O Monte Everest está situado literalmente no topo do mundo, elevando-se 8.850 metros acima do nível do mar. Em 1852, um topógrafo chamado Radhanath Sikhdar determinou que o Monte Everest era o ponto mais alto da Terra.
Em 1865, a descoberta de Sikhdar foi confirmada e o topógrafo geral da Índia, Sir Andrew Waugh, renomeou a montanha para Monte Everest, por causa de Sir George Everest, o topógrafo geral anterior e supervisor dos trabalhos de topografia originais.
Assim que foi coroada como a montanha mais alta do mundo, os alpinistas inevitavelmente sentiram-se tentados a escalá-la. E muitos falharam. Enquanto mais de 2 mil pessoas tiveram sucesso, dezenas perderam suas vidas tentando a escalada.
No Everest há cerca de 200 corpos insepultos, porque é quase impossível a recuperação de um corpo. A falta de oxigênio é um dos maiores desafios apresentados pelo Everest. O nível de oxigênio no pico é de apenas um terço do encontrado ao nível do mar.
A "Death Zone" está a 26.000 pés, e o oxigênio é tão escasso que deixa os alpinistas desnorteados e fracos, impossibilitando a execução do resgate. Desta forma, os corpos são deixados no mesmo local do acidente, e se tornam "pontos de referência visual" para futuros escaladores.
O Everest é um lugar extremamente hostil. As temperaturas no topo são de -60º C no inverno, e sobem a uma média de -20º C durante a parte mais quente do verão. As tempestades das monções tornam impossível a escalada do Everest durante este período.
As correntes de ar fustigam a montanha com a força de um furacão durante a maior parte do ano. Em abril e maio as correntes mudam, oferecendo um clima relativamente calmo, e é quando a maioria das escaladas acontece.
As avalanches são uma ameaça constante e cobraram muitas vidas. Ventos violentos podem soprar inesperadamente, encurralando ou cegando os escaladores. Deslocamentos de geleiras podem ocorrer repentinamente, criando fendas profundas, frequentemente cobertas por neve.
Seres humanos não podem sobreviver por um longo período de tempo em uma altitude acima de 8 mil metros. Nessa altitude, o corpo humano é incapaz de se adaptar ao oxigênio rarefeito e começa a se deteriorar.
A maioria dos escaladores precisa usar oxigênio e tem dificuldade para dormir. Mesmo em altitudes moderadas, muitas pessoas têm dores de cabeça e diminuição do fôlego.
Em altitudes mais altas, estes sintomas são extremos e podem incluir perda de apetite, enjoos, vômitos, tontura, irritabilidade e insônia. Quando o oxigênio é severamente limitado, o corpo irá compensar aumentando o fluxo sanguíneo até o cérebro.
Em altitudes extremas, o cérebro pode inchar e os vasos sanguíneos podem arrebentar, resultando no "edema cerebral das grandes altitudes".
Quando isto acontece, o alpinista pode sentir-se desorientado, ter alucinações e perder a consciência. Igualmente, o "edema pulmonar das grandes altitudes" ocorre quando fluidos acumulam-se nos pulmões. Isto produz uma redução no fôlego e pressão no peito, bem como tosse e escarro sangrento.
Outros riscos para os alpinistas incluem a ulceração pelo frio, a hipotermia causada pelas temperaturas extremas e a trombose ou embolismo, causados pelo afinamento do sangue em resposta à grande altitude. Queimaduras extremas e ossos quebrados devido a quedas são os acontecimentos mais frequentes.
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