24 abril 2013

A CIÊNCIA E O CRIACIONISMO - SCIENCE AND CREATIONISM - 2ª PARTE

CREATIONISM

O planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. As bactérias apareceram há 3 bilhões de anos, seguidas por algas azuis-esverdeadas e outras curiosidades. Então, há 530 milhões de anos, veio o Big Bang biológico e a explosão cambriana. Houve uma súbita profusão de complexas formas de vida. Moluscos, medusas, trilobitas, cordados e outros, para os quais não há ancestrais visíveis nas rochas fossilizadas.

Um homem de Marte, olhando para o registro fóssil subsequente, diria que as espécies foram substituídas por outras espécies ao invés de evoluir das primeiras. Os primatas, como uma classe única, aparecem do nada. O Homo Sapiens também fez uma chegada abrupta, totalmente equipado com vontade, intelecto e linguagem, capacidades que simplesmente não são encontradas em macacos.

Até o momento não há uma explicação científica coerente de como tudo isso aconteceu. Os mais ferrenhos defensores de Darwin, como John Maynard Smith, Richard Dawkins, E. O. Wilson, Stephen Jay Gould,  são hostis à religião. O comentário de Dawkins, de que Darwin produziu um ateísmo intelectualmente respeitável, é típico.

Se você cortar toda a camuflagem verbal, o argumento básico do campo darwinista é: "Deus não existe, por isso tinha que ser dessa maneira". Mas isso é ideologia e não ciência! O darwinismo, como o marxismo e o freudismo, tem muitos aditivos filosóficos para serem totalmente confiáveis ​​como uma ciência.

CREATIONISM

O materialismo evolucionista tem uma falha grave que nunca é reconhecida por seus proponentes. Se o homem não é mais do que um agrupamento acidental de átomos, um produto de forças materiais cegas que não tiveram-no em mente, então os seres humanos não possuem o livre arbítrio. Se isto é assim, não podemos confiar em qualquer produto do intelecto humano, incluindo os livros dos darwinistas.

Esse é o calcanhar de Aquiles de todas as filosofias materialistas. Suas reivindicações da verdade são um auto-cancelamento, porque rebaixam a consciência humana para um epifenômeno da matéria. A observação de Walker Percy, de que "A Origem das Espécies" de Darwin explica tudo, exceto o fato de Darwin escrever "A Origem das Espécies", resume bem o problema.

O motivo real de Darwin, como revelado por escritos não publicados até os anos 1970, era se livrar de um Criador, um motivo que ele compartilha com os cosmólogos modernos como Hawking e Steven Weinberg. A Criação é uma ideia inquietante!

A noção de que o Universo teve um início "ex nihilo" é um dos conceitos mais radicais introduzidos pelo Cristianismo na mente ocidental, e que em 1215 o IV Concílio de Latrão definiu como dogma. É uma ideia que teria escandalizado um grego antigo, que achava que a matéria era eterna, tanto quanto a um positivista do século XIX. Hoje, o fato de que o Universo teve um início com o tempo, e não no tempo, é um lugar-comum na astrofísica.

CRIACIONISMO

Quando Einstein formulou a "Teoria da Geral da Relatividade", que trata da gravidade e da curvatura do espaço, ficou estarrecido porque suas equações mostravam um Universo em expansão, o que aponta para o seu início. Assim, ele introduziu um fator de correção, a "constante cosmológica", para manter o cosmos estático. Mais tarde, ele chamou isso de "o maior erro da minha vida".

Em 1931, quando Edwin Hubble, o astrônomo norte-americano, demonstrou que o Universo estava realmente se expandindo, Einstein finalmente aceitou "a necessidade de um começo". Quando, em 1964, dois cientistas dos Laboratórios Bell descobriram acidentalmente a radiação de fundo de 3°C em todo o Universo, o que só pode ser explicado como um resquício de um Big Bang super-aquecido, a cosmologia moderna atingiu a maioridade e encontrou a metafísica e a teologia Católica, aguardando lá o tempo todo.

O Universo começou como uma "singularidade inicial". Toda a matéria foi embalada em um espaço infinitamente denso e pequeno. O Big Bang, que ocorreu há 12 bilhões de anos, não deve ser retratado como a expansão da matéria no espaço já existente. O espaço, tempo e matéria vieram à existência simultaneamente!

A "especificidade" da formação do Universo é de tirar o fôlego! Se a expansão cósmica tivesse sido uma fração menos intensa, teria implodido há bilhões de anos, e numa fração mais intensa, as galáxias não teriam se formado. Não se pode deixar de pensar em um Criador.

CRIACIONISMO

No Universo de Einstein o que é finito é altamente específico e apresenta uma enorme oportunidade para a rearticulação do argumento cosmológico para a existência de Deus. Embora o Universo aponte fortemente para a sua dependência de um Criador, nós, os Católicos, temos que ter cuidado para não cair na armadilha da "ciência da criação".

A Criação é um conceito estritamente filosófico e não tem nada a ver com a ciência empírica, que só trata com a natureza quantitativa. É difícil dizer quem incorreria no maior erro. Se os criacionistas tentando encaixar a ciência em um modelo bíblico, ou os cientistas agnósticos tentando evitar a existência de um Deus pessoal. Colocar Deus nas lacunas inexplicáveis ​​da ciência sempre foi um erro, porque a ciência finalmente preenche essas lacunas com explicações materiais.

Uma visão Católica esclarecida da ciência deve ser ancorada na proposição de que Deus tem o poder de trabalhar através de causas secundárias. Deus concede um enorme grau de causalidade à Sua Criação, e deveria ser admirado conforme a ciência esclarece mais e mais sobre a Criação. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que o Universo nunca vai se auto-explicar, e a cosmologia moderna só chegará ao seu objetivo final quando fizer esta admissão.




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