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22 abril 2013

A INQUISIÇÃO - O MITO DA LENDA NEGRA - INQUISITION - THE BLACK LEGEND'S MYTH - 2ª PARTE


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Sisto IV era o Papa quando a Inquisição foi instalada em Sevilha, no ano de 1478. Ele foi contra, devido aos abusos perpetrados, porém foi forçado a concordar quando o Rei Fernando II de Aragão ameaçou negar apoio militar à Santa Sé. O Papa não desejava a Inquisição instalada na Espanha, porém Fernando insistiu.


Ele persuadiu a Rodrigo Bórgia, então bispo de Valência e que se tornaria mais tarde o Papa Alexandre VI, a exercer influência através de um grupo em Roma junto ao Papa Sisto IV. Assim, Bórgia teve êxito com a instalação da Inquisição em Castela. Mais tarde, Bórgia teve o apoio espanhol ao seu papado ao suceder Sisto IV.


Fernando obteve assim o que desejava, controlar sozinho a Inquisição espanhola. Fernando e Isabel começaram a investigar e punir os conversos, judeus e mouros pretensamente convertidos ao Catolicismo, mas que continuavam a praticar suas antigas religiões em segredo. Alguns judeus disfarçados tornaram-se padres e mesmo bispos.


Os detratores chamavam os judeus convertidos de marranos, uma expressão pejorativa que significa porcos. Entre os anos 1486 e 1492, 25 autos-de-fé ocorreram em Toledo. Um total de 464 autos-de-fé contra judeus foi instaurado entre 1481 e 1826.


A pena mais leve imposta aos marranos era o confisco dos seus bens. A mais comum era serem obrigados a desfilar pelas ruas vestidos apenas com um "sambenito", traje que definia sua condição de hereges, e flagelados à porta da Igreja. A etapa seguinte era a morte na fogueira após inomináveis torturas.


Os reis católicos, Isabel e Fernando, precisavam de fundos para o reino e a perseguição movida aos hereges por Torquemada era uma fonte de renda que interessava ao Estado. Isabel e Fernando auto intitulavam-se "protetores da Igreja e defensores da fé".


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A Inquisição, como uma corte religiosa, era operada por autoridades da Igreja. Porém se uma pessoa fosse considerada herege, a punição era entregue às autoridades seculares, pois a Igreja não derramava sangue. A tortura frequentemente era usada como modo de penitência.

A mais comum punição era a vergonha pública, obrigar o uso do sambenito: a roupa de penitente, ou usar máscaras de metal com formas de burro e mordaças. Ser queimado em praça pública destinava-se  aos crimes mais graves. A morte pelo garrote, ou estrangulamento, era usada para os arrependidos.

Essas punições eram feitas em cerimônias públicas, os autos-de-fé. Algumas pessoas acusavam outras por vingança ou para obter recompensas da Coroa. A própria Coroa Espanhola beneficiava-se ao desapropriar os bens dos conversos. O número de autos-de-fé durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceito é de 2.000 vítimas.

Torquemada, no afã de obter dos reis a expulsão definitiva de todos os judeus, promoveu em 1490 um "julgamento-espetáculo", onde as vítimas foram oito judeus acusados de praticar rituais satânicos de crucificação de crianças Cristãs.

Em 31 de março de 1492, pressionados pelo clima de crescente de intolerância, Fernando e Isabel publicaram seu Edito de Expulsão: "Decidimos ordenar a todos os ditos judeus, homens e mulheres, que deixem nossos reinos e jamais retornem a eles."

Foi concedido aos judeus que permanecessem na Espanha até julho, mas a partir daí os que fossem encontrados seriam mortos. Muitos fugiram para Portugal ou para o norte da África, onde enfrentaram mais perseguições. Outros, sem alternativa, permaneceram na Espanha como "judeus ocultos".

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A ação intolerante de Torquemada trouxe-lhe forte oposição. Reclamações chegaram ao Papa Alexandre VI, que nomeou quatro adjuntos com iguais poderes visando limitar sua ação.

Em 1484, o Papa redigiu uma instrução, um livreto, que propunha normas e procedimentos para os processos inquisitoriais, inspirando-se em medidas já usuais na Idade Média. Foi publicada uma atualização em 1490 e uma outra em 1498.

O mito da Inquisição, que os espanhóis chamam de "a lenda negra", não surgiu em 1480. Começou quase um século mais tarde e exatamente um ano depois que os países protestantes que integravam o Sacro Império Romano-Germânico, fossem derrotados na batalha de Mühlberg pelos Católicos liderados por Carlos V Rei da Espanha.

A Inquisição foi aplicada contra os primeiros focos do protestantismo, contra a disseminação das idéias de Erasmo de Roterdão, contra o Iluminismo e, no século XVIII, contra o enciclopedismo.

Em 1567, uma campanha de propaganda feroz começou com a publicação de um folheto protestante, escrito por uma suposta vítima da Inquisição chamada Montanus. Este protestante retratava os espanhóis como bárbaros que violavam mulheres e sodomizavam meninos jovens.

Os propagandistas logo criaram a alcunha "demônios de capuz", que torturavam suas vítimas em dispositivos horríveis, cheios de facas, o que nunca foi usado na Espanha.

Apesar das ações das outras inquisições europeias contra a bruxaria, as bruxas não eram o principal foco da Inquisição espanhola. As acusadas de bruxaria eram normalmente qualificadas como loucas.

Durante o governo de Napoleão Bonaparte a Inquisição foi suspensa na Espanha, porém foi reinstalada quando Fernando VII de Espanha subiu ao trono. O professor Cayetano Ripoli, garroteado em Valência em 1826, foi a última vítima da Inquisição espanhola, que em 1834 foi finalmente abolida.

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Os historiadores declararam como fraudulento um suposto documento sobre a Inquisição alegando o genocídio de milhões de hereges, e este mito foi desmascarado pelas provas existentes nos arquivos da Igreja. O que foi comprovado é que por volta de 4.000 pessoas morreram durante a Inquisição nos 350 anos de sua história.

As 3.000 a 5.000 execuções documentadas da Inquisição são pálidas se comparadas com as de 200.000 bruxas queimadas em outros lugares na Europa ao longo dos mesmos séculos, ou as 150 milhões de vítimas do comunismo séculos mais tarde.

A Inquisição espanhola, tida como a mais cruel e violenta, teve sua imagem distorcida por protestantes que queriam minar o poder da maior potência mundial na época, a Espanha.

Cada processo inquisitorial ocorrido foi registrado individualmente pela Igreja durante os 350 anos em que essa Inquisição esteve ativa, mas somente agora esses registros estão sendo reunidos e analisados adequadamente.

Apesar da reputação sangrenta da Inquisição espanhola, que existiu formalmente durante este período infeliz, talvez até 2000 pessoas tenham sido queimadas como hereges. Embora esse número seja apenas uma pequena fração do que a "lenda negra" (black legend) rotineiramente alega, no entanto é preocupante o suficiente.

Quase todos os executados eram conversos ou novos-Cristãos. Conversos significava "professos do judaísmo", ou aqueles que foram condenados por praticar secretamente sua religião anterior.

Deve-se ter em mente que a Inquisição, como um Tribunal da Igreja, não tinha nenhuma jurisdição sobre mouros e judeus como tal. Mas, ironicamente, uma vez que tais pessoas aceitassem o Batismo, tornavam-se sujeitas à heresia, no sentido técnico da palavra.

Assim, a selvageria do início da Inquisição espanhola contribuiu para mais um capítulo na triste história do anti-semitismo, motivada nesta ocasião mais por oportunismo político-religioso do que por ódio racial. De qualquer forma, foi um enorme e imperdoável erro de cálculo, um crime contra a humanidade e um pecado contra Deus.

A INQUISIÇÃO - O MITO DA LENDA NEGRA - INQUISITION - THE BLACK LEGEND'S MYTH - 1ª PARTE



Fernando II-Aragão-Isabel I-Castela

No século XV a Espanha não era um estado unificado mas sim uma confederação de monarquias, cada qual com seu administrador, como os Reinos de Aragão e Castela, governados pelos Reis Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, respectivamente.


No Reino de Aragão, uma confederação composta por Aragão, Ilhas Baleares, Catalunha e Valência, havia uma Inquisição local desde a Idade Média, tal como em outros países da Europa.


Ainda não havia Inquisição no Reino de Castela e Leão. A maior parte da península Ibérica estava sob o governo dos mouros, e as regiões do sul, particularmente Granada, estavam bem povoadas por muçulmanos.


Até 1492, Granada ainda estava sob o controle mouro. As cidades mais importantes, como Sevilha, Valladolid e Barcelona, capital do Reino de Aragão, também tinham grandes populações de judeus em guetos.


Com o casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela, sua prima em segundo-grau, os dois reinos uniram-se e a Espanha moderna começou a formar-se.


A Inquisição na Espanha atuou sob o controle dos reis da Espanha de 1478 até 1834. Esta Inquisição foi o resultado da reconquista da Espanha das mãos dos muçulmanos, e da política de conversão de judeus e muçulmanos espanhóis ao Catolicismo.


A Inquisição foi um importante instrumento na política chamada "limpeza de sangue", contra os descendentes de judeus e de muçulmanos convertidos. Decisões políticas tiveram que tratar dos mouros e da relativamente pequena mas influente comunidade judaica que havia florescido dentro de uma sociedade islâmica maior.


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Em 1478, ano em que foi criada a Inquisição, os Cristãos da península Ibérica estavam envolvidos em uma cruzada que perdurava há sete anos. A luta não era intermitente, mas desde o século VIII quando os árabes muçulmanos do norte da África invadiram-na através do Estreito de Gibraltar e com fogo e a espada subjugaram a península ao norte do rio Ebro, a resistência nativa à sua ocupação tinha sido constante.

Durante anos, com intervalos frequentes de inatividade, a resistência tinha gradualmente evoluído em contra-ataque, em uma crescente determinação para ganhar de volta o que havia sido perdido para os invasores muçulmanos.

Pouco a pouco este processo incessante de conquista e reconquista levou os descendentes desses invasores, os mouros, cada vez mais distantes para o sul até que, em 1478, restou para eles apenas um pequeno enclave em torno da cidade de Granada.

A reconquista prosseguiu até Granada, e o último vestígio do islã espanhol caiu sob os exércitos de Fernando e Isabel em 1492. A população conquistada, ligada por laços de raça e religião, muçulmanos que vieram dos principados do norte da África, distante 16 quilômetros do Estreito de Gibraltar, fazia parte de um vasto sistema imperial estabelecido pelos turcos muçulmanos, e era considerado um sistema poderoso e ameaçador para a Europa Ocidental.

Os Cristãos vencedores, temerosos com os simpatizantes muçulmanos em seu meio, ofereceram uma proposta na qual os mouros e judeus teriam de escolher entre o Batismo ou a expulsão do país, agora inteiramente Católico.

Mas, com receio de que as leis comandando o exílio ou a conversão dos judeus fossem frustradas por conversos, ou seja, "católicos de sinagogas", Fernando e Isabel encomendaram um inquérito, e a partir daí a Inquisição.

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Os reis começaram a Inquisição na esperança de que a unidade religiosa promovesse a unidade política, e outros chefes de estado anunciavam os trabalhos para o advento de uma Cristandade unificada na Espanha.

A Inquisição teve um caráter secular, embora o crime fosse a heresia. Inquisidores não precisavam ser clérigos, mas teriam de ser legisladores. Os inquéritos eram baseados em regras e cuidadosamente mantidos em arquivos. A organização da Inquisição espanhola diferia marcadamente do seu antecessor romano.

Com a sua ênfase na centralização e controle real, refletiu o surgimento do Estado-nação e a responsabilidade de que a monarquia deveria garantir a ortodoxia religiosa. Assim, o "Grande Inquisidor", Torquemada, foi nomeado pelo rei e era responsável perante ele, apenas com a aprovação nominal do Papa.

O inquisidor, por sua vez, nomeava cinco membros do conselho superior sobre o qual presidia. Este corpo, com seu enxame de consultores e empregados, exercia o poder supremo na competência da Inquisição.

Torquemada decidia tudo, e ouvia todos os apelos dos tribunais inquisitoriais inferiores que, em meados do século XVI eram dezenove, espalhados por toda a Espanha e outros territórios ocupados na Itália e na América. Sem a permissão do "Alto Conselho", nenhum sacerdote ou nobre poderia ser preso.

O "auto-de-fé" era a cerimônia religiosa que incluía a punição dos hereges condenados ou a reconciliação das pessoas que se retratavam, e não poderia ser realizada em qualquer lugar sem a sanção do "Conselho Superior". O controle também foi aprimorado com a exigência de que os tribunais inferiores apresentassem os relatórios gerais anualmente e os financeiros a cada mês.

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Quanto ao procedimento, a Inquisição espanhola praticamente seguiu o precedente estabelecido no século XIII e copiou os modelos fornecidos pelos tribunais seculares. A maquinaria jurídica era colocada em movimento por denúncia juramentada de um indivíduo ou, ocasionalmente, de uma determinada aldeia ou região.

Em última instância, antes do inquérito formal, era emitido um "período de graça" de trinta a quarenta dias, durante os quais os suspeitos poderiam retratar-se ou preparar sua defesa.

Uma vez que o acusado ou réu usasse os serviços de um defensor, ele não poderia ser julgado pelos oficiais do "Tribunal de Justiça" sem a presença de dois sacerdotes. A identidade das testemunhas do seu alegado crime, no entanto, não seria revelada ao réu, por isso ele não poderia confrontá-los.

Isso era uma grave desvantagem, porque os falsos acusadores eram muitos. Juízes, e não jurados, decidiam questões de fato e também segundo o direito em vigor.

A Inquisição espanhola combinava as funções de investigação, acusação e julgamento. Na verdade, alguém preso pela Inquisição era considerado culpado até ser provado inocente.

A tortura, comum em jurisdições seculares, havia sido proibida na Inquisição romana antiga, mas estava outra vez sendo posta em uso, com as reservas de ser aplicada apenas uma vez e de que não atentasse contra a vida ou integridade do réu.

Na Espanha estas regras foram adotadas, mas desde o início, o Papa Sisto IV, inundado com o clamor popular, protestou junto ao Governo espanhol que a Inquisição estava empregando a tortura livremente. Infelizmente os avisos do Papa caíram nos ouvidos moucos dos inquisidores.


A INQUISIÇÃO - O MITO DA LENDA NEGRA (BLACK LEGEND) - 2ª PARTE


16 abril 2013

JESUS CRISTO, INFALÍVEL - JESUS CHRIST, UNFAILING

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Só Jesus Cristo foi absolutamente infalível! As Escrituras ainda requerem interpretação mas não contêm o tipo de falhas que comprometem seu testemunho da revelação Divina. Parte de toda a Fé Cristã baseia-se na alegação de que a Igreja de Cristo, em um sentido abrangente, é indefectível. 

Embora haja desacordos, falhas e distorções em seus ensinamentos de Jesus Cristo, o Cristianismo vai continuar a trazer as pessoas para Deus em Cristo. A Fé do Catolicismo depende fortemente da sacralidade de sua tradição em desenvolvimento, e existem inúmeros pontos sobre a infalibilidade, sobre os quais todos os Católicos e outros Cristãos concordam.

Jesus Cristo quis que a Igreja fosse unida pela caridade, e como penhor dessa unidade fosse uma monarquia. Ele designou a São Pedro e seus sucessores como detentores dessa suprema potestade. Tudo aquilo que nela foi instituído por Ele, sendo de origem Divina, não pode ser modificado pelos homens. Esses elementos não sofrem a variação do tempo nem podem se modificar com as transformações sociais, culturais ou políticas da sociedade civil.

Assim, a Igreja não pode deixar de ter uma forma monárquica e o Papa deverá ser seu chefe supremo. As correntes igualitárias protestantes, e mais tarde a dos modernistas, como os hereges condenados por São Pio X no começo deste século, quiseram abolir essa monarquia papal contrariando assim, de forma expressa, os desígnios de Nosso Senhor.

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Declarou Jesus: "Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus. Tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligardes na Terra, será desligado nos Céus".

Foi desta forma que Jesus Cristo concedeu a Pedro, o primeiro Papa, as chaves do Céu e o poder de proibir e permitir, do Céu à Terra. A Igreja Católica concluiu que isto o tornou infalível, pois "Ele ligou na Terra e também no Céu". Jesus não poderia ligar nada de errado no Céu, logo não permitiria à Seu representante ligar nada errado na Terra em termos de doutrina de Fé ou moral.

A infalibilidade papal foi exercida apenas duas vezes na história. Os teólogos Católicos concordam que ambas as cartas apostólicas, a do Papa Pio IX que definiu o dogma da Imaculada Conceição de Maria em 8 de dezembro de 1854, e a do Papa Pio XII que definiu o dogma da Assunção de Maria em 1 de novembro de 1950, são os únicos exemplos da infalibilidade papal, um fato que foi confirmado pelo magistério da Igreja.

O uso da infalibilidade é restrito somente às questões e verdades relativas à Fé e à moral, que estão em íntima conexão com a Revelação Divina. Uma vez proclamadas e definidas solenemente, estas matérias de Fé e de moral transformam-se em dogmas, ou seja, em verdades imutáveis e infalíveis, a que todo Católico deve aderir, aceitar e acreditar.

A consequência da infalibilidade é que a definição ex-cátedra dos Papas não pode ser revogada e é por si mesma irreformável. As declarações de um Papa, ex-cátedra, não devem ser confundidas com ensinamentos que são falíveis, como uma bula papal. O dogma da infalibilidade papal pode ser conveniente para o Catolicismo se reconhecermos suas limitações assim como suas vantagens.

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Palavras nunca contêm a totalidade da Fé Cristã! Nem toda a Bíblia, os guias de estudo e Encíclicas do mundo podem conter o espírito e a vida da Fé Católica. A Fé é um "hábito" e uma linguagem, por vezes óbvios e por vezes sutis. É uma ação no mundo que não pode ser totalmente comunicada através de leituras ou ouvindo o Papa falar sobre isso, mas apenas vivenciando-a.

Especialistas em direito canônico discutiram a questão se um Papa, em suas opiniões pessoais ou privadas, poderia cair em heresia, apostasia e cisma. Se fosse para fazê-lo, de forma notoriamente e amplamente divulgada, ele iria quebrar sua comunhão com Deus e, de acordo a opinião aceita, perder seu pontificado ipso facto.

Uma vez que ninguém pode julgar o Papa, ninguém pode depor um Papa por tais pecados. Assim, os teólogos dividem-se em como a sua perda do poder iria ser declarada, de forma que a vaga pudesse então ser preenchida por uma nova eleição. A Igreja do futuro vai se tornar menos e menos uma Igreja constantiniana.

À medida em que nós, Católicos, tornamo-nos membros de uma comunidade menor de crentes, em um mundo secular cada vez maior, daremos mais ênfase ao fato de que a Igreja está repleta de mistérios e é parte de um povo em sua peregrinação. Uma viagem em direção a Deus.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU






15 abril 2013

A INFILTRAÇÃO MAÇÔNICA NA IGREJA - MASONIC INFILTRATION IN CHURCH



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A essência do Terceiro Segredo de Fátima é que satanás entrou na Igreja Católica, trazendo seus agentes para nela ocupar as mais altas posições. Lúcifer em forma humana, entrou em Roma no ano de 1972 e rompeu as regras no Concílio do Vaticano II, assumiu o controle de Roma e continua a controlá-la ainda hoje.

Advertiu Nossa Senhora: "Avisei várias vezes que satanás entraria nos mais altos postos da hierarquia de Roma, e que entraria na Igreja de Meu Filho. Choro porque a Igreja continua no caminho da divisão, da perda da verdadeira Fé, da apostasia e dos erros que, cada vez mais, continuam a se espalhar sem que ninguém se oponha".

"Mesmo agora, o que foi predito em Fátima e que revelei na terceira mensagem confiada a uma de minhas filhas, Irmã Lucia, está sendo realizado. Assim, mesmo para a Igreja chegou o momento de grandes atribulações, pois a iniquidade do homem estabeleceu-se nela e a abominação do desolamento entrará no Sagrado Templo de Deus".


Revelação de Nossa Senhora aborda o Concílio do Vaticano II: "Eu digo que esta noite satanás entrou na Igreja da Terra, assim como foi predito em Fátima. Trouxe consigo seus agentes e, sendo o enganador de toda a humanidade, participou do Concílio do Vaticano II e manipulou todos os forasteiros para que viessem e distorcessem as doutrinas e a verdade".


"Vocês dirão em voz alta que satanás está na Igreja na Terra, e ele sabe que seu tempo está terminando. Sim, o Papa Paulo VI começou com as melhores intenções, mas satanás tomou conta e, com seus agentes, atingiu as mais altas posições, os mais altos postos da hierarquia até que, entristece-me dizer, muitos sacerdotes encontram-se agora no caminho da perdição, levando consigo muitos outros."


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Afirma Nossa Senhora: "A besta negra, como um leopardo, aponta a maçonaria. A besta com dois chifres mostra que a maçonaria infiltrou-se no interior da Igreja, ou seja, a maçonaria eclesiástica, espalhando-se especialmente entre os membros da hierarquia. A infiltração maçônica no interior da Igreja já havia sido predita por mim em Fátima, quando anunciei que satanás entraria até mesmo na cúpula da Igreja. Se a tarefa da maçonaria é guiar nossas almas para a perdição, trazendo a adoração de falsas divindades, o trabalho da maçonaria eclesiástica, por outro lado, é o de destruir Cristo e Sua Igreja, apresentando um novo ídolo que é um falso cristo e uma falsa igreja."


Esta revelação de Nossa Senhora é a predição de uma força combinada de comunistas e maçons gradualmente tomando o controle da Igreja, até finalmente conseguirem colocar um anti-papa que seria o instrumento da vinda do anticristo. Então, completar-se-á o mistério da iniquidade.


A besta negra também é a maçonaria que se infiltrou na Igreja e que a ataca, fere, e tenta, de maneiras sutis, demoli-la. Como uma nuvem venenosa, seu espírito permeia tudo, paralisando a Fé, extinguindo o ardor apostólico e produzindo uma imensa alienação de Jesus e Seu Evangelho. Desta forma, podemos observar algumas evidências concretas da infiltração maçônica nos mais altos níveis da Igreja, e talvez agora no trono papal.


Mas sempre existem exceções! Nas mensagens da Virgem Maria o Papa João Paulo II sempre foi apoiado, e era denominado o "Papa escolhido por Deus". Nossa Senhora o chamava de "Meu Papa" e "Papa da Minha Luz", e pedia que todos os sacerdotes o apoiassem e o defendessem.



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Nossa Senhora revela: "O Papa João Paulo II é o Papa do fim dos tempos. Sua Fé é forte e resoluta, pois o Espírito Santo guia suas palavras. Ele é a autoridade do Meu Filho na Terra e guia Sua Igreja no caminho certo. Alguns hesitaram em reconhecê-lo como tal autoridade, já que preferiam seguir seus próprios planos, os quais nem sempre estão em conformidade com os ensinamentos da Igreja".


"Eu vos digo, Meu Papa segue os desígnios de Deus e vós deveríeis ouvi-lo e seguir suas palavras. Muitos desejam mudar as tradições da Igreja, mas não ouçam aos que acreditam apenas em mudar. Minhas palavras não devem ser mudadas ou mal interpretadas. Deixem-me ajudá-los em vosso caminho para o Céu e não deem ouvidos aos falsos testemunhos de hoje em dia".


Nossa Senhora alertou sobre a tentativa de assassinar Paulo II: "Como já vos avisei, lúcifer tentará remover vosso Pontífice para que o Trono de Pedro fique vago. Então a confusão se instalará, e sem as vossas preces e atos de penitência virá o fim. A menos que rezeis por seu Papa João Paulo II, ele será removido de dentre vós, e se isto acontecer horríveis sacrilégios serão cometidos na cidade de Roma e nas paróquias em todo o mundo. Se o Papa for removido a Igreja se dividirá, mas se formos unidos venceremos, porém divididos pereceremos."

O Papado de João Paulo II foi um obstáculo à eleição do anti-papa, e lúcifer queria removê-lo do Trono Papal antes que o anticristo fosse revelado!


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A maçonaria enfraquece qualquer religião. Inúmeros Papas falaram e escreveram sobre os grandes males desta organização secreta e infiltrada. A maçonaria já está dentro da Igreja ou, como disse o Papa Paulo VI, "a fumaça de satanás entrou na Igreja."

Encíclica do Papa Leão XIII sobre a maçonaria: "Se forem necessárias outras provas, este fato já foi suficientemente comprovado pelo testemunho de homens bem informados, alguns dos quais o fizeram antigamente e outros em tempos recentes, declarando ser verdade que os maçons desejam especialmente atacar a Igreja com imensa hostilidade e que jamais descansarão até que destruam tudo que os Sumos Pontífices estabeleceram em favor da religião. Se os que forem admitidos como membros na maçonaria não forem comandados a renegar, de qualquer forma, as palavras da doutrina Católica, esta omissão, tão distante dos desígnios da maçonaria, será mais útil a seus propósitos".

"Primeiro, desta forma eles facilmente enganarão os simples e induzirão um maior número de pessoas a se tornarem membros. Como todos que se oferecem são recebidos qualquer que seja sua religião, eles assim ensinam o maior erro destes tempos, que o apreço pela religião deve ser visto como indiferente, e que todas as religiões são iguais. Este modo de pensar é calculado para arruinar todas as formas de religião, especialmente a Católica, a qual, por ser a única verdadeira, não pode ser vista como igual a qualquer outra religião", finaliza o texto.

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Anne Catherine Emmerich (1774-1824), uma freira alemã, teve inúmeras visões sobre a futura crise da Igreja e a infiltração dos maçons. Nestas visões, ela descreve homens em aventais destruindo a Igreja com pás. Os maçons usam aventais e seu símbolo também é uma pá:

"Eu vi a catedral de São Pedro. Uma enorme multidão de homens tentava derrubá-la enquanto outros constantemente a reconstruíam. Linhas conectavam estes homens a outros através do mundo. Fiquei impressionada com seu perfeito entendimento. Os demolidores, principalmente apóstatas e membros de diferentes seitas, quebravam enormes pedaços e trabalhavam de acordo com regras e instruções. Vestiam aventais brancos atados com fitas azuis e com bolsos, e na cintura carregavam pás".

"As roupas dos outros eram variadas. Havia entre os demolidores homens distintos usando uniformes e cruzes. Eles mesmos não trabalhavam, mas marcavam nas paredes, com uma pá, onde e como elas deveriam ser derrubadas. Para meu horror, vi sacerdotes católicos entre estes homens. Quando um trabalhador não sabia como prosseguir, eles procuravam uma determinada pessoa em seu grupo". 


"Este indivíduo parecia um líder e possuía um grande livro que parecia conter a planta da construção e o modo de destruí-la. Eles marcavam exatamente com uma pá as partes que deveriam ser atacadas, e elas logo ruíam. Trabalhavam calma e confiantemente, mas também de modo sorrateiro e furtivo. Vi o Papa rezando, cercado de falsos amigos que muitas vezes faziam o oposto do ele mandava", afirma a irmã Catherine.









14 abril 2013

A CRISTANDADE E A MAÇONARIA - CHRISTIANITY AND FREEMASONRY


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As origens dos maçons, ou o que é chamado oficialmente de maçonaria, são difíceis de rastrear. Com o declínio e no rescaldo do movimento protestante, as lojas maçônicas começaram a aceitar os não-maçons como membros para reforçar a visível diminuição de seu contingente.

Foi desta forma que os não-maçons, em desvantagem numérica quanto aos maçons membros, ampliaram a influência da maçonaria, desde que transformaram suas corporações particulares em locais de discussão, mas mantendo e observando os sinais secretos — símbolos e gestuais — das Lojas maçônicas originais. Assim, em 1717 na cidade de Londres, quatro Lojas fundiram-se para formar uma grande Loja maçônica.

Os primeiros manuais que norteavam a maçonaria definiam a organização como um sistema peculiar de moralidade baseado na alegoria e ilustrado por símbolos, assim como uma ciência envolvida na busca da verdade divina.

Atualmente a maçonaria define-se como uma atividade de homens intimamente unidos que, empregando formas simbólicas emprestadas principalmente do comércio e de outras atividades, buscam uma união universal da humanidade que pretendem expor em pequena escala. [sic]

Em 1793, James Anderson, ministro presbiteriano escocês, escreveu o "Livro das Constituições", no qual descrevia uma hipotética história da saga maçônica — onde os maçons asseguravam que "o grande arquiteto" fundara a maçonaria, e que esta teria como patronos Adão e os patriarcas bíblicos.

Os maçons deliberadamente agregaram as tradições e cultos dos druidas, mithars, sacerdotes egípcios e rosacruzes, entre outros, para tecer com labilidade sua duvidosa história. Além disso, consideram-se os construtores da Arca de Noé, da torre de Babel, das pirâmides do Egito e do Templo de Salomão em Jerusalém

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A Igreja Católica tem reservas quanto à maçonaria, desde que esta é um tipo de religião proclamada — a prática da maçonaria inclui templos, altares, um código moral, serviços de culto, paramentos, dias festivos, hierarquia na liderança, ritos de iniciação e promessas de eterna recompensa ou castigo.

Nas Américas, a grande maioria dos maçons transveste-se de cristãos, exibindo uma bíblia no seu altar, mas todas as Lojas admitem judeus, muçulmanos, hindus e todas as religiões não-cristãs em suas fileiras — todos podem usar suas próprias escrituras, leis ou credos nesta babel religiosa.

Em 1877, a Loja do Grande Oriente situada em Paris, França, eliminou qualquer necessidade de seus membros acreditarem em Deus, prática adotada pela maçonaria mundial e suas hostes. Este tipo de ateu maçônico espalhou-se sobretudo nos países da América Latina, principalmente no Brasil.

Assim, os novos rituais criados apresentavam uma corruptela do cristianismo, onde a cruz seria um símbolo da natureza  e não do sacrifício de Cristo, e a sigla INRI — Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum (Jesus de Nazaré Rei dos judeus) — representaria a sentença: Igne Natura Renovatur Integra (o fogo da natureza rejuvenesce todos), claramente uma alegoria ao paganismo.

Os rituais maçons tornaram-se hostis à religião cristã, pois durante o rito de iniciação o candidato expressava seu desejo de buscar a iluminação de outras fontes, e viver ou morrer de acordo com os princípios maçônicos. O uso do nome de Deus, Jesus, foi proibido em todas as Lojas maçônicas!

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Os dois tradicionais inimigos da maçonaria são a realeza e o clero. Quando um maçom atinge o trigésimo grau na hierarquia (Kadosh), ele esmaga com o pé as réplicas da tiara papal e da coroa real britânica, clamando por uma humanidade livre da escravidão do despotismo e da tirania espiritual.

O candidato à maçonaria fará um juramento de manter seus segredos sob pena de morte ou automutilação (?), ajoelhando-se com os olhos vendados em frente ao altar com as mãos espalmadas sobre o volume da lei maçônica, com o esquadro e o compasso, repetindo suas falas após ouvi-las do "venerável mestre". O candidato nem sequer imagina quais "segredos" estará guardando!

Em 1981, a maçonaria americana comprovou sua natureza anticristã quando seu líder Albert Pike chamou o Papa de inimigo mortal e traiçoeiro: "O papado foi durante mil anos o torturador e a maldição da humanidade, a impostura mais descarada de pretensão ao poder espiritual em todas as épocas". 

Em 1877, na França, e 1910 em Portugal, os maçons tomaram o controle dos governos por algum tempo, e promulgaram leis para restringir as atividades da Igreja Católica, particularmente banindo a educação cristã. Atualmente, na América Latina, os maçons têm manifestado um forte sentimento anti-clerical e anticristão.

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Desde o "Decreto In Eminenti" de 1738 — autoria do Papa Clemente XII — os Católicos estão proibidos de unirem-se às Lojas maçônicas sob pena de excomunhão. Os cristãos ortodoxos e todas as denominações protestantes também proibiram qualquer associação à maçonaria.

A grande polêmica ocorreu em 1974, quando uma carta do Cardeal Franjo Seper da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, foi interpretada como uma permissão para os Católicos associarem-se à maçonaria. Demorou sete anos para que a congregação do Cardeal declarasse que a interpretação da carta pelos fiéis foi equivocada!

Em 26 de novembro de 1983, o Papa João Paulo II reiterou aquela proibição aos Cristãos: "A posição da Igreja sobre a associação à maçonaria permanece inalterada, uma vez que os princípios maçônicos foram considerados irreconciliáveis com a doutrina da Igreja. Os matriculados nas associações maçônicas estão cometendo um pecado grave e não mais poderão participar da Sagrada Comunhão".

No entanto, nem esta declaração e muito menos o Código de Direito Canônico, reforçaram se a validade da pena de excomunhão ainda vigorava para os cristãos pertencentes às lojas maçônicas. Mas desde que estas pretendem destronar Jesus Cristo, será passível de excomunhão aquele que unir-se à maçonaria!

O Novo Testamento define claramente que Jesus é o verdadeiro Deus. Através da leitura de Colossenses podemos conhecer que a plenitude da divindade habitou no corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim como em Timóteo, onde lemos que Deus foi manifestado na carne. São João escreveu: "No princípio era o Verbo, e estava com Deus, e o Verbo era Deus. O Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória como do Único gerado do Pai".

Jesus professou: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eis que venho em breve, e retribuirei a cada um de acordo com o que fez. A quem tiver sede, darei de beber da fonte, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas. Fora ficam os cães, os que praticam feitiçaria, os que cometem imoralidades, os assassinos, os idólatras e todos os que praticam a mentira. Eu, Jesus, enviei o meu anjo para dar a vocês este testemunho concernente às Igrejas. O vencedor herdará tudo, e eu serei seu Deus e ele será meu filho".










18 março 2013

PAPA SÃO PIO X - O PAPA, O SANTO, A SUA HISTÓRIA - POPE SAINT PIO X - THE POPE, THE HOLY, HIS STORY

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Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral.

A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".

Giuseppe Melchiorre Sarto, o Papa São Pio X (1903 a 1914), nasceu em 2 de junho de 1835 em uma pequena casa na aldeia de Riese, na província de Treviso, Itália, perto de Veneza. Seu pai, Giovanni Battista Sarto (1792–1852), um carteiro e sapateiro de profissão, morreu em 1852 quando Giuseppe era muito jovem.

Sua mãe, Margaritta Sanson Sarto (1813–1894), teve que cuidar da familia composta por quatro irmãos e seis irmãs, conseguindo suporte financeiro através dos seus talentos na costura. Giuseppe aprendeu sobre a Fé Cristã com a sua mãe, em uma idade precoce, e também nas aulas do padre Don Tito Fusaroni.

Embora pobres, seus pais valorizavam a educação, e Giuseppe caminhava seis quilômetros todo dia para chegar à escola. Ainda jovem, Giuseppe estudou latim com o padre da aldeia, e com o tempo, as sementes de uma vocação sacerdotal floresceram. Logo depois entrou no seminário de Pádua, na freguesia do Santo padroeiro da aldeia, Santo Antonio de Pádua, onde terminou com distinção seus estudos clássicos, filosóficos e teológicos.

Frequentando a escola paroquial, a inteligência e o caráter moral de Giuseppe logo despertaram a atenção do reitor, que arranjou uma bolsa para o rapaz no ensino médio, em Castelfranco Veneto, uma cidade maior a 2 km de Riese. Depois de concluir o curso de instrução em Castelfranco, Giuseppe deu a conhecer que sentia a chamada para o sacerdócio, mas tinha considerado que os meios para alcançar esse fim estavam fora do seu alcance, devido às dificuldades financeiras da sua família.

No entanto, seus pais viram que a vontade de Deus estava na vocação do seu filho, e fizeram tudo em seu poder para ajudá-lo. Então, o reitor veio novamente em seu auxílio conseguindo outra bolsa de estudos no seminário de Pádua.


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Em novembro de 1850, o jovem Giuseppe chegou a Pádua e imediatamente foram retomados os estudos no seminário. As mesmas qualificações elevadas, de intelecto e espírito, despontariam adiante em seu trabalho como Bispo e futuramente no seu pontificado.


Em 18 de setembro de 1858, com 23 anos de idade, na época das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, Sarto foi ordenado sacerdote e tornou-se capelão em Tombolo, recebendo o Sacramento da Ordem. Sua primeira missão pastoral em Tombolo foi iniciar uma escola noturna para todos os adultos, ensinando o catecismo.


Após sua aplicação exemplar neste empreendimento, seu Bispo o designou como Vigário paroquial em Salzano e, em seguida, enviou-o para a Diocese de Treviso, onde ele estudou direito canônico e as obras de São Tomás de Aquino, especificamente a "Summa Theologica". Desta forma, o padre Giuseppe Sarto, cristalizou definitivamente seu amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua luta pela salvação de almas. O padre Giuseppe trabalhou arduamente, e finalmente em 18 de setembro de 1858, foi ordenado Cardeal de Castelfranco.


Em 1867, foi nomeado Arcipreste de Salzano, onde restaurou a Igreja e ampliou o hospital, com fundos provenientes do seu próprio trabalho. Tornou-se popular com o povo quando trabalhava para ajudar os doentes durante a peste de cólera que varreu o norte da Itália no início dos anos 1870. Ele foi nomeado Cônego da Catedral e Chanceler da Diocese de Treviso e também manteve escritório como diretor espiritual, reitor do seminário de Treviso e examinador do clero.


Como Chanceler tornou possível que alunos das escolas públicas recebessem instrução religiosa. Muitas vezes ele lutou pela resolução dos problemas para conseguir trazer o ensino religioso para a juventude rural e urbana, que não tinha a oportunidade de frequentar escolas Católicas.


Em 1878, após a morte do Bispo Zanelli, foi nomeado Vigário da Diocese. Depois de 1880, Sarto ensinou Teologia Dogmática e Teologia moral no seminário de Treviso. Em 10 de novembro de 1884, o Papa Leão XIII elegeria Giuseppe Sarto como Monsenhor e Bispo de Mântua, em uma diocese em completo tumulto. Ele acalmou os espíritos da insurreição e da baixa moral, continuando o seu compromisso e prioridade para com os pobres e as crianças.



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Rejeitou o luxo da mansão do Bispo e conduziu-se como um humilde pároco. Devido ao devoto e sincero cuidado com seus fiéis em Mântua e sua profunda espiritualidade, Leão XIII elevou-o a Cardeal Patriarca de Veneza em 1893. Durante um ano e meio o Cardeal Sarto teve que esperar a nomeação por causa da oposição do governo italiano, que exigia os mesmos privilégios exercidos pelo imperador da Áustria.


Apesar da crise política entre a Igreja e o governo, ele passou o tempo de espera em oração e preparação. Muitos acreditam que o Papa Leão XIII, que teve numerosas visões e recebeu mensagens celestiais, soube em seu coração e alma que Giuseppe eventualmente iria sucedê-lo como Papa. Dez anos mais tarde isso se tornaria uma realidade. Em 20 de julho de 1903, com a morte de Leão XIII, o colégio dos Cardeais foi convocado para eleger um novo Papa.


Para muitos Cardeais presentes, foi a primeira vez que um Papa não foi selecionado no primeiro escrutínio, pois os votos foram para o Cardeal Rampolla, mas o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph ou Francisco José (1848–1916), vetou a sua nomeação. Veto este que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Império Sacro Romano. Havia na época o privilégio de certas nações Católicas poderem vetar a eleição de um Papa. Isto marcou a última vez que um veto seria exercido por um monarca Católico no processo do conclave.


Novamente foi convocado o conclave que, guiado pelo Espírito Santo, duas semanas mais tarde elegeu o Cardeal Giuseppe Sarto para o mais alto cargo da Santa Igreja Católica, em 4 de agosto de 1903. O Papa Pio X recebeu 55 de um total de 60 votos. Embora a todos agradasse sua nomeação, o Cardeal Giuseppe Sarto, num ato de verdadeira humildade, inicialmente recusou. Ele também estava profundamente triste com o abuso de poder do veto governamental, e pela união entre o governo e a Igreja, prática adotada na época do imperador e papa Constantino.



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Antes de se tornar o 257º Papa desde São Pedro, ele entrou em solidão e, depois de oração profunda e da insistência de seus companheiros Cardeais, percebeu que era a vontade de Deus. Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja. E este simples pároco, Giuseppe Sarto, levou a Igreja de Cristo ao alvorecer do século XX.

Assim, em 9 de agosto de 1903, em sua coroação na Basílica de São Pedro, ele escolheu o nome "Pio", em homenagem ao Papa Pius IX, que havia inspirado sua vida sacerdotal. Logo após ser elevado à cadeira de Pedro, o Papa Pio X definiu a sua agenda, anunciando ao mundo, como seu ideal, o lema: "Restaurar todas as coisas em Cristo". O principal meio de alcançar esta restauração, segundo Pio X, seria através do Clero.

Durante seu reinado o Papa exortou os Bispos a reorganizarem os seminários e obter a melhor formação possível para estes homens, para poder incutir na população o conhecimento de Deus. O novo Pontífice publicou uma Encíclica, "Exortação para o clero Católico," na qual salientou que somente através de um clero treinado e disciplinado poderia ser realizado um programa de retorno a Cristo.

O ensino religioso dos jovens e idosos se tornou o segundo mais importante meio para a restauração Cristã, e em sua Encíclica "Acerbo Nimis", sobre o ensino da doutrina Cristã, o Papa Pio X firmemente declarou sua posição. Os males do mundo foram rastreáveis como um desconhecimento de Deus. Ele disse ser necessário que os sacerdotes disponibilizassem as verdades eternas para todos, em uma linguagem acessível.

Sempre um exemplo, ele próprio deu a instrução de domingo para a população, em um dos pátios do Vaticano. No entanto, nenhuma reforma de Pio X foi mais elogiada do que os decretos sobre a Sagrada Comunhão. São Pio X é frequentemente chamado de "Papa da Eucaristia". Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias.

Revisou o Breviário e preparou o Catecismo. Estes decretos, emitidos a partir de 1905 até 1910, permitiram a recepção da primeira comunhão em uma idade mais adiantada do que tinha sido anteriormente exigido, incentivando a recepção frequente da Santa Eucaristia por todos os Católicos e "relaxando" o jejum para os doentes.

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A seu respeito, disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado:

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tentasse dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

A grande batalha do Papa Pio X foi a luta contra o modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como a síntese de todas as heresias: "Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus indignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo conduzirá ao totalitarismo, e só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado. A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas, ou seja, o laicismo, a máxima expressão do idealismo e do racionalismo".

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Profundamente entristecido pela falta de amor e desprezo pelos valores humanos em todo o mundo, São Pio X morreu menos de dois meses após a eclosão da I Guerra Mundial. Muitos acreditam que faleceu "de um coração partido". Foi velado na Basílica de São Pedro, em um esquife papal em 20 de agosto de 1914.

Os sinos ecoaram em luto em todo o mundo, e milhões prestaram seu respeito a este amado Pontífice de 79 anos, que tinha cumprido as bem-aventuranças. Sua última vontade e testamento foram lidos logo após sua morte, e suas palavras simbolizavam sucintamente tudo o que o Papa Pio X acreditava representar: "Eu nasci pobre, vivi na pobreza, quero morrer pobre". Ele verdadeiramente exemplificou tudo o que Cristo pediu nas bem-aventuranças de seu Vigário na Terra.

São Pio X foi amado por centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, juntamente com milhões em todo o mundo. Após ser enterrado no Vaticano, não demorou muito para o povo clamar por sua canonização. Mas somente em 1951 foi beatificado e posteriormente canonizado, em 3 de setembro de 1954, pelo Papa Pio XII.

Como a Santa Bernadette Soubirous, de Lourdes, que nasceu nove anos depois de São Pio X e faleceu antes dele, o corpo de São Pio X permanece incorrupto ainda hoje. É uma homenagem à sua Santidade e ao fato de que ele era verdadeiramente a "rocha" para a Igreja no início deste século, promovendo um profundo amor, respeito e anseio por Jesus no Santíssimo Sacramento.

Atribuem-se a São Pio X vários milagres ainda em vida e depois da sua morte. Relatam que pessoas doentes que tiveram contato com ele se curaram, e este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Assim, devemos intuir que podemos seguir o exemplo e obedecer a este Santo Pontífice, cujo corpo incorruptível demonstra a sua Santidade, e seus feitos na Terra uma inspiração Divina. Desta forma, todo Cristão deve rejeitar o que está sendo atualmente promovido pela Igreja, baseado no Concílio Vaticano II que, decididamente, não foi Católico, pois contrariou os ensinamentos de Jesus e as tradições da Igreja primitiva e dos primeiros Cristãos.

Estas verdades únicas foram reafirmadas pelo Papa São Pio X, um simples sacerdote, cujo amor sem fronteiras cumpriu o seu ideal de "restaurar todas as coisas em Cristo".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU