10 setembro 2012

(25) O CATECISMO DE SÃO PIO X - THE CATECHISM OF SAINT PIUS X


SANTO PAPA PIO X
(Cont.)

423) Que nos proíbe o sexto Mandamento: não pecar contra a castidade?
O sexto Mandamento: não pecar contra a castidade, proíbe qualquer ação, palavra ou olhar contrários à santa pureza, e a infidelidade no matrimônio.

424) Que nos proíbe o nono Mandamento?
O nono Mandamento proíbe expressamente todo o desejo contrário à fidelidade que os cônjuges se juraram ao contrair matrimônio; e proíbe também todo e qualquer pensamento culpável e todo e qualquer desejo de ação proibida pelo sexto Mandamento.

425) É um grande pecado a impureza?
É um pecado gravíssimo e abominável diante de Deus e dos homens; rebaixa o homem à condição dos irracionais, arrasta-o a muitos outros pecados e vícios, e provoca os mais terríveis castigos de Deus nesta vida e na outra.

426) São pecados todos os pensamentos que nos vêm ao espírito contra a pureza?
Os pensamentos que nos vêm ao espírito contra a pureza, por si mesmos não são pecados, mas antes tentações e incentivos ao pecado.

427) Quando são pecados os maus pensamentos?
Os maus pensamentos, ainda que não sejam seguidos de ação, são pecados, quando culpavelmente lhes damos motivo, ou neles consentimos, ou nos expomos ao perigo próximo de neles consentir.

428) Que nos ordenam o sexto e o nono Mandamentos?
O sexto Mandamento ordena-nos que sejamos castos e modestos nas ações, nos olhares, no porte e nas palavras. O nono Mandamento ordena-nos que sejamos castos e puros, ainda mesmo no nosso íntimo, isto é, na alma e no coração.

429) Que devemos fazer para observar o sexto e o nono Mandamentos?
Para bem observarmos o sexto e o nono Mandamentos, devemos invocar freqüenternente e de todo o coração a Deus, ser devotos de Maria Virgem, Mãe da pureza, lembrar-nos de que Deus nos vê, pensar na morte, nos castigos divinos, na Paixão de Jesus Cristo, guardar os nossos sentidos, praticar a mortificação cristã, e freqüentar os sacramentos com as devidas disposiçoes.

43O) Que devemos evitar para nos conservarmos castos?
Para nos conservarmos castos, devemos evitar a ociosidade, os maus companheiros, as más leituras, a intemperança, o olhar para figuras indecentes, os espetáculos licenciosos, os bailes, as conversas e diversões perigosas, bem como todas as demais ocasiões de pecado.


431) Que nos proíbe o sétimo Mandamento: não furtar?
O sétimo Mandamento: não furtar, proíbe tirar ou reter injustamente as coisas alheias, e causar dano ao próximo nos seus bens de qualquer outro modo.

432) Que quer dizer furtar?
Furtar quer dizer: tirar injustamente as coisas alheias contra a vontade do dono, quando ele tem toda a razão e todo o direito de não querer ser privado do que lhe pertence.

433) Por que se proíbe o furtar?
Porque se peca contra a justiça, e se faz injúria ao próximo, tirando e retendo, contra o seu direito e contra a sua vontade, o que lhe pertence.

434) Que são as coisas alheias?
São todas as coisas que pertencem ao próximo, das quais tem a propriedade ou o uso, ou simplesmente as tem em depósito.

435) De quantos modos se tiram injustamente as coisas alheias?
De dois modos: com o furto e com o roubo.

436) Como se comete o furto?
Comete-se o furto tirando ocultamente as coisas alheias.

437) Como se comete o roubo?
Comete-se o roubo tirando com violência ou manifestamente as coisas alheias.

438) Em que casos se podem tirar as coisas alheias, sem cometer pecado?
Quando o dono se não opõe, ou então, quando se opõe injustamente, como aconteceria se alguém estivesse em extrema necessidade, contanto, que tirasse só o que lhe é estritamente necessário para suprir à necessidade urgente e extrema.

439) È só com o furto e com o roubo que se prejudica o próximo nos seus bens?
Prejudica-se também com a fraude, com a usura e com outra qualquer injustiça contra os seus bens.

44O) Como se comete a fraude?
Comete-se a fraude enganando o próximo no comércio com pesos, medidas ou moedas falsas, ou com gêneros deteriorados; falsificando escrituras e documentos; em suma, fazendo falsidades nas compras, nas vendas ou em qualquer outro contrato, e ainda quando se não quer dar o preço justo ou o preço combinado.

441) De que modo se comete a usura?
Comete-se a usura exigindo sem título legítimo um juro ilícito por uma quantia emprestada, abusando da necessidade ou da ignorância do próximo.

442) Que outras injustiças se cometem contra os bens do próximo?
São injustiças fazê-lo perder injustamente o que tem, danificá-lo nas suas propriedades, não trabalhar como se deve, não pagar, por malícia, as dívidas e mercadorias compradas, ferir ou matar os animais do próximo, estragar ou deixar estragar-se o que se tem em depósito, impedir alguém de auferir um lucro justo, auxiliar os ladrões, e receber, esconder ou comprar as coisas roubadas.

443) É pecado grave roubar?
É um pecado grave contra a justiça quando se trata de matéria grave, porque é de suma importância que seja respeitado o direito que cada um tem sobre os próprios bens, e isto para bem dos indivíduos, das famílias e da sociedade.

444) Quando é grave a matéria do furto?
É grave quando se tira coisa importante, e ainda quando, tirando-se coisa de pouca monta, o próximo sofre com isso grave dano.

445) Que nos ordena o sétimo Mandamento?
O sétimo Mandamento ordena-nos que respeitemos as coisas alheias, que paguemos o justo salário aos operários, e que observemos a justiça em tudo o que se refere à propriedade alheia.

446) A quem pecou contra o sétimo Mandamento, basta que se confesse disso?
Quem pecou contra o sétimo Mandamento, não basta que se confesse, mas é necessário que faça o que puder para restituir as coisas alheias e reparar os danos causados ao próximo.

447) Que é a reparação dos danos causados?
A reparação dos danos causados é a compensação que se deve dar ao próximo pelos frutos e lucros perdidos por causa do furto e das outras injustiças cometidas em seu prejuízo.


448) A quem se devem restituir as coisas roubadas?
Àquele a quem se roubaram; aos seus herdeiros, se já tiver morrido; e se isso for verdadeiramente impossível. Deve-se dar o seu valor aos pobres e a obras pias.

449) Que se deve fazer, quando se acha alguma coisa de grande valor?
Deve-se empregar grande diligência para achar o dono, e restituir-lhe fielmente.

(Continua)

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