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23 dezembro 2016

NOITE SAGRADA, FELIZ NATAL - HOLY NIGHT, MERRY CHRISTMAS

CHRISTMAS

As the world celebrates a Holy Night, I want to wish all readers A Merry Christmas. My special prayer is for all the children of the world who shiver in the cold of the darkness — the hungry, the abused and the dispossessed.

28 maio 2016

SÃO PIO DE PIETRELCINA - SAINT PIO OF PIETRELCINA

SAINT-PIO-PIETRELCINA

São Pio de Pietrelcina (25/05/1887 - 23/09/1968) foi um frade Católico pertencente à Ordem dos Capuchinhos. Francesco Forgione nasceu em Pietrelcina, província de Benevento, Itália. Francesco tinha um irmão mais velho e três irmãs mais novas — dois irmãos faleceram infantes —, e todos eram trabalhadores rurais, camponeses. Aos cinco anos de idade o menino voltou sua vida para Deus.

Seus pais eram muito religiosos e assistiam a Santa Missa diariamente, assim incentivando o desenvolvimento do pequeno no catolicismo. Francisco era muito dedicado e tornou-se o melhor coroinha da paróquia local. Algumas vezes o menino penitenciava-se espontaneamente, dormindo no chão de pedra, o que trazia preocupação à sua mãe.

Desde muito jovem Francisco foi capaz de pressentir a realidade metafísica e dialogava intuitivamente com Jesus. Este foi um conhecimento adquirido, natural, e não ensinado ou incutido pelos familiares ou religiosos da paróquia local. Francisco presumia que outras pessoas também podiam ouvir Jesus!

Seus pais eram extremamente corretos mas muito pobres e necessitados, o que exigia que todos os filhos trabalhassem no campo. O pequeno Francisco passou muitos anos na lavoura e pastoreando ovelhas. Infelizmente o tempo dedicado ao trabalho resultou na fraca assiduidade na escola, atrasando seu progresso em relação às outras crianças.

SAINT-PIO-PIETRELCINA

Francisco estava sempre adoentado, pois sofria de gastroenterite aguda desde a tenra idade. Em 1897, ao completar dez anos, foi acometido pela febre tifoide, a salmonelose. Nesta época o jovem cumprira apenas três anos de estudos primários pois dedicava seu dia ao trabalho familiar mas, mesmo assim, expressou seu anseio de pertencer a uma ordem religiosa.

Seus pais sentiram-se orgulhosos com a iniciativa do filho e viajaram para Benevento, região da Campania, para encontrar o reitor da Ordem dos Frades Menores. O jovem Francisco foi avaliado pela comunidade franciscana, mas a conclusão foi que precisava mais estudos antes que fôsse admitido à Ordem.

Visando o aperfeiçoamento intelectual, seus pais decidiram contratar um professor particular. Mas os poucos recursos da família obrigaram que seu pai viajasse para a América, buscando trabalho para garantir o futuro do filho. Finalmente seu pai conseguiu enviar dinheiro para custear as despesas do tutor responsável pela educação do rapaz.

Em 1903, aos dezesseis anos, Francisco estava com os estudos em dia e tornou-se noviço na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos em Morcone, província de Benevento, recebendo a alcunha de Frei Pio. Ele mesmo escolheu o nome "Pio" em homenagem ao Papa Pius I, cuja relíquia muitas vezes admirara na capela da cidade natal.

SAINT-PIO-PIETRELCINA

Com dezessete anos Frei Pio quedou-se extremamente doente, sofrendo de uma doença pulmonar não diagnosticada. Viajou para uma região montanhosa onde o ar era mais puro — prática terapêutica na época. Mas seu quadro clínico piorou e foi aconselhado a voltar para casa pois previam o pior. Mesmo durante as tribulações Francisco aprimorava seus estudos para o sacerdócio!

Em 1910, Pio de Pietrelcina recebeu as ordens sacerdotais no Convento de Benevento, mas foi permitido que voltasse e permanecesse em casa, repousando, por causa da saúde extremamente debilitada. Em 1914 eclodiu a Grande Guerra e o Padre Pio foi convocado para o serviço militar servindo como médico do corpo de saúde do exército, assim ele viajou para o front de batalha.

No entanto o Padre Pio continuava enfermo e foi enviado de volta para o Convento, mas foi recrutado a retornar para o serviço ativo no campo de batalha da Primeira Guerra. Em março de 1916 foi finalmente exonerado da obrigação de servir à pátria por causa da saúde debilitada, retornando definitivamente para o "Convento di San Giovanni Rotondo".

Em 20 de setembro de 1916, Padre Pio ouvia as confissões dos fiéis quando sentiu uma dor excruciante nas mãos e nos pés. Foi quando notou os estigmas — as chagas de Cristo. A experiência foi dolorosa e o sangramento profuso, mas os ferimentos exalavam um perfume, mesmo que sangrassem, e nunca inflamaram ou infectaram durante toda a sua vida.


Pio-Pietrelcina

Em 1919 a notícia sobre os estigmas espalhou-se pelo mundo e multidões vieram para receber as bençãos do Padre Pio. Várias pessoas declaravam sua capacidade de realizar milagres ou curas! O mais impressionante eram os testemunhos sobre o dom da bilocação, a presença simultânea em dois lugares, um carisma que poucos Santos receberam em suas vidas.

Sua popularidade tornou-se uma preocupação para a Igreja Católica que restringiu suas atividades eclesiásticas para minimizar a interação pública. Padre Pio sentia-se desconfortável com a popularidade devido aos estigmas, de modo que o Vaticano adiantou-se e investigou sua veracidade, concluindo que a condição que acometera o Padre Pio era natural e não auto-induzida.

Em 1934, o Vaticano autorizou que o Padre Pio voltasse a exercer funções sacerdotais públicas, suspensas durante a investigação. Foi-lhe permitido novamente pregar os Ensinamentos de Jesus, mesmo que a Igreja local se recusasse a apoiá-lo. Mas o Vaticano era a autoridade máxima neste quesito e o Papa Pius XI encorajou os fiéis a procurá-lo sem problemas!

Em 1947, um desconhecido padre polonês, Karol Józef Wojtyła, reuniu-se com o Padre Pio que, profeticamente, confidenciou que Wojtyła assumiria o mais alto grau na hierarquia da Igreja Católica. Em 1978, este padre foi entronizado com o nome de João Paulo II. Em 16 de junho de 2002, 55 anos depois, o Santo Padre Pio de Pietrelcina foi canonizado por João Paulo II. 

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São Francisco de Assis, o fundador da Ordem dos Frades Menores, era o exemplo de conduta moral do Padre Pio. São Francisco sempre recomendava aos seus discípulos: "Cuidem-se para não sentirem-se tristes ou sombrios como os hipócritas, mas sim alegres no Senhor Jesus. Sejam risonhos e amáveis dentro dos limites da conveniência".

Assim agia o Padre Pio. Ele espalhava seu amor por Jesus vivendo com esperança e vivo contentamento na presença do próximo. Mesmo no meio dos maiores sofrimentos físicos e morais, como nas doenças ou dúvidas causadas pelos estigmas, sua imensa alegria proveniente da consciência de ser filho de Deus e herdeiro do Seu Reino nunca o abandonara.

Padre Pio sentia-se forte, leve, sereno e seguro. Quando estava com os seus confrades e amigos era muito bem humorado, criando jogos de palavras na forma de citações ou elaboradas construções linguísticas, o que resultava em risos e felicidade entre seus conhecidos, tornando-se a expressão objetiva do seu estado de alma. Ria muito, e com muita satisfação!

Sua vida era dedicada ao bem das almas dos aflitos. Padre Pio usou a popularidade para fundar um hospital em San Giovanni Rotondo. O reconhecimento universal da sua bondade e sabedoria cresceu nos anos que seguiram à sua morte, tornando-se um fenômeno eclesial em todo o mundo. Abrasado pelo amor a Deus e ao próximo, Padre Pio viveu em plenitude a vocação de contribuir para a redenção do ser humano.


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Não era um homem voltado somente para a esperança e confiança total em Deus, pois inspirava estas virtudes em todos aqueles que acolhia. O amor de Deus inundava-o, saciando seus anseios, e a caridade era o princípio inspirador do seu dia. Sua máxima preocupação era fazer crescer a caridade para com o próximo, servindo a multidão que a ele acorria em número sempre maior.

Durante sua vida religiosa celebrou a Santa Missa diariamente, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis. Em 5 de Maio de 1956, para aliviar o sofrimento e a miséria de várias famílias carentes, fundou a “Casa Sollievo della Sofferenza” (Casa para o alívio do sofrimento). Durante décadas, esta fundação de caridade acolheu pessoas necessitadas e doentes.

A máxima expressão de caridade foi expressamente revelada pelo acolhimento prestado, durante mais de 50 anos, às inúmeras pessoas que acorriam ao seu ministério e no confessionário, buscando conselhos e conforto nas horas de dificuldades. Sempre exerceu de modo exemplar a virtude da prudência nos aconselhamentos, pois agia à luz de Deus.

Procuravam-no na Igreja, Sacristia e no Convento. Prestava-se a todos, fazendo renascer a Fé, espalhando a Graça e iluminando almas, sobretudo a dos pobres, atribulados e doentes, nos quais ele identificava o sofrimento de Cristo, entregando-se a estes de modo especial. O seu interesse era a Glória de Deus e o bem das almas, tratando a todos com justiça, lealdade e grande respeito.


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Exercitou o espírito de pobreza com total desapego próprio e aos bens terrenos, comodidades ou honrarias. Sempre teve uma grande predileção pela virtude da castidade, e recorreu habitualmente à mortificação para conseguir a virtude da temperança, conforme o costume  ascético dos franciscanos. Era temperante na mentalidade e no modo de viver.

Nele refulgiu a virtude da fortaleza, quando cedo compreendeu que seu caminho haveria de ser o da Cruz, que aceitou com coragem e por amor a Deus. Durante muitos anos experimentou os sofrimentos da alma: os sofrimentos iminentes. Ao longo dos anos suportou, com serenidade admirável, as aflições causadas pelos estigmas, enaltecido por carregar as marcas de Jesus Cristo. 

Para a canonização do Beato Pio de Pietrelcina, a postulação para o Vaticano apresentou ao competente Dicastério da Cúria Romana o restabelecimento da saúde do pequeno Matteo Pio Collela de São Giovanni Rotondo. Sobre este caso foi elaborado um processo canônico no Tribunal Eclesiástico da arquidiocese de Manfredonia-Vieste, que decorreu entre 11 de Junho a 17 de Outubro de 2000.

No dia 11 de Dezembro de 2001 foi julgado pelo Congresso Peculiar dos Consultores Teólogos e, no dia 18 do mesmo mês, pela Sessão Ordinária dos Cardeais e Bispos. No dia 20 de Dezembro, na presença do Papa João Paulo II, foi promulgado o Decreto sobre o milagre. Em 26 de Fevereiro de 2002 foi publicado o Decreto sobre a canonização de São Pio de Pietrelcina, sacramentado pelo Papa João Paulo II em 16 de junho de 2002.

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Oração escrita pelo Padre Pio de Pietrelcina: 

"Jesus, que nada me separe de Ti, nem a vida, nem a morte. Seguindo-Te em vida, ligado a Ti com todo amor, seja-me concedido expirar contigo no Calvário, para subir contigo à Glória Eterna. Seguirei contigo nas tribulações e nas perseguições, para ser um dia digno de amar-Te na revelada Glória do Céu, para cantar-Te um hino de agradecimento por todo o Teu sofrimento por mim.

Jesus, que eu também enfrente como Tu, com serena paz e tranquilidade, todas as penas e trabalhos que possa encontrar nesta Terra, uno tudo a Teus méritos, às Tuas penas, às Tuas expiações, às Tuas lágrimas, a fim de que colabore contigo para a minha Salvação e para fugir de todo o pecado — causa que Te fez suar sangue e Te reduziu à morte.

Destrói em mim tudo o que não seja do Teu agrado. Com o fogo de Tua Santa Caridade, escreve em meu coração todas as Tuas dores. Aperta-me fortemente a Ti, de maneira tão estreita e tão suave, que eu jamais Te abandone nas Tuas dores. Amém!"


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





20 maio 2016

JESUS É DEUS - JESUS IS GOD

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Jesus é Deus! Esta afirmação é um fato incontestável pois assim confirmou Jesus: "Em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, Eu Sou", reafirmando claramente Sua Divindade quando revelou: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o que é, o que era, aquele que há de vir. Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive".

A comprovação da essência metafísica de Jesus é constatada pela cristologia tácita, manifestando-se mais através de atos do que palavras. Foi através das Suas obras que Jesus confirmou Sua dualidade Deus-Homem — mistério insondável e dogma Cristão que precisa ser compreendido pelos que buscam respostas através da Fé.

No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória, como a Glória do Unigênito do Pai, cheio da Graça e da Verdade. Ele estava no princípio com Deus, e todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens.

JESUS-DEUS

Jesus modificou o mundo para sempre através dos Seus Ensinamentos de amor e compaixão, utilizando parábolas lógicas que fluíram a partir do conceito da existência de Deus Pai, norteando e oferecendo o melhor exemplo de irrepreensível conduta moral e social para que a humanidade triunfasse através das eras vindouras.

Podemos intuir que a vida de Jesus teve início no Nascimento e que Sua personalidade desenvolveu-se com o passar dos anos. Mas a realidade é que o 'nosso pequenino Jesus' já carregava ao nascer a mesma Divindade Daquele que vivera eternamente na presença de Deus Pai, muito antes da Criação do Universo.

Embora portasse a substância Divina não apegou-se a esta condição, pois aniquilou-se ao assumir a condição de servo e tornar-se o que os homens são. Mas Ele foi mais humilde, suportando a imposição das falsas acusações e o Sacrifício final na Cruz. O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e ofertar Sua vida em resgate da humanidade!

É por isso que Sua transição de Deus para Homem é considerada o maior ato de humildade, generosidade e amor jamais visto na face da Terra — Sacrifício pelo qual Ele sempre será honrado e exaltado até o fim dos tempos. Mas Ele ressuscitou e Seu Nome está escrito acima de todos os outros nomes: Jesus Cristo Nosso Senhor.

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Aos doze anos de idade, Jesus viajou com seus pais até Jerusalém para os festejos da Páscoa. Terminada a festa, Maria e José iniciaram a jornada de volta para casa, caminhando entre amigos e familiares, mas Jesus permaneceu em Jerusalém. Todos imaginavam que Jesus caminhava mais atrás e seguiram despreocupados em direção ao vilarejo de Nazaré.

Quando procuraram Jesus entre os parentes e parceiros da romaria não o encontraram! Voltaram para Jerusalém e, depois de três dias de busca, viram Jesus no Templo, assentado entre os mestres — ouvindo-os, aconselhando-os e interrogando-os. Os sábios estavam maravilhados com Sua inteligência e respostas precisas. Seus pais, apreciando a visão de Jesus entre os anciões, ficaram admirados!

Maria logo perguntou para Jesus: "Filho, por que nos fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos à sua procura". Jesus respondeu: "Por que estavam me procurando? Não sabeis que me convém estar na casa de meu Pai?" Então eles compreenderam o que seu filho dizia. E Jesus foi com eles para Nazaré, pois era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas boas em seu coração.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





11 dezembro 2015

UMA BREVE HISTÓRIA DA NATIVIDADE - A BRIEF HISTORY OF THE NATIVITY


HISTORIA-NATIVIDADE

Quando Jesus nasceu na cidade de Belém um anjo anunciou Sua Vinda: "Eis que trago boas novas de grande alegria, porque neste dia na cidade de David nasceu o Salvador que é Cristo, Nosso Senhor".

Assim, os pastores e sábios foram convidados pelos anjos a prestar louvores e honrarias ao Salvador, enquanto que vários foram guiados pelo brilho da estrela gloriosa de Belém, e vieram para oferecer suas homenagens ao Menino Jesus.

Alguns dias antes do Seu nascimento, a população de Nazaré conversava animadamente sobre as recentes notícias vindas de Roma, pois o imperador César Augusto ordenara que retornassem às cidades onde nasceram em cumprimento ao recenseamento do Império Romano.

Este censo demográfico, o primeiro e único comandado por César, foi inédito na História, e objetivava identificar quais súditos de Roma pagavam seus impostos corretamente. 

HISTORIA-NATIVIDADE

O recenseamento atingiu todo o Império, mas distintamente das outras regiões, para a Palestina isto significou que famílias inteiras deveriam registrar-se nas cidades natais e não nos vilarejos onde residiam.

Este fato transtornou a vida dos pais de Jesus, os herdeiros da família real de David, que precisaram empreender uma viagem arriscada de Nazaré até Belém, uma caminhada árdua e extremamente exaustiva de 120 km, principalmente para Maria que estava grávida de Jesus.

Assim, caminharam em direção ao sul, atravessando a Samaria até as colinas de Judá, em Jerusalém. Então continuaram mais para o sul até alcançarem Belém.

A longa e desgastante viagem foi particularmente difícil para Maria que, ao chegar, estava exausta e ansiava por um lugar de descanso. Mas só encontraram um local disponível no térreo de uma pousada no vilarejo de Belém.

HISTORIA-NATIVIDADE

Naquela época as melhores edificações comportavam até dois pavimentos. No superior, às vezes um simples mezanino, os moradores dormiam durante a noite, enquanto que o térreo era geralmente ocupado pelos animais nesta hora.

Habitualmente, era no térreo que os residentes conviviam durante o dia, e assim os animais eram postos para fora ao amanhecer. Foi no térreo de uma hospedaria, devido à falta de acomodações disponíveis, que os pais de Jesus passaram a primeira noite em Belém.

E naquela mesma noite, à luz de um candeeiro, nasceu Jesus! Era costume da época manter o recém-nascido envolto em tecidos macios. Assim, após Seu nascimento, Maria envolveu o pequenino Jesus com panos de fino linho e deitou-O delicadamente numa manjedoura, o único local seguro no abrigo onde pernoitavam.

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Foi uma cena indescritível e única o nascimento do Redentor. A vinda daquela pequena criança que futuramente nortearia toda a conduta e os valores morais da humanidade. E tudo aconteceu exatamente como os anjos anteciparam aos pastores e sábios nas cercanias de Belém!

Mas a população da cidade não tomou conhecimento de que miríades de anjos cuidavam do vilarejo naquela noite gloriosa, como também não ouviram a feliz canção celestial entoada pelos anjos quando Jesus nasceu. Da mesma forma, muitos não presenciaram a alegria de Maria e José embalando seu filho, o pequenino Jesus, que futuramente transformaria os corações e mentes dos povos através do Amor — a Linguagem Universal de Deus!

Aos sete dias de idade, Maria batizou-o com o nome Yehoshua (Salvador). Entre os hebreus da época persistia a prática milenar de ofertar a Deus quando nascesse o primeiro filho da família. Entre os abastados geralmente esta dádiva seria um cordeiro, mas entre as pessoas humildes dois pombinhos agradariam a Deus da mesma forma!

NATIVITY-HISTORY

Quando o Menino Jesus completou quarenta dias de idade, seus pais foram ao Templo ofertar a Deus, conforme a tradição e costumes hebraicos. Simeão de Jerusalém, o ancião que guardava o Templo e servira a Deus durante anos, sempre soubera que conheceria o Salvador da humanidade, pois Deus lhe prometera quando predisse: "Você não morrerá até conhecer o Salvador".

Quando Maria entrou no Templo com Jesus no colo, imediatamente Simeão reconheceu a criança como Aquele prometido por Deus. Ele achegou-se, afetuoso, e tomando carinhosamente o bebê nos braços, disse: "Agora Deus me deixará partir em paz, pois vi com meus olhos a Salvação que Ele prometeu e enviou".

Até o fim dos seus dias Maria sempre recordou as sábias palavras daquele querido ancião a respeito do seu filho, Jesus. E as eras futuras vieram e passaram, e as antigas profecias cumpriram-se inteiramente. Outras cumprir-se-ão até o fim dos tempos, onde finalmente tudo será revelado. Feliz Natal.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



10 dezembro 2014

JESUS CRISTO, A ÚNICA ESPERANÇA DA TERRA - JESUS CHRIST, EARTH'S ONLY HOPE

JESUS-CRISTO-ESPERANÇA

O nascimento de Jesus foi profetizado há séculos e precisamente realizado conforme a vontade de Deus: "Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá Aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Efrata era uma das mais antigas cidades da Palestina e, para distingui-la da Belém em Zebulom, ficou conhecida como a Belém de Judá, ou simplesmente Belém Efrata. A cidade de Belém tornou-se mundialmente conhecida através do nascimento de Jesus Cristo, quando uma série de eventos proféticos anunciaram a Vinda do Salvador.

Na época do nascimento de Jesus, o imperador Caesar Octavianus Augustus decretou o recenseamento geral da população e, atendendo ao decreto imperial, José e Maria foram obrigados a realizar uma árdua e longa viagem por dezenas de quilômetros até sua cidade natal, Belém Efrata (terra frutífera), o vilarejo onde miraculosamente nasceria seu filho, Jesus. Todos os fatos concernentes ao Seu nascimento ocorreram exatamente como previra Deus. Naquela noite um grandioso cometa despontou no céu - a estrela de Belém - e um anjo anunciou que, na cidade onde nascera o Rei David (1040 a.C.), chegara o aguardado Messias.

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Jesus Cristo nasceu na época profetizada pelo Antigo Testamento, entre 450 a.C. e 70 d.C. Os eruditos da antiguidade calcularam que por volta do ano 33 d.C. cumprir-se-iam os 483 anos da profecia de Daniel: "Deves saber e ter a perspicácia de que, desde a saída da palavra para se restaurar e reconstruir Jerusalém até a chegada do Messias, haverá sete semanas e também sessenta e duas semanas". Nesta profecia inspirada por Deus cada semana representa sete anos. Este conceito de "semanas de anos" era muito comum entre os hebreus. Assim, as 69 semanas (7+62), contendo 7 anos cada uma, equivalem a um total de 483 anos (69 x 7).

Especificamente, a profecia cumpriu-se no dia em que Jesus foi batizado e aclamado Messias ao adentrar em Jerusalém. Porém os líderes religiosos daquela época, os representantes do povo hebreu, não o reconheceram como o seu aguardado messias. Mas tudo isto não ocorreu por acaso, pois já estava previsto nas profecias bíblicas. Jesus Cristo veio para resgatar toda a humanidade e não um só povo! Seu sacrifício carregava um único propósito e, quando afirmou que "o tempo está cumprido", referia-se ao fim do período da derrocada moral da humanidade. Neste momento histórico uma nova sociedade fundamentada no amor de Jesus Cristo foi instaurada e Seus Ensinamentos repercutirão por toda a Eternidade.


Você pode se ajudar, ou aos seus filhos, ao desenvolver uma atitude de gratidão que pode influenciar radicalmente a sua família, pois a gratidão é um atributo que transcende as circunstâncias. Os Cristãos têm um motivo especial para serem gratos, porque sabemos que tudo o que virá provém de Deus. Jesus disse: "Então, não fique ansioso com o amanhã. Deus também vai cuidar de seu futuro". Nesta época de Natal e festividades faça alguma coisa por alguém, pois uma das formas pelas quais podemos demonstrar que somos gratos a Deus é ajudando aos outros. Mesmo que este tenha sido um ano difícil para você e sua família, ajudar e fazer o bem ao próximo irá realmente ajudá-lo também, porque o seu foco vai passar das suas próprias circunstâncias para o de servir aos outros.

Desejo a todos um Feliz Natal e que estejam com Deus.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU







01 dezembro 2013

O NATAL - CHRISTMAS


NATAL

Na época do nascimento de Jesus, existiam dois vilarejos conhecidos pelo nome de Belém. Um situava-se no território norte da Palestina, pertencente à tribo de Zebulom, enquanto o outro, Belém-Efrata, localizava-se ao sul, aproximadamente a dez quilômetros de Jerusalém, no território dominado pela tribo de Judá.

Jesus não nasceu na Belém vizinha de Nazaré, onde José e Maria viviam, nasceu em Belém-Efrata. O recenseamento do imperador Augusto exigiu que todos os cidadãos retornassem às cidades de seus ancestrais.

Nesta época o império romano era comandado por César Augusto e Herodes governava a Judeia. José e Maria, atendendo ao decreto imperial que faria o recenseamento dos cidadãos, já estavam em Belém-Efrata quando Jesus nasceu.

Na noite em que Ele veio ao mundo, um cometa despontou no Céu e um anjo apareceu para os pastores anunciando que tinha nascido na cidade de Davi um Salvador, Jesus Cristo Nosso Senhor. Mas a data exata do Seu nascimento é desconhecida pela humanidade, pois não foi regida por leis físicas ou temporais.


CHRISTMAS

Assim, os pais de Jesus foram obrigados a fazer uma árdua e longa viagem para Belém-Efrata onde Jesus nasceu, exatamente como Deus havia planejado e prometido há séculos: "E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá Aquele que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade".

Um dos desígnios de Deus fez com que o imperador Augusto decretasse um recenseamento. Naquela época, Jesus já poderia ter sido aceito como "O Messias" desde o Seu nascimento, simplesmente atentando para as circunstâncias do fato.

O Natal, celebrado no dia 25 de dezembro, a data mais importante da Cristandade, marca o aniversário do nascimento de Jesus Cristo, Filho Único de Deus. O verdadeiro significado e relevância do Natal é que podemos recordar e homenagear o nascimento de Jesus, que veio ao mundo com um único propósito, o de justificar os nossos pecados através da Sua própria morte.

Deus enviou Jesus Cristo para redimir toda a humanidade e para que um dia possamos alcançar a Vida Eterna por Seu intermédio. Assim, lembrem-se que o Natal é, na sua essência, o agradecimento Àquele que deu Sua vida por nós.

CHRISTMAS

Cristãos do Egito celebravam o dia 6 de janeiro como a data da Natividade. Este costume difundiu-se por todo o Oriente mas, gradualmente, esta data foi mais associada à chegada dos Reis Magos. Atualmente, os Cristãos Ortodoxos ainda comemoram a Natividade em janeiro.


Uma das razões da mudança do nascimento de Jesus para o dia 25 de dezembro deve-se ao fato de que esta data marcava o início das festividades pagãs, a saturnália romana e as festas germano-celtas do solstício de inverno. A Igreja viu uma oportunidade para "cristianizar" esta data ao se dar conta de que os Cristãos tinham predileção pelas festividades pagãs.


No século III, o nascimento de Jesus começou a ser celebrado oficialmente pela Igreja. No ano de 1223, São Francisco de Assis obteve a permissão do Papa Honório III para criar um presépio no bosque situado ao lado do mosteiro de Greccio.


Assim, construiu uma estrutura com pedras, musgo e ramos, acrescentando uma manjedoura e as imagens do Menino Jesus, da Virgem Maria e de São José. Após um século, o Papa Júlio I oficializou a data de 25 de dezembro para os festejos do Seu nascimento.


CHRISTMAS

No século XV, foi criado o primeiro presépio caseiro pela Duquesa de Amalfi, Constanza Piccolomini. Desta forma, a recriação do nascimento de Jesus foi adotada nos presépios napolitanos, representando aquela época através de montagens de rara beleza, com figuras ricamente ornadas.


O costume de se colocar os presentes debaixo da árvore de Natal surgiu na Inglaterra, durante o reinado de Elisabeth I, quando adotou-se o costume de deixar os presentes debaixo da árvore de Natal montada nos jardins do palácio real.


A Grã-Bretanha trouxe da Alemanha a tradição de montar a árvore de Natal, que se espalhou no país pela ilustração da Rainha Vitória com o marido e filhos junto à árvore de Natal no castelo de Windsor. Em meados do século XVIII, esta tradição espalhou-se por toda a Europa e chegou aos EUA, trazida por soldados holandeses, durante a guerra da independência.


Em 1856, a Casa Branca foi enfeitada com uma árvore de Natal e a tradição manteve-se desde 1923 até que o presidente islâmico dos EUA, Hussein Obama, abolisse esta prática juntamente com a exposição do presépio.


CHRISTMAS

O Natal converteu-se numa festa familiar com tradições pagãs. A presença da árvore de Natal nas festividades tem raízes mais longínquas do que o próprio Natal: os romanos enfeitavam as árvores em honra a saturno, deus da agricultura, e os egípcios traziam ramos verdes para suas casas, em dezembro, como símbolo de triunfo da vida sobre a morte.


Na cultura celta, os druidas tinham o costume de decorar velhos carvalhos com maçãs douradas nas festividades desta mesma época do ano, originando o atual costume de decorar a árvore com bolas de vidro colorido.


A imagem do Papai Noel provém de São Nicolau, bispo de Mira na Lícia, padroeiro da Rússia, da Grécia, dos marinheiros e das crianças. São Nicolau era conhecido por salvar marinheiros das tempestades, defender crianças e por oferecer generosos presentes aos mais pobres.


Assim, ficou associado a um distribuidor de presentes por toda a Europa. O dia de São Nicolau era originalmente celebrado no dia 6 de dezembro, e em alguns países europeus os presentes ainda são dados durante a comemoração da Festa de São Nicolau.


Após a reforma de Martinho Lutero, os protestantes germânicos decidiram dar especial atenção ao nascimento de Jesus transferindo a "entrega de presentes" para o dia 25 de dezembro, e a tradição de São Nicolau prevaleceu nesta data. Assim, o dia 25 de dezembro passou a englobar o Natal e o dia de São Nicolau.


Em 1866, Thomas Nast publicou no semanário "Harper’s Weekly" um desenho que retratava o Papai Noel tal como hoje o conhecemos. Um século depois, o Papa Paulo VI ordenou que a festa de São Nicolau fosse retirada do calendário oficial Católico Romano.

CHRISTMAS

Você pode se ajudar, ou aos seus filhos, ao desenvolver uma atitude de gratidão que pode influenciar radicalmente a sua família, pois a gratidão é um atributo que transcende as circunstâncias.

Os Cristãos têm um motivo especial para serem gratos, porque sabemos que tudo o que virá provém de Deus. Jesus disse: "Então, não fique ansioso com o amanhã. Deus também vai cuidar de seu futuro".

Nesta época de Natal e festividades faça alguma coisa por alguém, pois uma das formas pelas quais podemos demonstrar que somos gratos a Deus é ajudando aos outros.

Mesmo que este tenha sido um ano difícil para você e sua família, ajudar e fazer o bem ao próximo irá realmente ajudá-lo também, porque o seu foco vai passar das suas próprias circunstâncias para o de servir aos outros.

Desejo a todos um Feliz Natal

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU


 


16 agosto 2013

AS MULHERES, A FORÇA DO CRISTIANISMO - WOMEN, THE STRENGTH OF CHRISTIANITY - 2ª PARTE

WOMEN-STRENGTH-OF-CHRISTIANITY

No entanto, todas as variantes do Cristianismo antigo que defendiam a legitimidade da liderança das mulheres foram consideradas heréticas, e as evidências desta liderança foram suprimidas da história. Os Evangelhos foram alterados, pois as mulheres não deveriam ser reconhecidas como apóstolos de Jesus. A palavra "apóstolo" significa ser um divulgador dos ensinamentos de Jesus, um missionário muito abnegado. Está claro que as várias pioneiras Cristãs mereciam esta denominação! Mas os editores, os tradutores e revisores bíblicos transformaram os personagens femininos em homens, e a História do Cristianismo foi reescrita.

No quarto século, teólogos Cristãos associaram o nome de Maria Madalena ao relato do texto do evangelista Lucas, onde uma pecadora desconhecida lava os pés de Jesus. Uma vez que esta falsa identificação foi oportunamente preservada, Maria Madalena passou a ser associada a cada mulher pecadora dos Evangelhos, como a adúltera descrita pelo evangelista João. Assim, transformaram Maria Madalena, um apóstolo, uma profetiza e professora Cristã na prostituta arrependida salva do apedrejamento.

Esta ficção foi criada no Evangelho para minar o conhecimento da presença feminina como uma autoridade apostólica, e excluir a pretensão das mulheres aos cargos de liderança futuros. Mas a eliminação formal do papel das mulheres na liderança Cristã não apagou sua participação histórica real e a grande contribuição para a Cristandade, embora tenha danificado seriamente o potencial das mulheres para contribuir na educação Cristã dos nossos dias. Impressionante foi que muitas evidências sobreviveram às tentativas sistemáticas de se apagar esta liderança na história Cristã!

Por outro lado, devido em grande parte à veneração ao celibato, nem todos os Cristãos da Igreja pré-constantiniana aceitaram a realidade da liderança feminina. O celibato era fruto do desdém grego para com as mulheres e do desejo do Cristianismo de se distanciar da promiscuidade dos pagãos. A morte dos apóstolos também encerrou o período da autoridade das primeiras e únicas testemunhas dos ensinamentos de Jesus. Assim, a cultura secular greco-romana começou a permear a Cristandade com um impacto crescente e implacável.

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Nos primeiros séculos da era Cristã, mulheres virgens compunham uma parte do clero, sendo muito respeitadas na época. Elas ocupavam lugares específicos nas Igrejas e não usavam o véu como as outras mulheres, como uma forma de reconhecimento por terem dedicado suas vidas a Deus. Tertuliano, um teólogo do século III, com seu profundo desprezo greco-romano para com as mulheres e contra qualquer manifestação de uma liderança feminina, insistiu que a estas virgens não deveria ser concedida qualquer honra e, consequentemente, deveriam usar seus véus na Igreja e perder seu direito ao espaço privado durante a celebração da Santa Missa.

Em 313 d.C., a auto-inclusão do imperador Constantino na fé Cristã e a consequente legalização da religião Cristã pelo Edito de Milão, catapultou o Cristianismo para a esfera governamental. Assim, a autoridade bíblica deu lugar à vontade do imperador, com suas ambições políticas e discernimento falho. Como consequência natural deste processo e da sociedade secular e greco-romana, foi consenso generalizado de que o papel das mulheres como líderes eclesiásticos era absolutamente inaceitável.

Assim, qualquer benefício concedido às mulheres nos primeiros séculos desapareceu por completo. As novas autoridades da Igreja, como Tertuliano, Orígenes, Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho enfatizaram a inferioridade e subordinação das mulheres aos homens, influenciados pelas idéias misóginas e endêmicas das sociedades greco-romanas clássicas. As idéias destes novos teólogos foram acrescentadas ao Novo Testamento e, a partir daí, as mulheres começariam a sofrer de diversas maneiras. No entanto, a história demonstra que a campanha para expulsar as mulheres do ministério, que começou no terceiro século até a transição para a legislação eclesiástica no quarto século, não convenceu as mulheres a aceitarem facilmente este banimento.

Podemos constatar que, ao longo dos séculos, a Igreja teve que impor repetidamente suas legislações contra as pretensas mulheres líderes e castigá-las com as medidas disciplinares habituais de excomunhão por heresia. A persistência contínua das mulheres no cumprimento do seu dever Cristão de atender ao chamado de Deus continuou, e o ataque contra elas aumentou e ultrapassou os limites da moralidade.

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Agora o sexo feminino já não era meramente impróprio para exercer qualquer liderança, mas as próprias mulheres tornaram-se o pecado personificado. Teólogos argumentaram que se a mulher não tivesse sido criada, o homem não teria pecado. Desta forma, a Igreja determinou que se a mulher não tivesse pecado, o homem "irrepreensível" ainda estaria se "divertindo" no jardim do Éden em perfeita harmonia com Deus. Numa atitude desmesurada foi instituído que as mulheres menstruadas não poderiam mais aproximar-se do altar, pois o corpo da mulher tinha o poder de poluir. Mais uma vez os costumes judaicos e de uma sociedade arcaica impactaram a fundo o Cristianismo.

A mulher seria considerada impura por 33 dias após o nascimento do filho e teria que dobrar esse tempo após o nascimento de uma filha. A purificação seria necessária para que uma mulher adentrasse em uma Igreja Cristã. A menstruação foi usada para justificar a remoção das mulheres de qualquer posição de responsabilidade ou de liderança. Mitos pagãos, como o que o sangue menstrual tinha poder destrutivo, foram revividos. Temia-se que mulheres menstruadas poderiam até mesmo impedir o amadurecimento de um fruto e causar a morte de plantas, como pregou o bispo Isidoro de Sevilha.

Em face de tal espiral de desprezo não é nenhuma surpresa que a misoginia da época tenha culminado na caça às bruxas do século XII. Muitas vezes, a prova de que uma mulher seria bruxa era o fato de ser uma viúva pobre de meia-idade. A estas mulheres era atribuído desde a impotência, infertilidade, doença, morte, até a luxúria do sexo masculino. Elas eram torturadas até confessarem que "voavam durante a noite", matavam e comiam bebês, roubavam os pênis dos homens, foram impregnadas pelo diabo, etc. A bruxomania atingiu seu auge em 1492, quando a cidade européia de Langendorf declarou que apenas duas mulheres de toda aldeia não eram feiticeiras.

Estima-se que mais de um milhão de mulheres, acusadas de praticarem feitiços, foram queimadas vivas nas fogueiras por toda a Europa, e muitas vezes sofrendo atrocidades públicas, como a extirpação dos seios com facas. Convém esclarecer que as sentenças de morte eram promulgadas pelas autoridades laicas das inquisições europeias, e não tinham relação com a Inquisição espanhola ou o Vaticano, que qualificavam as acusadas de bruxaria como pessoas doentes ou loucas. A verdadeira raiz do problema foi, como sempre, a sexualidade feminina.

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Finalmente, a única opção que restou para as mulheres "participarem" do serviço eclesiástico formal foi no papel de freiras. Sempre destemidas, as mulheres ainda estavam decididas a seguir o chamado de Deus e se reuniram nos mosteiros e conventos, muitas vezes desafiando suas famílias. Infelizmente, tornar-se uma freira era exclusividade das mulheres ricas, devido ao dote substancial para o acesso às Ordens. A massa de mulheres das classes mais baixas teve de se contentar com uma vida dentro dos limites do casamento, o qual era uma instituição da Igreja denunciada na época como uma necessidade infeliz para indivíduos muito fracos e pecadores demais, que não conseguiriam abraçar a vocação maior da carreira eclesiástica.

Devemos sempre ter em vista o fato de que as primeiras mulheres Cristãs prestaram o mais valioso serviço para a Cristandade, divulgando os ensinamentos de Jesus com abnegação e estoicismo apesar de todas as adversidades. Devemos refletir sobre a sua coragem ao aceitar o martírio para serem as testemunhas de Deus por todos os Cristãos. Devemos recordar a sua luta para ministrar os ensinamentos de Jesus, atentando às necessidades alheias e sacrificando seus próprios valores materiais e vida familiar.

A responsabilidade de fazer parte do clero não é o objetivo final dos Cristãos, mas sim alcançar a Glória de Deus. Tanto as mulheres quanto os homens, sejam ordenados ou não, escravos ou livres, ricos ou pobres, de fato qualquer pessoa pode através da obediência aos ensinamentos de Jesus Cristo tornar-se um servo da bondade e do amor ao próximo. Por esta razão, uma carreira eclesiástica não é um requisito para a Salvação Eterna. Jesus deixou isso bem claro quando censurou as autoridades religiosas. Jesus afirmou: "Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, alegrai-vos antes porque os vossos nomes poderão ser escritos nos Céus".

Jesus queria que eles entendessem que o fato de ser um autoridade religiosa não deve encantar suas almas pois não resulta no recebimento da Graça de Deus. Em vez disso, deveriam alegrar-se pela esperança de poder alcançar a Vida Eterna, através de uma vida de renúncia, humildade e respeito aos ensinamentos de Jesus. Este é o milagre do Cristianismo! Qualquer pessoa, em qualquer circunstância e mediante o amor sincero a Deus, está habilitada a compartilhar para sempre da Sua presença por toda a Eternidade.

Em honra à minha mãe.

1ª PARTE

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



AS MULHERES, A FORÇA DO CRISTIANISMO - WOMEN, THE STRENGTH OF CHRISTIANITY - 1ª PARTE

MULHERES-FORÇA-DO-CRISTIANISMO

Um dos maiores segredos na história do Cristianismo foi a extrema importância das mulheres na sua evolução. Segundo as Escrituras, Jesus teve uma atitude positiva em relação ao ministério das mulheres e advogava pela emancipação do confinamento imposto a elas pela cultura judaica. Mas anos após a morte dos últimos apóstolos, a Igreja Cristã rendeu-se à influência da cultura greco-romana abandonando o igualitarismo que havia sido estabelecido por Jesus. Assim, criou-se o cenário para a subjugação das mulheres que perdura até nossos dias.

Porém, novas descobertas arqueológicas e antigos textos apócrifos revelaram o papel predominante das primeiras Cristãs na história da Igreja e do Cristianismo. Em 1945, a descoberta de novos textos em Nag Hammadi, no Egito, provaram que o conceito de que Maria Madalena seria uma mulher adúltera e arrependida era totalmente falso. Na verdade, ela foi uma pessoa influente, um discípulo proeminente de Jesus e líder da Igreja primitiva Cristã.

Nos escritos de Lucas, Marcos e Paulo foram citadas as seguintes seguidoras de Jesus: Maria Madalena, Maria de Betânia, Joanna, Salomé, Perpétua, Thecla, Marta, Priscilla, Junia, Julia, Joana, Susana, Ammia, Philumene, Maximilla, Quintila, Áfia, Lídia de Tiatira, Ninfa de Laodicéia, Persis, Evódia, Síntique, as filhas de Felipe e as mulheres de Corinto. Vários nomes se perderam ou seriam futuramente obliterados da história Cristã. Jesus era um visitante frequente na casa de Maria Madalena, onde ensinava tanto para as mulheres como para os homens.

Quando Jesus foi detido, foram Suas fiéis seguidoras que mantiveram-se firmes junto a Ele, pois Seus discípulos homens fugiram. Foram as mulheres que acompanharam e assistiram Jesus até o Calvário, prantearam aos pés da Cruz e velaram Seu Corpo. Também foram as primeiras testemunhas da Ressurreição. Tudo isto reflete o importante papel histórico das mulheres como discípulos no ministério de Jesus. Após Sua morte, as mulheres continuaram a desempenhar um papel de destaque no Cristianismo. Os evangelistas do primeiro século testemunharam que várias mulheres estavam entre os primeiros seguidores de Jesus Cristo.

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Desde o início até o fim, as mulheres estiveram significativamente envolvidas em todos os aspectos da Sua vida. O anúncio do evento da Páscoa foi confiado às seguidoras de Jesus, que então "correram" para dar as boas novas aos homens. O testemunho deste fato pelas mulheres continua a ser uma parte integral do Novo Testamento para este dia de Glória. O evangelista Lucas também contou com o testemunho das seguidoras de Jesus para concluir seus escritos em Atos e em Lucas.

Através dos escritos de Mateus, Marcos e Lucas, aprendemos que um grupo significativo de mulheres tinha seguido Jesus em seu ministério na Galileia e também estiveram presentes durante Seus últimos dias na Terra. Todos os três evangelistas descreveram a presença de mulheres no enterro de Jesus. Marcos detalha o cuidado com que Maria Madalena e Maria vigiaram o sepulcro. O evangelista João também relata sobre a composição do grupo imediatamente aos pés da Santa Cruz, três mulheres e um homem.

As cartas de Paulo, do primeiro século, tornam conhecidas informações fascinantes e sólidas sobre as mulheres que se destacaram no movimento Cristão. Demonstram o papel importante que Maria Madalena desempenhava entre aqueles a quem Jesus ensinava: "Maria estava entre as sete mulheres e doze homens que se reuniram para ouvir Jesus depois da Ressurreição, quando Ele lhes disse; Eu vos dei autoridade sobre todas as coisas como filhos da Luz. Assim, estes discípulos saíram alegremente e ansiosos para pregar a Palavra de Deus", conclui Paulo.

Ele relata como Priscilla, Junia, Julia, a irmã de Nereu, trabalharam e viajaram com seus maridos e irmãos difundindo as palavras de Jesus. Ele nos diz que Priscilla e seu marido arriscaram suas vidas para salvá-lo. Ele elogia Junia como um apóstolo de destaque e relata como ela tinha sido presa durante seu trabalho de evangelização. Maria Madalena e Persis são elogiadas por seu trabalho exaustivo e persistente. Evódia e Síntique são chamadas por Paulo de "meus companheiros de trabalho". Esta é uma prova clara de que mulheres apóstolos trabalharam na pregação da Palavra de Deus.

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Em outro texto, lemos que Maria Madalena se destacava porque fazia mais perguntas a Jesus do que todo o resto dos discípulos. Jesus reconhece o fato e comenta: "Maria, seu coração está mais direcionado para o Reino dos Céus do que o dos seus irmãos". O próprio Senhor comenta que ela é abençoada por nunca perder a Fé. Quando todos os outros discípulos estão chorando, assustados pela ausência de Jesus, só ela permanece sóbria e firme em sua Fé pois compreendeu e se apropriou do significado da palavra Salvação ensinada por Jesus.

Maria encarnava o discípulo ideal! Ela assimilou o ensinamento de Jesus sobre a Salvação desde a Sua partida da Terra, e assim, pode confortar e instruir os outros discípulos. Pedro pediu que ela comentasse sobre as frases de Jesus que ele e os outros discípulos não conheciam. Maria Madalena concorda, e passa a dissertar sobre alguns ensinamentos de Jesus. O pedido de Pedro confirma que Maria era proeminente na estima de Jesus, e a própria colocação sugere que Jesus deu-lhe ensinamentos particulares.

Nos primeiros séculos, várias mulheres da elite romana tornaram-se Cristãs, enquanto seus maridos permaneceram pagãos para não perderem o status social vigente. Isso contribuiu para um aumento expressivo de mulheres Cristãs nas Igrejas primitivas. As cartas de Paulo também oferecem alguns vislumbres importantes sobre o funcionamento interno das antigas Igrejas Cristãs. Os primeiros Cristãos não se reuniam em prédios próprios da Igreja, mas sim nas residências de outros Cristãos. Isto era devido ao fato de que o Cristianismo era ilegal no mundo romano e à enorme despesa para manter tais congregações.

Muitas vezes reuniam-se nas casas de Cristãs da elite romana, assim conseguindo mais espaço e recursos. Desta forma, as donas de casa começaram a desempenhar seus papéis-chave na difusão dos ensinamentos de Jesus. Não é, pois, de se estranhar que as mulheres assumissem a liderança como ministras destas Igrejas domésticas. O evangelista Paulo cita que a função destas primeiras líderes Cristãs incluía a pregação, o ensino da oração e até mesmo ministrar os Sacramentos.

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As Cristãs também se destacaram na Fé pelo seu martírio. Sofreram torturas violentas, mortes horríveis por animais selvagens e gladiadores contratados. Thecla, uma Cristã da época, raspou o cabelo, vestiu roupas masculinas e assumiu as funções de apóstolo missionário. Foi presa, ameaçada de estupro, torturada e morreu perseverando sua Fé em Deus até o trágico fim. Perpétua também foi condenada à morte em Cartago, sob a acusação de ser uma Cristã. Em seu diário ela registra seu testemunho perante o governador romano local e o desafio ao seu velho pai para que ela se retratasse.

Porém, acima de tudo, ela registra que não estava apenas aceitando passivamente o destino, mas definindo o significado da sua própria morte. Perpétua entregou sua vida como um testemunho da Palavra de Deus. Ela abandonou, altivamente, sua função de mãe e dona de casa em favor da definição de uma identidade espiritual e Cristã. Assim, seu diário oferece um olhar intimista sobre a jornada espiritual de uma mulher Cristã da época.

Muitos estavam dispostos a morrer pela Fé e centenas de mulheres Cristãs foram torturadas e executadas. Nos primeiros anos do Cristianismo, o martírio geralmente levava à santidade. Santa Catarina foi torturada até a morte em uma roda. Santa Blandina foi chicoteada, queimada e finalmente morreu enrolada em uma rede ao ser chifrada por um touro. Santa Pelagia de Antioquia, virgem fiel, pulou de um telhado para não sofrer estupro. Os tempos de então eram muito primitivos e violentos.

Em suas peregrinações para divulgar os ensinamentos de Jesus os apóstolos viajavam a pé para terras estranhas, permanecendo longe de casa por vários anos. Suas vidas sempre estavam por um fio, não só pelos rigores da viagem, mas pela perseguição e ameaça constante de martírio pelas próprias pessoas a quem pregavam. Isto também significava que não tinham aonde obter refúgio ou proteção durante esta peregrinação. O alimento diário e um abrigo seguro eram, por vezes, impossíveis de se obter. As mulheres apóstolos desta epopeia ficaram conhecidas como "as irmãs".

Em honra à minha mãe.


 2ª PARTE