O mistério da energia escura foi resolvido e os investigadores dizem com certeza que é real e responsável pela expansão do Universo; no entanto eles admitem que ainda não têm ideia do que é composta a energia e a matéria escura.
A premissa básica da cosmologia moderna é que o universo visível das estrelas, planetas e galáxias ocupa cerca de 5% do cosmos e situa-se como "destroços" em um mar enorme de material desconhecido, a energia escura.
A quantidade de energia escura que compõe o universo é estimada em 70% do mesmo, enquanto que a matéria escura, menos misteriosa, compreende os 25% restantes.
Uma das principais peças da evidência para a existência da energia escura é o chamado efeito integrado Sachs Wolfe.
Em 1967, Rainer Sachs e Arthur Wolfe teorizaram que o calor remanescente e a luz da radiação do Big Bang se tornariam um pouco mais azul ao passarem pelos campos gravitacionais da matéria no universo, um efeito conhecido como desvio gravitacional para o vermelho (redshift).
Em 1996, os astrônomos Robert Crittenden e Neil Turok sugeriram a sobreposição de mapas do universo local, porque o layout da radiação cósmica residual poderia fornecer pistas sobre para onde olhar para ver o efeito. Os pesquisadores passaram décadas pesquisando o fenômeno, e em 2003 descobriu-se a existência da energia escura, porém de maneira fraca.
A equipe anglo-alemã que realizou o estudo mais recente foi composta por Crittenden e Giannantonio Tommaso. Eles reexaminaram todos os argumentos para melhorar a detecção e os mapas usados na obra original.
Desta forma concluíram que a energia escura é a responsável pelas partes mais quentes do fundo cósmico da emissão de microondas do Big Bang.
Radiotelescópios, como o Square Kilometre Array, que serão localizados em grandes áreas remotas da África do Sul e Austrália, devem melhorar o processo difícil de medir as distâncias no universo e fornecer dados mais definitivos.
Albert Einstein estava certo em sua visão do universo e da sua expansão. Todo o universo está se expandindo a uma taxa por ele prevista, exatamente como a calculada pela impulsão ocasionada pela energia escura.
O novo teste da visão de Einstein do universo em expansão está ajudando os cientistas a compreenderem a aceleração misteriosa do universo.
Isso significa que o fenômeno pode ser explicado usando apenas a teoria geral da relatividade de Einstein e a constante cosmológica, a mais simples explicação teórica para a aceleração do universo.
Os cosmólogos da Portsmouth University e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre examinaram o período de cinco a seis milhões de anos atrás, quando o universo tinha quase a metade da sua idade atual, e fizeram medições de precisão extraordinárias.
Os resultados são consistentes com o modelo de concordância de um universo que floresceu a partir do Big Bang, há 13.7 bilhões de anos, e que agora está se expandindo a uma velocidade vertiginosa, por razões ainda desconhecidas. Os resultados serão usados para entender o que está causando a aceleração e o porquê, e vai lançar uma nova luz sobre a energia escura.