28 maio 2016

SÃO PIO DE PIETRELCINA - SAINT PIO OF PIETRELCINA

SAINT-PIO-PIETRELCINA

São Pio de Pietrelcina (25/05/1887 - 23/09/1968) foi um frade Católico pertencente à Ordem dos Capuchinhos. Francesco Forgione nasceu em Pietrelcina, província de Benevento, Itália. Francesco tinha um irmão mais velho e três irmãs mais novas — dois irmãos faleceram infantes —, e todos eram trabalhadores rurais, camponeses. Aos cinco anos de idade o menino voltou sua vida para Deus.

Seus pais eram muito religiosos e assistiam a Santa Missa diariamente, assim incentivando o desenvolvimento do pequeno no catolicismo. Francisco era muito dedicado e tornou-se o melhor coroinha da paróquia local. Algumas vezes o menino penitenciava-se espontaneamente, dormindo no chão de pedra, o que trazia preocupação à sua mãe.

Desde muito jovem Francisco foi capaz de pressentir a realidade metafísica e dialogava intuitivamente com Jesus. Este foi um conhecimento adquirido, natural, e não ensinado ou incutido pelos familiares ou religiosos da paróquia local. Francisco presumia que outras pessoas também podiam ouvir Jesus!

Seus pais eram extremamente corretos mas muito pobres e necessitados, o que exigia que todos os filhos trabalhassem no campo. O pequeno Francisco passou muitos anos na lavoura e pastoreando ovelhas. Infelizmente o tempo dedicado ao trabalho resultou na fraca assiduidade na escola, atrasando seu progresso em relação às outras crianças.

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Francisco estava sempre adoentado, pois sofria de gastroenterite aguda desde a tenra idade. Em 1897, ao completar dez anos, foi acometido pela febre tifoide, a salmonelose. Nesta época o jovem cumprira apenas três anos de estudos primários pois dedicava seu dia ao trabalho familiar mas, mesmo assim, expressou seu anseio de pertencer a uma ordem religiosa.

Seus pais sentiram-se orgulhosos com a iniciativa do filho e viajaram para Benevento, região da Campania, para encontrar o reitor da Ordem dos Frades Menores. O jovem Francisco foi avaliado pela comunidade franciscana, mas a conclusão foi que precisava mais estudos antes que fôsse admitido à Ordem.

Visando o aperfeiçoamento intelectual, seus pais decidiram contratar um professor particular. Mas os poucos recursos da família obrigaram que seu pai viajasse para a América, buscando trabalho para garantir o futuro do filho. Finalmente seu pai conseguiu enviar dinheiro para custear as despesas do tutor responsável pela educação do rapaz.

Em 1903, aos dezesseis anos, Francisco estava com os estudos em dia e tornou-se noviço na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, província de Benevento, recebendo a alcunha de Frei Pio. Ele mesmo escolheu o nome "Pio" em homenagem ao Papa Pius I, cuja relíquia muitas vezes admirara na capela da cidade natal.

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Com dezessete anos Frei Pio quedou-se extremamente doente, sofrendo de uma doença pulmonar não diagnosticada. Viajou para uma região montanhosa onde o ar era mais puro — prática terapêutica na época. Mas seu quadro clínico piorou e foi aconselhado a voltar para casa pois previam o pior. Mesmo durante as tribulações Francisco aprimorava seus estudos para o sacerdócio!

Em 1910, Pio de Pietrelcina recebeu as ordens sacerdotais no Convento de Benevento, mas foi permitido que voltasse e permanecesse em casa, repousando, por causa da saúde extremamente debilitada. Em 1914 eclodiu a Grande Guerra e o Padre Pio foi convocado para o serviço militar servindo como médico do corpo de saúde do exército, assim ele viajou para o front de batalha.

No entanto o Padre Pio continuava enfermo e foi enviado de volta para o Convento, mas foi recrutado a retornar para o serviço ativo no campo de batalha da Primeira Guerra. Em março de 1916 foi finalmente exonerado da obrigação de servir à pátria por causa da saúde debilitada, retornando definitivamente para o "Convento di San Giovanni Rotondo".

Em 20 de setembro de 1916, Padre Pio ouvia as confissões dos fiéis quando sentiu uma dor excruciante nas mãos e nos pés. Foi quando notou os estigmas — as chagas de Cristo. A experiência foi dolorosa e o sangramento profuso, mas os ferimentos exalavam um perfume, mesmo que sangrassem, e nunca inflamaram ou infectaram durante toda a sua vida.


Pio-Pietrelcina

Em 1919 a notícia sobre os estigmas espalhou-se pelo mundo e multidões vieram para receber as bençãos do Padre Pio. Várias pessoas declaravam sua capacidade de realizar milagres ou curas! O mais impressionante eram os testemunhos sobre o dom da bilocação, a presença simultânea em dois lugares, um carisma que poucos Santos receberam em suas vidas.

Sua popularidade tornou-se uma preocupação para a Igreja Católica que restringiu suas atividades eclesiásticas para minimizar a interação pública. Padre Pio sentia-se desconfortável com a popularidade devido aos estigmas, de modo que o Vaticano adiantou-se e investigou sua veracidade, concluindo que a condição que acometera o Padre Pio era natural e não auto-induzida.

Em 1934, o Vaticano autorizou que o Padre Pio voltasse a exercer funções sacerdotais públicas, suspensas durante a investigação. Foi-lhe permitido novamente pregar os Ensinamentos de Jesus, mesmo que a Igreja local se recusasse a apoiá-lo. Mas o Vaticano era a autoridade máxima neste quesito e o Papa Pius XI encorajou os fiéis a procurá-lo sem problemas!

Em 1947, um desconhecido padre polonês, Karol Józef Wojtyła, reuniu-se com o Padre Pio que, profeticamente, confidenciou que Wojtyła assumiria o mais alto grau na hierarquia da Igreja Católica. Em 1978, este padre foi entronizado com o nome de João Paulo II. Em 16 de junho de 2002, 55 anos depois, o Santo Padre Pio de Pietrelcina foi canonizado por João Paulo II. 

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São Francisco de Assis, o fundador da Ordem dos Frades Menores, era o exemplo de conduta moral do Padre Pio. São Francisco sempre recomendava aos seus discípulos: "Cuidem-se para não sentirem-se tristes ou sombrios como os hipócritas, mas sim alegres no Senhor Jesus. Sejam risonhos e amáveis dentro dos limites da conveniência".

Assim agia o Padre Pio. Ele espalhava seu amor por Jesus vivendo com esperança e vivo contentamento na presença do próximo. Mesmo no meio dos maiores sofrimentos físicos e morais, como nas doenças ou dúvidas causadas pelos estigmas, sua imensa alegria proveniente da consciência de ser filho de Deus e herdeiro do Seu Reino nunca o abandonara.

Padre Pio sentia-se forte, leve, sereno e seguro. Quando estava com os seus confrades e amigos era muito bem humorado, criando jogos de palavras na forma de citações ou elaboradas construções linguísticas, o que resultava em risos e felicidade entre seus conhecidos, tornando-se a expressão objetiva do seu estado de alma. Ria muito, e com muita satisfação!

Sua vida era dedicada ao bem das almas dos aflitos. Padre Pio usou a popularidade para fundar um hospital em San Giovanni Rotondo. O reconhecimento universal da sua bondade e sabedoria cresceu nos anos que seguiram à sua morte, tornando-se um fenômeno eclesial em todo o mundo. Abrasado pelo amor a Deus e ao próximo, Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do ser humano.


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Não era um homem voltado somente para a esperança e confiança total em Deus, pois inspirava estas virtudes em todos aqueles que acolhia. O amor de Deus inundava-o, saciando seus anseios, e a caridade era o princípio inspirador do seu dia. Sua máxima preocupação era fazer crescer a caridade para com o próximo, servindo a multidão que a ele acorria em número sempre maior.

Durante sua vida religiosa celebrou a Santa Missa diariamente, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis. Em 5 de Maio de 1956, para aliviar o sofrimento e a miséria de várias famílias carentes, fundou a “Casa Sollievo della Sofferenza” (Casa para o alívio do sofrimento). Durante décadas, esta fundação de caridade acolheu pessoas necessitadas e doentes.

A máxima expressão de caridade foi expressamente revelada pelo acolhimento prestado, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e no confessionário, buscando conselhos e conforto nas horas de dificuldades. Sempre exerceu de modo exemplar a virtude da prudência nos aconselhamentos, pois agia à luz de Deus.

Procuravam-no na Igreja, Sacristia e no Convento. Prestava-se a todos, fazendo renascer a Fé, espalhando a Graça e iluminando almas, sobretudo a dos pobres, atribulados e doentes, nos quais ele identificava o sofrimento de Cristo, entregando-se a estes de modo especial. O seu interesse era a Glória de Deus e o bem das almas, tratando a todos com justiça, lealdade e grande respeito.


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Exercitou o espírito de pobreza com total desapego próprio e aos bens terrenos, comodidades ou honrarias. Sempre teve uma grande predileção pela virtude da castidade, e recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o costume  ascético dos franciscanos. Era temperante na mentalidade e no modo de viver.

Nele refulgiu a virtude da fortaleza, quando cedo compreendeu que seu caminho haveria de ser o da Cruz, que aceitou com coragem e por amor a Deus. Durante muitos anos experimentou os sofrimentos da alma: os sofrimentos iminentes. Ao longo dos anos suportou, com serenidade admirável, as aflições causadas pelos estigmas, enaltecido por carregar as marcas de Jesus Cristo. 

Para a canonização do Beato Pio de Pietrelcina, a postulação para o Vaticano apresentou ao competente Dicastério da Cúria Romana o restabelecimento da saúde do pequeno Matteo Pio Collela de São Giovanni Rotondo. Sobre este caso foi elaborado um processo canônico no Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Manfredonia-Vieste, que decorreu entre 11 de Junho a 17 de Outubro de 2000.

No dia 11 de Dezembro de 2001 foi julgado pelo Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos e, no dia 18 do mesmo mês, pela Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos. No dia 20 de Dezembro, na presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o Decreto sobre o milagre. Em 26 de Fevereiro de 2002 foi publicado o Decreto sobre a canonização de São Pio de Pietrelcina, sacramentado pelo Papa João Paulo II em 16 de junho de 2002.

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Oração escrita pelo Padre Pio de Pietrelcina: 

"Jesus, que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte. Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo no Calvário, para subir contigo à Glória Eterna. Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te na revelada Glória do Céu, para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu sofrimento por mim.

Jesus, que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranquilidade, todas as penas e trabalhos que possa encontrar nesta Terra, uno tudo a Teus méritos, às Tuas penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas, a fim de que colabore contigo para a minha Salvação e para fugir de todo o pecado — causa que Te fez suar sangue e Te reduziu à morte.

Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado. Com o fogo de Tua Santa Caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores. Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te abandone nas Tuas dores. Amém!"


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





1 comentários:

Regina Sylvia disse...

Gostei muito do seu site. Como faço para entrar em contato com vc?