No capítulo IX do Apocalipse de Daniel, as setenta semanas são reveladas:
"Setenta semanas estão decretadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para fazer cessar a transgressão, dar fim aos pecados, expiar a iniquidade e trazer a justiça eterna, selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo. Saiba e entenda, desde a saída da ordem para restaurar e edificar Jerusalém, até a vinda do Ungido, haverá sete semanas e então se reedificará, mas em tempos angustiosos".
"Depois, nada lhe subsistirá, o povo do príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário, seu fim será com uma inundação e até o fim haverá guerra. Estão determinadas todas as assolações. E ele fará um pacto firme com muitos por uma semana, e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação, e sobre a asa das abominações virá o assolador, até a sua destruição determinada, a qual será derramada sobre o assolador".
Estas semanas são simbólicas e cada dia representa um ano. A profecia de Daniel afirma que a saga dos judeus duraria mais 490 anos, ou "70 semanas", a partir de um ponto inicial que foi determinado por Deus. Também diz que entre as "semanas" haveria um intervalo de tempo indeterminado, quase no fim.
Este tempo é o período onde Jesus passaria a se relacionar com outro povo, os Cristãos. Deus também revela a Daniel que Jesus seria morto. Ao morrer, Jesus Cristo abrirá o caminho para a Cristandade, e desta forma tem início o intervalo de tempo.
É neste intervalo que estamos atualmente. Não sabemos quanto tempo ele vai durar, mas as profecias apontam para o seu fim nesta geração. Com a morte de Cristo, cumpriu-se o último evento da profecia de Daniel, e aquele que vai determinar o início da contagem da semana derradeira para o cumprimento da profecia apocalíptica é o arrebatamento.
O arrebatamento dos crentes que estiverem vivos será antecedido pela Ressurreição da carne, permitindo a reunião com os que já morreram. Será o maior evento na História da humanidade, e dará início ao fim dos tempos. O arrebatamento acontecerá no fim da Grande Tribulação, ou seja, primeiro virão os sete anos de tormentos.
Os eventos que ocorrerão na última semana da profecia de Daniel são descritos no Apocalipse:
"Será um período de 7 anos, com duas partes de 3 anos e meio. Na primeira metade, satanás trará vários males para a Terra. Ao abrirem-se os Selos, o anticristo enganará a humanidade, trazendo uma falsa paz e tranquilidade".
"Mas, ao tentar receber a adoração dos judeus dentro do templo sagrado reconstruído em Jerusalém, romperá a sua aliança com Israel".
"Após este fato, sobrevirão sobre a Terra os juízos de Deus representados pelas Trombetas e as Taças. Estes dois últimos momentos acontecerão simultaneamente".
Alguns destes juízos serão catástrofes naturais, terremotos, maremotos, pragas, poluições, queda de asteroides, etc., mas haverá também juízos sobrenaturais. Escreveu Mateus: "Aprendei, pois, da figueira a sua parábola. Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, mesmo às portas".
"Em verdade vos digo, que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram. Passará o Céu e a Terra, mas as minhas palavras jamais passarão. Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem".
Escreveu Mateus: "Assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim será também a vinda do Filho do homem".
"Então, estando dois homens no campo, será levado um e deixado outro, estando duas mulheres a trabalhar no moinho, será levada uma e deixada a outra. Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. Se o dono da casa soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa".
Relata Mateus: "Por isso ficai também vós apercebidos, porque numa hora em que não penseis, virá o Filho do homem. Vinde, e tornemos para o Senhor, porque ele nos despedaçou e nos fará sarar, fez a ferida, e no-la atará. Depois de dois dias nos ressuscitará, ao terceiro dia nos levantará e viveremos diante Dele".
O Apocalipse relata que Deus castigará severamente o povo de Israel por dois mil anos, mas mil anos é como um dia, e no decorrer do terceiro milênio Deus voltará para atar as feridas abertas. Em Mateus, Jesus diz que a figueira renasceria, e depois não restaria muito tempo para o Seu retorno.
Uma ferida foi aberta em 63 a.C., quando o Império Romano conquistou definitivamente a Palestina e Israel deixou de ser um Estado Soberano. E permaneceu assim até 1948 d.C., quando então voltou a ser uma nação. A figueira floresceu e a ferida começou a ser curada. A geração que acompanhará estes acontecimentos não passará, conforme afirmou Jesus.
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