim sendo, Deus ouviu as preces de seus filhos e enviou São Miguel.

No local da fonte fosse construída uma Igreja em sua honra, para reavivar a Fé e a devoção dos fiéis no seu amor e proteção, na qualidade de anjo protetor da Igreja Católica.

Curiosamente, o Monte Gargano fica perto do convento de Nossa Senhora das Graças, onde viveu e morreu o Santo Padre Pio de Pietrelcina.



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