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30 agosto 2016

O INÍCIO DA IGREJA CATÓLICA - THE BEGINNING OF THE CATHOLIC CHURCH

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A Igreja Católica é a mais antiga instituição religiosa no mundo desde que, perseguidos pelo Sinédrio, denominação da suprema corte judaica em Jerusalém, os primeiros Cristãos desvincularam-se das sinagogas e fundaram a Igreja Primitiva e, em seguida, nomearam-na como Católica (Universal) — a origem é a palavra grega Katholikos latinizada para Catholicus. A Igreja Católica invocou o princípio da universalidade desde o início, pois aceitava todos em suas congregações, sem distinção de credo ou raça. No meado do primeiro século, os fiéis foram isentos de obedecer à antiga Lei mosaica, conforme resolução do Concílio de Jerusalém (50 d.C.), o primeiro concílio da Igreja Católica.

O Cristianismo floresceu na atmosfera político-cultural do Império Romano, onde o paganismo e a apocrifia eram parte das normas sociais e morais. Assim, durante os três primeiros séculos, os Cristãos foram perseguidos por professarem o Cristianismo, religião contrária à veneração do imperador e seus deuses. Isto foi considerado uma afronta ao poder do Estado e as perseguições aos Cristãos tiveram início. As mais cruéis foram as elaboradas por Nero César, em 100 d.C., Trajano Décio, em 249 d.C., Públio Valeriano, em 260 d.C. e Valério Diocleciano, em 305 d.C., considerada a mais sangrenta da história, porque seu objetivo era o extermínio total dos Cristãos e o fim da Igreja Católica.

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O início do século IV foi um período de paz graças ao Édito de Milão, quando o imperador Constantino vetou oficialmente toda a perseguição aos Cristãos e à Igreja Católica. No decurso deste século, o Cristianismo passou a ser tolerado pelo império romano e a doutrina cristã professada com liberdade, acabando por tornar-se a religião oficial do império romano. Finalmente, no final do século, o Imperador Flávio Teodósio convocou as assembleias dos bispos e instaurou vários concílios, permitindo à Igreja organizar seu conjunto de inter-relações sociais.

Em 381 d.C., o Primeiro Concílio de Constantinopla foi convocado por Teodósio I, para debater as heresias do arianismo, ideologia do padre Ário de Alexandria, Egito, e atestar a natureza, a humanidade e divindade de Jesus Cristo, confirmando o dogma da Trindade Divina. Em 431 d.C.Teodósio II realizou o Concílio de Éfeso. Este foi conduzido em uma atmosfera de confronto e recriminações, onde o nestorianismo e o sabelianismo foram declarados heresias.

Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, pois Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas. Também negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza Divina.

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O Catecismo de São Pio X disserta sobre a doutrina católica e confirma sua profunda relação com os Ensinamentos de Jesus, e como estes nos orientam sobre o caminho da Salvação e do Reino de Deus. As partes mais importantes e necessárias da doutrina são: o Credo, o Pai Nosso, os Dez Mandamentos e os sete Sacramentos. Jesus Cristo é o personagem central do Cristianismo, e veio anunciar a Salvação da humanidade pela Vontade de Deus. Ele é o Filho Unigênito de Deus e a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. É o Único e Verdadeiro Mediador entre Deus e a humanidade.

Os dogmas do Cristianismo professam que a Salvação da humanidade originou-se da Graça Divina e da Paixão de Jesus Cristo. Este supremo sacrifício foi um ato de submissão à Vontade e ao Infinito Amor de Deus, objetivando a Salvação da humanidade. É fundamental que a adesão à Fé Cristã, a crença em Jesus Cristo e Seus Ensinamentos, ocorra de forma espontânea, porque a liberdade humana, um dom divino, é autônoma perante o Criador. A Fé Cristã transmuda-se na caridade e no amor ao próximo, e para que isso suceda, devemos levar uma vida espiritual elevada.

INICIO-IGREJA-CATOLICA

Jesus Cristo ensinou que a suprema felicidade só é alcançável pelos Santos e justos no Reino de Deus, e que temos nascer novamente para fazer parte Dele. Ele também ensinou que a Graça e a Misericórdia Divina eram superiores ao pecado e ao mal absoluto, e que o arrependimento sincero dos pecados e a Fé em Deus podem salvar nossas almas. Instruiu como um Cristão pode fazer parte do Reino de Deus, Um Reino que está entre vós, disse Jesus. Ele viveu de acordo com os princípios que ensinava e legou exemplos claros de como alcançar a Glória de Deus.

Mas, o que Jesus quis dizer quando afirmou que o Reino de Deus está entre vós? Tertuliano, um escritor da Igreja primitiva, respondeu: "Entre vós significa em vossas mãos ou em vosso poder. Se cumprir os Mandamentos e fizer o bem, qualquer pessoa pode entrar no Reino de Deus, mas só se assumir o compromisso exigido".


Jesus estava divulgando algo maravilhosamente novo e revolucionário. Não era somente um novo reino, como todos que existiram na Terra e desapareceram, mas um Reino com outra natureza que não era deste mundo. Um Reino totalmente diferente, que ninguém jamais tinha ouvido falar. Um Reino que está entre vós...Jesus estava descrevendo um Reino de Verdade, o Reino de Deus.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU


08 maio 2015

O PAPA SÃO PIO X E A GRANDE GUERRA - POPE SAINT PIUS X AND THE GREAT WAR


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No verão de 1911, durante uma audiência com a futura imperatriz austríaca Zita da casa real franco-italiana de Bourbon-Parma, o  Papa São Pio X  profetizou  o que viria ser o estopim que desencadearia o início da  Primeira Guerra Mundial. A princesa Zita acabara de tornar-se noiva do arquiduque Charles, futuro herdeiro do trono imperial da Áustria. Charles, que em 1911 era o segundo na linha sucessória do trono de seu tio-avô Franz Josef (Francisco José I da Áustria), que reinara sobre o Império austríaco desde 1848, não tinha pretensões ao trono.

O Papa Pio X, correspondendo à tradição européia dos Habsburgos, a família real de origem alemã que governou a Áustria do final do século XIII até 1918, recebeu e parabenizou a princesa pelas núpcias. Durante o diálogo com a princesa o Papa comentou: "Estou muito feliz com este casamento e espero muito dele para o futuro. Charles governará a Áustria e será ótimo para a Igreja". O Papa, intuitivamente, referiu-se ao futuro marido de Zita como o herdeiro do trono que, por direito sucessório, pertencia a Francisco Ferdinando.

Atônita, a jovem princesa Zita comentou gentilmente que seu futuro marido não era o herdeiro direto ao trono, pois ao seu tio, o predestinado Franz Ferdinand cujo assassinato seria o gatilho para a Grande Guerra, cabia este direito. Assim, São Pio X olhou serenamente para a princesa e insistiu que Charles em breve seria o imperador. Mas ela garantiu que Francisco Ferdinando certamente não abdicaria pois encontrava-se no auge da vida, com boa saúde. Ao que o Papa ponderadamente respondeu em voz baixa: "Se é uma abdicação, eu não sei".

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Na primavera de 1914, Pio X expressou ao seu secretário e confessor Don Giovanni Bressan a seguinte preocupação: "Estou pesaroso pelo próximo Papa, pois não vou viver para presenciar os acontecimentos e tragédias que abalarão o mundo e a Fé Cristã. Infelizmente, a verdade é que a "religio depopulata" chegará muito em breve. O termo "religião destruída" refere-se à Profecia dos Papas de São Malaquias, onde frases curtas e crípticas em latim definem os sucessores papais. Neste caso, o sucessor de São Pio X no trono de São Pedro foi o Papa Bento XV (1914–1922).

O Papa Pio X previu o despovoamento da Europa e, especialmente, como a Primeira Guerra Mundial afetaria as relações da Igreja Católica no cenário político-internacional. Muitos estrategistas geopolíticos e observadores de alto nível poderiam claramente vislumbrar algum tipo de guerra entre duas das seis grandes potências da Europa: Rússia, Grã-Bretanha, França, Áustria-Hungria, Itália e Alemanha, mas ninguém previu a eclosão de uma guerra mundial e a queda da civilização Cristã nos padrões tradicionais, exceto o profético Papa São Pio X.

O fato de Pio X ter previsto dois grandes acontecimentos que mudariam o mundo foi uma clara manifestação da sua intimidade com o Divino, que traduziu-se na sua preocupação paterna com as vidas diárias dos fiéis. O que suas afirmações também revelaram foi o claro conhecimento de que o Império Áustro-Húngaro era a pedra angular da Europa, e que para mover o edifício era preciso remover a pedra. A Primeira Guerra Mundial foi simplesmente a erradicação desta pedra! Foi uma guerra em que o coração político da Cristandade foi destruído para sempre.

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Na noite de 28 de junho de 1914, o Papa estava incomodado por uma apreensão crescente. Ele chamou Merry del Val, que ficou assustado com a aparência do Santo Padre. Medo e preocupação estavam expressos em suas feições e a mão que ele estendeu tremia: "Il guerone (a guerra mundial) está quase em cima de nós", sussurrou Pio. "Ah não, Santo Padre! O céu político está sem nuvens. Não há perigo, os diplomatas estão se preparando para viajar durante as férias", respondeu o secretário de Estado. Ao ouvir isso, Pio X balançou a cabeça em desaprovação: "Não vamos passar 1914 em paz. Acredite em mim, Eminência".

Uma batida na porta interrompeu a conversa e uma missiva foi entregue ao Papa. Um olhar sobre a folha, e sua mão trêmula a deixou cair. Curioso, Merry del Val pegou o papel e leu: "O arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austro-húngaro, e sua esposa, Sofia, Duquesa de Hohenberg, foram assassinados pelo extremista sérvio Gavrilo Princip durante visita a Sarajevo, na Bósnia". Ainda não entendendo todas as implicações, o Cardeal tentou diminuir a ansiedade do Santo Padre, argumentando que um evento como este não se desenvolveria numa guerra em escala continental. "Oh meu Senhor", gemeu o Papa em aflição e, dirigindo-se para a capela, caiu de joelhos diante do tabernáculo.

Em 30 de maio de 1914, durante uma audiência de despedida com o Papa Pio X, Dr. Chaves, o embaixador brasileiro que havia sido chamado de volta para a casa por seu governo, demonstrou estar ciente dos eventos mundiais. No entanto, durante a conversa, o Papa perguntou ao embaixador: "Está feliz em poder voltar para o Brasil? Você não vai ser uma testemunha da guerra". "Sua Santidade fala sobre o conflito dos Balcãs?", perguntou o embaixador. "Não, não, o problema dos Balcãs é apenas o começo de uma conflagração mundial que não posso evitar", concluiu o Santo Papa.

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Além da visão profética de São Pio X nos meses que antecederam a eclosão da Grande Guerra, o Sumo Pontífice carregava a compreensão de que era impotente, no cenário geopolítico, para deter o conflito pelos meios naturais. "Nos tempos antigos o Papa, com uma palavra, podia parar a matança, mas agora eu sou impotente". Estas palavras foram expressas pelo Papa em maio de 1914, num consistório privado, quando também disse aos cardeais: "Mais do que nunca o mundo suspira pela liberdade, mas ainda vemos como nação se levanta contra nação, raça contra raça. E nós sabemos como o ódio se transforma em guerra terrível".

Em um dos últimos dias de julho daquele ano fatídico para a raça e o espírito humano, o Cardeal di Belmonte, Delegado Pontifício para o Congresso, voltou a Roma e disse ao Santo Padre que, apesar da crescente onda de ódios nacionais e raciais, não havia dúvida de que o Papa era muito amado pelos povos. Cada vez que o nome de Pio X era mencionado, grande entusiasmo tomava conta das multidões reunidas e de vigília na Terra. Assim, o Papa havia provado ser o "Pai de todos os Cristãos", o verdadeiro representante de Jesus. Mas esta cristandade unida em breve perderia a presença de São Pio X no mundo dos homens.

O tempo da "religio depopulata" aproximava-se rapidamente. Em 02 de agosto, o Papa dirigiu uma urgente e severa advertência ao mundo inteiro, pedindo a todos que orassem pela paz mundial. Infelizmente São Pio X estava esgotado pela tristeza ou preocupação e só conseguia carregar seu fardo perante o público, pois não tinha forças para falar às multidões, mas mesmo assim pregou: "Meus filhos, meus filhos, eu sofro por todos que morrem em campo de batalha. Oh, essa guerra! Sinto que é a minha morte. Mas alegremente ofereço minha vida pelas crianças e pela paz no mundo". Durante a primeira metade de agosto, Pio X abençoou grupos de peregrinos em silêncio, mas não fez nenhum discurso público.

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Ele dormia menos do que costumava, porém sua saúde nos últimos cinco dias de vida parecia muito boa. Nem os médicos ou as irmãs que ajudavam nas atenções ao Papa quando assumiu residência no Vaticano, estavam preocupados com sua saúde. Mas, em 19 de agosto, teve uma leve febre que o deixou completamente prostrado. Ao perceber a gravidade da própria situação, disse: "Que a vontade de Deus seja feita, pois sinto que é o fim. Talvez Ele, em Sua bondade, deseje poupar-me dos horrores que irão abater-se sobre a Europa". Naquela tarde, o Cardeal Merry del Val ouviu dos médicos que o Papa estava acometido por pneumonia grave, ficou sem esperanças e disse: "Ele sofreu a tensão dos eventos da guerra na Europa, que o enfraqueceram terrivelmente para que pudesse resistir a uma doença"

De acordo com seu médico pessoal, estas foram as últimas palavras do Papa São Pio X: "Ofereço minha vida como um sacrifício para prevenir o massacre de tantos dos meus filhos". Então, nas primeiras horas de 20 de agosto de 1914, Giuseppe Melchiorre Sarto sussurrou suas últimas palavras que foram um ato de confiança no poder de Deus. Em seu próprio dialeto veneziano, São Pio X disse: "Gesù, Giuseppe e Maria, vi dono il cuore e l'anima mia" (Jesus, José e Maria, entrego a vós o coração e minha alma). Neste momento, os sinos foram ouvidos por toda a Itália, ressoando através do mundo. O Católico, Pontífice e Pastor de tantas almas humanas eram um só neste momento de perfeita e total autorrendição do espírito.

Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral. A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".






16 abril 2013

JESUS CRISTO, INFALÍVEL - JESUS CHRIST, UNFAILING

JESUS-CHRIST-INFALLIBLE

Só Jesus Cristo foi absolutamente infalível! As Escrituras ainda requerem interpretação mas não contêm o tipo de falhas que comprometem seu testemunho da revelação Divina. Parte de toda a Fé Cristã baseia-se na alegação de que a Igreja de Cristo, em um sentido abrangente, é indefectível. 

Embora haja desacordos, falhas e distorções em seus ensinamentos de Jesus Cristo, o Cristianismo vai continuar a trazer as pessoas para Deus em Cristo. A Fé do Catolicismo depende fortemente da sacralidade de sua tradição em desenvolvimento, e existem inúmeros pontos sobre a infalibilidade, sobre os quais todos os Católicos e outros Cristãos concordam.

Jesus Cristo quis que a Igreja fosse unida pela caridade, e como penhor dessa unidade fosse uma monarquia. Ele designou a São Pedro e seus sucessores como detentores dessa suprema potestade. Tudo aquilo que nela foi instituído por Ele, sendo de origem Divina, não pode ser modificado pelos homens. Esses elementos não sofrem a variação do tempo nem podem se modificar com as transformações sociais, culturais ou políticas da sociedade civil.

Assim, a Igreja não pode deixar de ter uma forma monárquica e o Papa deverá ser seu chefe supremo. As correntes igualitárias protestantes, e mais tarde a dos modernistas, como os hereges condenados por São Pio X no começo deste século, quiseram abolir essa monarquia papal contrariando assim, de forma expressa, os desígnios de Nosso Senhor.

JESUS-CHRIST-INFALLIBLE

Declarou Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos Céus".

Foi desta forma que Jesus Cristo concedeu a Pedro, o primeiro Papa, as chaves do Céu e o poder de proibir e permitir, do Céu à Terra. A Igreja Católica concluiu que isto o tornou infalível, pois "Ele ligou na Terra e também no Céu". Jesus não poderia ligar nada de errado no Céu, logo não permitiria à Seu representante ligar nada errado na Terra em termos de doutrina de Fé ou moral.

A infalibilidade papal foi exercida apenas duas vezes na história. Os teólogos Católicos concordam que ambas as cartas apostólicas, a do Papa Pio IX que definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria em 8 de dezembro de 1854, e a do Papa Pio XII que definiu o dogma da Assunção de Maria em 1 de novembro de 1950, são os únicos exemplos da infalibilidade papal, um fato que foi confirmado pelo magistério da Igreja.

O uso da infalibilidade é restrito somente às questões e verdades relativas à Fé e à moral, que estão em íntima conexão com a Revelação Divina. Uma vez proclamadas e definidas solenemente, estas matérias de Fé e de moral transformam-se em dogmas, ou seja, em verdades imutáveis e infalíveis, a que todo Católico deve aderir, aceitar e acreditar.

A consequência da infalibilidade é que a definição ex-cátedra dos Papas não pode ser revogada e é por si mesma irreformável. As declarações de um Papa, ex-cátedra, não devem ser confundidas com ensinamentos que são falíveis, como uma bula papal. O dogma da infalibilidade papal pode ser conveniente para o Catolicismo se reconhecermos suas limitações assim como suas vantagens.

FÉ-INFALÍVEL

Palavras nunca contêm a totalidade da Fé Cristã! Nem toda a Bíblia, os guias de estudo e Encíclicas do mundo podem conter o espírito e a vida da Fé Católica. A Fé é um "hábito" e uma linguagem, por vezes óbvios e por vezes sutis. É uma ação no mundo que não pode ser totalmente comunicada através de leituras ou ouvindo o Papa falar sobre isso, mas apenas vivenciando-a.

Especialistas em direito canônico discutiram a questão se um Papa, em suas opiniões pessoais ou privadas, poderia cair em heresia, apostasia e cisma. Se fosse para fazê-lo, de forma notoriamente e amplamente divulgada, ele iria quebrar sua comunhão com Deus e, de acordo a opinião aceita, perder seu pontificado ipso facto.

Uma vez que ninguém pode julgar o Papa, ninguém pode depor um Papa por tais pecados. Assim, os teólogos dividem-se em como a sua perda do poder iria ser declarada, de forma que a vaga pudesse então ser preenchida por uma nova eleição. A Igreja do futuro vai se tornar menos e menos uma Igreja constantiniana.

À medida em que nós, Católicos, tornamo-nos membros de uma comunidade menor de crentes, em um mundo secular cada vez maior, daremos mais ênfase ao fato de que a Igreja está repleta de mistérios e é parte de um povo em sua peregrinação. Uma viagem em direção a Deus.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU






18 março 2013

PAPA SÃO PIO X - O PAPA, O SANTO, A SUA HISTÓRIA - POPE SAINT PIO X - THE POPE, THE HOLY, HIS STORY

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Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral.

A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".

Giuseppe Melchiorre Sarto, o Papa São Pio X (1903 a 1914), nasceu em 2 de junho de 1835 em uma pequena casa na aldeia de Riese, na província de Treviso, Itália, perto de Veneza. Seu pai, Giovanni Battista Sarto (1792–1852), um carteiro e sapateiro de profissão, morreu em 1852 quando Giuseppe era muito jovem.

Sua mãe, Margaritta Sanson Sarto (1813–1894), teve que cuidar da familia composta por quatro irmãos e seis irmãs, conseguindo suporte financeiro através dos seus talentos na costura. Giuseppe aprendeu sobre a Fé Cristã com a sua mãe, em uma idade precoce, e também nas aulas do padre Don Tito Fusaroni.

Embora pobres, seus pais valorizavam a educação, e Giuseppe caminhava seis quilômetros todo dia para chegar à escola. Ainda jovem, Giuseppe estudou latim com o padre da aldeia, e com o tempo, as sementes de uma vocação sacerdotal floresceram. Logo depois entrou no seminário de Pádua, na freguesia do Santo padroeiro da aldeia, Santo Antonio de Pádua, onde terminou com distinção seus estudos clássicos, filosóficos e teológicos.

Frequentando a escola paroquial, a inteligência e o caráter moral de Giuseppe logo despertaram a atenção do reitor, que arranjou uma bolsa para o rapaz no ensino médio, em Castelfranco Veneto, uma cidade maior a 2 km de Riese. Depois de concluir o curso de instrução em Castelfranco, Giuseppe deu a conhecer que sentia a chamada para o sacerdócio, mas tinha considerado que os meios para alcançar esse fim estavam fora do seu alcance, devido às dificuldades financeiras da sua família.

No entanto, seus pais viram que a vontade de Deus estava na vocação do seu filho, e fizeram tudo em seu poder para ajudá-lo. Então, o reitor veio novamente em seu auxílio conseguindo outra bolsa de estudos no seminário de Pádua.


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Em novembro de 1850, o jovem Giuseppe chegou a Pádua e imediatamente foram retomados os estudos no seminário. As mesmas qualificações elevadas, de intelecto e espírito, despontariam adiante em seu trabalho como Bispo e futuramente no seu pontificado.


Em 18 de setembro de 1858, com 23 anos de idade, na época das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, Sarto foi ordenado sacerdote e tornou-se capelão em Tombolo, recebendo o Sacramento da Ordem. Sua primeira missão pastoral em Tombolo foi iniciar uma escola noturna para todos os adultos, ensinando o catecismo.


Após sua aplicação exemplar neste empreendimento, seu Bispo o designou como Vigário paroquial em Salzano e, em seguida, enviou-o para a Diocese de Treviso, onde ele estudou direito canônico e as obras de São Tomás de Aquino, especificamente a "Summa Theologica". Desta forma, o padre Giuseppe Sarto, cristalizou definitivamente seu amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua luta pela salvação de almas. O padre Giuseppe trabalhou arduamente, e finalmente em 18 de setembro de 1858, foi ordenado Cardeal de Castelfranco.


Em 1867, foi nomeado Arcipreste de Salzano, onde restaurou a Igreja e ampliou o hospital, com fundos provenientes do seu próprio trabalho. Tornou-se popular com o povo quando trabalhava para ajudar os doentes durante a peste de cólera que varreu o norte da Itália no início dos anos 1870. Ele foi nomeado Cônego da Catedral e Chanceler da Diocese de Treviso e também manteve escritório como diretor espiritual, reitor do seminário de Treviso e examinador do clero.


Como Chanceler tornou possível que alunos das escolas públicas recebessem instrução religiosa. Muitas vezes ele lutou pela resolução dos problemas para conseguir trazer o ensino religioso para a juventude rural e urbana, que não tinha a oportunidade de frequentar escolas Católicas.


Em 1878, após a morte do Bispo Zanelli, foi nomeado Vigário da Diocese. Depois de 1880, Sarto ensinou Teologia Dogmática e Teologia moral no seminário de Treviso. Em 10 de novembro de 1884, o Papa Leão XIII elegeria Giuseppe Sarto como Monsenhor e Bispo de Mântua, em uma diocese em completo tumulto. Ele acalmou os espíritos da insurreição e da baixa moral, continuando o seu compromisso e prioridade para com os pobres e as crianças.



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Rejeitou o luxo da mansão do Bispo e conduziu-se como um humilde pároco. Devido ao devoto e sincero cuidado com seus fiéis em Mântua e sua profunda espiritualidade, Leão XIII elevou-o a Cardeal Patriarca de Veneza em 1893. Durante um ano e meio o Cardeal Sarto teve que esperar a nomeação por causa da oposição do governo italiano, que exigia os mesmos privilégios exercidos pelo imperador da Áustria.


Apesar da crise política entre a Igreja e o governo, ele passou o tempo de espera em oração e preparação. Muitos acreditam que o Papa Leão XIII, que teve numerosas visões e recebeu mensagens celestiais, soube em seu coração e alma que Giuseppe eventualmente iria sucedê-lo como Papa. Dez anos mais tarde isso se tornaria uma realidade. Em 20 de julho de 1903, com a morte de Leão XIII, o colégio dos Cardeais foi convocado para eleger um novo Papa.


Para muitos Cardeais presentes, foi a primeira vez que um Papa não foi selecionado no primeiro escrutínio, pois os votos foram para o Cardeal Rampolla, mas o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph ou Francisco José (1848–1916), vetou a sua nomeação. Veto este que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Império Sacro Romano. Havia na época o privilégio de certas nações Católicas poderem vetar a eleição de um Papa. Isto marcou a última vez que um veto seria exercido por um monarca Católico no processo do conclave.


Novamente foi convocado o conclave que, guiado pelo Espírito Santo, duas semanas mais tarde elegeu o Cardeal Giuseppe Sarto para o mais alto cargo da Santa Igreja Católica, em 4 de agosto de 1903. O Papa Pio X recebeu 55 de um total de 60 votos. Embora a todos agradasse sua nomeação, o Cardeal Giuseppe Sarto, num ato de verdadeira humildade, inicialmente recusou. Ele também estava profundamente triste com o abuso de poder do veto governamental, e pela união entre o governo e a Igreja, prática adotada na época do imperador e papa Constantino.



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Antes de se tornar o 257º Papa desde São Pedro, ele entrou em solidão e, depois de oração profunda e da insistência de seus companheiros Cardeais, percebeu que era a vontade de Deus. Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja. E este simples pároco, Giuseppe Sarto, levou a Igreja de Cristo ao alvorecer do século XX.

Assim, em 9 de agosto de 1903, em sua coroação na Basílica de São Pedro, ele escolheu o nome "Pio", em homenagem ao Papa Pius IX, que havia inspirado sua vida sacerdotal. Logo após ser elevado à cadeira de Pedro, o Papa Pio X definiu a sua agenda, anunciando ao mundo, como seu ideal, o lema: "Restaurar todas as coisas em Cristo". O principal meio de alcançar esta restauração, segundo Pio X, seria através do Clero.

Durante seu reinado o Papa exortou os Bispos a reorganizarem os seminários e obter a melhor formação possível para estes homens, para poder incutir na população o conhecimento de Deus. O novo Pontífice publicou uma Encíclica, "Exortação para o clero Católico," na qual salientou que somente através de um clero treinado e disciplinado poderia ser realizado um programa de retorno a Cristo.

O ensino religioso dos jovens e idosos se tornou o segundo mais importante meio para a restauração Cristã, e em sua Encíclica "Acerbo Nimis", sobre o ensino da doutrina Cristã, o Papa Pio X firmemente declarou sua posição. Os males do mundo foram rastreáveis como um desconhecimento de Deus. Ele disse ser necessário que os sacerdotes disponibilizassem as verdades eternas para todos, em uma linguagem acessível.

Sempre um exemplo, ele próprio deu a instrução de domingo para a população, em um dos pátios do Vaticano. No entanto, nenhuma reforma de Pio X foi mais elogiada do que os decretos sobre a Sagrada Comunhão. São Pio X é frequentemente chamado de "Papa da Eucaristia". Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias.

Revisou o Breviário e preparou o Catecismo. Estes decretos, emitidos a partir de 1905 até 1910, permitiram a recepção da primeira comunhão em uma idade mais adiantada do que tinha sido anteriormente exigido, incentivando a recepção frequente da Santa Eucaristia por todos os Católicos e "relaxando" o jejum para os doentes.

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A seu respeito, disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado:

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tentasse dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

A grande batalha do Papa Pio X foi a luta contra o modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como a síntese de todas as heresias: "Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus indignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo conduzirá ao totalitarismo, e só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado. A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas, ou seja, o laicismo, a máxima expressão do idealismo e do racionalismo".

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Profundamente entristecido pela falta de amor e desprezo pelos valores humanos em todo o mundo, São Pio X morreu menos de dois meses após a eclosão da I Guerra Mundial. Muitos acreditam que faleceu "de um coração partido". Foi velado na Basílica de São Pedro, em um esquife papal em 20 de agosto de 1914.

Os sinos ecoaram em luto em todo o mundo, e milhões prestaram seu respeito a este amado Pontífice de 79 anos, que tinha cumprido as bem-aventuranças. Sua última vontade e testamento foram lidos logo após sua morte, e suas palavras simbolizavam sucintamente tudo o que o Papa Pio X acreditava representar: "Eu nasci pobre, vivi na pobreza, quero morrer pobre". Ele verdadeiramente exemplificou tudo o que Cristo pediu nas bem-aventuranças de seu Vigário na Terra.

São Pio X foi amado por centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, juntamente com milhões em todo o mundo. Após ser enterrado no Vaticano, não demorou muito para o povo clamar por sua canonização. Mas somente em 1951 foi beatificado e posteriormente canonizado, em 3 de setembro de 1954, pelo Papa Pio XII.

Como a Santa Bernadette Soubirous, de Lourdes, que nasceu nove anos depois de São Pio X e faleceu antes dele, o corpo de São Pio X permanece incorrupto ainda hoje. É uma homenagem à sua Santidade e ao fato de que ele era verdadeiramente a "rocha" para a Igreja no início deste século, promovendo um profundo amor, respeito e anseio por Jesus no Santíssimo Sacramento.

Atribuem-se a São Pio X vários milagres ainda em vida e depois da sua morte. Relatam que pessoas doentes que tiveram contato com ele se curaram, e este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Assim, devemos intuir que podemos seguir o exemplo e obedecer a este Santo Pontífice, cujo corpo incorruptível demonstra a sua Santidade, e seus feitos na Terra uma inspiração Divina. Desta forma, todo Cristão deve rejeitar o que está sendo atualmente promovido pela Igreja, baseado no Concílio Vaticano II que, decididamente, não foi Católico, pois contrariou os ensinamentos de Jesus e as tradições da Igreja primitiva e dos primeiros Cristãos.

Estas verdades únicas foram reafirmadas pelo Papa São Pio X, um simples sacerdote, cujo amor sem fronteiras cumpriu o seu ideal de "restaurar todas as coisas em Cristo".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU








02 fevereiro 2013

A EUCARISTIA - THE EUCHARIST

Eucaristia

No Sacramento da Eucaristia o pão e o vinho ofertados durante o sacrifício eucarístico na Missa, são transubstanciados pelo Espírito Santo no verdadeiro Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, os fiéis recebem a Comunhão para a mais íntima união com Cristo e para a Vida eterna.

O Senhor nos deu a Eucaristia na Última Ceia, porque Ele queria partilhar conosco a Vida da Santíssima Trindade, a Comunhão de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tornamo-nos unidos a Deus no nosso Batismo e recebemos uma Graça adicional do Espírito Santo em nossa Crisma.

Na Eucaristia somos alimentados espiritualmente e ficamos mais perto de Deus. Ao comer o corpo e beber o sangue de Cristo na Eucaristia, nos tornamos unidos à pessoa de Cristo, através da Sua humanidade. Disse Jesus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele".

Todos os quatro Evangelhos contam a história da multiplicação dos pães e dos peixes. A semelhança entre este evento e a Última Ceia é impressionante. Esta indica o início da crença Cristã, e a multiplicação dos pães foi uma antecipação da Eucaristia.

Eucharist

As palavras de Jesus na Última Ceia: "Esse é meu Corpo, e esse é meu Sangue derramado por vós para a remissão dos pecados", são completamente claras, definidas e não permitem nenhuma outra interpretação que não seja a mais direta.

Foram dados aos discípulos o verdadeiro Corpo e o verdadeiro Sangue de Jesus Cristo! Isso está em completa concordância com a promessa feita por Jesus a respeito do Seu Corpo e Sangue. Tendo dado a Comunhão aos discípulos, o Senhor pediu: "Fazei isso em minha memória".

Esse sacrifício deve ser realizado "até que Ele venha", o Apóstolo Paulo instrui, isto é, até a Segunda Vinda do Senhor. Disse o Senhor Jesus: "Se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes o Seu Sangue, não tereis Vida em vós".

É fato que a Eucaristia foi recebida pela Igreja desde os primeiros dias como a maior das dádivas divinas, e sua instituição é preservada com o maior cuidado e reverência.

Eucharist

O Sacrifício Eucarístico não é uma repetição do Sacrifício de Jesus na Cruz, mas o Corpo e Sangue sacrificados e oferecidos pelo nosso Redentor. O sacrifício do Gólgota e o sacrifício da Eucaristia são inseparáveis, compreendendo um único sacrifício, mas ao mesmo tempo devem ser distinguidos um do outro.

Eles são uma e a mesma árvore doadora de Graça e Vida plantada por Deus no Gólgota, preenchendo com seus ramos toda a Igreja de Deus, nutrindo por seus frutos salvíficos todos aqueles que buscam a Vida Eterna.

Mas eles têm que ser distinguidos. O sacrifício oferecido na Eucaristia é chamado "sem sangue" e "sem paixão" já que é realizado após a Ressurreição. Havendo Jesus Cristo ressuscitado dos mortos, a morte não teve mais domínio sobre Ele.

É oferecido sem sofrimento, sem derramamento de sangue, sem morte, apesar de ser realizado em lembrança do Seu sofrimento e morte.

Eucharist

Na noite antes de morrer Jesus celebrou com sua família adotiva, os apóstolos, seus seguidores mais próximos. Ele repartiu com eles o pão ázimo e um copo de vinho, oferecendo estes alimentos como Seu Corpo e Sangue, para que nesta Comunhão a humanidade possa alcançar a Vida Eterna.

Com esta ação ele nos deu a Eucaristia, a refeição em família que une em uma mesa os crentes de todo o mundo. A família cresceu, superou as casas judaicas, vilas romanas e floresceu nas Igrejas Cristãs.

Antigamente, o Batismo, a Crisma e a Eucaristia eram ministrados juntos aos recém-chegados na família Cristã, quando o rito de iniciação Cristã era celebrado na Vigília Pascal.

Com o crescimento da Igreja, os Sacramentos da iniciação tornaram-se momentos distintos. A Crisma e a Eucaristia foram gradualmente adiadas até que as crianças, como os catecúmenos adultos, fossem antecipadamente educados na Fé, pelo ensinamento e exemplos de vida Cristã.

Por volta do século X, os três Sacramentos da iniciação tinham se separado. Até 1910 a primeira Comunhão era ministrada dos 12 aos 14 anos, depois deste ano o Papa Pio X reduziu a idade para seis ou sete anos, permitindo o acesso dos mais jovens ao Sacramento da Eucaristia.

Eucharist

Receber a Comunhão, o Corpo e Sangue do Senhor Jesus, é essencial, necessário, salvífico e consolador. É indispensável para todos os Cristãos. Isso é evidente nas palavras de Jesus ao aconselhar a respeito do Sacramento da Eucaristia:

"Na verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis Vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a Vida Eterna".

Os frutos salvíficos e efeitos da Eucaristia nos une de forma íntima com Deus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim, e eu nele".

A comunhão nutre nossa alma, auxiliando no crescimento da vida espiritual e preparando-nos para uma vida abençoada eternamente, pois quem comer deste pão viverá para sempre: "Assim quem de mim se alimenta, também viverá por mim, pois quem comer deste pão viverá para sempre".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



04 outubro 2012

DECRETO SACRA TRIDENTINA SYNODUS - SACRED DECREE TRIDENTINE SYNODUS


SANTO-PAPA-PIO-X



                 DECRETO SACRA TRIDENTINA SYNODUS

1. O Sagrado Concílio de Trento, tendo em conta as inefáveis graças que provêm aos fiéis de receber a Santíssima Eucaristia (Sess. XXII, Cap. VI), diz: "Deseja na verdade o Santo Concílio que em cada uma das missas os assistentes comunguem, não só espiritual, mas também sacramentalmente". Estas palavras mostram assaz claramente o desejo da alegria de que todos os fiéis Cristãos tomem diariamente parte naquele celestial banquete, para dele auferirem mais abundantes frutos de santificação.

2. Estes desejos coincidem com aqueles em que estava abrasado Nosso Senhor Jesus Cristo ao instituir este Divino Sacramento. Pois Ele próprio indicou diversas vezes, com grande clareza, a necessidade de comer amiúde a Sua carne e de beber o Seu sangue, especialmente com essas palavras: "Este é o pão que desceu do céu; não como o maná que comeram nossos pais e morreram; quem come este pão viverá eternamente (Jo 6, 59)".

Facilmente podiam os discípulos deduzir da comparação do Pão dos Anjos com o pão e com o maná que, assim como o corpo se alimenta de pão diariamente, e cada dia eram recreados os hebreus no deserto com o maná, do mesmo modo poderia a alma Cristã comer e regalar-se diariamente, com o Pão do Céu. Além de que quase todos os Santos Padres da Igreja ensinam que o que se manda pedir na Oração dominical: "O pão nosso de cada dia", se há de entender não tanto do pão material, alimento do corpo, quanto da recepção diária do Pão Eucarístico.

3. Mas Jesus Cristo e a Igreja desejam que todos os fiéis Cristãos se aproximem diariamente do sagrado festim, principalmente para que, unidos com Deus por meio dos Sacramentos, ganhem forças para refrear as paixões, se purifiquem das culpas leves cotidianas e impeçam os pecados graves a que está exposta a fragilidade humana; não precisamente para honra e veneração de Deus, e recompensa ou prêmio conferido às virtudes dos que o recebem.(S. August., Serm. 57.in Math. De Orat. Dom., v. 7). Donde vem que o Sagrado Concílio de Trento chame à Eucaristia "O antídoto, com o qual nos livramos das culpas cotidianas e nos preservamos dos pecados mortais. (Sess. 13, Cap. II)".

4. Os primeiros fiéis Cristãos, compreendendo a saciedade esta vontade de Deus, todos os dias se acercavam desta Mesa de vida e fortaleza. "Eles perseveravam na doutrina dos Apóstolos e na comunicação da fração do Pão (At 2, 42)". E assim se fez também durante os séculos seguintes, não sem grande fruto de perfeição e santidade, como nos testificam os Santos Padres e escritores escolásticos. 

5. Mas decrescendo e esfriando pouco a pouco a piedade, e principalmente quando mais tarde grassava por toda parte a heresia jansenista, começou-se a disputar acerca das disposições necessárias para a comunhão freqüente e diária, e a exigi-las à porfia cada vez maiores e mais difíceis. Estas disputas deram em resultado que só pouquíssimos eram tidos na conta de dignos de receber diariamente a Santíssima Eucaristia e de tirar deste saudável Sacramento frutos abundantes, e contentando os demais com alimentar-se dele uma vez por ano, por mês, ou quando muito, por semana. E chegou-se a esse extremo de severidade, que se excluíam da freqüência da celestial Mesa classes sociais inteiras, como aos comerciantes, e às pessoas casadas.

6. Outros, por sua vez, perfilharam a opinião contrária. Considerando estes como ordenada por direito divino a Comunhão diária, para que não passasse um só dia sem comungar, sustentavam, além de outras coisas fora dos costumes aprovados pela Igreja, que devia receber-se a Eucaristia até na Sexta-feira Santa, e de fato a administravam. 

7. Não deixou a Santa Sé de cumprir o seu dever a este respeito. Pois, por um decreto desta Sagrada Congregação, que começa Cum ad aures, do dia 12 de fevereiro de 1679, aprovado por Inocêncio XI, condenou esses erros, e cortou os abusos, de qualquer classe social, sem excetuar de maneira alguma os comerciantes e os casados, fossem admitidas à Comunhão freqüente, segundo a piedade de cada um e o parecer de seu confessor. No dia 7 de dezembro de 1690 foi condenada pelo decreto Sanctissimus Dominus Noster, de Alexandre VIII, uma preposição de Baio que exigia daqueles que quisessem abeirar-se da sagrada Mesa, um amor de Deus puríssimo sem mescla de defeito algum. 

8. Contudo não desapareceu por completo o veneno jansenista que havia contagiado até as almas piedosas, sob color de honra e veneração devidas à Eucaristia. A discussão das disposições para comungar bem e com frequência, sobreviveu às declarações da Santa Sé; resultando daqui que até teólogos de nomeada julgaram que só se podia permitir ao fiéis a Comunhão cotidiana raras vezes, e preenchidas muitas condições.

9. Por outra parte, não faltaram homens dotados de ciência e de piedade que deram franco acolhimento a esse costume tão salutar e aceito a Deus, ensinando, estribados na autoridade dos Santos Padres, que nunca a Igreja tinha preceituado maiores disposições para a Comunhão diária que para a semanal ou mensal, que eram sobremodo mais abundantes os frutos da Comunhão diária, que os da semanal ou mensal.

10. As discussões sobre esse ponto aumentaram e exacerbaram-se em nossos dias; e com isso se inquieta a mente dos confessores e a consciência dos fiéis, com não pequeno dano da piedade e fervor Cristãos. Por isso homens ilustres e Pastores suplicaram encarecidamente ao Nosso Santíssimo Senhor Papa Pio X, que resolva com a sua suprema autoridade a questão cerca das disposições para receber diariamente a Eucaristia, para que esse costume tão salutar e tão agradável a Deus, não só não diminua entre os fiéis, mas sim aumente e se propague por toda parte, precisamente nestes tempos em que a Religião e Fé Católicas são combatidas de todos os lados e vai rareando e esfriando cada vez mais o verdadeiro amor de Deus e a piedade.

E Sua Santidade, devido ao seu zelo e solicitude, pede que o povo seja chamado ao sagrado banquete com muitíssima frequência e até diariamente, e aproveite os seus grandíssimos frutos, confiou a esta Congregação o exame e a resolução da referida questão. A Sagrada Congregação do Concilio, em sessão geral de 16 de dezembro de 1905, examinou detidamente este assunto, e pesadas maduramente as razões de um e outro lado, determinou e declarou o que segue:

1. Facilite-se a todos os fiéis, de qualquer ordem ou condição, a Comunhão frequente e diária, tão desejada por Cristo Nosso Senhor, e pela Igreja Católica: nem seja lícito proibir o acesso à sagrada Mesa a quem esteja em estado de graça e se aproxime com reta e pia intenção.

2. A intenção é reta quando vamos à Mesa eucarística, não por costume, nem por vaidade, ou por qualquer outro motivo humano, mas para cumprir a vontade de Deus, para mais nos unir com Ele por amor, e para buscar na Eucaristia o remédio divino em nossos defeitos e misérias.

3. A quem comunga frequente e diariamente convém muitíssimo fugir dos pecados veniais, ao menos dos plenamente deliberados, e até do afeto a eles. Mas basta estar isento do pecado mortal, com o propósito de não voltar a cair nele. Este propósito, quando é sincero, não pode fazê-lo quem comunga todos os dias sem que pouco a pouco venha a perder o afeto às culpas veniais.

4. Como os Sacramentos da Nova Lei, ainda que produzam seu efeito ex operato, são tanto mais abundantes em frutos quanto maiores são as disposições de quem os recebe, deve fazer-se diligentemente a preparação para a Sagrada Comunhão e dar depois desta a conveniente ação de graças, segundo as forças, condições e deveres de cada um.

5. Para que a Comunhão freqüente e diária se faça com mais prudência e maior fruto, deve pedir-se conselho ao confessor. E tenha o confessor cuidado para não desviar da Comunhão freqüente e diária ninguém que viva em estado de graça e se acerque da sagrada Mesa com reta intenção.

6. É claro que por meio da Comunhão freqüente ou diária se estreita a união com Cristo, se robustece a vida espiritual, se enriquece a alma com maior tesouro de virtudes, e se assegura melhor a vida eterna. Por isso os párocos, os confessores e os pregadores, em harmonia com a doutrina do citado Catecismo Romano, exortem frequentemente e com muita instância o povo Cristão a tão pia e salutar prática.

7. Promova-se a Comunhão freqüente e diária principalmente nos Institutos religiosos, de qualquer classe que sejam, para os quais, não obstante, fica em vigor o decreto Quemadmodum, de 17 de dezembro de 1890, dado pela S. C. dos Bispos e Regulares. Promovam-se também quanto for possível nos Seminários de Clérigos, cujos alunos aspiram ao ministério do altar, ou mesmo em qualquer outra classe de colégios Cristãos.

8. Se há alguns institutos, de votos simples ou solenes, cujas regras, constituições ou Calendários apontem e ordenem alguns dias de Comunhão, estas normas hão de ter-se como meramente diretivas e não como preceptivas. E o número prescrito de Comunhões há de considerar-se como o mínimo para os Religiosos piedosos. Pelo que se lhes deverá deixar sempre livre a Comunhão mais freqüente ou diária, segundo as normas anteriores deste Decreto. Mas para que todos os Religiosos dos dois sexos possam inteirar-se bem das disposições deste Decreto, os Superiores de cada uma das casas terão cuidado de que todos os anos, dentro da oitava do Corpo de Deus, seja lido à comunidade em língua vulgar.

9. Finalmente abstenham-se todos os escritores eclesiásticos, desde a promulgação deste Decreto, de toda a disputa ou discussão acerca das disposições para a freqüente e diária Comunhão.

Tendo dado conta de tudo isto ao N. Santíssimo Pio X Papa, Sua Santidade ratificou este Decreto dos Eminentíssimos Padres, confirmou-o e mandou-o publicar, não obstante qualquer coisa em contrário. Mandou, ademais, que se enviasse a todos os Ordinários e Prelados regulares, para que o comuniquem aos seus Seminários, Párocos, Institutos religiosos e Sacerdotes respectivamente, e deem conta à Santa Sé em seus relatórios do estado da Diocese ou Instituto, da execução do que nele se estabelece.


Roma, 20 de dezembro de 1905


25 setembro 2012

A ALMA - THE SOUL

RESURRECTION

A fé na imortalidade da alma é um dos fundamentos da Fé Cristã. A ideia da imortalidade está presente no Velho Testamento, em numerosas passagens no livro de Jó, nos Salmos e no Gênesis. No Novo Testamento, a verdade da imortalidade da alma é uma completa revelação, constituindo-se numa das partes fundamentais da Fé Cristã. Esta verdade inspira o Cristão, alimentando a sua alma e sua existência, com a certeza da vida eterna no Reino de Deus. Deus quer que a alma viva, desta forma a Sua graça a fez imortal.

A diferença entre a imortalidade da alma humana e a imortalidade de Deus, é que Deus é imortal pela essência de Sua natureza. A fé na imortalidade da alma sempre foi intrinsecamente ligada à Fé em Deus. Quanto mais viva a Fé em Deus, mais firme a fé na imortalidade da alma. Alguém que perdeu a Fé em Deus, não mais acredita na imortalidade da alma ou na vida futura. O ser humano recebe o poder da Fé da própria fonte da vida, Deus, mas se ele desfaz sua ligação com Deus, ele perde esse fluxo do poder vivo.

O princípio espiritual no homem, que é oposto ao corpo, é designado na Sagrada Escritura por dois termos que são quase iguais em significados, espírito e alma. O uso da palavra espírito em lugar de alma ou ambos os termos usados com o mesmo significado, é encontrado especialmente no evangelho de Paulo, concluindo que o espírito é considerado como a parte escondida da alma do homem.

Significa aquela especial parte da alma que é formada pela Graça do Espírito Santo em um Cristão. O homem espiritual possui uma alma, mas sendo renascido, ele cultiva em si as sementes da Graça, ela cresce e gera frutos no espírito. No entanto, por falta de cuidados com sua vida espiritual, ele pode descer ao nível do homem natural ou carnal. Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas qual parte de nossa natureza manifesta Sua semelhança.

IMMORTAL

Convém observar que a imagem de Deus deve ser vista só na alma, não no corpo humano. De acordo com Sua natureza, Deus é o mais puro Espírito, assim a imagem de Deus só pode se referir à alma imaterial. O ser humano carrega a imagem de Deus nas mais elevadas qualidades da alma, na sua imortalidade, no seu livre arbítrio, sua razão e em sua capacidade de um amor puro. A imagem de Deus na natureza da alma nós recebemos junto com a existência, mas a semelhança devemos adquirir por nós mesmos.

A vida terrena termina com a morte do corpo. A alma preserva sua existência depois da morte corporal, mas sua condição depois da morte, de acordo com a palavra de Deus é diversa. Na Segunda vinda de Jesus será cumprida a ressurreição universal dos mortos e suas transfigurações. A ressurreição dos mortos será universal e simultânea, para os justos e pecadores.

A respeito da ressurreição dos mortos o Senhor diz: "Porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz; e os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizerem o mal para a ressurreição da condenação". Não há duvida que a aparência ou forma dos ressuscitados justos será diferente da dos ressuscitados pecadores: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de Deus Pai. Alguns parecerão luz e os outros trevas".

Da palavra de Deus deve-se concluir que os corpos ressuscitados serão essencialmente os mesmos que pertenceram a suas almas na vida terrena. "Convém que o corruptível transmude-se na incorruptibilidade, e o que é mortal na imortalidade". Os corpos serão transfigurados, os dos justos serão incorruptos e imortais. Eles serão completamente livres das fraquezas e enfermidades da vida presente. Eles serão espirituais, celestes, não tendo necessidades corporais terrenas.

A vida depois da ressurreição será como a vida dos espíritos sem carne, os anjos, de acordo com a palavra do Senhor. Para os pecadores, seus corpos também sem nenhuma dúvida se levantarão numa nova forma, recebendo uma natureza incorrupta e espiritual, mas ao mesmo tempo eles expressarão em si mesmos a condição de suas almas.