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14 setembro 2012

ENERGIA ESCURA DESVENDADA - DARK ENERGY UNVEILED


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O mistério da energia escura foi resolvido e os investigadores dizem com certeza que é real e  responsável pela expansão do Universo; no entanto eles admitem que ainda não têm ideia do que é composta a energia e a matéria escura.

A premissa básica da cosmologia moderna é que o universo visível das estrelas, planetas e galáxias ocupa cerca de 5% do cosmos e situa-se como "destroços" em um mar enorme de material desconhecido, a energia escura.

A quantidade de energia escura que compõe o universo é estimada em 70% do mesmo, enquanto que a matéria escura, menos misteriosa, compreende os 25% restantes.

Uma das principais peças da evidência para a existência da energia escura é o chamado efeito integrado Sachs Wolfe.

Em 1967, Rainer Sachs e Arthur Wolfe teorizaram que o calor remanescente e a luz da radiação do Big Bang se tornariam um pouco mais azul ao passarem pelos campos gravitacionais da matéria no universo, um efeito conhecido como desvio gravitacional para o vermelho (redshift).

Em 1996, os astrônomos Robert Crittenden e Neil Turok sugeriram a sobreposição de mapas do universo local, porque o layout da radiação cósmica residual poderia fornecer pistas sobre para onde olhar para ver o efeito. Os pesquisadores passaram décadas pesquisando o fenômeno, e em 2003 descobriu-se a existência da energia escura, porém de maneira fraca.

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A equipe anglo-alemã que realizou o estudo mais recente foi composta por Crittenden e Giannantonio Tommaso. Eles reexaminaram todos os argumentos para melhorar a detecção e os mapas usados ​​na obra original.

Desta forma concluíram que a energia escura é a responsável pelas partes mais quentes do fundo cósmico da emissão de microondas do Big Bang.

Radiotelescópios, como o Square Kilometre Array, que serão localizados em grandes áreas remotas da África do Sul e Austrália, devem melhorar o processo difícil de medir as distâncias no universo e fornecer dados mais definitivos.

Albert Einstein estava certo em sua visão do universo e da sua expansão. Todo o universo está se expandindo a uma taxa por ele prevista, exatamente como a calculada pela impulsão ocasionada pela energia escura.

O novo teste da visão de Einstein do universo em expansão está ajudando os cientistas a compreenderem a aceleração misteriosa do universo.

Isso significa que o fenômeno pode ser explicado usando apenas a teoria geral da relatividade de Einstein e a constante cosmológica, a mais simples explicação teórica para a aceleração do universo.

Os cosmólogos da Portsmouth University e do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre examinaram o período de cinco a seis milhões de anos atrás, quando o universo tinha quase a metade da sua idade atual, e fizeram medições de precisão extraordinárias.

Os resultados são consistentes com o modelo de concordância de um universo que floresceu a partir do Big Bang, há 13.7 bilhões de anos, e que agora está se expandindo a uma velocidade vertiginosa, por razões ainda desconhecidas. Os resultados serão usados ​​para entender o que está causando a aceleração e o porquê, e vai lançar uma nova luz sobre a energia escura.



28 agosto 2012

MÚLTIPLOS UNIVERSOS - MULTIPLE UNIVERSES


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Existem outras leis operando no universo de forma mais profunda do que as que conhecemos. Os físicos que estudavam o nível quântico perceberam algumas coisas peculiares nesse mundo minúsculo. Uma delas é que as partículas existentes nesse nível conseguem tomar diferentes formas, arbitrariamente.

Os cientistas observaram fótons, minúsculos pacotes de luz, atuando como partículas e ondas. Isso ficou conhecido como o Princípio da Incerteza de Heisenberg. O físico Werner Heisenberg sugeriu que, apenas observando a matéria quântica afetamos seu comportamento. Sendo assim, nunca podemos estar totalmente certos sobre a natureza de um objeto quântico ou seus atributos, como velocidade e localização.

A interpretação de Copenhague sobre a mecânica quântica apóia essa ideia. Apresentada primeiramente pelo físico dinamarquês Niels Bohr, essa interpretação afirma que todas as partículas quânticas não existem em um ou outro estado, mas em todos os estados possíveis de uma só vez. A soma total dos possíveis estados de um objeto quântico é chamada de sua função de onda. A condição de um objeto existir em todos seus possíveis estados, de uma só vez, é chamada de superposição.

Quando observamos um objeto quântico, a observação quebra a superposição de um objeto e o força a escolher um estado de sua função de onda. Essa teoria explica porque os físicos obtiveram medidas opostas em relação ao mesmo objeto quântico. O objeto "escolheu" estados diferentes durante diferentes medidas! Desde que sua ciência foi desenvolvida, os físicos estão empenhados em desmontar o Universo. Eles estudaram o que poderiam observar e trabalharam em níveis cada vez menores do mundo da física.

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Ao fazer isso, os físicos tentam atingir o nível final e mais básico, e é esse nível que servirá como base para compreender todo o resto. Esses físicos se voltaram para um nível sub-quântico teórico, chamado teoria das cordas, como sendo a resposta para tudo na vida. Durante sua investigação teórica também concluíram que existem universos paralelos.

Segundo essa teoria, nosso próprio Universo é como uma bolha que coexiste com universos paralelos semelhantes, e que podem entrar em contato entre si. A teoria afirma que a gravidade pode fluir entre esses universos paralelos, e quando esses universos interagem acontece um Big Bang semelhante ao que criou o nosso Universo.

A teoria chamada inflação postula que o Universo que vemos é apenas uma pequena bolha no espaço-tempo, que se expandiu rapidamente após o Big Bang. Físicos teóricos, baseando-se na física quântica e em outros princípios como a teoria das cordas, acham que há vários universos desconectados, chamados de bolhas, formando um todo que eles chamam de multiverso.

Uma situação que torna a teoria dos multiversos mais provável é a quantidade de energia escura que o nosso Universo tem, porque nenhuma outra teoria existente sobre o Universo consegue explicar esse fenômeno. Mas, se a teoria do multiverso for real, essa quantidade de energia não só se torna explicável como é inevitável.

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O conceito de multiverso tem suas raízes na moderna Cosmologia e na Teoria Quântica e engloba várias ideias da Teoria da Relatividade, de modo a tornar possível a existência de inúmeros universos onde todas as probabilidades quânticas de eventos ocorram. Simplesmente há espaço suficiente para acoplar outros universos numa estrutura dimensional maior.

Os universos seriam, em uma analogia, semelhantes a bolhas de sabão flutuando num espaço maior. Alguns seriam até interconectados entre si por buracos negros ou através de "wormholes". É importante ressaltar que o multiverso não é uma hipótese inventada para responder a uma pergunta específica, mas simplesmente a consequência de uma teoria.

Astrônomos da NASA descobriram algo inexplicável. O conjunto de galáxias que nós conhecemos como Universo está se deslocando em direção a algo enorme, rumo ao desconhecido, a uma velocidade estonteante. Esse fenômeno foi batizado pelos cientistas de fluxo escuro ou "dark flow". O Universo pode estar literalmente sendo sugado para outro universo, e o fluxo escuro é a parte da matéria e energia do nosso Universo que estaria vazando por este portal cósmico.

A existência do fluxo escuro confirma a possibilidade de outros universos. Sua localização encontra-se entre as constelações de Sagitário e Hidra. Os aglomerados de galáxias nesta área estão se movendo a velocidades extremamente altas em comparação aos aglomerados galácticos localizados em outras parte do céu, o que é totalmente incompatível com todas as teorias cosmológicas atuais.

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O fluxo escuro é controverso porque a distribuição de matéria no Universo observável não consegue explicá-lo. Sua existência sugere que alguma estrutura além do Universo visível, fora do nosso "horizonte cósmico", está puxando essa matéria. Este movimento é diferente da expansão para fora do Universo que é acelerada pela força chamada de energia escura. O que está impulsionando os movimentos dos "clusters" deve estar além do Universo conhecido.

A teoria chamada de inflação postula que o Universo que vemos é apenas uma pequena bolha no espaço-tempo, que se expandiu rapidamente após o Big Bang, e que não poderia haver outras partes visíveis do cosmos além dessa bolha. Mas as regiões longínquas do espaço-tempo podem ser muito diferentes. Podem conter estrelas e galáxias gigantes e enormes estruturas, muito maiores do que qualquer coisa em nosso Universo observável. Estas estruturas são as que os investigadores julgam como as responsáveis pela atração dos aglomerados de galáxias, criando o "dark flow".

Esta multiplicidade de universos é só um vislumbre da capacidade criativa de Deus, e demonstra de forma incontestável que a complexidade, a magnificência e a grandiosidade  são inerentes à criação Divina.