Um dos acontecimentos que mais intrigam a comunidade científica é a alteração climática abrupta, pois a Terra começará a esfriar bruscamente! Na Sibéria foram encontrados mamutes congelados em pé, com capim ainda na boca, em perfeito estado de conservação. Tudo leva a crer que houve uma queda instantânea na temperatura, provavelmente de 100 graus negativos, em questão de minutos.
A nova era glacial durará ao menos dois séculos e literalmente congelará o mundo. Sem a influência do aquecimento da corrente do Golfo, as temperaturas em todo o hemisfério Norte despencarão e a civilização humana como a conhecemos terminará.
Pesquisas anteriores nos núcleos de gelo da Groenlândia indicaram que a mudança repentina no clima ocorria no espaço de uma década ou mais. Agora, novos dados mostram que a mudança foi surpreendentemente rápida, ocorrendo ao longo de alguns meses.
O fim do período de uma era glacial é desencadeado pela diminuição da umidade atmosférica, refletindo no acréscimo do nível dos oceanos e no aquecimento global. Entre as eras glaciais existem os períodos interglaciais, em que a temperatura da Terra se eleva.
O período em que vivemos nada mais é do que um interglacial. No entanto, encontramo-nos às vésperas de uma nova era glacial, já que o fim deste período está próximo - baseado nos cálculos das anteriores eras do gelo e na duração dos períodos interglaciares.
Em média, a Terra experimenta 10.000 anos de era quente para cada 90.000 anos de era de gelo. A última era glacial terminou há cerca de 12.000 anos.
No filme "The Day After Tomorrow", o mundo entra em um novo período glacial no espaço de poucas semanas. Agora uma nova pesquisa mostra que este cenário pode ser possível. Cientistas demonstraram que interromper a circulação termoalina do Atlântico Norte, a corrente do Golfo, pode forçar o hemisfério norte a entrar na era do gelo em questão de meses.
Na sua origem, a corrente do Golfo é gerada sobretudo pela força dos ventos, mas a sua extensão no Atlântico Norte é fundamentalmente mantida pela circulação termoalina. Essa corrente oceânica é tão profunda que não é influenciada pela atmosfera. Na realidade, ela dá a volta na Terra lentamente, pois necessita de 500 anos para retornar ao seu ponto de partida!
Anos atrás o hemisfério norte foi atingido por uma mini-era do gelo, conhecida pelos cientistas como o Younger Dryas, e apelidado de "Big Freeze". Evidências geológicas mostraram que o Big Freeze foi provocado por um súbito afluxo de água doce no Oceano, quando o lago Agassiz, na América do Norte, transbordou e verteu para o Atlântico Norte e o Oceano Ártico.
O início das glaciações envolve a Corrente do Golfo, mas o efeito estufa derrete as geleiras do Ártico e também faz aumentar a pluviometria do Atlântico Norte.
Esses dois fenômenos reunidos constituem um fator para o aumento da água doce na região. Mas quando as geleiras derretem, liberando mais água doce, a corrente do Golfo pode parar.
Uma elevação de centímetros no nível dos oceanos, ocupando uma gigantesca área, implicaria num enorme volume de água. Com a elevação do nível, o volume da troca de água entre o oceano Ártico e o Atlântico Norte, através do estreito de Spitzbergen, aumentaria consideravelmente.
Uma maior quantidade de água quente indo para o Ártico através da Corrente do Golfo, somada à grande quantidade de água fria vindo para o Atlântico Norte teríamos, a curto prazo, o derretimento de mais gelo do Ártico e o resfriamento da costa nordeste da América do Norte, afetando o clima até a Flórida, onde passariam a ocorrer temperaturas extremas no inverno.
A consequência do efeito cascata desencadeado dará início à uma nova glaciação. Essa mudança será quase tão rápida como a mostrada no filme "O Dia Depois de manhã".
Uma das teorias apresentadas por cientistas sobre o funcionamento do clima terrestre baseia-se na órbita da Terra. Através do estudo das rochas deixadas a descoberto pelo retrocesso dos glaciares, cientistas descobriram que a Terra passou por quatro idades do gelo.
Ao repararem que o gelo tinha um movimento cíclico de avanço e retrocesso, começaram a suspeitar que este fato estava relacionado com variações na órbita terrestre - que provém dos movimentos de excentricidade, obliquidade e precessão do planeta.
Estas pequenas variações na geometria da órbita terrestre afetam a quantidade de luz solar que cada hemisfério recebe ao longo do movimento da Terra em torno do Sol. Uma inclinação menor do eixo terrestre significa menor diferença de temperatura nas estações do ano, e maior inclinação significa invernos mais frios e verões mais quentes.
A idade precisa de cada uma das eras glaciais foi comprovada por uma série de fósseis dos recifes de coral - que se formaram num oceano pouco profundo ao largo do Pacífico Sul, durante os períodos quentes interglaciais.
À medida que o clima se alterava e o frio tomava conta da Terra, mais e mais água congelava nos pólos. Assim, o nível dos oceanos baixava de modo a expor o recife de coral. Quando o gelo derreteu, o oceano aqueceu e outro recife cresceu. Isto se repetiu à medida em que se sucediam as eras glaciais.
Com o avanço da tecnologia foi possível determinar com exatidão, através da datação do urânio presente no coral, a idade do mesmo, e saber a localização temporal das idades do gelo. Existem também evidências crescentes de que o campo magnético terrestre está prestes a desaparecer. O fato foi visto como mais um sinal de uma iminente da "Nova Era Glacial".
O registro geológico mostrau que ele inverte de tempos em tempos, quando o polo sul se torna o norte e vice-versa. Em média, tais inversões acontecem a cada 500 mil anos, mas não há um padrão. Inversões já ocorreram em intervalos de 50 mil anos, ao passo em que a última ocorreu há 780 mil anos.
Portanto, o início da Era Glacial é marcado por uma reversão dos polos magnéticos, ausência de manchas solares, atividade vulcânica intensificada, terremotos mais frequentes, invernos mais frios e supertempestades. Desta forma, podemos considerar que todas as etapas já estão em pleno andamento para desencadear o início da "Nova Era Glacial".
0 comentários:
Postar um comentário