12 janeiro 2013

OS MENSAGEIROS DE DEUS - THE MESSENGERS OF GOD - 2ª PARTE


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Os anjos são espíritos perfeitos. Eles ultrapassam o homem no seu poder espiritual. No entanto, como seres criados, os anjos carregam em si o selo da limitação. Sendo incorpóreos, eles são menos dependentes de espaço e lugar.

Por assim dizer, passam através de vastos espaços com extrema rapidez, aparecendo onde quer que seja necessária sua ação. No entanto, não se pode dizer que eles sejam inteiramente independentes de espaço e lugar, nem que estejam presentes em todo lugar.

As Sagradas Escrituras às vezes mostram anjos descendo do Céu para a Terra, às vezes subindo da Terra para o Céu. Deve-se supor que eles interajam tanto no Céu quanto na Terra ao serem enviados por Deus.

São Basílio escreve: "Nós cremos que cada um dos poderes celestes tem um lugar definido. Pois o anjo que estava frente a Cornélio não estava ao mesmo tempo com Felipe, e o anjo que falou a Zacarias não estava ao mesmo tempo ocupando seu próprio lugar no Céu".

Da mesma forma São João ensina: "Os anjos são circunscritos, pois quando eles estão no Céu eles não estão na Terra, e quando eles são mandados para a Terra por Deus, eles não permanecem no Céu".

A imortalidade é um atributo dos anjos claramente testificado pelas Escrituras, as quais ensinam que eles não podem morrer. No entanto, sua imortalidade não é uma imortalidade Divina, porque isso é algo auto-existente e incondicional. Ao contrário ela depende, assim como a imortalidade da alma humana, inteiramente da vontade e misericórdia de Deus.

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Como espíritos imateriais, os anjos são capazes de autodesenvolvimento interno até o mais alto grau. Suas mentes são mais elevadas que a mente humana. De acordo com a explanação do Apóstolo Pedro, em sua força e poder eles ultrapassam todos os governos e todas as autoridades terrenas. A natureza de um anjo é mais elevada que a natureza de um homem. Porém, os exaltados atributos dos anjos têm seus limites.

As Escrituras indicam que eles não conhecem as profundezas da Essência de Deus, que é conhecida somente pelo Espírito de Deus: "Assim ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus". Eles não conhecem o futuro, o qual também é conhecido somente por Deus: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no Céu".

Da mesma forma eles não entendem completamente o mistério da Redenção, apesar de pretenderem nele penetrar. Eles nem mesmo conhecem os pensamentos humanos. Finalmente, eles não podem por si próprios, sem a vontade de Deus, fazer milagres: "Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só Ele faz maravilhas".

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As Sagradas Escrituras apresentam o mundo angélico como extraordinariamente grande. Quando o Profeta Daniel teve uma visão, foi revelado para seu espanto que "milhares de milhares serviam a Deus, e milhões de milhões estavam diante Dele". Uma multidão de anjos celestiais louvou a vinda do Filho de Deus à Terra.

São Cirilo de Jerusalém disse: "Calculem quantas são as nações romanas, quantas tribos bárbaras vivem agora e quantos morreram nos últimos cem anos. Calculem quantas nações foram enterradas durante os últimos mil anos e todos os homens de Adão até hoje. Na verdade é uma grande multidão! Mas ainda é pouco, porque os anjos são muito mais".

"Eles são as noventa e nove ovelhas, mas a humanidade é apenas uma. Pois de acordo com a extensão do espaço universal, nós devemos calcular o número de seus habitantes. A Terra inteira não é senão um ponto no meio do céu, e mesmo assim contém tão grande multidão. Que multidão deve conter o Céu que envolve a Terra? E o Céu dos céus, não deve conter números inimagináveis?", completa São Cirilo.

Está escrito, milhares e milhares O serviam e milhões de milhões estavam diante Dele. Não que a multidão fosse só desse tamanho, mas o Profeta não conseguiu expressar mais do que isso.

Com tal multidão de anjos, é natural supor-se que, assim como no mundo material, existam vários graus de perfeição e portanto vários estágios ou graus hierárquicos dos poderes celestes. Assim, a palavra de Deus chama alguns deles de "anjos" e outros de "arcanjos".

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Nós encontramos a enumeração dos nove coros de anjos nas Constituições Apostólicas. As "Constituições Apostólicas" são uma coleção de textos do IV e V séculos sobre a doutrina, louvação e disciplina Cristãs que dão muita informação sobre a vida da Igreja dos primeiros tempos.

Tendo algum respeito por ser um texto Cristão antigo, mas devido a algumas adições feitas a ele em diferentes épocas, não tem a autoridade da Igreja como outros textos dos primeiros tempos.

São Gregório opina sobre esse assunto: "Nós aceitamos nove categorias de anjos, porque por testemunho da palavra de Deus nós conhecemos sobre os anjos, arcanjos, potestades, autoridades, principados, dominações, tronos, querubins e serafins.

O Apóstolo Paulo enumera outras quatro categorias em sua Epístola aos Efésios, dizendo: "Deus Pai colocou Seu Filho acima de todo o principado e poder, potestade, e domínio".

Em sua Epístola aos Colossenses Paulo escreve: "Nele foram criadas todas as coisas que há no Céu e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, dominações, sejam principados, sejam potestades".

Assim, quando juntamos tronos a esses quatro dos quais Paulo fala aos Efésios, isto é, principado, poder, potestade e domínio, temos cinco categorias separadas, e quando juntamos a elas os anjos, arcanjos, querubins e serafins, está claro que existem nove categorias de seres espirituais.


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