Está comprovada a existência de universos paralelos, de acordo com uma descoberta matemática de cientistas de Oxford. A primeira teoria do universo paralelo, proposta em 1950 pelo físico Norte Americano Hugh Everett, ajuda a explicar os mistérios da mecânica quântica que durante décadas permaneceu uma incógnita.
No universo de "inúmeros mundos" de Everett, cada vez que uma possibilidade física é explorada, o universo divide-se. O número de possíveis cenários é infinito. A ideia é bizarra, e por isso mesmo relegada por muitos cientistas.
Mas uma pesquisa de Oxford empresta uma resposta matemática aos enigmas quânticos que não pode ser facilmente descartada, sugerindo que o Dr. Everett, estudante na Princeton University quando inventou a teoria, estava no caminho certo.
O problema de tentar compreender o Universo é não termos nada com que o possamos comparar. As respostas que permitem maior credibilidade se baseiam na utilização do método científico aliado à linguagem matemática, ou seja: a ciência nos propicia resultados mais satisfatórios do que a filosofia. Não sabemos o que é o Universo, mas como muitos físicos temos de encontrar um modo de pensar sobre ele.
Einstein acreditava ser errado projetar as nossas necessidades humanas sobre o Universo, porque este é indiferente a elas. Newton, que defendeu posições religiosas heterodoxas ao longo de toda a sua vida, tinha também uma concepção de que o Universo era um grande enigma que tinha de ser resolvido.
Vivemos hoje uma revolução científica comparável à que ocorreu quando Copérnico demoliu o mundo antropocêntrico, revolução que começou com a invenção da teoria da relatividade e da mecânica quântica. Pela própria natureza dos fenômenos que estuda, a ciência tornou-se cada vez mais abstrata. No século XIII, a filosofia escolástica tentou reconciliar a fé com a razão.
Deste modo nasceu uma nova civilização, o mundo moderno, no qual a dialética entre fé e razão continua de pé. Não devemos optar por um dos termos da dialética, ela deve ser considerada como uma oposição que transforma a vida. A capacidade de realização só pode vir através da fé e dos sentimentos. Mas a capacidade de sobrevivência só surge da razão e do conhecimento.
O Gênesis conta-nos a história dos nossos primeiros pais, que foram criados pelo Senhor e colocados num jardim paradisíaco. Havia duas árvores , a árvore do conhecimento e a árvore da vida, e o Senhor proibiu-os de comer o fruto da árvore do conhecimento.
Os nossos primeiros pais provaram do conhecimento e conheceram, assim, o bem e o mal. Eles podiam agora tornar-se, como o Senhor, potencialmente donos de um conhecimento infinito.
O Senhor expulsou-os do jardim antes de eles terem provado o fruto da árvore da vida e terem assim uma vida infinita. A humanidade enfrenta uma visão de conhecimento infinito a partir de um estado de existência finita.
Ciência é outro nome para o conhecimento, do qual não descobrimos nenhum limite, ainda que tenhamos descoberto muitos outros limites. Mas o conhecimento não é suficiente. Ele deve ser temperado por um sentimento de justiça, pela vida moral e pela nossa capacidade para o amor e para o bem servir.
Com sua Teoria dos Múltiplos Universos, Everett precisou responder uma questão muito difícil relacionada à física quântica. Porque a matéria quântica se comporta irregularmente? O nível quântico é o menor já detectado pela ciência.
O estudo da física quântica começou em 1900, quando o físico Max Planck apresentou o conceito para o mundo científico. Seu estudo sobre a radiação trouxe algumas descobertas que contradiziam as leis da física clássica. Essas descobertas sugeriram que existem outras leis operando no universo de forma mais profunda do que as que conhecemos.
Para Everett, medir um objeto quântico não o força de um estado para o outro, mas uma medida tirada de um objeto quântico causa uma quebra no universo. O universo é literalmente duplicado, dividindo-se em um universo para cada possível desfecho da medida.
Por exemplo: digamos que a função da onda de um objeto seja tanto uma partícula quanto uma onda. Quando um físico mede a partícula, existem dois desfechos possíveis, ela será medida como uma partícula ou como uma onda.
Quando um físico mede o objeto, o universo se quebra em dois universos distintos para acomodar cada um dos possíveis desfechos. Então, um cientista em um universo descobre que o objeto foi medido na forma de onda. O mesmo cientista, no outro universo, mede o objeto como uma partícula. Isto também explica como uma partícula pode ser medida em mais de um estado.
Pode parecer estranho, mas a teoria de Everett dos Múltiplos Universos tem implicações além do nível quântico. Se uma ação tem mais de um resultado possível, então o universo se quebra quando aquela ação é tomada.
Isso significa que se você já esteve em uma situação onde a morte era um dos possíveis desfechos, então, em um universo paralelo ao nosso, você está morto. Esse é apenas um dos motivos que faz algumas pessoas acharem a interpretação dos Múltiplos Universos perturbadora.
Os "místicos" relatam que em sonho se veem fora do corpo físico, vivenciando experiências em outras dimensões: "são experiências enriquecedoras, principalmente pelo despertar da consciência para a existência de uma vida após a morte".
Eles sempre afirmaram a existência de outras dimensões. Há milhares de anos nos dizem que a consciência se desloca para outras dimensões, fazendo uso de corpos sutis que se desprendem do conhecido corpo físico.
No mundo atômico, elétrons são observados aparecendo e desaparecendo: eles vão para algum outro lugar mas também podem estar em vários lugares ao mesmo tempo
Já que somos feitos de pequenas partículas de luz ou fótons, faz sentido dizer que nós também podemos estar vivendo em vários lugares ao mesmo tempo. Nós estamos experimentando um choque existencial, pois nossa visão do mundo foi modificada com a descoberta de que pode haver universos paralelos.
A ideia de viagens, através de "buracos de minhocas" ou túneis, tem algo de semelhante com as narrativas de indivíduos que passam por experiências de quase morte. Essas pessoas geralmente relatam que atravessam um túnel, chegam a algum lugar onde vivenciam experiências místicas, e descobrem que ainda não chegou o momento de abandonar a Terra.
Quando retornam, têm suas vidas completamente reformadas. É comum passarem a enxergar a vida de um ponto de vista mais espiritualizado. Se a teoria quântica vê sentido em dizer que nós também podemos estar vivendo em vários lugares ao mesmo tempo, julgamos ser viável o entendimento de que em sonhos podemos encontrar a nós mesmos, vivendo no passado ou no futuro, em outros universos. E, do "outro eu" podemos receber valiosas informações para o nosso momento neste planeta.
Pessoas relataram que após atravessarem o túnel, comunicam-se com seres profundamente amorosos, uma dessas pessoas chegou a dizer que o ser com quem se encontrou era como uma parte dela mesma. Suas vidas na Terra são repassadas como numa visão holográfica, em que se percebem atuando naquelas cenas, e experimentando cada sentimento já vivido.
Todas perdem o medo da morte, e ao retornarem para o corpo físico suas vidas são transformadas, passam a valorizar o amor e entender a importância do perdão. Nenhuma delas sente o desejo de voltar, apenas sabem que ainda não é o momento de abandonar o corpo físico.
Carl Gustav Jung afirmava que o trabalho com os sonhos pode nos conduzir à totalidade. Precisamos despertar para o ser total, precisamos juntar todas as partes de nós mesmos. Este é o projeto do inconsciente. Talvez um dia a ciência ainda consiga desvendar os mistérios dos estados alterados da consciência e então seremos capazes de compreender por que nossos sonhos se apresentam de forma metafórica.
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