04 abril 2013

MEGA EXTINÇÕES E NOVAS DESCOBERTAS - MEGA EXTINCTIONS AND NEW DISCOVERIES


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Acreditava-se que um asteroide relativamente lento, medindo 10 km de diâmetro, seria o provável culpado pela cratera de impacto de 180 km em Chicxulub, soterrada debaixo da Península de Iucatã no México. Mas novos estudos afirmam que a cratera foi "esculpida" por um objeto menor do que se pensava, um pequeno cometa super veloz.


A descoberta baseia-se na baixa concentração dos elementos irídio e ósmio no solo terrestre, resultantes da pulverização do objeto espacial. Estes materiais provenientes do bólido "vaporizado" foram disseminados na atmosfera e se depositaram na superfície da Terra, formando assim uma camada de argila rica em irídio e ósmio. Ao atingir o planeta formou-se um mega tsunami e uma nuvem de cinzas superaquecidas até a incandescência, incendiando a superfície da Terra.


As ondas de choque percorreram todo o globo, causando terremotos e erupções vulcânicas. A emissão das partículas, cinzas e resíduos originados cobriu toda a superfície terrestre durante décadas, diminuindo drasticamente a temperatura, afetando a totalidade da cadeia alimentar, causando o extermínio dos dinossauros, de 75% de todas as espécies na Terra em um curto período de tempo e de grande parte da vida marinha. O impacto liberou energia equivalente a 500 toneladas de TNT. Isto equivale a 60.000 vezes o arsenal nuclear mundial sendo detonado simultaneamente!


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Um cometa de longo período é o possível candidato associado a este evento de extinção há 65 milhões de anos. Cometas de longo período são objetos celestes compostos de poeira, rocha e gelo, que seguem trajetórias altamente excêntricas em torno do Sol. Eles podem levar centenas, milhares ou mesmo milhões de anos para completar uma órbita.

Nos últimos anos, vários objetos vindos do espaço surpreenderam os astrônomos, e servem como um lembrete de que a nossa vizinhança cósmica continua a ser um lugar "atarefado". Em 15 de fevereiro deste ano o asteroide 2012 DA-14 passou perto da Terra, mas só tinha sido descoberto no ano anterior. No mesmo dia uma rocha de 20 metros explodiu sobre os montes Urais, na Rússia, com uma energia de cerca de 400 quilotons de TNT.

A maioria dos objetos próximos da Terra, maiores do que 1 km, está sendo monitorada, porém mais de 90% dos 50.000 asteroides menores não estão sendo acompanhados e ainda são desconhecidos. Existem também milhares de cometas, mas em maior quantidade do que o número dos asteroides, porém eles orbitam a grandes distâncias do Sol e da Terra. Os cometas escuros são os mais perigosos, e estima-se que milhares deles são invisíveis à detecção, podendo atingir nosso planeta sem aviso prévio.


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Há 200 milhões de anos o planeta sofreu outra mega-extinção. De acordo com as novas descobertas, uma série de erupções vulcânicas maciças dos super-vulcões teria dizimado metade da vida na Terra. Cientistas examinaram evidências pelo mundo e relacionaram o abrupto desaparecimento de mais da metade das espécies com um conjunto, precisamente datado, de erupções vulcânicas gigantescas.

Agora o novo estudo fornece uma data precisa. Há 201.564.000 anos ocorreu um enorme derramamento de lava a nível mundial, datado com precisão pelo decaimento de isótopos de urânio do basalto, uma rocha formada por erupções vulcânicas.

As mega-erupções podem ter causado mudanças climáticas tão repentinas que muitas criaturas não foram capazes de se adaptar a tempo. Esta extinção abriu o caminho para que os dinossauros evoluíssem, dominando o planeta pelos próximos 135 milhões anos, antes de serem também varridos no cataclismo planetário devido à queda do cometa em Chicxulub.

Muitos cientistas afirmam que a extinção final do Triássico, e pelo menos quatro outros eventos de extinção conhecidos, foram causados por mega-vulcanismo e pelas mudanças climáticas resultantes no planeta. O final do período Triássico foi a quarta extinção em massa, e a dos dinossauros foi a quinta. Os cientistas têm proposto que estamos à beira de uma sexta extinção.

O crescimento explosivo da população humana, a atividade industrial e a exploração dos recursos naturais, estão rapidamente empurrando muitas espécies para fora do "mapa terrestre". A queima de combustíveis fósseis, em particular, teve o efeito de elevar nível de CO² na atmosfera em 50 % em apenas em 200 anos! Um ritmo muito mais rápido do que o ocorrido no final do período Triássico, devido às emissões dos super-vulcões.

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Atualmente são monitorados constantemente super-vulcões que podem explodir sem aviso. Um dos mais perigosos é a caldeira de Long Valley, em Yellowstone, na América do Norte. A maior erupção de Long Valley foi há 760.000 anos, e desencadeou 20.000 vezes mais lava e cinzas do que a erupção do Monte Santa Helena.

A caldeira de Valles, com 250 Km quadrados, encontra-se no norte do Novo México, a oeste de Santa Fé. Ela explodiu há 1 milhão de anos, emitindo 150 quilômetros cúbicos de rocha e cinzas. A caldeira de Toba, com 1.600 quilômetros quadrados, no norte de Sumatra na Indonésia, entrou em erupção há 75.000 anos, ejetando milhares de vezes mais material do que a erupção do Monte Santa Helena em 1980.

Alguns investigadores pensam que a antiga super-erupção de Toba e a onda de resfriamento global resultante, podem explicar o mistério do genoma humano. Nossos genes sugerem que todos descendem de apenas alguns milhares de indivíduos, e há poucos milhares de anos, em vez de descendermos de uma linhagem mais antiga. A causa poderia ser que apenas alguns poucos grupos de seres humanos sobreviveram aos anos gelados após a erupção de Toba.

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A caldeira de Taupo, na Nova Zelândia, foi preenchida por água, criando o que muitos descrevem como uma das mais belas paisagens do mundo, mas o próprio lago foi criado por uma enorme erupção há 26.500 anos. Mas Taupo não está morto. A caldeira de 750 quilômetros quadrados entrou novamente em erupção no ano 181 d.C. Atualmente há uma abundância de sinais de atividade vulcânica na forma de fontes termais, fumarolas e gêiser, como os de Yellowstone.

Uma das mais preocupantes caldeiras na atualidade é a caldeira de Aira, de 240 qiolômetros quadrados, no sul do Japão, na borda da qual situa-se a cidade de Kagoshima. Há 22.000 anos, 14 quilômetros cúbicos de material foram expelidos para fora da terra, formando a caldeira de Aira, onde agora situa-se a grande Baía de Kagoshima. Isto equivaleu a 100 erupções do Monte Santa Helena. O vulcão de Sakura-jima, que faz parte da caldeira de Aira, tem estado ativo e ainda provoca terremotos, indicando que o super-vulcão está longe da inatividade.






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