01 setembro 2012

OS VIAJANTES DE DEUS - TRAVELERS OF GOD


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O comportamento das partículas quânticas — átomos, elétrons e fótons — tem intrigado os cientistas há quase um século. Albert Einstein afirmou que o mundo quântico era tão estranho que a teoria deveria estar errada. Mas a realidade mostrou o contrário, pois os experimentos confirmaram as previsões da teoria quântica.

Um dos aspectos mais estranhos da mecânica quântica é a impossibilidade da aferição simultânea do momento e posição de uma partícula, porque conhecer uma das propriedades afeta a precisão da localização da outra. Este fato é conhecido como o "Princípio da Incerteza de Heisenberg", uma homenagem ao físico Werner Heisenberg que enunciou o princípio em 1920. 

Outro aspecto estranho é o fenômeno da não-localidade demonstrado pelo entrelaçamento quântico. Quando duas partículas entrelaçam-se, elas comportam-se de forma coordenada entre si, como se trocassem informações a distância, uma especificidade totalmente estranha à intuição clássica sobre a interação entre partículas fisicamente separadas.

A não-localidade determina como duas partículas distantes podem coordenar suas ações sem trocar informações. Os físicos acreditavam que, mesmo na mecânica quântica, a informação não poderia viajar mais rápido do que a luz.

Acontece que a mecânica quântica permite que duas partículas se coordenem de forma sincrônica, muito mais organizadas se elas obedecessem apenas as leis da física clássica. Na verdade, as ações das partículas entrelaçadas são de tal maneira coordenadas que parece que uma é capaz de comunicar-se com a outra. 


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O futuro do Universo pode estar influenciando o presente, porque a escolha do observador durante a medição do estado das partículas pode afetar seu passado. No coração da ideia está o fenômeno quântico da "não-localidade", no qual duas ou mais partículas coexistem em estados interrelacionados, ou entrelaçados, que permanecem indeterminados até que se faça uma medição em um deles.

Uma vez que a medição seja feita em uma das partículas, o estado da outra é instantaneamente fixado, não importando a distância ela esteja da primeira. Albert Einstein chamou isto de "ação fantasmagórica à distância", quando em 1935 ele argumentou que a teoria quântica deveria estar incompleta. Experimentos modernos confirmaram que essa ação instantânea é de fato real, e hoje ela é explorada pela criptografia e pela computação quântica.

Essa ligação entre átomos remotos poderá ser a peça fundamental para uma arquitetura radicalmente nova de computadores quânticos, atendendo às redes de muitos componentes interconectados, que serão eventualmente necessários para o processamento quântico de informações.

Manipulando os fótons emitidos por cada um dos átomos e guiando-os para interagir no interior de uma fibra óptica, consegue-se entrelaçar os átomos. Depois a fibra ótica pode ser retirada, e os átomos vão continuar entrelaçados e se comportando como se um tivesse uma espécie de "intuição" do que acontece com os outros. Um passa a "assombrar" o outro, como dizia Einstein.

O mecanismo continua funcionando mesmo se um dos átomos pudesse ser levado para o outro lado da galáxia, não importando a distância, porque eles continuarão entrelaçados.

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No início da década de 30, o físico Erwin Schrödinger, perturbado pelas implicações da teoria quântica, desenvolveu um experimento para tentar revelar o absurdo da aplicação de realidade quântica para o mundo comum.

O "Gato de Schrödinger" é um experimento mental, frequentemente descrito como um paradoxo. Isso ilustra o que ele observou como o problema da interpretação de Copenhague sobre a mecânica quântica, sendo aplicado a objetos do dia-a-dia. No curso desse experimento, ele criou o termo "Verschrankung" (entrelaçamento). 

O experimento mental do Gato de Schrödinger consiste em um gato preso dentro de uma caixa sem transparências, junto a um frasco de veneno e um contador Geiger, ligados por relés, e um martelo. O contador Geiger será acionado ou não. Se for, transmitirá movimento através dos relés e o martelo baterá no frasco de veneno quebrando-o, e o gato morrerá. Mas se o contador não acionar, o martelo não quebrará o frasco e o gato permanecerá vivo.

Esse experimento mental foi proposto para demonstrar os estados de superposição quântica. Só saberemos se o gato está vivo ou morto ao abrirmos a caixa, mas se isso for feito, alteraremos a possibilidade do gato estar vivo ou morto. 

O princípio deste experimento está ligado ao "Princípio da Incerteza de Heisenberg". O estado de superposição quântica acontece quando for desconhecido o estado de um corpo. Se não pudermos identificá-lo, diremos que este corpo está em todos os estados.

Não poderíamos inferir, por exemplo, que o gato não está em estado nenhum, já que foi colocado dentro da caixa e sabemos que ele está lá. O que existe são possibilidades, e possibilidades são realidades múltiplas, assim como universos paralelos ou multiversos.

Multiverse

O que você faz hoje pode afetar o que aconteceu ontem. É algo que soa impossível, e de fato parece violar um dos princípios mais fundamentais da ciência, a causalidade, mas as regras do mundo quântico conspiram em não preservar a causalidade, "escondendo" a influência de escolhas futuras até que essas escolhas sejam realmente feitas.

Um conjunto surpreendente de experimentos sugere que os eventos futuros podem influenciar as coisas que acontecem no mundo agora. O passado, presente e futuro são indissociáveis.

Foi o filósofo Santo Agostinho que, no Quarto Século da Era Cristã, teve a ousadia de ser o primeiro a questionar a natureza do tempo e perceber uma estranha contradição. Parece que o tempo, de uma certa forma, não existe, pois o passado não existe mais, o futuro ainda não existe e o presente é infinitamente pequeno. Sendo assim, como poderia existir.

Vivemos em um universo que é uma "interpretação" dos nossos cinco sentidos. Somos prisioneiros desses cinco sentidos e tudo que chega em nossos cérebros é na forma de pulsos elétricos. Cores, sons, paladar, são meras interpretações, porque na verdade isso tudo não existe no universo real.

Somos constantemente enganados pelo cérebro, porque nossos sentidos são primitivos e limitados. Não há uma realidade e cada um de nós vive em um universo à parte. Esta é a hipótese original da realidade, sugerida por recentes desenvolvimentos na física quântica. Como a realidade em um universo dinâmico não é objetiva, a consciência é a única realidade.

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Os cientistas agora acreditam que pode realmente existir um universo paralelo. Na verdade, pode haver um número infinito de universos paralelos, e nós vivemos em um deles. Esses outros universos contêm espaço, tempo e estranhas formas de matéria exóticas. Alguns deles podem até conter a nós mesmos, em uma forma ligeiramente diferente.

Surpreendentemente, os cientistas acreditam que esses universos paralelos existem a menos de um milímetro de distância de nós. De fato, a nossa gravidade é apenas um sinal fraco vazando de outro universo para o nosso. A chave para a compreensão destes multiversos vem da "teoria das cordas". Em resumo, a "teoria das cordas" tenta conciliar um conflito entre duas idéias matemáticas já aceitas na física, a mecânica quântica e a teoria da relatividade.

A "teoria das cordas" suaviza as inconsistências matemáticas que existem atualmente entre a mecânica quântica e a teoria da relatividade. Ela postula que o universo inteiro pode ser explicado em termos de "cordas" muito pequenas, que vibram em 10 ou 11 dimensões que não podemos ver. Tal fato poderia explicar literalmente tudo no universo, desde as partículas subatômicas às leis da velocidade e da gravidade.

A existência de Deus, além de todas as evidências comprovadas, pode também o ser através da física quântica. Obviamente, a energia necessária para se produzir a matéria por menor que seja é enorme, portanto, para se colapsar a realidade no mundo quântico ou qualquer objeto, por menor que este seja, deve-se ter a capacidade de gerar grandes ondas psíquicas, e quanto maior o objeto, maior a capacidade psíquica exigida.

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Só Deus poderia ter tido poder suficiente para gerar o nosso Universo. Se Deus teve a capacidade de gerar vários universos, Ele é obrigatoriamente Onipotente, ou seja, pode criar tudo que queira.

Sua consciência teria um poder psíquico infinito, não obedecendo às limitações do espaço-tempo e da matéria. Esta consciência Divina sempre esteve presente e sempre estará. Nesta condição, será Onipotente e Onipresente, como a energia que está presente de forma material em todos os lugares.

A percepção humana a respeito do Criador dos Universos, sempre estará muito aquém e impossibilitada de ser compreendida, respondida ou vislumbrada pelo ser humano. A Sua verdadeira natureza Divina e os Seus desígnios sempre serão incompreensíveis.


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