Discordo das doutrinas impostas pelos puritanos, mas sempre admirei sua ênfase na busca dos maiores padrões morais e éticos para a sociedade. Os primeiros puritanos que colonizaram a América acreditavam que não se pode semear verdadeiras sementes de fé antes que o solo empedernido do coração dos Cristãos fosse profundamente atingido.
Somente deste modo suas orações alcançariam as almas dos fiéis e produziriam o arrependimento sincero nas congregações, assim resultando em Cristãos mais conscientes da palavra de Deus ao longo dos anos.
O puritanismo formou-se no descontentamento com a Igreja da Inglaterra que havia se tornado o produto de lutas políticas internas e doutrinas elaboradas pelos homens. Os puritanos eram um ramo de dissidentes da Igreja que consideravam que esta foi além da reforma protestante.
Religiosamente motivados, eles foram excepcionais em seu tempo, principalmente pelo interesse na educação dos filhos. Alertaram os membros da comunidade e, especialmente as crianças, sobre os perigos do mundo, pregando que os Ensinamentos de Jesus eram a norma para se viver uma vida piedosa.
No século XVII, os puritanos estabeleceram-se na região da Nova Inglaterra. Quando eles chegaram à América logo formaram colônias individuais, e este exclusivismo religioso foi o princípio mais importante da sua sociedade. As crenças religiosas e a retidão moral eram fortes, permeando as leis e costumes das comunidades.
Visto que o amor a Deus estava na vanguarda das suas crenças e o motivador de todas as suas ações, esta unidade comum fortalecia e beneficiava a todos. Vivendo em uma terra estrangeira e cercados pelas dificuldades da vida pioneira, este vínculo espiritual os fez solidários e atentos com as necessidades do próximo.
O Novo Testamento era o modelo de vida e sua devoção foi tão grande que acabou por influenciar toda a sociedade americana futura. Pessoas com opiniões teológicas divergentes eram convidadas a deixarem as comunidades ou tornarem-se Cristãs.
As antigas transgressões inglesas, como a dramatização teatral, a música religiosa e a poesia erótica, foram banidas das colônias da Nova Inglaterra, pois levavam à imoralidade. Já a música religiosa no culto criava um "estado sonhador" que não era favorável durante a adoração à Deus. A leitura das Escrituras estimulou o intelecto promovendo discussões sobre a literatura clássica. Os escritos gregos de Cícero, Virgílio, Terêncio e Ovídio foram estudados com cuidado, e suas filosofias finalmente repassadas para o ensino escolar.
A morte de Elizabeth I, em 1603, trouxe profundas mudanças para a Inglaterra. O novo rei, James I, afirmando o seu "direito divino" de governar, apoiava os empreendimentos e carreiras públicas de muitos Cristãos ingleses. De fato, a Igreja da Inglaterra pouco diferia da Igreja Católica, exceto pela questão central da fidelidade ao Papa.
Os puritanos enfatizavam que não queriam destruir a Igreja nem separar-se dela, e que o único objetivo era restaurar sua pureza original. Mas uma minoria radical dentro do movimento puritano, os separatistas, queriam afastar-se da Igreja inglesa. Deve-se deixar claro que os puritanos que emigraram da Inglaterra em busca da "nova fé", instalando-se na baía de Massachusetts em 1630, não eram separatistas.
O comportamento dos puritanos, rigor e austeridade extrema, comparava-se às tradições e ideologias dos calvinistas, que enfatizavam que o sofrimento era necessário para redimirem-se do pecado original. Os puritanos pregavam que o trabalho duro não só produz riqueza mas também um forte caráter moral. Este fato deu origem à expressão "ética puritana". Segundo eles, os que não se adequavam ao trabalho pesado estavam em perigo mortal de vagar ao largo da Fé.
Em 1700, a comunidade de Boston tornou-se o segundo maior centro de publicação impressa do Império britânico. Os puritanos foram os primeiros a escrever livros para crianças e a discutir as dificuldades de se comunicarem com elas. Numa época em que outros americanos estavam abrindo trilhas, começando a desbravar a América, os esforços dos puritanos nas áreas da literatura e educação alavancavam intelectualmente a nação americana.
A religião e a intelectualidade destes pioneiros forneceram um forte estímulo para o prelúdio do pensamento científico. A grande maioria dos americanos admitidos na científica "Royal Society of London" era composta pelos puritanos da Nova Inglaterra. O grande número de pessoas que tomaram como exemplo o estilo de vida dos puritanos foi responsável por edificar a solidez moral e a Fé Cristã na América.
Estes pioneiros da Fé estabeleceram comunidades que mantiveram a economia saudável e implementaram um sistema educacional que, futuramente, redundou de forma eficiente em poderosos avanços científicos. Os puritanos moldaram, em grande parte, o caráter moral dos americanos. Através das palavras e ações deste grupo forte de crentes Cristãos a Palavra de Deus finalmente espalhou-se pelo continente americano.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
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