Jesus fazia declarações diretas a respeito de si mesmo, e ficou claro para seus ouvintes que Suas proclamações o identificavam não apenas como um novo profeta ou mestre, mas como um homem que era mais do que isso. Ele fazia alusões claras à sua Divindade e apresentava-se como a via de ligação para termos um relacionamento com Deus e o único recurso para o perdão dos pecados assim como o único caminho para a Salvação.
Jesus Cristo é um nome e um título. O nome Jesus deriva da forma grega do vocábulo Jeshua ou Josué, que significa 'Jeová é Salvador' ou 'O Senhor Salva'. O título Cristo deriva da forma grega do vocábulo Mashiah, que significa 'O Ungido'. O emprego do título 'Cristo' compreende os encargos de Rei e Sacerdote - representando Jesus como o prometido sacerdote e rei das profecias do Antigo Testamento.
Os nomes consagrados a Jesus no Novo Testamento são tais que somente poderiam ser aplicados com justiça a alguém que fosse Deus. A maioria dos seguidores de Jesus eram os hebreus de profundas convicções religiosas que acreditavam somente em um Deus verdadeiro. Eram monoteístas até o fundo da alma e no entanto, reconheceram Jesus como o Deus Único encarnado.
Devido à sua profunda formação rabínica Pedro ainda teria menos probabilidade de atribuir divindade a Jesus, de adorar o homem de Nazaré e chamá-lo de Senhor. Mas foi exatamente o que ele fez. Reconheceu o cordeiro de Deus, Jesus, como sendo Deus. Respondendo à pergunta de Cristo sobre Sua pessoa, Pedro fez a seguinte declaração: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus Vivo".
A reação de Jesus a esta confissão de Pedro não foi uma palavra de correção, quanto à justeza de sua afirmação, mas antes um reconhecimento da veracidade dela, e a fonte da revelação: "Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem te revelou, mas meu Pai que está nos Céus".
Marta, uma amiga de Jesus, disse-Lhe: "Eu creio que tu és o Messias, o Filho de Deus que devia vir ao mundo". Natanael, o qual pensava que nada de bom poderia provir de Nazaré, reconheceu que Jesus era: "O Filho de Deus, o Rei de Israel".
Quando Jesus chamou Deus de 'Meu Pai' foi um pronunciamento que a população da época não poderia interpretar de outra forma. Além disso, o Senhor deu a entender que enquanto Deus estava trabalhando Seu Filho trabalhava também. E nessa frase, outra vez os edomitas compreenderam a implicação de que Ele era o Filho de Deus, e como consequência o ódio dos fariseus talmúdicos aumentou. Embora estivessem querendo antes de tudo, começaram a pensar em matá-lo.
Jesus não somente reivindicava uma igualdade com Deus, como também declarava que era Um com Seu Pai. Durante a Festa da Dedicação em Jerusalém Ele foi procurado por alguns líderes que indagaram sobre o fato de Jesus ser o Redentor. Jesus encerrou a questão dizendo: "Eu e meu Pai Somos Um".
Novamente pegaram em pedras para Lhe atirar. Disse-lhes Jesus: "Tenho-vos mostrado muitas obras boas da parte do meu Pai e por qual delas me apedrejais". Responderam-lhe os fariseus: "Não é por obra boa que Te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois sendo Tu homem, Te fazes Deus a Ti mesmo".
Jesus falou várias vezes de Si mesmo como sendo Um com Deus, em essência e natureza. Ele afirmou: "Se conheceres a mim também conhecereis a Meu Pai, e quem não honra o Filho não honra o Pai que O enviou. Se não honrais a mim como honrais o Pai, desonrareis a Um e ao Outro".
Jesus era o Deus-Homem, pois era totalmente homem como se nunca fosse Deus e era Deus como se não tivesse sido homem. E não era apenas um homem finito, uma vez que era também um Deus infinito que teve a infinita capacidade de levar sobre Si os pecados do mundo.
2 comentários:
A Divinidade de Cristo é uma verdade claríssima nas Escrituras e na Tradição Apostólica.
No Evangelho de São João, o Apóstolo diz claramente que o Verbo não somente "estava com Deus", mas que ele "era Deus":
"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus".
João 1:1
Salve Maria
Prezados senhores,
Parabéns pelos artigos muito elucidativos.
Sucesso,
Tânia
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