17 outubro 2012

A CRUZ DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO - THE CROSS OF OUR LORD JESUS ​​CHRIST


ENSINAMENTO DE JESUS

Para guardar o reto caminho da fé, a Igreja teve que forjar formas restritas para a expressão das verdades da fé. Ela teve que construir as fortalezas da verdade para o repúdio de influências estranhas à Igreja. As definições da verdade declaradas pela Igreja têm sido chamadas desde os dias dos Apóstolos de dogmas.

Nos Atos dos Apóstolos nós lemos sobre os Apóstolos Paulo e Timóteo, que quando iam passando pelas cidades lhes entregavam para serem observados, os decretos ou dogmas, que haviam sido estabelecidos pelos apóstolos e anciãos em Jerusalém.

Entre os antigos gregos e romanos a palavra dogma era usada para se referir a conceitos filosóficos, e diretivas que deveriam ser precisamente atendidas. No entendimento Cristão, "dogmas" são o oposto de "opiniões," que são concepções pessoais inconstantes.

Na Igreja Católica Romana um dogma é uma verdade absoluta, definitiva, imutável, infalível, inquestionável e absolutamente segura, sobre a qual não pode pairar nenhuma dúvida. Uma vez proclamado solenemente nenhum dogma pode ser revogado ou negado, nem mesmo pelo Papa ou por decisão conciliar.

Por isso, os dogmas constituem a base inalterável de toda a Doutrina Católica e qualquer Católico é obrigado a aderir, aceitar e acreditar nos dogmas de uma maneira irrevogável. Os dogmas têm estas características porque os Católicos Romanos confiam que um dogma é uma verdade que está contida, implícita ou explicitamente, na imutável Revelação Divina, ou que tem com ela uma "conexão necessária".

Para que estas verdades se tornem dogmas elas precisam ser propostas pela Igreja Católica diretamente à sua fé e à sua doutrina, através de uma definição solene e infalível, pelo Papa ou do Concílio ecumênico com o Papa, e do posterior ensinamento destas pelo Magistério ordinário da Igreja.

O ensinamento dogmático da Igreja tem a mais íntima conexão com a completa ordem moral da vida Cristã, ele dá a ela uma verdadeira direção. Qualquer tipo de afastamento das verdades dogmáticas, conduz a um entendimento incorreto da obrigação moral do Cristão. A Fé demanda uma vida que corresponda à Fé.

cruz

Deus definiu a obrigação moral do homem simplesmente em dois mandamentos da lei. Amar a Deus de todo o coração, alma, mente e entendimento, e o mandamento de amar ao próximo como a si mesmo. Mas ao mesmo tempo Jesus ensinou que o autêntico atendimento à esses dois mandamentos é impossível sem algum grau de auto-renúncia,  auto-sacrifício, e exige luta!

E onde o fiel encontra força para lutar? Ele recebe força pela comunhão com Cristo e pelo amor por Cristo, que o inspira a segui-Lo. Essa luta de seguir à Jesus Cristo, Ele próprio chamou de Seu jugo: "Tomai sobre vós o meu jugo. Porque meu jugo é leve e o meu fardo suave".

Bem antes do dia de Sua crucificação, o Senhor ensinou: "Se alguém quiser vir após mim renuncie a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me. E quem não toma a sua cruz e não segue após mim, não é digno de mim".

O caminho do Cristão foi tomado pelo Apóstolo Paulo: "Já estou crucificado com Cristo. Longe esteja de mim glorificar-me, a não ser na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo".

Seguindo o caminho de Cristo, os Apóstolos terminaram a luta de suas vidas com uma morte por martírio. Todos os fiéis são chamados a lutar de acordo com as suas forças: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscência". A vida moral não pode existir sem batalha interior, sem auto-restrição.

O Apóstolo escreve: "Porque muitos há dos quais muitas vezes vos disse, e agora também digo chorando, que são inimigos da Cruz de Cristo, cujo fim é a perdição, cujo Deus é o ventre e cuja glória é para a confusão deles, que só pensam nas coisas terrenas". Tal é a porção que cabe não só a cada Cristão separado mas à própria Igreja como um todo, ser perseguido pela devoção à Cruz de Cristo, como foram mostradas nas visões do santo Apóstolo João, o Teólogo, no Apocalipse.

cross

A Igreja em muitos períodos de sua história suportou tristezas e perseguições totalmente abertas e a morte por martírio de seus melhores servos, que um padre contemporâneo e escritor da Igreja chamou denominou como "a colheita de Deus". Em outros períodos, mesmo em períodos de prosperidade exterior, ela enfrentou tristezas por inimigos internos, pela maneira indigna da vida de seus membros, em particular das pessoas que estavam designadas para servi-la.

Assim é definido o dogma da Cruz. A Cruz é o caminho do Cristão e da Igreja, e também o seu poder. Nela o Cristão encontra força espiritual, na consciência de que depois da morte do Senhor na Cruz seguiu-se a Ressurreição. Que pela Cruz o mundo foi conquistado e que se nós morrermos com o Senhor nós reinaremos com Ele, e rejubilaremos e triunfaremos na manifestação da Sua glória.

A Cruz  é o estandarte da Igreja. Quando Jesus carregou a Cruz em seus ombros para o Gólgota e foi crucificado, esta tornou-se o sinal visível e  o estandarte do Cristianismo, da Igreja e de todos que acreditam em Cristo. Tendo sempre diante de si a imagem da Cruz, fazendo o sinal da Cruz, o Cristão antes de tudo traz para sua mente que ele é chamado para seguir os passos de Cristo, carregando em nome de Cristo tristezas e privações por sua Fé.

Depois, ele é reforçado pelo poder da Cruz de Cristo para batalhar contra o mal em si próprio e no mundo. Então ele confessa que espera a manifestação da glória de Cristo, a segunda vinda do Senhor, que será precedida pela manifestação no céu do sinal do Filho do Homem, de acordo com as palavras Divinas de Jesus.

O sinal que colocamos em nós ou desejamos em nós pelo movimento da mão em silêncio, é como se falasse alto, porque é uma confissão aberta da nossa fé. Assim, com a Cruz é firmada toda grandeza da nossa redenção, que nos lembra da necessidade de luta pessoal para o Cristão. Na representação da Cruz, mesmo em seu nome, está resumida a história completa do Evangelho, e também a história do martírio e a confissão do Cristianismo em todos os tempos.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



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