12 março 2013

DESVENDANDO O APOCALIPSE - UNVEILING THE APOCALYPSE - 5ª PARTE


Apocalipse

Devemos tomar como modelo a interpretação do Apocalipse dos primeiros Cristãos, pois eles tiveram contato direto com os Apóstolos e seus sucessores imediatos. Os Apóstolos, que receberam a inspiração do Espírito Santo para escrever as Escrituras, tinham suficiente conhecimento dos poderes de Deus para interpretar corretamente o que estava sendo escrito.

Tanto eles quanto os primeiros Cristãos possuíam informações escatológicas das quais não temos compreensão, devido às diferentes épocas e costumes. Escatologia é a doutrina que trata do destino final do homem e do mundo, podendo apresentar-se como discursos proféticos ou em contextos apocalípticos.

Desta forma, é importante sabermos qual era a concepção primitiva a respeito do Apocalipse. Eusébio, o Cristão, afirma que haverá um milênio antes da ressurreição dos mortos, sob o reinado pessoal de Jesus Cristo, que será estabelecido na Terra:

"Há um homem entre nós, de nome João, um dos Apóstolos de Cristo, que profetizou, em uma revelação que lhe foi feita, que aqueles que confiassem em Cristo passariam mil anos em Jerusalém, e que depois viria a Ressurreição Universal e também o Juízo Final", relatou Eusébio.

Os primeiros Cristãos, em plena tribulação, esperavam a concretização dos sinais apocalípticos e a volta de Jesus na sua época, para livrá-los dos sofrimentos, derrotar o malévolo e instaurar o Reino de Deus na Terra.

Apocalipse

O Cristianismo primitivo tinha uma concepção milenarista do Apocalipse. O milenarismo é a visão de que a Segunda Vinda de Cristo ocorrerá antes do Seu Reinado Milenar, ou seja: a crença de que a segunda vinda de Cristo à Terra se daria no ano 1000 e, então, se iniciaria o milênio. 

Quando as cartas apocalípticas começaram a ser divulgadas, a partir de 90 d.C., o milênio profetizado no Apocalipse de João foi interpretado de forma literal e contextual!

O simbolismo das revelações apocalípticas só começou a ganhar corpo no seio da Igreja primitiva a partir do século III, através dos escritos de Orígenes. Para que possamos compreender e interpretar as passagens do Apocalipse, devemos fazer a distinção entre Israel, os descendentes físicos de Abraão, e a Igreja e todos os crentes em Jesus Cristo.

Deve-se aceitar que são dois grupos distintos, porque se isto for mal compreendido, o Apocalipse será mal interpretado. Especialmente propensas a erros de interpretação são as passagens que lidam com as promessas cumpridas, ou ainda não cumpridas, feitas a Israel.

O contexto da passagem é que determinará a quem se dirige e qual é a interpretação mais correta. Desta forma, tais promessas não devem ser aplicadas aos crentes e à Igreja.

Mas lembrem-se que todas as profecias do Antigo Testamento que tratavam da Primeira Vinda de Jesus foram literalmente cumpridas, e devemos esperar que as profecias da Sua Segunda Vinda também serão cumpridas literalmente. O milenarismo é o único sistema que concorda com uma interpretação literal dos pactos de Deus com a profecia do fim dos tempos.

Apocalipse

O Reino de Jesus sobre a Terra será visível e abrangerá todos os povos, trazendo paz e justiça sobre as nações. Lucas ensina: "O Reino de Deus não vem com aparência exterior, nem dirão Ei-lo aqui ou Ei-lo ali, porque eis que o Reino de Deus está entre vós".

Quanto ao fato de o Reino de Deus não vir com "aparência exterior", dando uma impressão de ser espiritual,  devemos considerar que Jesus estava falando da Sua Vinda em Glória.

Quando Jesus disse que a Vinda do Reino de Deus seria sem aparência exterior, não estava se referindo a uma invisibilidade material quando da Sua Vinda em Glória, para arrebatar os Cristãos e instaurar o Seu Reino, pois esta Vinda será visível, e Jesus aparecerá rápida e gloriosamente, "como um relâmpago".

O próprio Jesus explica porque a chegada do Seu Reino não será com aparência exterior: "E dirão, Ei-lo aqui ou Ei-lo ali. Não vades, nem os sigais".

Ao revelar que Seu Reino viria sem "aparência exterior", Jesus estava alertando os discípulos para que não fossem enganados pelas aparências de qualquer reino: como um reino com aparência exterior de justiça, poder e divinização, porém sem essência e alma.

Esse é um aviso específico sobre o reino do anticristo que, através de sinais e aparências, enganará a muitos.


DESVENDANDO O APOCALIPSE - 6ª PARTE - THE END 

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