Armas químicas utilizam em sua composição produtos químicos remanufaturados para incapacitar ou matar pessoas. A ação de uma arma química nos seres vivos baseia-se nos efeitos fisiológicos produzidos pelas substâncias químicas contidas no artefato.
Estas armas podem ser usadas para matar um grande número de pessoas e algumas são projetadas para ferir ou aterrorizar a população. Além de seus efeitos potencialmente terríveis, as armas químicas são motivo de grande preocupação porque são menos dispendiosas, mais fáceis de fabricar e usar do que as armas nucleares e biológicas.
A melhor medida de proteção é o uso de máscaras de gás, ou como salvaguarda a aplicação da atropina que deve ser injetada nos casos de exposição aos agentes químicos mais comuns.
Estes são mais densos que o ar e deslocam-se para as áreas mais baixas, sendo carregados pelo vento que garante a sua dispersão. Os níveis mais altos das construções e terrenos elevados, como os edifícios, os morros ou as pontes, são bons locais para se refugiar e evitar o contato com o ar contaminado em caso de ataque.
Os agentes mais tóxicos existentes na atualidade foram classificados como agentes nervosos tipo-V. Dentre eles pode-se citar o VX e a sua versão russa, o R-VX. Com apenas uma gota na pele o agente nervoso VX pode matar um ser humano em poucos minutos. Milhares de toneladas do Russian-VX encontram-se estocadas em larga escala na Rússia, como também na Síria, Irã e Coréia do Norte, entre outros países.
As primeiras armas químicas usadas durante a 1ª guerra mundial não foram obtidas por uma mistura química complexa. A mais utilizada nesta guerra foi o gás cloro, lançado em nuvens maciças pelo exército alemão e causando milhares de mortes entre os aliados em questão de minutos.
A nuvem esverdeada do gás cloro causava um efeito asfixiante que matava ao forçar os pulmões das vítimas a produzir fluidos como proteção, afogando-as e levando-as ao desespero. O gás lacrimejante ou brometo xílico também foi largamente usado nesta guerra, mas foi de restrita eficácia.
Os agentes químicos mais usados como o cloro, fosgênio, cloroformiato de triclorometila, tricloronitrometano, cianeto de hidrogênio, cloreto de cianogênio e o gás mostarda, foram produzidos em grandes quantidades após o fim da guerra.
As armas químicas modernas incluem agentes asfixiantes como o fosgênio, o cloro e o gás mostarda, entre outros e agentes nervosos como Tabun, Sarin, VX, e o temido Russian-VX.
Os agentes químicos podem ser liberados através de pulverizações, na forma de gotículas ou mesmo pó fino, e para causar dano devem entrar em contato com a pele ou membranas mucosas, serem inalados ou ingeridos. A atividade do agente químico depende de sua concentração. Abaixo de um certo nível de exposição o agente químico não mata nem causa danos.
Atualmente a Síria, assim como o Irã e a Coréia do Norte, são grandes detentores de armas químicas. A Síria começou a produzi-las na década de 1970 para usá-las no caso de uma guerra contra Israel. Inicialmente, a química era carregada em bombas e depois nos mísseis Scud, que foram "recheados" com o gás Sarin. Na década de 1990, a Síria conseguiu fabricar o R-VX , o agente nervoso mais tóxico de todos.
A Rússia forneceu os detalhes à Síria sobre como fabricá-lo, inclusive enviando milhares de litros de produtos químicos necessários para manufaturar o gás R-VX. Como a batalha contra os rebeldes sírios atinge um novo estágio, mais letal, Israel está preocupado que o presidente Assad possa usar seu vasto arsenal de armas químicas ou até mesmo fornecê-las para o Hezbollah.
Os líderes militares israelenses estão preocupados com as armas químicas do regime sírio. Elas podem ser contrabandeadas para o Líbano pelo Hezbollah ou cair em mãos de terroristas islâmicos na Síria.
Assad também pode lançar mísseis com gás venenoso em Israel, bem como na Jordânia e na Turquia. Há sempre um medo profundo de que déspotas reajam irracionalmente quando sua sobrevivência está ameaçada.
Armas químicas já foram usadas na década de 1960, quando o Egito usou bombas de gás venenoso durante a intervenção do Cairo na guerra civil do Iêmen.
Na década de 1980, Saddam Hussein usou gás venenoso contra os soldados iranianos durante a guerra Irã-Iraque, e também assassinou um grande número de civis da sua própria população utilizando armas químicas.
O ministro das relações exteriores israelense, Avigdor Lieberman e o primeiro-ministro Netanyahu afirmaram que as armas químicas já estão nas mãos do Hezbollah, e que nem Israel nem os EUA podem aceitar isso.
Netanyahu confirmou que os EUA podem dar a Israel a esperada autorização para atacar os comboios do Hezbollah que transportam as armas químicas da Síria para o Líbano. Os israelenses veêm a grave situação como uma razão para atacar a Síria, mesmo que conduza a uma guerra.
Um país tem de manter suas linhas vermelhas, acrescenta Danny Yatom, um ex-chefe do Mossad. O comando militar israelense está executando exercícios a fim de preparar as instalações médicas do país para a guerra e ataques químicos.
As preparações incluem treinamento para que o staff do hospital gerencie com eficiência o que os militares estão chamando de "mega acidente", que envolverá milhares de vítimas. Treinamos muito para atender ao ataque por armas químicas, disse uma fonte do comando militar.
Todos os 27 centros médicos em Israel estão passando pelos exercícios, para se preparar para um ataque com armas químicas. Funcionários dos hospitais estão sendo treinados para lidar com súbitos afluxos de milhares de pacientes sendo levados às pressas para as suas instalações.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que Israel está acompanhando atentamente a evolução da guerra civil na Síria e que empreenderá todos os esforços contra a ameaça síria e contra todas as ameaças ao país. As observações surgiram depois que o premier realizou uma reunião secreta com o rei da Jordânia para discutir uma ação militar preventiva contra Damasco.
Por outro lado, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, declarou recentemente durante a reunião de cúpula da organização da cooperação islâmica no Cairo, que o povo iraniano está pronto para varrer Israel da face da Terra caso este se aventure a atacar a república islâmica: "Nossas forças armadas são capazes de derrotar qualquer agressor e fazê-lo se arrepender do ato. O Irã é agora uma potência industrial, nuclear e espacial".
O início da WWIII está cada vez mais próximo da humanidade!
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