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30 agosto 2016

O INÍCIO DA IGREJA CATÓLICA - THE BEGINNING OF THE CATHOLIC CHURCH

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A Igreja Católica é a mais antiga instituição religiosa no mundo desde que, perseguidos pelo Sinédrio, denominação da suprema corte judaica em Jerusalém, os primeiros Cristãos desvincularam-se das sinagogas e fundaram a Igreja Primitiva e, em seguida, nomearam-na como Católica (Universal) — a origem é a palavra grega Katholikos latinizada para Catholicus. A Igreja Católica invocou o princípio da universalidade desde o início, pois aceitava todos em suas congregações, sem distinção de credo ou raça. No meado do primeiro século, os fiéis foram isentos de obedecer à antiga Lei mosaica, conforme resolução do Concílio de Jerusalém (50 d.C.), o primeiro concílio da Igreja Católica.

O Cristianismo floresceu na atmosfera político-cultural do Império Romano, onde o paganismo e a apocrifia eram parte das normas sociais e morais. Assim, durante os três primeiros séculos, os Cristãos foram perseguidos por professarem o Cristianismo, religião contrária à veneração do imperador e seus deuses. Isto foi considerado uma afronta ao poder do Estado e as perseguições aos Cristãos tiveram início. As mais cruéis foram as elaboradas por Nero César, em 100 d.C., Trajano Décio, em 249 d.C., Públio Valeriano, em 260 d.C. e Valério Diocleciano, em 305 d.C., considerada a mais sangrenta da história, porque seu objetivo era o extermínio total dos Cristãos e o fim da Igreja Católica.

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O início do século IV foi um período de paz graças ao Édito de Milão, quando o imperador Constantino vetou oficialmente toda a perseguição aos Cristãos e à Igreja Católica. No decurso deste século, o Cristianismo passou a ser tolerado pelo império romano e a doutrina cristã professada com liberdade, acabando por tornar-se a religião oficial do império romano. Finalmente, no final do século, o Imperador Flávio Teodósio convocou as assembleias dos bispos e instaurou vários concílios, permitindo à Igreja organizar seu conjunto de inter-relações sociais.

Em 381 d.C., o Primeiro Concílio de Constantinopla foi convocado por Teodósio I, para debater as heresias do arianismo, ideologia do padre Ário de Alexandria, Egito, e atestar a natureza, a humanidade e divindade de Jesus Cristo, confirmando o dogma da Trindade Divina. Em 431 d.C.Teodósio II realizou o Concílio de Éfeso. Este foi conduzido em uma atmosfera de confronto e recriminações, onde o nestorianismo e o sabelianismo foram declarados heresias.

Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, pois Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas. Também negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza Divina.

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O Catecismo de São Pio X disserta sobre a doutrina católica e confirma sua profunda relação com os Ensinamentos de Jesus, e como estes nos orientam sobre o caminho da Salvação e do Reino de Deus. As partes mais importantes e necessárias da doutrina são: o Credo, o Pai Nosso, os Dez Mandamentos e os sete Sacramentos. Jesus Cristo é o personagem central do Cristianismo, e veio anunciar a Salvação da humanidade pela Vontade de Deus. Ele é o Filho Unigênito de Deus e a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. É o Único e Verdadeiro Mediador entre Deus e a humanidade.

Os dogmas do Cristianismo professam que a Salvação da humanidade originou-se da Graça Divina e da Paixão de Jesus Cristo. Este supremo sacrifício foi um ato de submissão à Vontade e ao Infinito Amor de Deus, objetivando a Salvação da humanidade. É fundamental que a adesão à Fé Cristã, a crença em Jesus Cristo e Seus Ensinamentos, ocorra de forma espontânea, porque a liberdade humana, um dom divino, é autônoma perante o Criador. A Fé Cristã transmuda-se na caridade e no amor ao próximo, e para que isso suceda, devemos levar uma vida espiritual elevada.

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Jesus Cristo ensinou que a suprema felicidade só é alcançável pelos Santos e justos no Reino de Deus, e que temos nascer novamente para fazer parte Dele. Ele também ensinou que a Graça e a Misericórdia Divina eram superiores ao pecado e ao mal absoluto, e que o arrependimento sincero dos pecados e a Fé em Deus podem salvar nossas almas. Instruiu como um Cristão pode fazer parte do Reino de Deus, Um Reino que está entre vós, disse Jesus. Ele viveu de acordo com os princípios que ensinava e legou exemplos claros de como alcançar a Glória de Deus.

Mas, o que Jesus quis dizer quando afirmou que o Reino de Deus está entre vós? Tertuliano, um escritor da Igreja primitiva, respondeu: "Entre vós significa em vossas mãos ou em vosso poder. Se cumprir os Mandamentos e fizer o bem, qualquer pessoa pode entrar no Reino de Deus, mas só se assumir o compromisso exigido".


Jesus estava divulgando algo maravilhosamente novo e revolucionário. Não era somente um novo reino, como todos que existiram na Terra e desapareceram, mas um Reino com outra natureza que não era deste mundo. Um Reino totalmente diferente, que ninguém jamais tinha ouvido falar. Um Reino que está entre vós...Jesus estava descrevendo um Reino de Verdade, o Reino de Deus.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU


01 novembro 2015

NINGUÉM É TÃO ALTO QUANTO UM CRISTÃO DE JOELHOS - NO ONE IT IS AS TALL AS A CHRISTIAN ON HIS KNEES


CHRISTIAN-ON-HIS-KNEES

Jesus Cristo instituiu a verdadeira Igreja quando conversava com os discípulos: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque isto não te foi revelado pela carne e sangue, mas por meu Pai que está nos Céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Hades não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos Céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos Céus".

Ainda que preguem em nome de Deus, as igrejas criadas após a Igreja de Cristo não são verdadeiras. Diversas denominações cristãs reproduzem a mesma doutrinação new-age, promovendo a ideia de que a Igreja Católica é autocrática, intolerante e pretenciosamente julga-se porta-voz da Revelação Divina. Porém todas estas igrejas foram edificadas sobre uma base frágil e terminarão por ruir, pois não há promessa nem esperança de Salvação nas instituições concebidas e criadas por homens.

Vivemos numa época na qual são evidentes os sinais do secularismo — o movimento em direção à modernização e longe de valores religiosos tradicionais, porque Deus já desapareceu do horizonte e a humanidade tornou-se indiferente. A origem do indiferentismo moderno está na ideologia de Martinho Lutero sobre a fé justificadora, onde a Salvação só é alcançada pela Fé e as boas obras são supérfluas. Lutero pregou que não existem Santos e que um Cristão pode interpretar as Escrituras como desejar.

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O ensino de Lutero afastou o amor ao próximo ao eliminar o valor do mérito humano, deixando o trabalho árduo nas mãos de Deus e pregando que o homem já não precisava merecer ativamente a Graça Redentora. O julgamento privado fez da razão humana o árbitro supremo da Revelação Divina, o que levou diretamentemente ao indiferentismo. Assim, o significado do Novo Testamento foi deixado para a interpretação privada do indivíduo, e este princípio defeituoso trouxe à luz uma série de versões contraditórias dos Ensinamentos de Jesus.

O indiferentismo prega que não há evidências de que uma religião ou filosofia possa ser superior a outra. Esta ideologia é muito sutil e difícil de ser combatida, muito mais do que a intolerância religiosa. Devemos condenar o indiferentismo em nome da razão contida nas Escrituras e na tradição cristã, porque uma atitude de indiferença sistemática não deve ser adotada por homens racionais. Afirmar que Deus não se importa com o que acreditamos ou sermos completamente indiferentes quanto à Verdade revelada é de fato uma blasfêmia!

A afirmação de que uma religião é tão boa quanto a outra é infundada, simplória e irracional. O primeiro princípio da razão declara que duas afirmações contraditórias não podem ser verdadeiras, pois se uma é verdadeira a outra é, sem dúvida, falsa. Jesus Cristo nunca revelou uma pluralidade de religiões ou mesmo uma infinidade de cristianismos variados. Ele edificou uma só Igreja, pregou a existência de um Reino de Deus e uma única congregação de Cristãos sob a orientação perpétua e infalível do Espírito Santo.

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Declarar que todas as religiões são igualmente verdadeiras ou que suas diferenças são irrelevantes é permutar a verdade objetiva pelo pragmatismo — a corrente de ideias que valida o fato de que uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático. O pragmatismo religioso é a maldição da era moderna pois, nesta ótica, podemos trocar de religião de acordo com o ambiente. Devemos ser Católicos na Itália, luteranos na Suécia, muçulmanos na Turquia, budistas na China ou mesmo um xintoísta no Japão, não importa!

Jesus pediu que os apóstolos ensinassem um Evangelho definido e alertou severamente sobre aqueles que conscientemente o rejeitassem: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado". Jesus profetizou que muitos iriam contradizer Seus Ensinamentos, e os denunciou em termos não medidos. "Cuidado com os falsos profetas! Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores".

Nos primeiros séculos da Era Cristã os mártires refutaram o indiferentismo, e quando seus amigos pediam que sacrificassem aos deuses da Roma pagã, ou mesmo que fossem considerados como tendo sacrificado, eles respondiam com as palavras de Jesus: "Todo aquele que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai que está nos Céus. Mas aquele que me negar diante dos homens, eu também o negarei diante de meu Pai que está nos Céus". Claramente estes Cristãos da Igreja primitiva não eram indiferentes! 

CRISTAO-DE-JOELHOS

Quando alguém afirma: "Não faz diferença em que um homem acredita", será levado logicamente a dizer: "Não faz diferença como um homem age". Esta falsa moralidade é construída nas areias movediças da opinião fantasiosa, sem o respeito humano, e portanto não resistirá ao estresse da vergonha, dificuldade ou tentação. Se a importância do Cristianismo fosse uma mera questão de opinião, toda certeza na moral humana torna-se-ia impossível e os homens voltariam aos velhos vícios dos tempos do paganismo.

Quando um homem é indiferente à Verdade de Deus e lança um olhar crítico sobre os Mandamentos ou às Escrituras como se fossem simples leis temporárias, ou mesmo quando questiona a realidade da existência de Deus e da imortalidade, quais princípios ele poderia seguir para cumprir a lei moral da coletividade humana? Também, se um homem credita seu desregramento às contigências da vida, ele nunca conhecerá o lado mais elevado e espiritual da existência humana.

O correto é aceitar a palavra de Deus em sua totalidade, uma vez que se conhece sua importância, mas o descrente somente sentir-se-á compelido a procurar a revelação de Deus quando duvidar sobre a validade das próprias convicções. A boa conduta é essencial, porém a Fé em Deus é a inspiração e a pedra angular na construção da plenitude espiritual. Este é um princípio que o mundo já esqueceu e precisará resgatar. Mas que não se atrevam a mudar um jota ou um til da mensagem que Jesus Cristo deixou para a humanidade!

CRISTAO-DE-JOELHOS

Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e assentando-se, aproximaram-se Dele os discípulos, os ensinou dizendo: "Não cuideis que vim destruir a Lei ou os profetas, pois não vim suprimir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo, até que o Céu e a Terra passem, nem um jota ou um til jamais passará da Lei sem que tudo seja cumprido. Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas talmúdicos e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus. Se violar um destes Mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no Reino dos Céus, e aquele que os cumprir e ensinar, será chamado grande no Reino dos Céus".

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



05 abril 2015

A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS E A ESCURIDÃO SOBRENATURAL - THE CRUCIFIXION OF JESUS AND THE SUPERNATURAL DARKNESS


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E houve trevas sobre toda a Terra, do meio-dia às três horas da tarde. Depois de ter bradado novamente em alta voz, Jesus entregou Seu Espírito. Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram.

Os sepulcros se abriram, e os corpos dos muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da Ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. Quando o centurião e os que com ele vigiavam Jesus viram o terremoto e tudo o que havia acontecido, ficaram aterrorizados e exclamaram: "Verdadeiramente Este era o Filho de Deus!"

A crucificação foi a forma mais cruel de execução jamais inventada, desenvolvida para desumanizar a vítima e prolongar seus sofrimentos durante vários dias até que a morte misericordiosamente terminasse com sua agonia. Esta forma de martírio foi idealizada e posta em prática na região da Cítia (atual Rússia) e futuramente adotada pelos assírios e cartagineses do norte da África.

Os citas são mencionados no Livro de Ezequiel, quando o profeta refere-se à terra de Magogue. O historiador Flávio Josefo confirma que os magoguitas eram chamados de citas. O Império Romano herdou essa forma brutal de execução dos cartagineses, seus inimigos declarados. Mesmo com sua sede de sangue, os romanos ficaram horrorizados com este terrível castigo e utilizavam-no somente contra escravos ou inimigos estrangeiros.

Os cidadãos romanos eram legalmente imunes ao estigma da crucificação, o que esclarece o fato histórico do martírio pela decapitação do apóstolo Paulo, um cidadão romano amparado pela lei, em vez da morte na cruz como a sofrida por São Pedro.

No ano de 72 a.C., durante a revolta dos escravos liderados pelo gladiador Espártaco, conhecida como a Terceira Guerra Servil, milhares deles foram crucificados nas estradas que levavam a Roma, como forma de aterrorizar os remanescentes rebeldes que ainda insistiam em desafiar o Império Romano.

Cem anos mais tarde, nos meses finais do implacável cerco a Jerusalém durante a "Grande Revolta Judaica" – a rebelião popular na província da Judeia contra a dominação de Roma –, as legiões romanas crucificavam a cada dia centenas de cidadãos que tentavam escapar da terrível fome na cidade sitiada.

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Por padrão, os romanos quebravam as pernas das vítimas da crucificação para apressar sua morte, mas os arqueólogos encontraram poucos vestígios que comprovassem esta história. Porém, recentemente, arqueólogos israelenses descobriram um sepulcro datado do período do "Segundo Templo" nas escavações de Giv'at ha-Mivtar, perto de Jerusalém, que continha o ossuário de um homem que fora crucificado.

Na tumba escavada lia-se o nome da vítima: Jehohanan. Os despojos incluam dois ossos do calcanhar com indícios de transpassamento por um único cravo de 7". Curiosamente, os ossos do calcanhar continham minúsculos fragmentos de madeira da oliveira, um remanescente de um apoio de pé, geralmente usado pelos supliciados à cruz para "empurrar-se para cima", assim permitindo que inalassem um pouco de ar.

Significativamente, durante as observações e conclusões antropológicas obtidas pelo exame dos restos mortais encontrados em Giv'at ha-Mivtar, pode-se constatar que os ossos das pernas da vítima foram esmagados por violentos golpes, tornando impossível que o crucificado fizesse qualquer esforço de erguer-se sobre as pernas para tentar respirar.

Não se pode afirmar que isto era um tipo de "ato piedoso" para apressar o fim do tormento do crucificado, pois as pernas quebradas faziam com que a vítima sufocasse mais rapidamente devido ao acúmulo de líquido nos pulmões. Os cientistas concluíram que as provas contidas nos ossos fraturados de Jehohanan indicavam que fora golpeado enquanto vivo.

Por outro lado, o Evangelho de João confirma que as pernas de Jesus Cristo mantiveram-se intactas após Seu suplício na Cruz: talvez os executores pretendessem prolongar Seu sofrimento. Mas não o conseguiram!

Um dos aspectos mais miraculosos da Crucificação de Jesus foi quando uma escuridão sobrenatural abateu-se sobre a Terra durante as três horas da Sua agonia. Este milagre foi descrito com precisão por Mateus, Marcos e Lucas em seus respectivos Evangelhos, assim como gravado para sempre por vários historiadores Cristãos e pagãos.

Em 215 d.C., Sexto Júlio Africano (em latim: Sextus Julius Africanus), professor e historiador Cristão nascido em Jerusalém, publicou em seu livro "História do Mundo" os escritos do historiador pagão Talos (Thallus).

As obras de Talos são importantes pois confirmam a historicidade da Vida de Jesus, assim como fornecem validações não-cristãs dos relatos dos Evangelhos e, principalmente, como a Terra foi tomada pelas trevas durante a Morte de Jesus, fato também descrito nos três evangelhos sinópticos do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas.

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Existem confirmações atuais da veracidade das histórias sobre a escuridão que abateu-se por toda a Terra. Astrônomos modernos confirmaram que Julius Africanus estava correto ao afirmar que não houve um eclipse do sol naquela época, pois o mesmo não poderia ocorrer no momento da fase da lua cheia, como acontecia no período da Páscoa judaica.

No tempo de Jesus, o sumo sacerdote cuidadosamente calculava a posição da lua cheia no seu menor grau, pois o calendário litúrgico hebreu, especialmente na Páscoa, dependia da determinação exata da posição lunar. Há dois pontos importantes nestas confirmações:

Primeiro, temos o registro do historiador-pagão Talos, que estava vivo na época da morte de Jesus e confirmou que a escuridão total cobriu a Terra, fato registrado nos Evangelhos. Em segundo lugar, sabemos que não houve um eclipse, o que torna plausível a ocorrência de um evento metafísico único.

Outra notável referência histórica sobre a escuridão sobrenatural foi encontrada em 138 a.D., nos manuscritos do historiador pagão Phlegon de Lydia, nascido em Tralles, Anatólia (atual Turquia). O trabalho mais impressivo de Phlegon é a coletânea "Olimpíadas", disposta em 16 volumes. Em 300 d.C., no seu livro "Crônicas", o historiador Eusébio cita e discorre sobre um dos livros da obra literária "Olimpíadas" de Phlegon:

"Todos os fatos concordam com o que aconteceu no momento da Paixão do Nosso Salvador. No ano IV da Olimpíada houve uma extraordinária escuridão, que distinguiu-se entre tudo o mais que tinha  acontecido antes. À sexta hora (precisamente o mesmo período de tempo do evento registrado no Evangelho de Mateus), o dia foi transformado em noite escura e foram vistas as estrelas no céu. A terra tremeu até a Bitínia (Anatólia) e derrubou muitas casas nas cidades" (Crônicas de Eusébio).

O escritor e jurista Tertuliano (em latim: Quintus Septimius Florens Tertullianus, 160-220 d.C.), indicou que a notícia sobre a escuridão sobrenatural foi gravada nos arquivos romanos e poderia ser consultada: "Ao mesmo tempo havia uma grande escuridão, e eles pensavam ser um eclipse porque não sabiam que isso também foi predito na Vida de Jesus. Alguns afirmavam não saber a causa da escuridão. E ainda temos este notável acontecimento registrado em nossos arquivos".

Tertuliano criou um vocábulo que tornou-se indissociável da linguagem teológica do Cristianismo ao introduzir a palavra "Trinitas", advinda da reflexão sobre a doutrina da Trindade Divina. Luciano de Antioquia (240–312 d.C.), também confirmou que os arquivos públicos romanos mantinham registros deste evento único: "Olhem nos seus registros e lá encontrarão isso, no tempo de Pilatos! Quando Jesus Cristo morreu foi obscurecido o sol e a luz do dia foi interrompida com a escuridão total".

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU






14 março 2015

JESUS NA HISTÓRIA - JESUS IN HISTORY


JESUS-HISTORIA

É verdadeiramente impressionante a quantidade de evidências da passagem de Jesus Cristo pela Terra, seja nas Escrituras ou nos registros históricos. Os hebreus do primeiro século da Era Cristã possuíam uma capacidade única para recordar e posteriormente registrar os Ensinamentos de Jesus, qualidade impossível para os escritores modernos.

Os precursores do Cristianismo desenvolveram técnicas sofisticadas de memorização, recordando todos os fatos e Ensinamentos provenientes de Jesus. A capacidade destes historiadores bíblicos de recontar longos discursos ou ensinos surpreenderia os professores modernos e alguns críticos ferrenhos dos registros das Escrituras.

Ao longo dos séculos, os líderes religiosos de Israel capacitaram-se na habilidade de preservação da memória oral como um importante recurso na reconstrução histórica, permitindo, por sua vez, que seus alunos também pudessem recordar em detalhes cada instrução de seus professores.

Além dos arqueólogos e pesquisadores contemporâneos, que exaustivamente confirmaram a presença de Jesus Cristo na história, há também um número expressivo de historiadores antigos que perpetuaram os eventos da Sua vida. Alguns destes indivíduos atuaram como historiadores seculares, mesmo que não aceitassem a Verdade que Jesus é o Filho de Deus, relatando Sua Vida e Ensinamentos.

É preciso lembrar que os hebreus e pagãos deste período histórico, que tinham conhecimento de um novo fenômeno religioso nascente, eram mais conscientes do grupo dos recentes Cristãos do que seu patrono efetivo: Jesus Cristo. Estes historiadores tiveram contato direto, ou indireto, com Seus seguidores, mas nenhum teve contato com o líder que eles adoravam.

Devemos recordar que Jesus era um simples hebreu, líder de um movimento inovador em uma província marginal do vasto império romano, que não aceitava os valores predominantes na sociedade da época.

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Joseph Gedaliah Klausner (1874 a 1958), um historiador judeu e professor de Literatura Hebraica, cujos livros mais influentes foram sobre Jesus: "Jesus de Nazaré" e "De Jesus A Paulo", descreveu como Jesus foi compreendido como um judeu e israelita que tentava reformar a religião e morreu como um judeu devoto.

Klausner, examinando os registros históricos sobre Jesus, relatou: "Seu código de ética foi de tal sublimidade, distinção e originalidade que o tornou inigualável a qualquer outro código-ético hebraico, e não há qualquer paralelo à arte notável de Suas parábolas".

Johann Wolfgang von Goethe (1749 a 1832), o expoente escritor e filósofo alemão do século passado, também expressou sua opinião sobre Jesus: "Acredito que os Evangelhos são verdadeiros pois sua divindade apenas poderia manifestar-se sobre a Terra através de Deus, porque Dele emana o esplendor refletido da sublimidade proveniente de Jesus Cristo".

Públio Cornélio Tácito (56-117 d.C.), considerado um dos maiores historiadores romanos da Antiguidade, descreve em seu livro "Annales" (Anais) como Jesus foi executado sob a autoridade de Pôncio Pilatos, governador da Judeia na época do reinado do imperador Tibério.

Tácito descreve a perseguição de Nero aos Cristãos, culpando-os pelo incêndio de Roma; a passagem sobre os Cristãos é considerada a primeira referência pagã à existência histórica de Jesus Cristo:

"Os Cristãos começaram na Judeia e espalharam-se por todo o Império; seu culto e religião derivaram da pessoa conhecida como Cristo. O crescimento explosivo da nova religião iniciou-se a partir da Crucificação de Jesus. Os Cristãos foram desprezados, odiados e falsamente acusados de crimes. No entanto, eles rapidamente cresceram e tornaram-se uma grande multidão em Roma".

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Caio Suetônio Tranquilo (Gaius Suetonius Tranquillus, 69-122 d.C.), historiador oficial de Roma durante o reinado dos imperadores Trajano e Adriano, escreveu a biografia "Os Doze Cesares".

Na seção que versa sobre a vida do Imperador Cláudio (reinou entre 41-54 d.C.) Suetônio declarou: "Tibério Cláudio César Augusto baniu de Roma os Cristãos que seguiam os ensinamentos do seu líder pois, segundo ele, continuamente causavam distúrbios na cidade".

Esta declaração histórica fornece uma evidência poderosa de que havia um número significativo de Cristãos vivendo em Roma somente duas décadas depois da morte de Jesus.

Suetônio também relatou a perseguição implacável aos Cristãos durante o reinado do imperador Nero: "Os Cristãos foram assim punidos, pois eram uma espécie de homens que espalhavam uma crença nova e mágica".

Caio Plínio Segundo (Gaius Plinius Secundus, 23-79 d.C.), também conhecido como Plínio, o Velho, foi um escritor romano, filósofo, naturalista e amigo pessoal do imperador Vespasiano.

Certa vez ele escreveu ao imperador solicitando instruções específicas de como agir a respeito do interrogatório dos Cristãos, aos quais perseguia dado o seu posto de comandante do exército romano. Em uma das suas epístolas ele afirma: "Estes crentes Cristãos nunca adorarão o imperador e não amaldiçoarão seu líder, Cristo, mesmo sob tortura extrema".

Plínio descreveu os Cristãos como pessoas que amavam a verdade a qualquer custo: "O martírio de milhares destes Cristãos baseou-se no fato de que eles conheciam a verdade sobre as declarações dos Evangelhos e estavam dispostos a morrer como  mártires ao invés de negar sua Fé em Jesus como o filho de Deus".

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Luciano de Samósata (125-180 d.C.) viveu durante o reinado do Imperador  Adriano, servindo como oficial do governo em Alexandria, no Egito. No seu livro satírico "A Morte do Peregrino", Luciano legou-nos uma rara abordagem do Cristianismo segundo o ponto de vista de um ateu confesso:

"Ele viajou o mundo sob o nome Peregrinus e conheceu alguns seguidores de Jesus da Igreja primitiva. No momento em que ele aprendeu a doutrina maravilhosa dos Cristãos falaram-lhe de Jesus como um Deus, chamando-O de Mestre. Eles ainda veneram este grande homem que foi crucificado na Palestina quando apresentou ao mundo a nova religião".

Luciano forneceu uma confirmação independente de inúmeros fatos históricos mencionados nos Evangelhos: a Crucificação, a adoração de Cristo como o Deus único e o empenho dos seguidores em seguir os Ensinamentos de Jesus.

Mara bar Serapion, filósofo e escritor assírio, fornece uma das muitas referências de um pagão sobre Jesus Cristo. Sua carta, datada de 73 d.C., foi escrita para seu filho, Serapião, encorajando-o a seguir o exemplo dos vários estimados professores das eras passadas; Sócrates, Pitágoras e um Rei sábio e virtuoso que foi executado pelos judeus na Palestina.

O valor histórico da carta de Mara bar Serapion é que fornece forte confirmação pagã-independente de que Jesus era conhecido como o "Rei dos hebreus". Nas Escrituras temos o relato de que uma inscrição foi fixada no alto da Cruz de Jesus: "E por cima da Sua cabeça puseram escrita a acusação: Este é Jesus, o Rei dos hebreus" (Mateus 27:37).

Em sua carta, Mara bar Serapion descreve como Jesus foi executado ilegalmente pelos judeus e como sofreram os juízos de Deus por seus erros, uma possível referência à destruição trágica da Judeia e de Jerusalém pelas legiões romanas em 70 d.C.

JESUS-HISTORIA

Sócrates e Aristóteles ensinaram durante 40 anos e Platão outros 50. Os Ensinamentos de Jesus duraram apenas 3 anos. Porém, a influência do Ministério de Jesus Cristo transcende infinitamente o legado deixado pelos 130 anos de ensino destes homens, que foram os maiores filósofos de toda a história.

Algumas das melhores pinturas de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Raphael referiam-se a Jesus. Dante, Milton e outros expoentes da poesia também inspiraram-se Nele.

Jesus não compôs nenhuma música; mesmo assim, Handel, Haydn, Beethoven, Bach e Mendelssohn atingiram seu mais alto grau de perfeição melódica nos hinos, sinfonias e oratórios que compuseram em Seu louvor.

Todas as esferas da grandeza humana foram enriquecidas pela obra deste humilde carpinteiro de Nazaré, Nosso Senhor Jesus.



10 março 2015

O MARTÍRIO DOS APÓSTOLOS - THE MARTYRDOM OF THE APOSTLES


MARTIRIO-PEDRO

Existem consideráveis evidências históricas da vida dos discípulos de Jesus nos escritos da Igreja primitiva. Eusébio de Cesareia (263-339 d.C.), o maior historiador do Cristianismo antigo, relatou que os apóstolos pregaram o Evangelho por toda a Terra. Jesus Cristo escolheu doze apóstolos dentre muitos que, por suas próprias palavras, testemunhariam a realidade da Sua Vida, Morte e Ressurreição. Jesus pediu que estes simples trabalhadores abandonassem suas vidas anteriores para segui-Lo até um destino insondável, muito além do que qualquer homem vivenciaria em toda a história da humanidade.

APOSTOLOS

É interessante notar que Jesus não escolheu o tipo de homem que líderes escolheriam para cumprir a árdua tarefa de pregar uma mensagem inovadora: criar uma nova religião e renovar os padrões estabelecidos. Nenhum dos apóstolos era rico ou um líder nato dentro da sociedade do primeiro século; não eram religiosos eruditos ou profissionais de distinção quando Jesus os distinguiu. Nenhuma das suas qualidades pessoais sugeria que seriam verdadeiros homens de Fé e que esta iria resistir ao teste do tempo. No entanto, depois de conviverem com Jesus, foram transformados em homens determinados a combater o poder de Roma e sacrificar suas vidas em defesa do Cristianismo. 

MATEUS

Mateus pregou o Novo Evangelho para os hebreus na Palestina e futuramente viajaria pelo mundo propagando os Ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedônios e persas, entre outros povos da Terra. Aos 72 anos de idade, na cidade de Hierapólis, Frígia (atual Turquia), São Mateus foi martirizado ao sofrer múltiplos ferimentos de espada. Padeceu de dores excruciantes durante dias até que faleceu como resultado de uma infecção generalizada.

MARCOS

Marcos, o evangelista, atualmente é venerado por várias denominações cristãs: católicos, ortodoxos, coptas e outros. Foi o fundador da Igreja em Alexandria, na sua cidade por adoção, e uma das principais sedes do Cristianismo primitivo. Tornou-se o primeiro bispo de Alexandria, no Egito, e implementou o Cristianismo no continente africano. Em 68 d.C. sofreu uma morte terrível, martirizado na cidade que adotara: São Marcos foi amarrado e arrastado por cavalos pelas ruas de Alexandria.

LUCAS

Lucas, o médico, foi o responsável pelo "Evangelho de São Lucas" e pelos "Atos dos Apóstolos": o terceiro e quinto livro do Novo Testamento. Enfrentou o martírio em idade avançada, aos 84 anos, ao ser enforcado em uma árvore (oliveira) em Tebas, na Beócia, região da Grécia, como resultado da inveja dos seus desafetos: certamente incomodados pela sua incansável pregação da palavra de Deus em todo o sul da Europa; assim como sua incessante dedicação aos necessitados.

TIAGO-MENOR

Tiago, o justo, também denominado Tiago Menor, era líder da Igreja primitiva em Jerusalém. Foi um dos discípulos que Jesus encontrou logo após Sua Ressurreição. Em 62 d.C. sofreu o martírio pelas mãos dos escribas e fariseus por recusar-se a negar sua crença de que Jesus Cristo era o Deus Vivo. Como represália foi atirado do pináculo do templo em Jerusalém, despencando de uma altura de 40 metros. Ferido, São Tiago sobreviveu à queda, mas foi caçado, apedrejado e morto a porretadas pelos seus detratores.

TIAGO-MAIOR

Tiago Maior, conhecido como o irmão de João, era um pescador quando Jesus convocou-o para ser Seu discípulo. Em 44 d.C., em Jerusalém, foi condenado à decapitação por ser um líder influente do Cristianismo primitivo. Durante o julgamento, o oficial romano que guardava Tiago surpreendeu-se como ele defendia sem temores sua Fé em Deus. Assim, abnegadamente, o citado oficial declarou-se convertido ao Cristianismo encaminhando sua decisão ao juiz. O oficial acompanhou São Tiago até o local da execução, e ajoelhando-se próximo ao apóstolo também foi decapitado.

BARTOLOMEU

Bartolomeu foi um importante missionário na Ásia e largamente conhecido pelas suas peregrinações na Índia e principalmente pela Armênia: nação onde lhe são creditados diversos milagres e curas. Encontrou seu martírio na Armênia, o país ao qual dedicara seus maiores esforços de evangelização. Foi esfolado vivo pelo efeito de chibatadas e em seguida crucificado até a morte. Em 300 d.C., graças ao apostolado de São Bartolomeu, a Armênia tornou-se a primeira nação do mundo a adotar o Cristianismo como a religião oficial.

ANDRE

Santo André e seu irmão São Pedro ganhavam a vida como pescadores quando Jesus encontrou-os e disse-lhes: "Segui-me, pois vos farei pescadores de homens". Aos 60 anos de idade, André foi martirizado na cidade de Patras, na Grécia: depois de severamente açoitado, foi amarrado (para prolongar sua agonia) pelos seus algozes numa cruz no formato de xis. Consistente com sua Fé em Cristo, saudou seus torturadores com as seguintes palavras: "Há muito tenho esperado este momento, pois a cruz é um símbolo sagrado". Sofreu por dias até falecer.

TOME

Tomé tornou-se conhecido pela seguinte passagem nas Escrituras: "Se eu não vir o sinal dos cravos em Suas mãos e não puser o meu dedo no lugar dos cravos, de maneira nenhuma o crerei. E Jesus disse a Tomé: Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos, não sejas incrédulo, mas crente. Tomé respondeu: Senhor meu, Deus meu! E Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram". Tomé foi alvejado por uma lança em Mylapore, na Índia, durante uma viagem para estabelecer uma Igreja no subcontinente.

JUDAS-TADEU

São Judas Tadeu, irmão de Tiago Menor, foi martirizado em 65 d.C. na província romana da Síria, juntamente com Simão, o zelote, que o acompanhava na ocasião do ultrajante atentado contra os dois apóstolos. Estes discípulos de Jesus Cristo foram mortos a machadadas e flechadas por uma multidão enfurecida incentivada por sacerdotes pagãos, após recusarem-se a negar a sua Fé em Deus e adorarem o deus dos pagãos: o sol. São Judas é o santo padroeiro das causas desesperadas e perdidas.

MATIAS

Matias foi o escolhido para substituir o traidor Judas Iscariotes. Semeou sua Fé em Jesus Cristo por toda a Anatólia, na Ásia Menor, e na região do entorno do mar Cáspio: Azerbaidjão, Irã, Cazaquistão, Rússia, Turquemenistão. Sofreu o martírio em 80 d.C., na região de Colchis (atual Geórgia), no Cáucaso, quando foi apedrejado e em seguida decapitado. Alternativamente, outra interpretação histórica menos confiável menciona que Matias pode ter sido enterrado em Jerusalém, no local onde teria sido decapitado

PAULO

São Paulo escreveu várias epístolas às Igrejas que instituíra em todo o Império Romano. Foi um dos escritores responsáveis pela propagação do Cristianismo através do mundo antigo e seus escritos compõem uma parte significativa do Novo Testamento. Paulo passou mais de seis anos aprisionado em diferentes épocas da sua produtiva vida. As cartas de São Paulo escritas no período de reclusão forçada ajudaram a compor as doutrinas mais fundamentais do Cristianismo. Sofreu o martírio em 67 d.C., torturado e em seguida decapitado a mando do imperador Nero.

PEDRO

Simão Pedro, nosso São Pedro, foi o primeiro Papa da Igreja Católica. Disse-lhe Jesus: "E vós, quem dizeis que eu sou?" Simão Pedro respondeu: "Tu és Cristo, o Filho do Deus Vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado por carne ou sangue mas por meu Pai que está nos céus. Pois também te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela. Eu te darei as chaves do Reino dos céus, e tudo o que ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos céus". Pedro foi martirizado aos 64 anos de idade e pediu para ser crucificado de cabeça para baixo em uma cruz no formato de xis, pois sentia-se indigno de morrer da mesma maneira que Jesus Cristo.

JOAO

João Evangelista enfrentou seu martírio quando foi torturado e colocado para morrer em uma tina contendo óleo fervente, durante uma onda de perseguição aos Cristãos em Roma. No entanto, ele foi miraculosamente salvo da morte certa. Depois de ter sobrevivido, João foi aprisionado pelo imperador Domiciano na ilha de Patmos, na Grécia, local onde escreveu "O Apocalipse", o Livro das Revelações. Quando João foi libertado, concentrou-se no seu apostolado pelo mundo afora e tornou-se o patrono das 7 igrejas da Ásia: Ephesus, Smyrna, Pergamum, Thyatira, Sardis, Philadelphia. São João faleceu aos 94 anos de idade, em Ephesus, Grécia. Foi o único Apóstolo que não foi martirizado e morreu em paz.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



03 março 2015

A DESCOBERTA ARQUEOLÓGICA DO LAR DE JESUS - THE ARCHAEOLOGICAL DISCOVERY OF JESUS'S HOME


JESUS-LAR

Entre os hebreus da Palestina o epíteto de Jesus Cristo era "O Nazareno" e, assim, os primeiros Cristãos foram identificados como "nazarenos". O termo nazareno é relativo a Nazaré, um povoado da Baixa Galileia, na Palestina, ou àquele que nasceu e habitava o vilarejo.

Mas o termo tanto pode ser derivado diretamente da palavra Nazaré, a localidade na qual Jesus cresceu, trabalhou com seu pai e ensinou, como também da palavra hebraica "Netzer" que significa Ramo, Remanescente ou Rebento — um título muitas vezes aplicado profeticamente ao messias dos antigos textos hebreus: "Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará" (Isaías 11:1). 

A profecia de Isaías foi cumprida pelo anjo que guardava o Santo Sepulcro, como relatou o Apóstolo Marcos: "Entrando no sepulcro viram um anjo assentado à direita, e trajava um manto branco. Ele disse: Não vos assusteis, buscais a Yeshua HaNotzri". No aramaico antigo a palavra "Yeshua" significa Jesus, e o epíteto "HaNotzri", O Nazareno.

NAZARE-CASA

Recentemente foi anunciada uma sensacional descoberta arqueológica sob as fundações do convento das "Irmãs de Nazaré", próximo à Igreja da Anunciação na atual cidade de Nazaré: a residencia de Maria e José, o lar onde Jesus viveu!

Escavações subsequentes revelaram que a casa de dois pavimentos foi construída com sólidas paredes de rocha calcária fixadas por argamassa, e também situava-se próxima a uma encosta rochosa.

Foram escavadas as ruínas de um muro e a entrada camuflada de uma gruta foi descoberta. Grutas camufladas foram encontradas em outras comunidades hebraicas da Baixa Galileia, como na vizinha aldeia bíblica de Canaã, palco de inúmeras batalhas entre hebreus e romanos.

A construção contava com vários cômodos para moradia e trabalho, e uma escada adjacente levava ao anexo superior, agora inexistente. Foram descobertos indícios de um sistema para a coleta da água pluvial proveniente do telhado.

Os arqueólogos encontraram vestígios de depósitos para argila e giz, materiais geralmente utilizados para garantir a pureza dos alimentos e da água quando mantidos dentro de vasos de armazenagem. Uma fonte de água nas proximidades atendia às necessidades dos habitantes.

GRUTA-LABIRINTO

Nazaré era um povoado recôndito que ocupava uma área de 40.000 m² (4 hectares). Estima-se que quase cem construções, destinadas à moradia e ao comércio, compunham a totalidade das edificações.

No entorno do povoado foram descobertas várias grutas que eram verdadeiros labirintos e claramente serviam de abrigo temporário contra invasores. Posteriormente deveriam ser utilizadas como locais de reunião para os primeiros Cristãos.

Normalmente os soldados romanos não incomodavam os habitantes de Nazaré, já que o vilarejo tinha pouco valor estratégico para Roma e seu Império. No primeiro século a.C., os governantes romanos assumiram o controle de Israel, mas a população de Nazaré e cidades vizinhas rejeitou a cultura imposta.

A posição política da população de Nazaré foi especialmente incomum, pois demonstrava um forte sentimento anti-romano e uma grande vontade de manter intocada a identidade hebraica durante a crescente influência de Roma, que dominaria por séculos a Palestina e grande parte do Ocidente.



20 outubro 2014

OS CRISTÃOS E A IGREJA ATUAL - CHRISTIANS AND THE CHURCH TODAY


CHRISTIANS-CHURCH-TODAY

As verdades contidas nas Escrituras estão em conformidade com a vontade de Deus mas, atualmente, só nos resta a submissão ao controle das diversas denominações ou seitas cristãs que desvirtuam a Palavra de Deus para arrebanhar fiéis e aumentar o faturamento das instituições. Com este intento, os Ensinamentos de Jesus são interpretados de forma aleatória pelos sofistas especializados em pregar a palavra de Deus.

Os fiéis, desavisados, depositam sua confiança em qualquer seita cristã e a maioria frequenta as igrejas evangélicas. Mas qual a idoneidade destes novos formadores de opinião que manipulam as Escrituras em proveito próprio? É certo que uma agremiação não terá um maior entendimento da palavra de Deus do que outra, e não sabemos se realmente conhecem o que os apóstolos nos repassaram.

Visto que as interpretações metafísicas não podem ser desvendadas pela razão, o legado dos primeiros Cristãos pode nos ajudar. Seus escritos não foram inspirados por Deus e os escritores da Igreja primitiva não os elevaram ao mesmo nível das Escrituras. Se pudéssemos conhecer o que os Cristãos do final da época apostólica acreditavam, seria um ponto de referência mais valioso do que qualquer outro.

CRISTAOS-IGREJA-ATUAL

Estes primeiros Cristãos nortearam suas vidas e crenças pelas práticas que herdaram dos apóstolos e não se dividiram em diferentes ramificações cristãs, como as atuais, pois concordavam e não discutiam pontos faltantes na metodologia cristã — não aceitaram que a diversidade abalasse a Fé em Deus. Ainda que intransigentes quanto à obediência a Jesus Cristo, foram flexíveis para debater suas dúvidas sobre as questões não resolvidas.

Os Cristãos atuais afirmam que vivemos numa era de prosperidade material, onde os milagres e bençãos ocorrem em abundância. Mas porque Deus entregou a cruz da aflição para os primeiros Cristãos e um mundo de benesses para nós?

A Igreja Católica na época do cristianismo híbrido constantiniano, creditava seu rápido desenvolvimento à benção de Deus. Devemos recordar que a Igreja cresceu exponencialmente depois da conversão do Imperador Constantino. Será que Deus realmente aprova nossos métodos atuais ou será que nos percebe como a igreja-estado criada por Constantino?

CRISTAOS-IGREJA-ATUAL

A Igreja do quarto século utilizou métodos humanos para construir templos luxuosos que não comprovaram sua eficácia em "edificar" uma Igreja mais justa. Os Cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual porque não temeram desafiar as autoridades e os valores do mundo antigo. Sua filosofia não era um conjunto de regras, mas uma maneira inovadora de servir a Deus.

No entanto, os novos-cristãos constantinianos esqueceram como interpretar os Ensinamentos de Jesus e propuseram melhorar o Cristianismo usando os recursos do mundo. Mas não melhoraram, e sim destruíram seu coração!

A atual Igreja Católica ainda celebra sua união com o Estado e ainda cremos que podemos melhorar o Cristianismo utiliizando métodos humanos. Mas o verdadeiro Cristianismo não retornará até que voltemos à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação dos primeiros Cristãos. A Igreja deve divorciar-se do mundo, um tipo de divórcio que teria a bênção inequívoca de Deus.

Onde está a cruz da abnegação e do sofrimento, o estandarte da Fé e do amor que carregavam os primeiros Cristãos? Ficaram esquecidos e largados nas ruas empoeiradas de Niceia. Mas não é demasiado tarde para nós, Cristãos, pois a Santa Igreja pode voltar e recolhê-los, levantá-los e novamente elevá-los em honra à Jesus Cristo, o Filho de Deus.