05 setembro 2012

O APOCALIPSE SOLAR - THE SOLAR APOCALYPSE

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Porque eis que aquele dia vem ardendo como fornalha. Todos os soberbos, e todos os que cometem impiedade serão como a palha, e o dia que está para vir os abrasará. De sorte que lhes não deixará nem raiz nem ramo, disse o Senhor Deus.

Quando imaginamos uma catástrofe apocalíptica, pensamos no holocausto nuclear, na queda de um meteoro, ou na rotação do eixo da Terra. Mas nada seria pior do que uma explosão solar de grandes proporções, que derrubaria o sustentáculo da vida e da civilização moderna. A energia elétrica. Daí adviria o caos e uma nova Idade das Trevas.

A humanidade de hoje não estaria preparada para dar conta de tal mudança, diferentemente dos povos da antiguidade. A concentração populacional nas cidades e a incapacidade atual de sobrevivência em situações extremas, sem água, energia elétrica, mantimentos, medicamentos, combustível, etc, levaria a humanidade à beira da extinção, rapidamente.

O Congresso dos Estados Unidos fez um alerta para que os norte-americanos se preparem para aquilo que está sendo chamado de a "tempestade solar do século".

Num documento elaborado pelos parlamentares, foi pedido que as comunidades locais se antecipem e providenciem os recursos necessários, de modo a poderem abastecer as populações com um mínimo de energia, alimentos e água em caso de emergência.

De igual modo, é destacada a importância de tomar medidas de prevenção adequadas a este tipo de fenômeno, uma vez que é necessária uma boa coordenação entre todos.

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O texto do Congresso também cita várias informações elaboradas pela Defesa Civil, companhias de energia elétrica e pelo Departamento de Segurança Nacional dos Estados Unidos, explicando a forma de atuar perante estes fenômenos.

O objetivo é incentivar as práticas preventivas, bem como definir a natureza da ameça, de forma que os cidadãos possam estar preparados. A Espanha, Alemanha, França e Reino Unido são alguns dos países que, tal como os Estados Unidos, já estão tomando importantes medidas de prevenção.

A NASA alertou que, em 2013, o Sol chegará a uma fase do seu ciclo onde grandes explosões e tempestades solares serão mais prováveis, e deverão afetar o nosso planeta.

O Sol tem ciclos solares com média de 11 anos e atualmente estamos numa fase de aumento da atividade, o que se traduz em maior número de manchas na superfície da estrela.

É possível que haja outros ciclos mais longos, mas só existem registros das manchas solares desde meados do século XVIII, por isso é difícil fazer previsões sobre sua atividade.


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Teme-se sobretudo uma tempestade eletromagnética semelhante à de 1859, conhecida por Evento Carrington. Essa erupção foi tão intensa que os sistemas de telegrafia foram seriamente afetados. Se houvesse redes elétricas, elas teriam sido destruídas. As auroras boreais foram visíveis em latitudes muito ao sul, notadamente em Roma.

Entre o final de agosto e os primeiros dias de setembro de 1859, grandes auroras boreais puderam ser vistas no céu de vários pontos do planeta. O belo espetáculo de luzes esverdeadas foi documentado nos EUA, em partes da Europa, Japão, Austrália e até mesmo no México.

Mas o telégrafo deixou de funcionar em vários desses lugares! Não se sabia o motivo, mas descobriram logo: era o resultado de uma imensa tempestade solar, a maior já documentada na história.

Em março de 1989, uma tempestade solar intensa afetou os canadenses da região de Quebec. A rede elétrica foi a pico e entrou em colapso. O blecaute durou nove horas e deixou sem energia mais de 6 milhões de pessoas.

Na Bolsa de Valores de Toronto, discos rígidos de computador pararam de funcionar um após o outro. O pregão congelou enquanto a equipe de suporte técnico tentava em vão localizar o causador do mistério.

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Mais de 6 mil satélites saíram de suas órbitas. O fato é que várias tentativas de prever com exatidão as tempestades solares falharam. Mas há um indício inegável: as manchas solares desaparecem da superfície do Sol alguns anos antes do acontecimento.

É a calmaria antes da tempestade, e isso aconteceu em 1989. Caso ocorra a tempestade solar, o primeiro equipamento a ser afetado será o sistema de GPS, principalmente no hemisfério norte, e a rede elétrica entrará em colapso total.

Esta será a primeira tempestade solar intensa que viveremos em plena era da internet, das redes sem fio WiFi, do GPS de uso vasto. Somos totalmente eletrônicos e digitais.

Mas, diferentemente da tecnologia do século 15, a do século 21 é suscetível aos humores da estrela mais próxima. Os computadores e celulares vão deixar de funcionar de uma hora para a outra, sem que seus donos compreendam o motivo!

A tempestade começa na superfície do Sol, com um vento solar. É um vento rápido, forte, carregado de prótons e elétrons que são lançados no espaço. A carga afeta de forma diferente os vários planetas do Sistema Solar.

Na maioria das vezes, o campo eletromagnético da Terra nos protege da radiação. Mas, nos picos da tempestade, não há maneira dele nos salvar!

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Quando a tempestade solar se aproxima da Terra, o primeiro efeito é o aquecimento da atmosfera. O ar esquenta, a atmosfera se dilata e abocanha um naco que antes pertencia ao espaço. O resultado imediato é que satélites de órbita baixa repentinamente não estão mais em órbita e sim na atmosfera, e atingirão a Terra ao caírem.

A radiação de prótons e íons que entrará no planeta afetará os microchips, e eles param de funcionar. Existem chips resistentes a este tipo de radiação, fundamentais para satélites ou naves espaciais, mas aqueles encontrados dentro de nossos computadores não são assim.

Outra consequência da tempestade solar é que ela induz corrente, surge energia elétrica do nada. Foi o que ocorreu em Quebec. Ao encontrar as linhas elétricas os elétrons se concentraram nas mesmas, houve sobrecarga e o sistema colapsou, os transformadores queimaram.

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Naquela primeira vez em que uma tempestade assim foi documentada, em 1859, quando vários telégrafos paravam de funcionar, os operadores descobriram, estupefatos, que podiam continuar sua conversa normalmente mesmo após desligarem suas baterias. A linha estava eletrificada!

As tempestades solares são as mais poderosas explosões no Sistema Solar. Uma dessas erupções gigantescas chega facilmente a uma potência equivalente a 100 milhões de bombas de hidrogênio. Uma potência assim pulveriza qualquer coisa nas suas proximidades. Nem um único átomo permanece intacto.

Um relatório assinado por cientistas de 17 universidades diz que a humanidade levaria até 10 anos para se recuperar de um grande evento do tipo. Os cientistas não sabem exatamente quando essa tempestade virá, ou qual sua força. Mas dizem que há motivo para preocupação.



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