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01 novembro 2013

EM BUSCA DA ETERNIDADE - THE SEARCH FOR ETERNITY


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Em todo processo físico há uma sequência de estados. Um estado precedente é uma causa para outro estado que é seu efeito, e há sempre uma lei física que descreva esse processo. Mas o que existia antes do átomo primordial? Estas questões, sem respostas pela física, encontram um ponto final na religião, ou seja, encontram Deus.

A vida eterna é conquistada através do conhecimento de Deus e está contida em Seu Filho. Obtemos este privilégio simplesmente ao acreditar na Salvação que Deus ofereceu a todos através da Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Na teologia, um novo paradigma mostra que o processo de Salvação é a grande verdade da manifestação de Deus e que esta revelação é intrinsecamente dinâmica. Acreditava-se que os relatos dos "iluminados" do passado eram objetivos, isto é, independentes da pessoa que os experienciava e do processo de conhecimento adquirido.

Hoje percebe-se que a reflexão sobre os modos não-conceituais de conhecimento deve ser incluída explicitamente no discurso teológico, havendo uma concordância crescente de que o modo de conhecimento não-conceitual constitui parte integrante e essencial da teologia.

Jesus nos trouxe as implicações da percepção mística em termos do que esperar do Reino de Deus, isto é, o poder Salvador de Deus na história. Mas seus seguidores nos ensinam a história de Jesus, quando, na verdade, deveriam nos transmitir os ensinamentos de Jesus.

O poder Salvador de Deus é experimentado na experiência religiosa, a experiência de pertencer sem limites, que vivenciamos em nossos "momentos do Reino" e que nos liberta da insanidade do mundo em que vivemos.

A doutrina Católica reconhece que a natureza humana está profundamente doente e que merecemos, por isso, a necessidade da Salvação. Desde o princípio, alguma coisa está fora de ordem e errada com a nossa existência, tanto que as tradições religiosas partem do reconhecimento de que estamos perdidos e temos de encontrar o caminho de volta para "casa".

Por isso, estamos "desterrados neste vale de lágrimas", e todos cremos nesta condição, mas os homens não questionam pois a nossa sociedade é confusa e insana.

BUSCA-DA-ETERNIDADE

Na vida eterna vamos ter uma relação muito mais íntima com a natureza do que temos agora, vamos encontrar o segredo da vida que no presente nos encara como estranhos no paraíso. Tocaremos o segredo interno da beleza que vemos na natureza!


A eternidade é um conceito difícil de se entender, pois o tempo não significa para Deus a mesma coisa que representa para nós. Deus criou o tempo mas existe fora dele, e já existia antes do tempo, no passado eterno. Temos uma perspectiva muito estreita pois o nosso tempo na Terra é breve e os dias são como uma sombra que passa. No Céu teremos uma perspectiva muito mais ampla e nada parecida com a vida atual.


Mas como nasce da percepção da eternidade a religião que vemos ao nosso redor? Quando ocorre uma experiência que nos comove profundamente e que percebemos ter relação com a existência, forçosamente refletimos sobre ela. Assim surge a teologia, que é o esforço para compreender o significado da experiência e da sua implicação em face à religião.


Essa compreensão é que nos traz a experiência religiosa de pertencer àquilo de que pensávamos ser apenas parte. A raiz do termo religião é ligação, ou religação, e a de teologia, ou estudo sobre as coisas de Deus, é theos, Deus. Isso nos traz a referência do nosso pertencer, a única realidade à qual pertencemos e que pertence intimamente a nós.


Fomos colocados no jardim do Éden para o cultivar e guardar, e esta é a nossa responsabilidade. Somos responsáveis por esse jardim, portanto devemos administrá-lo e não dominá-lo e explorá-lo de modo destrutivo como temos feito. Os homens, para cultivá-lo, parecem estar do lado de fora do jardim, mas essa visão de separação equivale à Queda que afastou o jardineiro do jardim.


Antes da Queda, o jardineiro não sabia que estava nu! Essa ideia de nudez nada tem que ver com sexualidade, pois é a experiência da separação, a condição em que todos nos encontramos, alienados e sem percepção do cosmos.

JESUS-CHRIST-SON-GOD

A vida eterna significa escapar do poder da morte, assim como Deus trouxe Jesus de volta à Vida. Da mesma forma, a morte não será o fim da história para nós. "Porque o salário do pecado é a morte mas a dádiva de Deus é a Vida Eterna em Cristo Jesus Nosso Senhor".


A vida eterna também se refere à qualidade de vida, pois Jesus disse: "Eu vim para que tenham Vida, e a tenham em abundância". Isto é, a vida eterna não é apenas algo que começa depois da morte, mas inicia-se e consagra-se desde a Terra até o Céu.


Na teologia acreditava-se que, para a compreensão da verdade inerente às revelações, deveria-lhe ser acrescentada a soma total dos dogmas. Hoje, a relação entre as partes e o todo está invertida. Muda-se de Deus como revelador da Verdade para a realidade como auto-revelação da divindade, ou seja, Deus revela-se em todos os aspectos do Universo.


Esta Revelação é um processo ininterrupto, não constituído de um bloco único como se presumia, e os dogmas focalizam as experiências pessoais inexprimíveis da manifestação de Deus entre os homens.


A Fé é um tipo de auto-entrega a Deus que se revela, e revela o verdadeiro eu, que é parte de Deus. Esta é a sequência lógica: experiência, revelação, resposta e Fé. Após, vem a reflexão sobre o experimentado, que resulta no entendimento teológico necessário para relembrar aquela experiência com a Verdade e poder comunicá-la aos demais.


Mas tal comunicação é dificultada por inúmeras razões, porque somente em parte ou por metáforas pode ser transmitida. Assim, esta revelação é a base da Fé Cristã. A teologia é o resultado da exploração intelectual daquilo que se entendeu acerca da experiência revelada.


SEARCH-FOR-ETERNITY

A Vida Eterna é a própria Vida de Deus vivendo em nós. É o tipo de vida que resulta da estreita relação amorosa com o nosso Pai celestial e Seu Filho Jesus Cristo. É beneficiadora da paz, alegria, segurança, conforto, força e esperança. É a vida interminável com Deus, a vida no Céu depois da morte, mas também é a vida abundante aqui na Terra.
 
É o tipo de vida que todos nós realmente queremos e que nunca poderíamos alcançar, mas que Deus nos dá de graça quando finalmente admitimos o quanto precisamos da Sua ajuda.

Esta dádiva se inicia no momento em que cremos nos Mistérios da Fé. Esta é a origem da vida eterna para o Cristão, a partir da presença de Deus conosco em todos os momentos, para nos guiar, orientar e ajudar-nos a viver de acordo com as novas normas e princípios encontrados em Sua Palavra.

Nossa insatisfação com o tempo, a propósito, é uma poderosa evidência de que somos feitos para a eternidade. Não há nada mais natural e onipresente neste mundo do que tempo. Não só os nossos corpos, mas também nossas almas, estão imersos no tempo.

Esta nova existência vai se estender além do tempo conceitual e seremos transformados em seres imortais e incorruptíveis. Maior do que isso será a expectativa de sermos parecidos, em espírito, com Jesus. Este é um conceito inimaginável e único, mas que nos é oferecido pela Palavra de Deus.

Agora somos filhos de Deus, e o que seremos ainda não se manifestou. Mas sabemos que, quando se manifestar, seremos semelhantes a Ele, pois O veremos como Ele é. Todo aquele que tem esta esperança purifica-se, assim como Ele é puro.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





04 outubro 2013

O INFERNO, ESTÁ VINDO POR VOCÊ? - HELL, IS IT COMING FOR YOU?

INFERNO

A palavra latina "infernus" significa o que está abaixo ou nas regiões subterrâneas. Na mitologia grega, "hades" é um deus dos mortos que reina no mundo inferior. Na crença judaica, "sheol" é o local de tormento para os espíritos dos mortos.

Em 200 a.C., o termo "hades" foi substituido pela palavra "sheol" durante a tradução das Escrituras em hebraico para o grego antigo. Na mitologia nórdica, "hel" é uma deusa desfavorecida do submundo e também o local de punição dos criminosos. Do termo "hel" deriva a palavra anglo-saxônica "hell", inferno na língua portuguesa.

O Novo Testamento utiliza o termo "Gehenna" para designar o inferno. Gehenna é uma derivação do termo em hebraico Ge-Ben-Hinom que significa "Vale dos filhos de Hinom". Neste vale descartavam-se os cadáveres de pessoas indignas, os restos de animais e toda espécie de imundícies e lixo. O Vale de Hinom também foi notório em épocas passadas como o local do terrível culto ao demônio Moloch.

Nesta época, o vale foi invadido pelo exército de Josias e os idolatras massacrados. Sua idolatria e culto foram amaldiçoados por Jeremias nas Escrituras. Considerado como um local abominável pelos hebreus, o Vale de Hinom foi estigmatizado como a morada dos condenados. Jesus Cristo também utilizou o termo "Gehenna" para designar o inferno Cristão.

HELL

As Escrituras descrevem o inferno como um abismo para o qual os ímpios devem descender e indicam que está localizado no interior do planeta Terra: "No inferno, os condenados estarão completamente afastados de Deus, longe do Céu e da Sua Luz, presos nos abismos tenebrosos da Terra".

A presença do elemento químico enxofre, tradicional nas alusões ao inferno, assim como o fogo contínuo das profundezas abissais relatados tanto pelos evangelistas Cristãos como em outras religiões, mitos e lendas, leva-nos a intuir que a localização do inferno encontra-se abaixo da crosta terrestre, em câmaras ignescentes, isto é, em imensos reservatórios subterrâneos de magma.

As almas são formas imateriais de seres humanos que migram para outra dimensão após a extinção do corpo físico. A alma preserva a memória, valores e a consciência do ser humano original. Habitando nesta nova dimensão do Universo, o Paraíso, as almas mantêm as mesmas relações familiares e sociais que estabeleceram na Terra, além de estarem "imersas" no esplendor e na Glória de Deus.

Aonde se localizará ou como parecerá esta supra-dimensão, o Paraíso, é o maior mistério da humanidade em todos os tempos. O que podemos especular é como as almas condenadas ao inferno cumprirão suas penas no interior do planeta Terra, padecendo no magma superaquecido a uma temperatura de 1500 graus centígrados.

INFERNO

Não há nenhuma razão convincente para se refutar a localização do inferno das Escrituras e aceitá-la como uma metáfora ou transposição literária. Os teólogos geralmente aceitam a opinião de que o inferno é realmente dentro do planeta Terra.

A existência do inferno é negada por todos intementes que negam a existência de Deus e a imortalidade da alma, como os antigos gnósticos saduceus, seleucianos e os materialistas atuais. Mas, além destes casos, se nos abstrairmos da eternidade das penas do inferno observamos que a sua existência nunca conheceu qualquer oposição digna de menção.

A existência do inferno é confirmada nas Escrituras por Jesus Cristo e pelos Apóstolos, que pressupõem este conhecimento. Se novamente abstrairmos a eternidade da punição, a existência do inferno pode ser demonstrada até mesmo pela luz da razão.

Em Sua santidade e justiça, bem como em Sua sabedoria, Deus deve punir a violação da ordem moral de tal modo que preserve a proporção entre a gravidade do pecado e a gravidade da punição. Além disso, se a humanidade não temesse nenhum tipo de punição após a morte, as ordens moral e social estariam seriamente ameaçadas.

HELL

Se não houvesse uma retribuição para o que ocorre aqui na Terra poderíamos pensar que Deus é indiferente. Também não se pode dizer que os ímpios serão punidos somente pela perda da rica recompensa do bem ou que eles vão apenas desfrutar de algum grau menor de felicidade, pois isto seria um subterfúgio arbitrário e não suportado por qualquer razão sólida.

Desta forma, a punição positiva seria uma recompensa para o mal. Se os homens achassem que seus pecados não seriam punidos, que sofreriam uma mera extinção temporal no momento da morte ou mesmo a perspectiva de um grau menor de beatitude, isto não seria suficiente para dissuadi-los de perpetrar o mal absoluto.

Observamos em todas as religiões a convicção de que os malfeitores serão castigados após a morte e esta expectativa universal é também uma prova adicional para a existência do inferno, porque é impossível que a sabedoria fundamental dos seres humanos sobre o seu destino final esteja errada.

O poder da razão humana seria essencialmente deficiente e a ordem deste mundo demasiadamente misteriosa, o que é inconcebível tanto para a natureza humana quanto para a sabedoria do Criador, se o inferno não existisse. A crença de todas as pessoas sempre foi que a retribuição eterna virá imediatamente após a morte.

INFERNO

As Escrituras são bastante explícitas quanto ao fogo do inferno ser eterno e inextinguível, e sobre o fato de que os tormentos dos condenados serão eternos assim como serão as alegrias do Céu. Devemos prestar atenção ao testemunho dos primeiros mártires Cristãos, que muitas vezes declararam estar contentes em sofrer dores de curta duração em vez dos tormentos eternos.

Deus estipulou o fim da vida humana como o termo da provação do ser humano, pois neste momento já não terá lugar nenhuma mudança essencial ou importante. Assim, a partir do estado anterior da união com o corpo, a alma dos justos se liberta e transfere-se para outra dimensão. Não se sabe se os condenados ao inferno terão a forma incorpórea ou se suas almas ficarão presas a um corpo degradado pelos tormentos.

Embora não se saiba exatamente quanto tempo o fogo do inferno vai queimar suas vítimas, Jesus deixou claro que a quantidade de sofrimento a ser suportado será proporcional à dureza do coração de cada pecador. Seria pura especulação quantificar esta duração, mas podemos ter a certeza de que o sofrimento e a angústia dos condenados será além da nossa capacidade descritiva.

Aprendemos a arte de amar porque Deus nos amou primeiro e nos ensinou como retribuir. Certamente as pessoas devem ter respeito e preocupação com o castigo advindo dos seus atos incorretos, mas só o amor, e não o medo, poderá motivá-las a realmente entregar seu coração a um Deus de amor.

INFERNO

Jesus afirmou que o fogo do inferno não teria um significado punitivo para os seres humanos normais, não foi reservado para nós, pois ele foi preparado para o diabo, seus anjos caídos e eventualmente para pessoas terrivelmente más.

No entanto, aqueles que se recusam a aceitar o grande sacrifício de Jesus por eles e escolhem seguir o grande inimigo das almas, satanás, deverão partilhar daquele destino: "Satanás e seus seguidores serão destruídos, a Terra será purificada e a aflição não se levantará pela segunda vez. Os pecadores serão condenados para sempre e separados de Deus, a fonte da Vida".

Há alguns anos o Papa João Paulo II despertou intensos debates teológicos ao afirmar que o inferno era mais do que um lugar físico. Descreveu-o como um estado de ausência de Deus para aqueles que livremente e, definitivamente, separaram-se da fonte de toda a Vida.

O inferno, afirmou o Papa João Paulo II, não é uma punição imposta externamente por Deus e a Bíblia usa uma linguagem simbólica quando se refere ao inferno e às chamas eternas. O inferno não é um local físico, mas um "estado de ser" quando uma pessoa sofre a privação de Deus, concluiu o Papa.

INFERNO

Por muito tempo o inferno tem sido uma ferramenta utilizada para persuadir os pecadores a se redimirem. Não podemos negar que algumas passagens das Escrituras afirmam claramente que o fogo do inferno vai queimar "para sempre". Mas nas Escrituras, o termo "para sempre" é muitas vezes utilizado em conjunto com um evento que já ocorreu.

Mais de 50 vezes a Bíblia usa coloquialmente a expressão "para sempre", significando "pelo tempo que durar uma situação específica". Se Deus mantivesse pecadores penando num fogo eterno Ele falharia na Sua missão de livrar o mundo do pecado.

Não se pode imaginar uma nova Terra, como a prometida por Deus, onde por toda a eternidade poder-se-ia "ouvir" os gritos dos que sofrem no inferno, ou que, em algum canto do Universo, aqueles que amamos passam agonia por causa de pequenos erros cometidos durante uma vida relativamente curta na antiga Terra.

Ninguém poderia apreciar o Paraíso sabendo que talvez alguns dos seus entes queridos ou familiares estivessem sofrendo por toda a eternidade. Felizmente as Escrituras confirmam que a nova Terra será um lugar sem tristezas, dores ou penalizações.

INFERNO

Só mesmo os podres de espírito e desalmados, como os assassinos cruéis, os satanistas, os molestadores depravados e os comunistas intementes que odeiam a Deus, encontrarão o sofrimento eterno. Talvez nem seja um fogo eterno, mas sim uma existência na escuridão eterna.

Conseguem imaginar como seria viver durante uma eternidade no meio do nada, sem estímulos, sem luz, sem Deus, vagando para sempre num estado semicomatoso? Simplesmente terrível!

Para estes ainda resta um alerta, o vaticínio para quem traísse Jesus Cristo: "Pois o Filho do Homem irá, como foi escrito a Seu respeito. Mas ai daquele por quem o Filho do Homem será traído, porque melhor seria que não tivesse nascido".



23 julho 2013

PARÚSIA, O SEGUNDO ADVENTO - PAROUSIA, THE SECOND ADVENT

PARÚSIA-RETORNO-DE-JESUS

Parúsia é uma palavra derivada do grego antigo, que significa "presença, chegada, visita oficial", e na religião Cristã refere-se à Segunda Vinda de Cristo ou o Segundo Advento, representando a "Sua Vinda em Majestosa Glória". Quando o profeta João recebeu sua visão apocalíptica na ilha de Patmos, esta revelou-se na imagem do Filho do Homem transfigurado na luz da Glória de Deus. Da mesma forma, em sua visão, o profeta Zacarias contemplou a presença dominante de um homem montado num cavalo vermelho, interpretado como um Anjo do Senhor anunciando o advir de Jesus Cristo.

Mateus relatou este acontecimento futuro: "Porque como o relâmpago que sai do oriente e se mostra até o ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem. Pois como nos dias de Noé, comiam, bebiam e se casavam, até que veio o Dilúvio". A Parúsia de Jesus Cristo trará consigo a consumação desta era e um renascimento para a humanidade. A esperança da purgação do mal na Terra, durante este evento, sempre foi um dinamizador e motivador da Fé Cristã.

A Parúsia é considerada pelos fiéis como um dos maiores eventos da História da Cristandade, comparável à passagem de Jesus na Terra séculos atrás. Vivemos na antecipação de que Jesus retornará e trará Sua recompensa para aqueles que Lhe foram fiéis, o julgamento e o merecimento da Vida Eterna para os puros de espírito, com base nos atos e compromissos que foram exercidos durante nossas vidas.

Na Segunda Vinda de Jesus Cristo ocorrerá o encarceramento de satanás, a exclusão de todo o mal que permeia a humanidade e a instauração do Reino de Deus, beneficiando aqueles que amaram e serviram com retidão Nosso Senhor. Em seguida compartilharemos uma existência em que o pecado estará ausente e a Verdade absoluta será total e finalmente conhecida.

Assim, a Parúsia é o evento que gera grande expectativa em nossas vidas, não importando se ocorrerá este ano ou daqui a milhares de anos, porque sempre será um dos pontos culminantes da Fé Cristã.

PAROUSIA-THE RETURN-OF-JESUS

Muitos ateus, filósofos, ideólogos e outros "pensadores", arrogantemente renegam a Parúsia e a realidade do julgamento final por Jesus. Eles negam o Seu retorno e duvidam da veracidade da Palavra de Deus. Eles também negam a pregação dos apóstolos que foi repassada e gravada na Lei do Novo Testamento. E pior, muitos desses descrentes, que também existiam no passado, se consideram Cristãos.

Eles conhecem as Escrituras, mas negam a Palavra de Deus. Eles certamente tiveram tempo suficiente para conhecer os familiares ensinamentos de Jesus, e sabem, por exemplo, que Jesus assim aconselhou a seus seguidores: "Sempre que vos perseguirem numa cidade, fujam para outra, pois em verdade vos digo, não se deve terminar de percorrer todas as cidades até que o Filho do Homem retorne". Nós todos sabemos que Jesus afirmou que retornaria, e Seus discípulos disseram-nos quando aconteceria e quais seriam os sinais do fim dos tempos.

Jesus também afirmou: "Logo depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá e a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do firmamento e os poderes dos Céus serão abalados e, em seguida, o sinal do Filho do Homem aparecerá. Então todas as tribos da Terra se lamentarão, e eles verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens com grande poder e Glória. Estejam em alerta porque não se sabe em que dia voltará o vosso Senhor. Eu estou indo embora para a casa do Pai, e prepararei um lugar para vós, mas voltarei, e vos receberei, para que onde eu estiver estejais vós também".

Em Atos, o testemunho do Anjo do Senhor também confirmou: "Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos Céus, voltará da mesma forma quando o viram partir". Literalmente isto quer dizer que Jesus retornará com a mesma aparência que foi conhecida pelos humanos.

PARÚSIA-RETORNO-DE-JESUS

Não há mais dúvida de que Jesus afirmou que voltaria, e o fato é citado em vários capítulos do Evangelho. Os escritores do Novo Testamento acreditavam que Ele quis dizer exatamente o que afirmou, isto é, que retornaria para a Terra. Mas os atuais escarnecedores e zombadores continuam dizendo com sarcasmo: "Onde está Jesus, já não deveria estar voltando?" Esta é uma forma de negação gratuita dos ensinamentos de Jesus e dos relatos dos apóstolos, pois eles sabem muito bem que Jesus disse que retornaria.

O apóstolo Pedro predisse: "Basta saber que nos últimos dias virão os escarnecedores com os seus escárnios, e que segundo as suas próprias concupiscências dirão: Onde está o cumprimento da promessa do Seu retorno?" Na época da Igreja primitiva os fiéis contavam que Jesus voltaria em breve: "Você vai neste momento trazer o Seu Reino? Quando for embora qual será o sinal do Seu retorno? Ele será próximo?", perguntavam a Jesus, pois acreditavam que seria imediato, durante suas vidas.

Mas Pedro sabia que não ia ser em sua vida porque Jesus lhe dissera: "Pedro, em verdade vos digo, que quando eras mais moço você fez exatamente o que pretendera, mas quando envelhecer você estenderá as mãos". Esta pequena frase, "você estenderá as mãos", era usada pelos antigos Cristãos para descrever a crucificação. Jesus assim profetizou, e Pedro foi crucificado. Disse Jesus: "Pedro, alguém vai cingir e levar-te para onde não queres ir, e tu morrerás antes do meu retorno".

Assim, Pedro sabia que não viveria até a Segunda Vinda de Jesus. Sabia que não estaria presente quando Ele retornasse, porque assim fora informado. Estas palavras de Jesus para Pedro significaram que, com a sua morte, Pedro iria glorificar a Deus e santificar o seu espírito. Mas, Jesus disse a Pedro algo ainda mais notável! Pedro, tendo recebido a notícia da própria morte, entristeceu.

Então João, seu amigo e discípulo de Jesus, perguntou ao Senhor: "Bem, o que acontece com ele? O que tem ele?" Ao que Jesus respondeu: "Eu decidirei se ele viverá ou não até o meu retorno". Esta afirmação de Jesus demonstrou Sua divindade e poder para definir e inferir o destino da História humana.

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Os fiéis da Igreja primitiva acreditavam que Jesus iria retornar naquela época, e seus corações estavam cheios de expectativa e alegria. Quando lemos as Epístolas, que são as cartas ou lições dos apóstolos dirigidas às primeiras comunidades Cristãs, também sentimos uma certa expectativa. Como quando o apóstolo Paulo disse: "Nem todos dormiremos, porque logo nós todos seremos transformados. A trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e seremos transformados".

Tessalonicenses nos dá mais certeza: "Irmãos, não queremos que ignoreis coisa alguma a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros homens que não têm esperança. Se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, cremos também que Deus levará com Jesus os que Nele morreram. Por ocasião da vinda do Senhor, nós que estamos vivos não precederemos os mortos.

Quando for dado o sinal, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, o mesmo Senhor descerá do Céu e os que morreram em Cristo renascerão primeiro. Depois nós, os vivos, que estamos na Terra, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com Ele. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras".

Jesus também disse: "Creiam em Deus, creiam também em minha palavra. Na casa de meu Pai há muitas moradas, e se não fosse assim eu lhes teria dito. Vou preparar-lhes lugar, e quando eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam aonde eu estiver. Vocês conhecem o caminho para onde vou".

Desta forma, os primeiros Cristãos acreditavam que seria muito em breve. Eles tendiam a pensar que seria durante suas vidas. Mas Pedro alertou que não seria iminente: "Nos últimos dias, ainda virão os escarnecedores com os seus escárnios".

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Os escarnecedores com os seus escárnios! Uma forma muito clara para enfatizar o que eles farão. Eles tentarão atacar a realidade da volta de Jesus Cristo e desfazer os Seus termos e promessas. Os escarnecedores atuais não utilizam nenhum argumento intelectual, mas somente o infantil-emocional. Não aparecem com nenhum argumento lógico, mas adotam a simples intimidação, como que a nossa crença Cristã é tola e para mentes fracas. Isso ainda funciona para alguns! Estes se sentirão intimidados pela chamada "elite intelectual" e irão negar o retorno de Cristo.

Assim é como os zombadores modernos e os céticos tentam desmistificar a Parúsia, chamando-a de "um mito". Agora, vejam o truque comum da intimidação por sarcasmo, escárnio ou zombaria: "Você não é um daqueles fundamentalistas, ou um daqueles leitores da Bíblia, não é? Você não é um daqueles anti-intelectuais que vai levar tudo ao pé da letra, não é?"

Este é o tipo de intimidação que afeta basicamente pessoas emocionalmente instáveis, que estão socialmente envolvidas em algum contexto adverso ou que não tenham uma identidade moral. Então, eles continuam dizendo: "Ah! Eventos cataclísmicos não acontecem, eles simplesmente não acontecem. Coisas como a grande intervenção Divina e o Julgamento Final, não acontecem desde que os nossos ancestrais dormiram!"

O silogismo acima, provém do termo usado no Novo Testamento para cemitério, e origina-se de uma palavra grega que significa "lugar para dormir", que era o nome dado para os cemitérios pelos Cristãos antigos. Assim, desde quando as primeiras pessoas morreram, e os patriarcas morreram, afirmam os escarnecedores, "tudo continua exatamente como era desde o princípio da Criação".

Este é o único argumento filosófico-intelectual dessa gente, é o argumento da uniformidade ou da imutabilidade. Esta é a filosofia do pecador. E o que veio a partir dela foi a teoria da evolução.

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A teoria da evolução é baseada no atualismo, o estudo do passado em suas relações diretas com o presente, ou seja, a doutrina segundo a qual o mundo é regido por leis, o uniformitarianismo. Isto significa dizer que tudo se move inexoravelmente, exatamente no mesmo ritmo.

Não há Deus, não há mudança, não há julgamento, não há nada além e tudo fica exatamente como está. É a filosofia da constância que satanás inventou bem cedo, séculos atrás. A evolução é uniformizadora, assim como foram as idéias de Thomas Lyle, Darwin e Huxley.

Mas tudo isso veio de muito antes e foi bem relatado por Pedro: "Não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a Sua promessa ainda que alguns a tenham por tardia, mas Ele é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam senão que todos venham a arrepender-se.

Mas o dia do Senhor virá como o ladrão, de noite, e neste dia os Céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a Terra e as obras que nela há, se queimarão. Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardaremos novos Céus e nova Terra, em que habita a justiça. Por isso, aguardando estas coisas, procurai ser imaculados e irrepreensíveis.

Portanto, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente execrados e descaiais da vossa firmeza. Antes, crescei na Graça e conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada a Glória, agora, assim como no dia da vinda da eternidade".

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Atualmente, o "engano dos homens abomináveis" citado por Pedro, está pregando que a Parúsia é impossível, que Jesus nunca retornará, nunca haverá o julgamento cataclísmico, nunca haverá a intervenção de Deus, que não existem quaisquer catástrofes, que não há nenhum milagre e tudo é apenas um processo natural, a continuidade.

Eles negam a Criação em seis dias, ou milênios conforme o tempo de Deus, embora a Bíblia o afirme. Eles negam que o Sol se deteve, o que significa que a rotação da Terra parou, como relatado em Josué. Eles negam o relato em Reis, no qual a sombra do relógio de Sol moveu-se para trás. Eles negam que as águas do Mar Vermelho se separaram. Eles negam que Deus já entrou em cena para o Juízo Final.

Quanto mais o Senhor retarda Seu julgamento, mais seguros os escarnecedores se sentem na sua visão da história, e dizem: "O mundo é muito estável, um sistema fechado regido por leis fixas". Eles estão também dizendo: "Não acredito que as palavras das Escrituras sejam confiáveis". Os ateus se apoiam sofregamente nesta falsa confiança, na esperança de praticarem seus desvios morais sem medo.

Eles olham para o seu pequeno pedaço de tempo e tiram conclusões sobre toda a História da humanidade. De alguns anos imutáveis ​​eles concluem que nunca houve mudanças. É uma auto-ilusão e pequenos jogos mentais em prol da paixão carnal. A negação da Verdade das Escrituras e a teoria da evolução são ferramentas do mal, para acomodar a imoralidade dos pecadores que não virão a Deus. Mas isso será devastador para eles!

Se satanás pode levar as pessoas a acreditarem na evolução, pode também cortá-las do caminho do bem. E esta é a verdadeira razão para acreditarem no ateísmo, na evolução ou na teologia liberal, ou seja, tentar eliminar por puro medo e covardia a realidade da prestação de contas pelo julgamento de Deus.

As pessoas de má fé precisam negar que Deus julgará o pecado, pois pretendem libertar-se para pecar ao máximo. Eles querem ignorar a lei inexorável escrita em Romanos: "A ira de Deus se revela do Céu contra toda injustiça".

PAROUSIA-THE RETURN-OF-JESUS

Mas não se iludam em nenhum momento, pois essas pessoas desfilando como intelectuais não são intelectuais, são anões morais. Isto mostra-se mais claramente nos teoristas da evolução. Um evolucionista ​​e negador da Criação Divina, da intervenção e do julgamento de Deus, foi Aldous Huxley, irmão de Julian e neto de Thomas Huxley.

Aldous Huxley, em seu ensaio, "Confissões de um Ateu Professo", explica a sua razão para rejeitar a Deus: "Eu tinha motivos para não querer que o mundo tivesse significado, e consequentemente assumia que não tinha nenhum. Para mim, e sem dúvida para a maior parte dos meus contemporâneos, a filosofia do sem significado era essencialmente um instrumento de liberação.

A liberação que queríamos era a de um certo sistema de moralidade. Nós tínhamos objeções em relação à moralidade, porque interferia com a nossa liberdade sexual. Para mim, a filosofia da insignificância foi, essencialmente, um instrumento de libertação. O que eu desejava era simultaneamente a libertação de um determinado sistema político, econômico e uma libertação de um determinado sistema de moralidade".

Desta forma, podemos constatar que os evolucionistas e seus seguidores assumiram que não carregam nenhum senso de moralidade, e são capazes, sem qualquer dificuldade, de encontrar quaisquer razões espúrias para satisfazer suas suposições ateístas e a própria degradação pessoal. O indivíduo que não encontra nenhum sentido no mundo nunca compreenderá a dimensão da metafísica pura!

Ele só estará preocupado em provar que não há nenhuma razão válida para que, pessoalmente, não deva fazer exatamente o quer fazer, ou seja, ser um depravado social. A evolução não é filha da ciência e sim da libertação sexual. Não foi elaborada por pessoas com os reais valores morais, éticos e intelectuais, mas desenvolvida pelos que buscavam a falta de significado para a cultura e a moralidade.

Foi implementada por aqueles que perseguiam o comportamento indigno, sem julgamento, sem nenhuma responsabilidade e sem a presença de Deus, para que pudessem viver do jeito que eles queriam viver. A teoria da evolução baseou-se numa proposição pessoal, originada pela falta de "evolução" moral de seus compactuadores, e nunca apresentou uma abordagem científica ou intelectual.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



16 maio 2013

A RUPTURA DA TEOLOGIA - THEOLOGY'S RUPTURE

RUPTURA-DA-TEOLOGIA

Nos primeiros séculos do Cristianismo considerava-se que a teologia tinha de ser fruto de uma profunda convicção intelectual e, acima de tudo, de intensa experiência pessoal. Após a ruptura da experiência religiosa e do misticismo com a Igreja, seguiu-se o aparecimento do modelo escolástico de Tomás de Aquino. Assim, a teologia sofreu uma grande fragmentação.

A Igreja separou-se da teologia primitiva, seguindo por caminhos diferentes, originando a teologia dogmática e suas convenções, a teologia moral e a teologia ascética.

O resultado disso foi um distanciamento entre o teólogo, especializado no exame do pensamento Cristão, e o indivíduo já espiritualizado que estava tentando viver profundamente os ensinamentos de Jesus Cristo no seu cotidiano.

Por exemplo, o conceito de existência do limbo. O limbo foi a conclusão teológica de Santo Agostinho, que considerava o pecado original um pecado transmitido a cada indivíduo durante a concepção. Por isso, toda a humanidade era uma massa amaldiçoada.

As crianças que morressem sem Batismo não iriam para o Céu devido ao pecado original, mas também não poderiam ir para o inferno. Então, inventou-se o limbo, um estado intermediário que provocou tremenda tristeza aos pais cujos filhos morriam antes do Batismo.

A noção absurda do limbo insinuou-se na mentalidade Católica e nos textos teológicos, passando a ser considerada uma doutrina, quando na verdade era somente uma ideia sem fundamento.

Para Agostinho, até o ato sexual para conceber uma criança era pecaminoso, contrariando a palavra de Deus: "Crescei e multiplicai-vos". Essa visão prevaleceu devido à importância de Agostinho na teologia Católica.

THEOLOGY'S-RUPTURE

Desta forma, devemos pensar na questão da liberdade, pois a liberdade e a responsabilidade caminham juntas. A noção política de liberdade, do velho paradigma clássico, contrasta surpreendentemente com a noção de liberdade nos Evangelhos.


A política permite que se passe por cima dos outros, enquanto o Evangelho diz: "A si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de um servo", e João Batista acrescenta: "Ele deve crescer, enquanto que eu devo diminuir".


Também afirmou Jesus: "Aquele que quiser ser o maior, que se faça o menor". Num universo totalmente inter-relacionado, o crescimento de qualquer um implica no crescimento dos demais, e não ao contrário como o homem sempre fez.


Nós temos a capacidade e a liberdade de formar conceitos, mas não de os escolher e, conforme o modo como utilizamos essa capacidade, somos levados a conflitos pois nossos conceitos não vêm da fonte Divina. Esta só é alcançada na experiência espiritual.


Deus não está lá em cima e o Universo aqui em baixo. Assim, toda resposta às dúvidas que temos sobre Deus tem que ser encontrada na nossa própria experiência, dentro de nós, e não nas palavras de outrem.


A experiência de Deus está além do conhecimento, da imaginação, do raciocínio, do intelecto e do ego, e transcende todos os nossos conceitos, até mesmo o conceito da transcendência e tudo mais que se possa falar a respeito da mesma.


O silêncio e a reflexão é a postura adequada para vivenciarmos esta relação com o Criador. Para a Teologia, mesmo no velho paradigma, a Criação ainda é um processo em andamento, e se não fosse assim toda a existência entraria em colapso.


THEOLOGY'S-RUPTURE

A teologia utiliza modelos e metáforas para se aprofundar em um tema. As metáforas apontam para a verdade final, mas não são a verdade real. Tudo que é dito e pensado a respeito de Deus é por analogia. Há uma diferença infinita entre a realidade Divina e o que pensamos a Seu respeito.


Dizer que Deus criou os seres humanos à Sua imagem, como cita o Evangelho: "macho e fêmea Deus os fez", implica no fato de que a imagem de Deus é um par e não um indivíduo. No entanto, toda a hierarquia Católica consiste de homens. É injusto, na Igreja e na tradição Cristã, manter a mulher numa posição de inferioridade.


Jesus Cristo fez inimigos ao tratar as mulheres em igualdade aos homens, o que não era aceito na sociedade da época, o mesmo preconceito que ainda ocorre hoje em muitas sociedades e culturas.


Em que sentido achamos que somos criados à imagem de Deus se não sabemos como é a imagem de Deus! Se desejamos amar a Deus devemos nos voltar para o humano e para toda a Criação, pois tudo tem o "sopro" Divino. Mas o verdadeiro amor, assim como as verdadeiras virtudes, só alcançamos com a experiência religiosa.


Nas experiências religiosas sentimos que "tocamos" a Divindade, achamos até que o nosso verdadeiro eu é o próprio Deus. Isso é ser criado à imagem e à semelhança de Deus. Isso nos foi dado por Ele através da nossa própria existência, sendo uma realidade que podemos desvendar se nos dirigirmos às profundezas do nosso ser. Nossa vida tem como início e fim a "Vida" em Deus e no Reino de Deus é como terminará.




12 maio 2013

OS MÁRTIRES CRISTÃOS - CHRISTIAN MARTYRS


CHRISTIAN-MARTYRS

A palavra mártir, usada em todo o Novo Testamento, significa "testemunha". No entanto, à medida que o Império Romano tornava-se cada vez mais hostil em relação ao Cristianismo, as distinções entre testemunho e sofrimento tornaram-se turvas e finalmente inexistentes. Desta forma, no segundo século, a denominação "mártir" tornou-se o termo técnico para uma pessoa que havia morrido por Jesus Cristo.

A noção do martírio não se originou com a Igreja Cristã, mas foi inspirada pela resistência passiva dos judeus piedosos durante a revolta dos Macabeus, em 173-164 a.C. Antíoco IV, o rei tirânico do antigo Império Selêucida, iniciou sua revolução com uma variedade de atos bárbaros, inclusive proibindo aos judeus palestinos as suas práticas religiosas, e até a circuncisão.

Histórias de judeus estoicos, como a do escriba Eleazar, que escolheu a tortura e a morte em vez de violar a lei mosaica, ao ser obrigado a comer carne de porco, eram frequentes. Duzentos anos depois, na guerra judaica em 70 d.C., milhares de judeus-cristãos tornaram-se mártires pela sua Fé, em vez de capitular ao paganismo romano. Essa nobre tradição ajudou a moldar na Igreja a emergente Teologia do martírio. A Igreja entendeu o martírio como uma imitação da Vida de Jesus Cristo.

MARTIRES-CRISTAOS

Jesus foi o exemplo da não-violência em Seu próprio julgamento e execução, declarando que não revidaria às agressões sofridas porque o Seu Reino não era deste mundo. Estêvão, o primeiro mártir Cristão, teve uma morte semelhante à de Cristo, orando fervorosamente por seus algozes. Eusébio, o historiador da Igreja, chamado de "mártir perfeito", tornou-se o protótipo para todos os mártires que viriam em seguida.

A resposta não violenta do mártir para a tortura nunca foi igualada na sua passividade ou resignação. Para a Igreja primitiva o ato do martírio era uma batalha espiritual de proporções épicas contra os poderes do próprio inferno. Justino, por exemplo, escreveu uma apologética ao imperador Antonino alegando que sua punição aos Cristãos era por "instigação dos demônios".

A Igreja antiga entendeu o poder da força e do testemunho dos mártires. Eles seguiam o conselho de Jesus: "Sempre que você for preso e levado a julgamento, não se preocupe com antecedência sobre o que dizer. Basta dizer o que é dado no momento, pois não é você falando, mas o Espírito Santo".

Aqueles que confessavam sua Fé diante da perseguição foram vistos como se recebessem a palavra da Revelação, como os profetas do Antigo Testamento.


Por exemplo, Policarpo, o bispo de Esmirna martirizado em 155 d.C., viu seu leito pegando fogo, uma visão profética sobre o tipo de morte que ele sofreria. A Basileides, um dos primeiros professores religiosos de Alexandria, foi concedida a visão do Potamiaena martirizado, 205 d.C., que lhe informou profeticamente que logo teria o privilégio de morrer por Jesus Cristo. Em ambos os casos foram cumpridas as visões proféticas.

Porque eles estavam contra a apostasia, e porque possuíam os dons da profecia e visões, os mártires eram tidos em alta conta pela Igreja primitiva. De fato, sua autoridade espiritual rivalizava com a dos bispos. Saturus de Cartago teve uma visão na qual ele e Perpétua, ambos mártires, foram chamados para mediar uma disputa entre um bispo e seus presbíteros.

A Igreja primitiva também acreditava que os mártires eram intercessores de Deus. A Primeira Epístola de João alude ao poder da intercessão Divina: "Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não leva à morte, ele deve orar que Deus lhe dará a vida".

Inúmeras histórias circulavam sobre as Graças obtidas pelas orações dos mártires durante suas vidas. Assim, não foi difícil para os Cristãos daquele tempo imaginar esses mesmos guerreiros da oração intercedendo na corte celestial após a morte.

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A crença na virtude do martírio gerou o fenômeno do "voluntariado", em que alguns Cristãos buscavam ativamente a perseguição e a morte. Em um julgamento, o governador romano foi interrompido em seu tribunal pelo Cristão chamado Euplus (304 d.C.), que bradava agitando a Bíblia: "Eu sou um Cristão e quero morrer". Seu pedido foi concedido.

A Igreja primitiva não aprovava os martírios voluntários e, de fato, Orígenes e Clemente especificamente advertiram sobre eles. Jesus Cristo, no Evangelho de Mateus, aconselhava a retirada em vez da confrontação quando a perseguição era iminente. Assim, aqueles que se ofereciam para morrer em martírio eram uma pequena minoria.

O autor do relato do martírio de Policarpo escreveu: "Para ele, como o Filho de Deus que adoramos, os mártires, como discípulos e imitadores do Senhor, são reverenciados como eles merecem, pela lealdade insuperável para com o seu Rei e Mestre". Desta forma os mártires passaram a ser honrados nos aniversários das suas mortes.

O culto da celebração era realizado no túmulo do falecido com orações, oferendas, comunhão e uma leitura da história do mártir, relatando o seu sofrimento e morte. Essa prática era bastante contrária às raízes judaicas do Cristianismo que, seguindo a lei mosaica, considerava o túmulo impuro.

MARTIRES-CRISTAOS

Não é exatamente certo quando a honra prestada aos mortos martirizados foi transferida para os seus restos mortais, mas o relato do martírio de Policarpo, escrito no século II, inclui uma declaração de que a Igreja de Esmirna considerava os ossos do Santo "mais valiosos do que pedras preciosas e mais puros do que o ouro".

Os crentes em Antioquia tinham em alta estima os restos mortais de Inácio, enquanto o sangue e as roupas de Cipriano tornaram-se objetos de veneração. Havia várias perseguições aos Cristãos como resultado desta adoração, e algumas eram apenas manifestações locais nas cidades, causadas quando um terremoto ou uma praga passavam a ser da responsabilidade dos Cristãos.

Havia várias perseguições organizadas pelo Estado, mas estas não costumam durar muito tempo. Porém, em 303 d.C., uma década antes de Constantino, aconteceu "A Grande Perseguição". O Estado, sob o império de Diocleciano (245-313 d.C.), declarou guerra contra a Igreja.

Como parte de uma reforma política geral, ele decidiu dividir o Império para torná-lo administrativamente mais gerenciável e, no processo, viu a necessidade de impor uma unidade religiosa ainda mais forte. Em 303 d.C., Diocleciano lançou quatro editais contra o Cristianismo, às vésperas da conversão de Constantino.

MARTIRES-CRISTAOS

O primeiro edital exigia que os Cristãos entregassem seus Livros Sagrados e seus bens. O magistrado local deveria pedir ao bispo ou ao padre da Igreja Cristã que entregasse esses itens, e se recusassem seriam presos. O passo seguinte era queimar a própria Igreja.

A segunda parte do plano de Diocleciano para destruir a Igreja envolvia a detenção dos bispos, presbíteros, fiéis e quaisquer outros que tivessem um papel de liderança dentro da comunidade Cristã. Então, em vez de destruir as propriedades da Igreja, que o Estado queria preservar para proveito próprio, decidiu-se por destruir a estrutura hierárquica da Igreja que já existia totalmente formada bem antes de Constantino.

A terceira fase da perseguição obrigava que os integrantes do Clero, que haviam sido detidos, oferecessem sacrifícios públicos aos deuses pagãos para mostrar a sua conformidade com a religião do Estado. Às vezes, isso significava queimar um incenso em frente à imagem de um deus ou do próprio imperador. O Estado presumia que se os bispos e clérigos aderissem ao sacrifício pagão, o resto dos Cristãos faria o mesmo.

Finalmente no quarto estágio, qualquer um identificado como Cristão seria preso e também forçado a oferecer sacrifícios aos deuses e ao imperador.

MARTIRES-CRISTAOS

Mas o Estado falhou em abalar a Igreja simplesmente destruindo suas propriedades ou colocando o Clero fora de circulação, objetivando desacreditá-lo. Assim, como último recurso, houve uma perseguição em massa aos fiéis Cristãos, que durou até 311 d.C. No entanto, a Igreja foi capaz de sobreviver a esta perseguição com tanta facilidade que em 312 d.C. estava realmente em posição de tornar-se a religião oficial do Império Romano.

Desta forma, em 325 d.C., a Igreja realizou seu primeiro Concílio Ecumênico, em Niceia, que foi o primeiro encontro dos bispos de todo o Império Romano. Em um curto espaço de tempo, o Cristianismo passou de uma total perseguição bem-programada para a sua aceitação como a religião oficial de todo o Império Romano.

O Concílio de Niceia foi realizado e, assim, reformaram o Credo e os Dogmas da Fé. A Igreja estava prestes a tomar grandes decisões teológicas! As decisões implementadas pela Igreja foram determinantes e deram certo (sic). Foram o produto da capitulação da Igreja para uma Teologia não-bíblica forçada pelo Estado.

Por sua fidelidade a Jesus Cristo, apesar da tortura e morte, aqueles homens, mulheres e crianças, nossos mártires Cristãos, proclamaram ao mundo que Jesus é o verdadeiro Deus, estruturando toda a teologia e Fé Cristã que nortearam o futuro da Cristandade.

Lemos a respeito dos mártires no Livro do Apocalipse: "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela Palavra do Seu testemunho, e não amaram suas vidas até a morte".

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





24 abril 2013

A CIÊNCIA E O CRIACIONISMO - SCIENCE AND CREATIONISM - 2ª PARTE

CREATIONISM

O planeta Terra tem aproximadamente 4,5 bilhões de anos. As bactérias apareceram há 3 bilhões de anos, seguidas por algas azuis-esverdeadas e outras curiosidades. Então, há 530 milhões de anos, veio o Big Bang biológico e a explosão cambriana. Houve uma súbita profusão de complexas formas de vida. Moluscos, medusas, trilobitas, cordados e outros, para os quais não há ancestrais visíveis nas rochas fossilizadas.

Um homem de Marte, olhando para o registro fóssil subsequente, diria que as espécies foram substituídas por outras espécies ao invés de evoluir das primeiras. Os primatas, como uma classe única, aparecem do nada. O Homo Sapiens também fez uma chegada abrupta, totalmente equipado com vontade, intelecto e linguagem, capacidades que simplesmente não são encontradas em macacos.

Até o momento não há uma explicação científica coerente de como tudo isso aconteceu. Os mais ferrenhos defensores de Darwin, como John Maynard Smith, Richard Dawkins, E. O. Wilson, Stephen Jay Gould,  são hostis à religião. O comentário de Dawkins, de que Darwin produziu um ateísmo intelectualmente respeitável, é típico.

Se você cortar toda a camuflagem verbal, o argumento básico do campo darwinista é: "Deus não existe, por isso tinha que ser dessa maneira". Mas isso é ideologia e não ciência! O darwinismo, como o marxismo e o freudismo, tem muitos aditivos filosóficos para serem totalmente confiáveis ​​como uma ciência.

CREATIONISM

O materialismo evolucionista tem uma falha grave que nunca é reconhecida por seus proponentes. Se o homem não é mais do que um agrupamento acidental de átomos, um produto de forças materiais cegas que não tiveram-no em mente, então os seres humanos não possuem o livre arbítrio. Se isto é assim, não podemos confiar em qualquer produto do intelecto humano, incluindo os livros dos darwinistas.

Esse é o calcanhar de Aquiles de todas as filosofias materialistas. Suas reivindicações da verdade são um auto-cancelamento, porque rebaixam a consciência humana para um epifenômeno da matéria. A observação de Walker Percy, de que "A Origem das Espécies" de Darwin explica tudo, exceto o fato de Darwin escrever "A Origem das Espécies", resume bem o problema.

O motivo real de Darwin, como revelado por escritos não publicados até os anos 1970, era se livrar de um Criador, um motivo que ele compartilha com os cosmólogos modernos como Hawking e Steven Weinberg. A Criação é uma ideia inquietante!

A noção de que o Universo teve um início "ex nihilo" é um dos conceitos mais radicais introduzidos pelo Cristianismo na mente ocidental, e que em 1215 o IV Concílio de Latrão definiu como dogma. É uma ideia que teria escandalizado um grego antigo, que achava que a matéria era eterna, tanto quanto a um positivista do século XIX. Hoje, o fato de que o Universo teve um início com o tempo, e não no tempo, é um lugar-comum na astrofísica.

CRIACIONISMO

Quando Einstein formulou a "Teoria da Geral da Relatividade", que trata da gravidade e da curvatura do espaço, ficou estarrecido porque suas equações mostravam um Universo em expansão, o que aponta para o seu início. Assim, ele introduziu um fator de correção, a "constante cosmológica", para manter o cosmos estático. Mais tarde, ele chamou isso de "o maior erro da minha vida".

Em 1931, quando Edwin Hubble, o astrônomo norte-americano, demonstrou que o Universo estava realmente se expandindo, Einstein finalmente aceitou "a necessidade de um começo". Quando, em 1964, dois cientistas dos Laboratórios Bell descobriram acidentalmente a radiação de fundo de 3°C em todo o Universo, o que só pode ser explicado como um resquício de um Big Bang super-aquecido, a cosmologia moderna atingiu a maioridade e encontrou a metafísica e a teologia Católica, aguardando lá o tempo todo.

O Universo começou como uma "singularidade inicial". Toda a matéria foi embalada em um espaço infinitamente denso e pequeno. O Big Bang, que ocorreu há 12 bilhões de anos, não deve ser retratado como a expansão da matéria no espaço já existente. O espaço, tempo e matéria vieram à existência simultaneamente!

A "especificidade" da formação do Universo é de tirar o fôlego! Se a expansão cósmica tivesse sido uma fração menos intensa, teria implodido há bilhões de anos, e numa fração mais intensa, as galáxias não teriam se formado. Não se pode deixar de pensar em um Criador.

CRIACIONISMO

No Universo de Einstein o que é finito é altamente específico e apresenta uma enorme oportunidade para a rearticulação do argumento cosmológico para a existência de Deus. Embora o Universo aponte fortemente para a sua dependência de um Criador, nós, os Católicos, temos que ter cuidado para não cair na armadilha da "ciência da criação".

A Criação é um conceito estritamente filosófico e não tem nada a ver com a ciência empírica, que só trata com a natureza quantitativa. É difícil dizer quem incorreria no maior erro. Se os criacionistas tentando encaixar a ciência em um modelo bíblico, ou os cientistas agnósticos tentando evitar a existência de um Deus pessoal. Colocar Deus nas lacunas inexplicáveis ​​da ciência sempre foi um erro, porque a ciência finalmente preenche essas lacunas com explicações materiais.

Uma visão Católica esclarecida da ciência deve ser ancorada na proposição de que Deus tem o poder de trabalhar através de causas secundárias. Deus concede um enorme grau de causalidade à Sua Criação, e deveria ser admirado conforme a ciência esclarece mais e mais sobre a Criação. Ao mesmo tempo, devemos lembrar que o Universo nunca vai se auto-explicar, e a cosmologia moderna só chegará ao seu objetivo final quando fizer esta admissão.