14 março 2015

JESUS NA HISTÓRIA - JESUS IN HISTORY


JESUS-HISTORIA

É verdadeiramente impressionante a quantidade de evidências da passagem de Jesus Cristo pela Terra, seja nas Escrituras ou nos registros históricos. Os hebreus do primeiro século da Era Cristã possuíam uma capacidade única para recordar e posteriormente registrar os Ensinamentos de Jesus, qualidade impossível para os escritores modernos.

Os precursores do Cristianismo desenvolveram técnicas sofisticadas de memorização, recordando todos os fatos e Ensinamentos provenientes de Jesus. A capacidade destes historiadores bíblicos de recontar longos discursos ou ensinos surpreenderia os professores modernos e alguns críticos ferrenhos dos registros das Escrituras.

Ao longo dos séculos, os líderes religiosos de Israel capacitaram-se na habilidade de preservação da memória oral como um importante recurso na reconstrução histórica, permitindo, por sua vez, que seus alunos também pudessem recordar em detalhes cada instrução de seus professores.

Além dos arqueólogos e pesquisadores contemporâneos, que exaustivamente confirmaram a presença de Jesus Cristo na história, há também um número expressivo de historiadores antigos que perpetuaram os eventos da Sua vida. Alguns destes indivíduos atuaram como historiadores seculares, mesmo que não aceitassem a Verdade que Jesus é o Filho de Deus, relatando Sua Vida e Ensinamentos.

É preciso lembrar que os hebreus e pagãos deste período histórico, que tinham conhecimento de um novo fenômeno religioso nascente, eram mais conscientes do grupo dos recentes Cristãos do que seu patrono efetivo: Jesus Cristo. Estes historiadores tiveram contato direto, ou indireto, com Seus seguidores, mas nenhum teve contato com o líder que eles adoravam.

Devemos recordar que Jesus era um simples hebreu, líder de um movimento inovador em uma província marginal do vasto império romano, que não aceitava os valores predominantes na sociedade da época.

JESUS-HISTORIA

Joseph Gedaliah Klausner (1874 a 1958), um historiador judeu e professor de Literatura Hebraica, cujos livros mais influentes foram sobre Jesus: "Jesus de Nazaré" e "De Jesus A Paulo", descreveu como Jesus foi compreendido como um judeu e israelita que tentava reformar a religião e morreu como um judeu devoto.

Klausner, examinando os registros históricos sobre Jesus, relatou: "Seu código de ética foi de tal sublimidade, distinção e originalidade que o tornou inigualável a qualquer outro código-ético hebraico, e não há qualquer paralelo à arte notável de Suas parábolas".

Johann Wolfgang von Goethe (1749 a 1832), o expoente escritor e filósofo alemão do século passado, também expressou sua opinião sobre Jesus: "Acredito que os Evangelhos são verdadeiros pois sua divindade apenas poderia manifestar-se sobre a Terra através de Deus, porque Dele emana o esplendor refletido da sublimidade proveniente de Jesus Cristo".

Públio Cornélio Tácito (56-117 d.C.), considerado um dos maiores historiadores romanos da Antiguidade, descreve em seu livro "Annales" (Anais) como Jesus foi executado sob a autoridade de Pôncio Pilatos, governador da Judeia na época do reinado do imperador Tibério.

Tácito descreve a perseguição de Nero aos Cristãos, culpando-os pelo incêndio de Roma; a passagem sobre os Cristãos é considerada a primeira referência pagã à existência histórica de Jesus Cristo:

"Os Cristãos começaram na Judeia e espalharam-se por todo o Império; seu culto e religião derivaram da pessoa conhecida como Cristo. O crescimento explosivo da nova religião iniciou-se a partir da Crucificação de Jesus. Os Cristãos foram desprezados, odiados e falsamente acusados de crimes. No entanto, eles rapidamente cresceram e tornaram-se uma grande multidão em Roma".

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Caio Suetônio Tranquilo (Gaius Suetonius Tranquillus, 69-122 d.C.), historiador oficial de Roma durante o reinado dos imperadores Trajano e Adriano, escreveu a biografia "Os Doze Cesares".

Na seção que versa sobre a vida do Imperador Cláudio (reinou entre 41-54 d.C.) Suetônio declarou: "Tibério Cláudio César Augusto baniu de Roma os Cristãos que seguiam os ensinamentos do seu líder pois, segundo ele, continuamente causavam distúrbios na cidade".

Esta declaração histórica fornece uma evidência poderosa de que havia um número significativo de Cristãos vivendo em Roma somente duas décadas depois da morte de Jesus.

Suetônio também relatou a perseguição implacável aos Cristãos durante o reinado do imperador Nero: "Os Cristãos foram assim punidos, pois eram uma espécie de homens que espalhavam uma crença nova e mágica".

Caio Plínio Segundo (Gaius Plinius Secundus, 23-79 d.C.), também conhecido como Plínio, o Velho, foi um escritor romano, filósofo, naturalista e amigo pessoal do imperador Vespasiano.

Certa vez ele escreveu ao imperador solicitando instruções específicas de como agir a respeito do interrogatório dos Cristãos, aos quais perseguia dado o seu posto de comandante do exército romano. Em uma das suas epístolas ele afirma: "Estes crentes Cristãos nunca adorarão o imperador e não amaldiçoarão seu líder, Cristo, mesmo sob tortura extrema".

Plínio descreveu os Cristãos como pessoas que amavam a verdade a qualquer custo: "O martírio de milhares destes Cristãos baseou-se no fato de que eles conheciam a verdade sobre as declarações dos Evangelhos e estavam dispostos a morrer como  mártires ao invés de negar sua Fé em Jesus como o filho de Deus".

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Luciano de Samósata (125-180 d.C.) viveu durante o reinado do Imperador  Adriano, servindo como oficial do governo em Alexandria, no Egito. No seu livro satírico "A Morte do Peregrino", Luciano legou-nos uma rara abordagem do Cristianismo segundo o ponto de vista de um ateu confesso:

"Ele viajou o mundo sob o nome Peregrinus e conheceu alguns seguidores de Jesus da Igreja primitiva. No momento em que ele aprendeu a doutrina maravilhosa dos Cristãos falaram-lhe de Jesus como um Deus, chamando-O de Mestre. Eles ainda veneram este grande homem que foi crucificado na Palestina quando apresentou ao mundo a nova religião".

Luciano forneceu uma confirmação independente de inúmeros fatos históricos mencionados nos Evangelhos: a Crucificação, a adoração de Cristo como o Deus único e o empenho dos seguidores em seguir os Ensinamentos de Jesus.

Mara bar Serapion, filósofo e escritor assírio, fornece uma das muitas referências de um pagão sobre Jesus Cristo. Sua carta, datada de 73 d.C., foi escrita para seu filho, Serapião, encorajando-o a seguir o exemplo dos vários estimados professores das eras passadas; Sócrates, Pitágoras e um Rei sábio e virtuoso que foi executado pelos judeus na Palestina.

O valor histórico da carta de Mara bar Serapion é que fornece forte confirmação pagã-independente de que Jesus era conhecido como o "Rei dos hebreus". Nas Escrituras temos o relato de que uma inscrição foi fixada no alto da Cruz de Jesus: "E por cima da Sua cabeça puseram escrita a acusação: Este é Jesus, o Rei dos hebreus" (Mateus 27:37).

Em sua carta, Mara bar Serapion descreve como Jesus foi executado ilegalmente pelos judeus e como sofreram os juízos de Deus por seus erros, uma possível referência à destruição trágica da Judeia e de Jerusalém pelas legiões romanas em 70 d.C.

JESUS-HISTORIA

Sócrates e Aristóteles ensinaram durante 40 anos e Platão outros 50. Os Ensinamentos de Jesus duraram apenas 3 anos. Porém, a influência do Ministério de Jesus Cristo transcende infinitamente o legado deixado pelos 130 anos de ensino destes homens, que foram os maiores filósofos de toda a história.

Algumas das melhores pinturas de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Raphael referiam-se a Jesus. Dante, Milton e outros expoentes da poesia também inspiraram-se Nele.

Jesus não compôs nenhuma música; mesmo assim, Handel, Haydn, Beethoven, Bach e Mendelssohn atingiram seu mais alto grau de perfeição melódica nos hinos, sinfonias e oratórios que compuseram em Seu louvor.

Todas as esferas da grandeza humana foram enriquecidas pela obra deste humilde carpinteiro de Nazaré, Nosso Senhor Jesus.



10 março 2015

O MARTÍRIO DOS APÓSTOLOS - THE MARTYRDOM OF THE APOSTLES


MARTIRIO-PEDRO

Existem consideráveis evidências históricas da vida dos discípulos de Jesus nos escritos da Igreja primitiva. Eusébio de Cesareia (263-339 d.C.), o maior historiador do Cristianismo antigo, relatou que os apóstolos pregaram o Evangelho por toda a Terra. Jesus Cristo escolheu doze apóstolos dentre muitos que, por suas próprias palavras, testemunhariam a realidade da Sua Vida, Morte e Ressurreição. Jesus pediu que estes simples trabalhadores abandonassem suas vidas anteriores para segui-Lo até um destino insondável, muito além do que qualquer homem vivenciaria em toda a história da humanidade.

APOSTOLOS

É interessante notar que Jesus não escolheu o tipo de homem que líderes escolheriam para cumprir a árdua tarefa de pregar uma mensagem inovadora: criar uma nova religião e renovar os padrões estabelecidos. Nenhum dos apóstolos era rico ou um líder nato dentro da sociedade do primeiro século; não eram religiosos eruditos ou profissionais de distinção quando Jesus os distinguiu. Nenhuma das suas qualidades pessoais sugeria que seriam verdadeiros homens de Fé e que esta iria resistir ao teste do tempo. No entanto, depois de conviverem com Jesus, foram transformados em homens determinados a combater o poder de Roma e sacrificar suas vidas em defesa do Cristianismo. 

MATEUS

Mateus pregou o Novo Evangelho para os hebreus na Palestina e futuramente viajaria pelo mundo propagando os Ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedônios e persas, entre outros povos da Terra. Aos 72 anos de idade, na cidade de Hierapólis, Frígia (atual Turquia), São Mateus foi martirizado ao sofrer múltiplos ferimentos de espada. Padeceu de dores excruciantes durante dias até que faleceu como resultado de uma infecção generalizada.

MARCOS

Marcos, o evangelista, atualmente é venerado por várias denominações cristãs: católicos, ortodoxos, coptas e outros. Foi o fundador da Igreja em Alexandria, na sua cidade por adoção, e uma das principais sedes do Cristianismo primitivo. Tornou-se o primeiro bispo de Alexandria, no Egito, e implementou o Cristianismo no continente africano. Em 68 d.C. sofreu uma morte terrível, martirizado na cidade que adotara: São Marcos foi amarrado e arrastado por cavalos pelas ruas de Alexandria.

LUCAS

Lucas, o médico, foi o responsável pelo "Evangelho de São Lucas" e pelos "Atos dos Apóstolos": o terceiro e quinto livro do Novo Testamento. Enfrentou o martírio em idade avançada, aos 84 anos, ao ser enforcado em uma árvore (oliveira) em Tebas, na Beócia, região da Grécia, como resultado da inveja dos seus desafetos: certamente incomodados pela sua incansável pregação da palavra de Deus em todo o sul da Europa; assim como sua incessante dedicação aos necessitados.

TIAGO-MENOR

Tiago, o justo, também denominado Tiago Menor, era líder da Igreja primitiva em Jerusalém. Foi um dos discípulos que Jesus encontrou logo após Sua Ressurreição. Em 62 d.C. sofreu o martírio pelas mãos dos escribas e fariseus por recusar-se a negar sua crença de que Jesus Cristo era o Deus Vivo. Como represália foi atirado do pináculo do templo em Jerusalém, despencando de uma altura de 40 metros. Ferido, São Tiago sobreviveu à queda, mas foi caçado, apedrejado e morto a porretadas pelos seus detratores.

TIAGO-MAIOR

Tiago Maior, conhecido como o irmão de João, era um pescador quando Jesus convocou-o para ser Seu discípulo. Em 44 d.C., em Jerusalém, foi condenado à decapitação por ser um líder influente do Cristianismo primitivo. Durante o julgamento, o oficial romano que guardava Tiago surpreendeu-se como ele defendia sem temores sua Fé em Deus. Assim, abnegadamente, o citado oficial declarou-se convertido ao Cristianismo encaminhando sua decisão ao juiz. O oficial acompanhou São Tiago até o local da execução, e ajoelhando-se próximo ao apóstolo também foi decapitado.

BARTOLOMEU

Bartolomeu foi um importante missionário na Ásia e largamente conhecido pelas suas peregrinações na Índia e principalmente pela Armênia: nação onde lhe são creditados diversos milagres e curas. Encontrou seu martírio na Armênia, o país ao qual dedicara seus maiores esforços de evangelização. Foi esfolado vivo pelo efeito de chibatadas e em seguida crucificado até a morte. Em 300 d.C., graças ao apostolado de São Bartolomeu, a Armênia tornou-se a primeira nação do mundo a adotar o Cristianismo como a religião oficial.

ANDRE

Santo André e seu irmão São Pedro ganhavam a vida como pescadores quando Jesus encontrou-os e disse-lhes: "Segui-me, pois vos farei pescadores de homens". Aos 60 anos de idade, André foi martirizado na cidade de Patras, na Grécia: depois de severamente açoitado, foi amarrado (para prolongar sua agonia) pelos seus algozes numa cruz no formato de xis. Consistente com sua Fé em Cristo, saudou seus torturadores com as seguintes palavras: "Há muito tenho esperado este momento, pois a cruz é um símbolo sagrado". Sofreu por dias até falecer.

TOME

Tomé tornou-se conhecido pela seguinte passagem nas Escrituras: "Se eu não vir o sinal dos cravos em Suas mãos e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, de maneira nenhuma o crerei. E Jesus disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos, não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu: Senhor meu, Deus meu! E Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram". Tomé foi alvejado por uma lança em Mylapore, na Índia, durante uma viagem para estabelecer uma Igreja no subcontinente.

JUDAS-TADEU

São Judas Tadeu, irmão de Tiago Menor, foi martirizado em 65 d.C. na província romana da Síria, juntamente com Simão, o zelote, que o acompanhava na ocasião do ultrajante atentado contra os dois apóstolos. Estes discípulos de Jesus Cristo foram mortos a machadadas e flechadas por uma multidão enfurecida incentivada por sacerdotes pagãos, após recusarem-se a negar a sua Fé em Deus e adorarem o deus dos pagãos: o sol. São Judas é o santo padroeiro das causas desesperadas e perdidas.

MATIAS

Matias foi o escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes. Semeou sua Fé em Jesus Cristo por toda a Anatólia, na Ásia Menor, e na região do entorno do mar Cáspio: Azerbaidjão, Irã, Cazaquistão, Rússia, Turquemenistão. Sofreu o martírio em 80 d.C., na região de Colchis (atual Geórgia), no Cáucaso, quando foi apedrejado e em seguida decapitado. Alternativamente, outra interpretação histórica menos confiável menciona que Matias pode ter sido enterrado em Jerusalém, no local onde teria sido decapitado

PAULO

São Paulo escreveu várias epístolas às Igrejas que instituíra em todo o Império Romano. Foi um dos escritores responsáveis pela propagação do Cristianismo através do mundo antigo e seus escritos compõem uma parte significativa do Novo Testamento. Paulo passou mais de seis anos aprisionado em diferentes épocas da sua produtiva vida. As cartas de São Paulo escritas no período de reclusão forçada ajudaram a compor as doutrinas mais fundamentais do Cristianismo. Sofreu o martírio em 67 d.C., torturado e em seguida decapitado a mando do imperador Nero.

PEDRO

Simão Pedro, nosso São Pedro, foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Disse-lhe Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és Cristo, o Filho do Deus Vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado por carne ou sangue mas por meu Pai que está nos céus. Pois também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos céus". Pedro foi martirizado aos 64 anos de idade e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo em uma cruz no formato de xis, pois sentia-se indigno de morrer da mesma maneira que Jesus Cristo.

JOAO

João Evangelista enfrentou seu martírio quando foi torturado e colocado para morrer em uma tina contendo óleo fervente, durante uma onda de perseguição aos Cristãos em Roma. No entanto, ele foi miraculosamente salvo da morte certa. Depois de ter sobrevivido, João foi aprisionado pelo imperador Domiciano na ilha de Patmos, na Grécia, local onde escreveu "O Apocalipse", o Livro das Revelações. Quando João foi libertado, concentrou-se no seu apostolado pelo mundo afora e tornou-se o patrono das 7 igrejas da Ásia: Ephesus, Smyrna, Pergamum, Thyatira, Sardis, Philadelphia. São João faleceu aos 94 anos de idade, em Ephesus, Grécia. Foi o único Apóstolo que não foi martirizado e morreu em paz.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



03 março 2015

A DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA DO LAR DE JESUS - THE ARCHAEOLOGICAL DISCOVERY OF JESUS'S HOME


JESUS-LAR

Entre os hebreus da Palestina o epíteto de Jesus Cristo era "O Nazareno" e, assim, os primeiros Cristãos foram identificados como "nazarenos". O termo nazareno é relativo a Nazaré, um povoado da Baixa Galileia, na Palestina, ou àquele que nasceu e habitava o vilarejo.

Mas o termo tanto pode ser derivado diretamente da palavra Nazaré, a localidade na qual Jesus cresceu, trabalhou com seu pai e ensinou, como também da palavra hebraica "Netzer" que significa Ramo, Remanescente ou Rebento — um título muitas vezes aplicado profeticamente ao messias dos antigos textos hebreus: "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará" (Isaías 11:1). 

A profecia de Isaías foi cumprida pelo anjo que guardava o Santo Sepulcro, como relatou o Apóstolo Marcos: "Entrando no sepulcro viram um anjo assentado à direita, e trajava um manto branco. Ele disse: Não vos assusteis, buscais a Yeshua HaNotzri". No aramaico antigo a palavra "Yeshua" significa Jesus, e o epíteto "HaNotzri", O Nazareno.

NAZARE-CASA

Recentemente foi anunciada uma sensacional descoberta arqueológica sob as fundações do convento das "Irmãs de Nazaré", próximo à Igreja da Anunciação na atual cidade de Nazaré: a residencia de Maria e José, o lar onde Jesus viveu!

Escavações subsequentes revelaram que a casa de dois pavimentos foi construída com sólidas paredes de rocha calcária fixadas por argamassa, e também situava-se próxima a uma encosta rochosa.

Foram escavadas as ruínas de um muro e a entrada camuflada de uma gruta foi descoberta. Grutas camufladas foram encontradas em outras comunidades hebraicas da Baixa Galileia, como na vizinha aldeia bíblica de Canaã, palco de inúmeras batalhas entre hebreus e romanos.

A construção contava com vários cômodos para moradia e trabalho, e uma escada adjacente levava ao anexo superior, agora inexistente. Foram descobertos indícios de um sistema para a coleta da água pluvial proveniente do telhado.

Os arqueólogos encontraram vestígios de depósitos para argila e giz, materiais geralmente utilizados para garantir a pureza dos alimentos e da água quando mantidos dentro de vasos de armazenagem. Uma fonte de água nas proximidades atendia às necessidades dos habitantes.

GRUTA-LABIRINTO

Nazaré era um povoado recôndito que ocupava uma área de 40.000 m² (4 hectares). Estima-se que quase cem construções, destinadas à moradia e ao comércio, compunham a totalidade das edificações.

No entorno do povoado foram descobertas várias grutas que eram verdadeiros labirintos e claramente serviam de abrigo temporário contra invasores. Posteriormente deveriam ser utilizadas como locais de reunião para os primeiros Cristãos.

Normalmente os soldados romanos não incomodavam os habitantes de Nazaré, já que o vilarejo tinha pouco valor estratégico para Roma e seu Império. No primeiro século a.C., os governantes romanos assumiram o controle de Israel, mas a população de Nazaré e cidades vizinhas rejeitou a cultura imposta.

A posição política da população de Nazaré foi especialmente incomum, pois demonstrava um forte sentimento anti-romano e uma grande vontade de manter intocada a identidade hebraica durante a crescente influência de Roma, que dominaria por séculos a Palestina e grande parte do Ocidente.