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12 maio 2013

OS MÁRTIRES CRISTÃOS - CHRISTIAN MARTYRS


CHRISTIAN-MARTYRS

A palavra mártir, usada em todo o Novo Testamento, significa "testemunha". No entanto, à medida que o Império Romano tornava-se cada vez mais hostil em relação ao Cristianismo, as distinções entre testemunho e sofrimento tornaram-se turvas e finalmente inexistentes. Desta forma, no segundo século, a denominação "mártir" tornou-se o termo técnico para uma pessoa que havia morrido por Jesus Cristo.

A noção do martírio não se originou com a Igreja Cristã, mas foi inspirada pela resistência passiva dos judeus piedosos durante a revolta dos Macabeus, em 173-164 a.C. Antíoco IV, o rei tirânico do antigo Império Selêucida, iniciou sua revolução com uma variedade de atos bárbaros, inclusive proibindo aos judeus palestinos as suas práticas religiosas, e até a circuncisão.

Histórias de judeus estoicos, como a do escriba Eleazar, que escolheu a tortura e a morte em vez de violar a lei mosaica, ao ser obrigado a comer carne de porco, eram frequentes. Duzentos anos depois, na guerra judaica em 70 d.C., milhares de judeus-cristãos tornaram-se mártires pela sua Fé, em vez de capitular ao paganismo romano. Essa nobre tradição ajudou a moldar na Igreja a emergente Teologia do martírio. A Igreja entendeu o martírio como uma imitação da Vida de Jesus Cristo.

MARTIRES-CRISTAOS

Jesus foi o exemplo da não-violência em Seu próprio julgamento e execução, declarando que não revidaria às agressões sofridas porque o Seu Reino não era deste mundo. Estêvão, o primeiro mártir Cristão, teve uma morte semelhante à de Cristo, orando fervorosamente por seus algozes. Eusébio, o historiador da Igreja, chamado de "mártir perfeito", tornou-se o protótipo para todos os mártires que viriam em seguida.

A resposta não violenta do mártir para a tortura nunca foi igualada na sua passividade ou resignação. Para a Igreja primitiva o ato do martírio era uma batalha espiritual de proporções épicas contra os poderes do próprio inferno. Justino, por exemplo, escreveu uma apologética ao imperador Antonino alegando que sua punição aos Cristãos era por "instigação dos demônios".

A Igreja antiga entendeu o poder da força e do testemunho dos mártires. Eles seguiam o conselho de Jesus: "Sempre que você for preso e levado a julgamento, não se preocupe com antecedência sobre o que dizer. Basta dizer o que é dado no momento, pois não é você falando, mas o Espírito Santo".

Aqueles que confessavam sua Fé diante da perseguição foram vistos como se recebessem a palavra da Revelação, como os profetas do Antigo Testamento.


Por exemplo, Policarpo, o bispo de Esmirna martirizado em 155 d.C., viu seu leito pegando fogo, uma visão profética sobre o tipo de morte que ele sofreria. A Basileides, um dos primeiros professores religiosos de Alexandria, foi concedida a visão do Potamiaena martirizado, 205 d.C., que lhe informou profeticamente que logo teria o privilégio de morrer por Jesus Cristo. Em ambos os casos foram cumpridas as visões proféticas.

Porque eles estavam contra a apostasia, e porque possuíam os dons da profecia e visões, os mártires eram tidos em alta conta pela Igreja primitiva. De fato, sua autoridade espiritual rivalizava com a dos bispos. Saturus de Cartago teve uma visão na qual ele e Perpétua, ambos mártires, foram chamados para mediar uma disputa entre um bispo e seus presbíteros.

A Igreja primitiva também acreditava que os mártires eram intercessores de Deus. A Primeira Epístola de João alude ao poder da intercessão Divina: "Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não leva à morte, ele deve orar que Deus lhe dará a vida".

Inúmeras histórias circulavam sobre as Graças obtidas pelas orações dos mártires durante suas vidas. Assim, não foi difícil para os Cristãos daquele tempo imaginar esses mesmos guerreiros da oração intercedendo na corte celestial após a morte.

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A crença na virtude do martírio gerou o fenômeno do "voluntariado", em que alguns Cristãos buscavam ativamente a perseguição e a morte. Em um julgamento, o governador romano foi interrompido em seu tribunal pelo Cristão chamado Euplus (304 d.C.), que bradava agitando a Bíblia: "Eu sou um Cristão e quero morrer". Seu pedido foi concedido.

A Igreja primitiva não aprovava os martírios voluntários e, de fato, Orígenes e Clemente especificamente advertiram sobre eles. Jesus Cristo, no Evangelho de Mateus, aconselhava a retirada em vez da confrontação quando a perseguição era iminente. Assim, aqueles que se ofereciam para morrer em martírio eram uma pequena minoria.

O autor do relato do martírio de Policarpo escreveu: "Para ele, como o Filho de Deus que adoramos, os mártires, como discípulos e imitadores do Senhor, são reverenciados como eles merecem, pela lealdade insuperável para com o seu Rei e Mestre". Desta forma os mártires passaram a ser honrados nos aniversários das suas mortes.

O culto da celebração era realizado no túmulo do falecido com orações, oferendas, comunhão e uma leitura da história do mártir, relatando o seu sofrimento e morte. Essa prática era bastante contrária às raízes judaicas do Cristianismo que, seguindo a lei mosaica, considerava o túmulo impuro.

MARTIRES-CRISTAOS

Não é exatamente certo quando a honra prestada aos mortos martirizados foi transferida para os seus restos mortais, mas o relato do martírio de Policarpo, escrito no século II, inclui uma declaração de que a Igreja de Esmirna considerava os ossos do Santo "mais valiosos do que pedras preciosas e mais puros do que o ouro".

Os crentes em Antioquia tinham em alta estima os restos mortais de Inácio, enquanto o sangue e as roupas de Cipriano tornaram-se objetos de veneração. Havia várias perseguições aos Cristãos como resultado desta adoração, e algumas eram apenas manifestações locais nas cidades, causadas quando um terremoto ou uma praga passavam a ser da responsabilidade dos Cristãos.

Havia várias perseguições organizadas pelo Estado, mas estas não costumam durar muito tempo. Porém, em 303 d.C., uma década antes de Constantino, aconteceu "A Grande Perseguição". O Estado, sob o império de Diocleciano (245-313 d.C.), declarou guerra contra a Igreja.

Como parte de uma reforma política geral, ele decidiu dividir o Império para torná-lo administrativamente mais gerenciável e, no processo, viu a necessidade de impor uma unidade religiosa ainda mais forte. Em 303 d.C., Diocleciano lançou quatro editais contra o Cristianismo, às vésperas da conversão de Constantino.

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O primeiro edital exigia que os Cristãos entregassem seus Livros Sagrados e seus bens. O magistrado local deveria pedir ao bispo ou ao padre da Igreja Cristã que entregasse esses itens, e se recusassem seriam presos. O passo seguinte era queimar a própria Igreja.

A segunda parte do plano de Diocleciano para destruir a Igreja envolvia a detenção dos bispos, presbíteros, fiéis e quaisquer outros que tivessem um papel de liderança dentro da comunidade Cristã. Então, em vez de destruir as propriedades da Igreja, que o Estado queria preservar para proveito próprio, decidiu-se por destruir a estrutura hierárquica da Igreja que já existia totalmente formada bem antes de Constantino.

A terceira fase da perseguição obrigava que os integrantes do Clero, que haviam sido detidos, oferecessem sacrifícios públicos aos deuses pagãos para mostrar a sua conformidade com a religião do Estado. Às vezes, isso significava queimar um incenso em frente à imagem de um deus ou do próprio imperador. O Estado presumia que se os bispos e clérigos aderissem ao sacrifício pagão, o resto dos Cristãos faria o mesmo.

Finalmente no quarto estágio, qualquer um identificado como Cristão seria preso e também forçado a oferecer sacrifícios aos deuses e ao imperador.

MARTIRES-CRISTAOS

Mas o Estado falhou em abalar a Igreja simplesmente destruindo suas propriedades ou colocando o Clero fora de circulação, objetivando desacreditá-lo. Assim, como último recurso, houve uma perseguição em massa aos fiéis Cristãos, que durou até 311 d.C. No entanto, a Igreja foi capaz de sobreviver a esta perseguição com tanta facilidade que em 312 d.C. estava realmente em posição de tornar-se a religião oficial do Império Romano.

Desta forma, em 325 d.C., a Igreja realizou seu primeiro Concílio Ecumênico, em Niceia, que foi o primeiro encontro dos bispos de todo o Império Romano. Em um curto espaço de tempo, o Cristianismo passou de uma total perseguição bem-programada para a sua aceitação como a religião oficial de todo o Império Romano.

O Concílio de Niceia foi realizado e, assim, reformaram o Credo e os Dogmas da Fé. A Igreja estava prestes a tomar grandes decisões teológicas! As decisões implementadas pela Igreja foram determinantes e deram certo (sic). Foram o produto da capitulação da Igreja para uma Teologia não-bíblica forçada pelo Estado.

Por sua fidelidade a Jesus Cristo, apesar da tortura e morte, aqueles homens, mulheres e crianças, nossos mártires Cristãos, proclamaram ao mundo que Jesus é o verdadeiro Deus, estruturando toda a teologia e Fé Cristã que nortearam o futuro da Cristandade.

Lemos a respeito dos mártires no Livro do Apocalipse: "E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela Palavra do Seu testemunho, e não amaram suas vidas até a morte".

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





18 março 2013

PAPA SÃO PIO X - O PAPA, O SANTO, A SUA HISTÓRIA - POPE SAINT PIO X - THE POPE, THE HOLY, HIS STORY

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Em nenhuma época na História da Igreja Católica existiu melhor exemplo do que São Pio X, um dos eleitos de Deus. Suas ações sempre refletiam virtudes como a piedade e caridade extrema, humildade e simplicidade profunda e um enorme zelo pastoral.

A inscrição no seu túmulo, na cripta da Basílica de São Pedro, mostra o testemunho eloquente de uma vida a serviço de Deus: "Nascido pobre e humilde de coração, destemido defensor da Fé Católica, zeloso para restaurar todas as coisas em Cristo e coroado em uma vida Santa e uma morte Sagrada".

Giuseppe Melchiorre Sarto, o Papa São Pio X (1903 a 1914), nasceu em 2 de junho de 1835 em uma pequena casa na aldeia de Riese, na província de Treviso, Itália, perto de Veneza. Seu pai, Giovanni Battista Sarto (1792–1852), um carteiro e sapateiro de profissão, morreu em 1852 quando Giuseppe era muito jovem.

Sua mãe, Margaritta Sanson Sarto (1813–1894), teve que cuidar da familia composta por quatro irmãos e seis irmãs, conseguindo suporte financeiro através dos seus talentos na costura. Giuseppe aprendeu sobre a Fé Cristã com a sua mãe, em uma idade precoce, e também nas aulas do padre Don Tito Fusaroni.

Embora pobres, seus pais valorizavam a educação, e Giuseppe caminhava seis quilômetros todo dia para chegar à escola. Ainda jovem, Giuseppe estudou latim com o padre da aldeia, e com o tempo, as sementes de uma vocação sacerdotal floresceram. Logo depois entrou no seminário de Pádua, na freguesia do Santo padroeiro da aldeia, Santo Antonio de Pádua, onde terminou com distinção seus estudos clássicos, filosóficos e teológicos.

Frequentando a escola paroquial, a inteligência e o caráter moral de Giuseppe logo despertaram a atenção do reitor, que arranjou uma bolsa para o rapaz no ensino médio, em Castelfranco Veneto, uma cidade maior a 2 km de Riese. Depois de concluir o curso de instrução em Castelfranco, Giuseppe deu a conhecer que sentia a chamada para o sacerdócio, mas tinha considerado que os meios para alcançar esse fim estavam fora do seu alcance, devido às dificuldades financeiras da sua família.

No entanto, seus pais viram que a vontade de Deus estava na vocação do seu filho, e fizeram tudo em seu poder para ajudá-lo. Então, o reitor veio novamente em seu auxílio conseguindo outra bolsa de estudos no seminário de Pádua.


Papa-Pio-X

Em novembro de 1850, o jovem Giuseppe chegou a Pádua e imediatamente foram retomados os estudos no seminário. As mesmas qualificações elevadas, de intelecto e espírito, despontariam adiante em seu trabalho como Bispo e futuramente no seu pontificado.


Em 18 de setembro de 1858, com 23 anos de idade, na época das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, Sarto foi ordenado sacerdote e tornou-se capelão em Tombolo, recebendo o Sacramento da Ordem. Sua primeira missão pastoral em Tombolo foi iniciar uma escola noturna para todos os adultos, ensinando o catecismo.


Após sua aplicação exemplar neste empreendimento, seu Bispo o designou como Vigário paroquial em Salzano e, em seguida, enviou-o para a Diocese de Treviso, onde ele estudou direito canônico e as obras de São Tomás de Aquino, especificamente a "Summa Theologica". Desta forma, o padre Giuseppe Sarto, cristalizou definitivamente seu amor por Nosso Senhor Jesus Cristo e a sua luta pela salvação de almas. O padre Giuseppe trabalhou arduamente, e finalmente em 18 de setembro de 1858, foi ordenado Cardeal de Castelfranco.


Em 1867, foi nomeado Arcipreste de Salzano, onde restaurou a Igreja e ampliou o hospital, com fundos provenientes do seu próprio trabalho. Tornou-se popular com o povo quando trabalhava para ajudar os doentes durante a peste de cólera que varreu o norte da Itália no início dos anos 1870. Ele foi nomeado Cônego da Catedral e Chanceler da Diocese de Treviso e também manteve escritório como diretor espiritual, reitor do seminário de Treviso e examinador do clero.


Como Chanceler tornou possível que alunos das escolas públicas recebessem instrução religiosa. Muitas vezes ele lutou pela resolução dos problemas para conseguir trazer o ensino religioso para a juventude rural e urbana, que não tinha a oportunidade de frequentar escolas Católicas.


Em 1878, após a morte do Bispo Zanelli, foi nomeado Vigário da Diocese. Depois de 1880, Sarto ensinou Teologia Dogmática e Teologia moral no seminário de Treviso. Em 10 de novembro de 1884, o Papa Leão XIII elegeria Giuseppe Sarto como Monsenhor e Bispo de Mântua, em uma diocese em completo tumulto. Ele acalmou os espíritos da insurreição e da baixa moral, continuando o seu compromisso e prioridade para com os pobres e as crianças.



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Rejeitou o luxo da mansão do Bispo e conduziu-se como um humilde pároco. Devido ao devoto e sincero cuidado com seus fiéis em Mântua e sua profunda espiritualidade, Leão XIII elevou-o a Cardeal Patriarca de Veneza em 1893. Durante um ano e meio o Cardeal Sarto teve que esperar a nomeação por causa da oposição do governo italiano, que exigia os mesmos privilégios exercidos pelo imperador da Áustria.


Apesar da crise política entre a Igreja e o governo, ele passou o tempo de espera em oração e preparação. Muitos acreditam que o Papa Leão XIII, que teve numerosas visões e recebeu mensagens celestiais, soube em seu coração e alma que Giuseppe eventualmente iria sucedê-lo como Papa. Dez anos mais tarde isso se tornaria uma realidade. Em 20 de julho de 1903, com a morte de Leão XIII, o colégio dos Cardeais foi convocado para eleger um novo Papa.


Para muitos Cardeais presentes, foi a primeira vez que um Papa não foi selecionado no primeiro escrutínio, pois os votos foram para o Cardeal Rampolla, mas o imperador da Áustria-Hungria, Franz Joseph ou Francisco José (1848–1916), vetou a sua nomeação. Veto este que, segundo uma tradição, poderia ser exercido pelo Império Sacro Romano. Havia na época o privilégio de certas nações Católicas poderem vetar a eleição de um Papa. Isto marcou a última vez que um veto seria exercido por um monarca Católico no processo do conclave.


Novamente foi convocado o conclave que, guiado pelo Espírito Santo, duas semanas mais tarde elegeu o Cardeal Giuseppe Sarto para o mais alto cargo da Santa Igreja Católica, em 4 de agosto de 1903. O Papa Pio X recebeu 55 de um total de 60 votos. Embora a todos agradasse sua nomeação, o Cardeal Giuseppe Sarto, num ato de verdadeira humildade, inicialmente recusou. Ele também estava profundamente triste com o abuso de poder do veto governamental, e pela união entre o governo e a Igreja, prática adotada na época do imperador e papa Constantino.



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Antes de se tornar o 257º Papa desde São Pedro, ele entrou em solidão e, depois de oração profunda e da insistência de seus companheiros Cardeais, percebeu que era a vontade de Deus. Aceitou o cargo entre lágrimas e pediu ao Cardeal Rafael Merry del Val que o ajudasse sempre no ofício, iniciando uma amizade muito frutuosa para toda a Igreja. E este simples pároco, Giuseppe Sarto, levou a Igreja de Cristo ao alvorecer do século XX.

Assim, em 9 de agosto de 1903, em sua coroação na Basílica de São Pedro, ele escolheu o nome "Pio", em homenagem ao Papa Pius IX, que havia inspirado sua vida sacerdotal. Logo após ser elevado à cadeira de Pedro, o Papa Pio X definiu a sua agenda, anunciando ao mundo, como seu ideal, o lema: "Restaurar todas as coisas em Cristo". O principal meio de alcançar esta restauração, segundo Pio X, seria através do Clero.

Durante seu reinado o Papa exortou os Bispos a reorganizarem os seminários e obter a melhor formação possível para estes homens, para poder incutir na população o conhecimento de Deus. O novo Pontífice publicou uma Encíclica, "Exortação para o clero Católico," na qual salientou que somente através de um clero treinado e disciplinado poderia ser realizado um programa de retorno a Cristo.

O ensino religioso dos jovens e idosos se tornou o segundo mais importante meio para a restauração Cristã, e em sua Encíclica "Acerbo Nimis", sobre o ensino da doutrina Cristã, o Papa Pio X firmemente declarou sua posição. Os males do mundo foram rastreáveis como um desconhecimento de Deus. Ele disse ser necessário que os sacerdotes disponibilizassem as verdades eternas para todos, em uma linguagem acessível.

Sempre um exemplo, ele próprio deu a instrução de domingo para a população, em um dos pátios do Vaticano. No entanto, nenhuma reforma de Pio X foi mais elogiada do que os decretos sobre a Sagrada Comunhão. São Pio X é frequentemente chamado de "Papa da Eucaristia". Apagou os últimos vestígios do jansenismo ao advogar a Comunhão frequente e até diária. Reformou a Liturgia, diligenciou a favor de homilias simples e claras, trouxe de volta o canto gregoriano para as cerimônias.

Revisou o Breviário e preparou o Catecismo. Estes decretos, emitidos a partir de 1905 até 1910, permitiram a recepção da primeira comunhão em uma idade mais adiantada do que tinha sido anteriormente exigido, incentivando a recepção frequente da Santa Eucaristia por todos os Católicos e "relaxando" o jejum para os doentes.

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A seu respeito, disse o Cardeal Merry del Val, seu secretário de Estado:

"Seria um grande erro crer que esta característica, a bondade tão atraente de Pio X, o retratasse plenamente ou resumisse seus dotes e qualidades, nada mais longe da verdade.

Ao lado dessa bondade e de seu modo feliz, combinada com a ternura de seu coração paternal, possuía uma indomável energia de caráter e uma grande força de vontade, que podiam atestar, sem vacilação, os que realmente o conheceram, embora em mais de uma ocasião surpreendesse e até causasse estranheza àqueles que somente haviam tido ocasião de experimentar sua delicadeza e reserva habituais.

Mantinha um absoluto controle de si e dominava os impulsos de seu ardente temperamento. Não vacilava em ceder em assuntos que não considerava essenciais e até se dispunha em considerar e aceitar a opinião alheia se isso não implicasse em risco para algum princípio. Mas não havia nele nenhuma debilidade.

Quando surgia alguma questão na qual se fazia necessário definir e manter os direitos e liberdade da Igreja, quando a pureza e integridade da verdade Católica requeriam afirmação e defesa ou era preciso sustentar a disciplina eclesiástica contra o relaxamento ou influência mundanas, Pio X revelava então toda a força e energia de seu caráter e o intrépido valor de um grande Pontífice, consciente da responsabilidade de seu sagrado ministério e dos deveres que julgava ter que cumprir a todo custo.

Era inútil, em tais ocasiões, que alguém tentasse dobrar sua constância. Toda tentativa de intimidá-lo com ameaças ou de afagá-lo com sedutores pretextos ou recursos meramente sentimentais estava condenada ao fracasso".

A grande batalha do Papa Pio X foi a luta contra o modernismo, que denunciou na sua magistral encíclica "Pascendi Dominici Gregis" como a síntese de todas as heresias: "Alerto os Católicos para as detestáveis e perniciosas doutrinas e os princípios subversivos do liberalismo, e de seus indignos filhos, o socialismo e a anarquia. A tirania invasora do socialismo conduzirá ao totalitarismo, e só à luz das doutrinas Cristãs podereis opor-vos eficazmente ao progresso do socialismo, que avançará ameaçador para destruir o edifício da sociedade, já abalado. A Igreja sempre sofreu perseguições, mas desta vez as armas mudaram. Eis uma nova fase da eterna guerra declarada contra Deus, não há aí nada de novo, somente as armas empregadas, ou seja, o laicismo, a máxima expressão do idealismo e do racionalismo".

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Profundamente entristecido pela falta de amor e desprezo pelos valores humanos em todo o mundo, São Pio X morreu menos de dois meses após a eclosão da I Guerra Mundial. Muitos acreditam que faleceu "de um coração partido". Foi velado na Basílica de São Pedro, em um esquife papal em 20 de agosto de 1914.

Os sinos ecoaram em luto em todo o mundo, e milhões prestaram seu respeito a este amado Pontífice de 79 anos, que tinha cumprido as bem-aventuranças. Sua última vontade e testamento foram lidos logo após sua morte, e suas palavras simbolizavam sucintamente tudo o que o Papa Pio X acreditava representar: "Eu nasci pobre, vivi na pobreza, quero morrer pobre". Ele verdadeiramente exemplificou tudo o que Cristo pediu nas bem-aventuranças de seu Vigário na Terra.

São Pio X foi amado por centenas de milhares de pessoas na Praça de São Pedro, juntamente com milhões em todo o mundo. Após ser enterrado no Vaticano, não demorou muito para o povo clamar por sua canonização. Mas somente em 1951 foi beatificado e posteriormente canonizado, em 3 de setembro de 1954, pelo Papa Pio XII.

Como a Santa Bernadette Soubirous, de Lourdes, que nasceu nove anos depois de São Pio X e faleceu antes dele, o corpo de São Pio X permanece incorrupto ainda hoje. É uma homenagem à sua Santidade e ao fato de que ele era verdadeiramente a "rocha" para a Igreja no início deste século, promovendo um profundo amor, respeito e anseio por Jesus no Santíssimo Sacramento.

Atribuem-se a São Pio X vários milagres ainda em vida e depois da sua morte. Relatam que pessoas doentes que tiveram contato com ele se curaram, e este fato ele mesmo explicava como sendo "o poder das chaves de São Pedro".

Assim, devemos intuir que podemos seguir o exemplo e obedecer a este Santo Pontífice, cujo corpo incorruptível demonstra a sua Santidade, e seus feitos na Terra uma inspiração Divina. Desta forma, todo Cristão deve rejeitar o que está sendo atualmente promovido pela Igreja, baseado no Concílio Vaticano II que, decididamente, não foi Católico, pois contrariou os ensinamentos de Jesus e as tradições da Igreja primitiva e dos primeiros Cristãos.

Estas verdades únicas foram reafirmadas pelo Papa São Pio X, um simples sacerdote, cujo amor sem fronteiras cumpriu o seu ideal de "restaurar todas as coisas em Cristo".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU








17 fevereiro 2013

DEVEMOS SER RÍGIDOS E JUSTOS NA DEFESA DA FÉ CRISTÃ - WE MUST BE HARD AND FAIR IN DEFENSE OF CHRISTIAN FAITH

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A Cristandade, cujos membros contam-se na casa de bilhões, encontra-se na época mais conturbada da sua História. A resignação de um Papa, seja por qual motivo, pode levar ao questionamento do dogma da infalibilidade papal, e como agravante podemos citar a máxima que: "Um Papa nunca deve descer da sua cruz".

O Concílio do Vaticano II alterou os princípios do mundo Cristão objetivando o acréscimo de mais fiéis. Acrescentou a norma que é possível alcançar a Salvação em qualquer religião, afagando os protestantes, e transformou o Rito Sagrado da Santa Missa em "algo mais fácil", o que resultou numa permissividade nunca vista na Igreja Católica. Foi quando a apostasia e a heresia começaram a propagar-se na Igreja e na comunidade Cristã.

Agora, na expectativa da eleição do próximo Papa, observamos com pesar que considerações puramente políticas decidirão a nomeação papal. Cardeais pregando a tolerância ao casamento de pessoas do mesmo sexo, o uso de preservativos, o ministério feminino, celibato, etc, já vieram a público expressar suas oportunas opiniões.

O mais bem cotado candidato ao trono desocupado e que se encaixa perfeitamente a todas estas novas orientações é o cardeal de Gana, Peter Turkson, que já está em intensiva campanha eleitoral. Futuramente, se eleito, talvez leve a alcunha de "Peter, the Roman".

Antigamente a escolha do Papa se produzia através da "inspiração divina", mas atualmente tornou-se uma luta por poder e riqueza, denotando um total desrespeito aos ensinamentos de Jesus e demonstrando uma total "complacência herética", como nunca visto em qualquer período da História Cristã.

A tolerância desmedida tornou-se um meio de conquistar novos seguidores. Vamos conhecer a seguir como Jesus e os primeiros Cristãos lidavam com os heréticos, o mal e as contradições da vida Cristã.

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O romantismo difundiu entre os Católicos a ideia de que a caridade era incompatível com a rigidez no combate à heresia. O Evangelho de São Mateus relata o episódio ocorrido entre os fariseus, a caminho do rio Jordão para receber o batismo, e São João Evangelista, quando este os recebe com um impropério: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera de Deus!".

Esse é o primeiro diálogo entre um Santo e os fariseus nos Evangelhos, e ao usar estes termos, São João não pecou por falta de caridade. Os fariseus estavam vindo confessar seus pecados e pedir o batismo a São João, aquele que Nosso Senhor considerou "o maior homem nascido de mulher", e este os recebe com palavras duríssimas ou mesmo ríspidas.

São João Batista era altamente caridoso, mas isso não o impedia de usar palavras rígidas e oportunas no momento certo.

Portanto, a caridade não exclui o uso de palavras duras e mesmo de rispidez quando se deve combater os inimigos de Deus, os hereges, aqueles que, ao invés de orientar com a verdade, trazem a mentira.

São Paulo, o Apóstolo, procurou sempre converter os judeus, os pagãos e pecadores, mas assim tratou e mandou tratar os hereges: "Porque há muitos desobedientes, vãos faladores e sedutores, principalmente entre os da circuncisão, aos quais é necessário fechar a boca. Repreenda-os duramente (Increpa illos dure)".

Nosso modelo de vida, Jesus Cristo, era manso e humilde de coração, mas rígido na defesa da Sua Fé em Deus. Ele expulsou os vendilhões do Templo, derrubou suas mesas e os tratou com palavras rígidas: "E expulsou a todos do Templo, e deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as mesas".

Observamos, que a caridade não exclui nem mesmo o uso da força física. Os encontros e discussões de Jesus com os fariseus devem-nos também servir de modelo. Ele os repreendeu por diversas vezes, dizendo-lhes: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas".

No Evangelho de São João temos o diálogo entre Jesus e os fariseus, aos quais Ele os chama de "serpentes e raça de víboras" e de "sepulcros caiados".

Jesus foi rígido com os fariseus: "Vós sois filhos do demônio e quereis fazer a vontade de vosso pai. Porque os maus se alinham com o diabo, enquanto permanecem firmes no pecado e na má fé, como que na igreja de satanás", como nos revelou o Apocalipse.

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A Igreja Católica jamais poderia agregar doutrinas diversas e contraditórias, nem cometer erros doutrinários. São Tomás de Aquino falou muito sobre o bem e o mal, absolutos e relativos.

Por exemplo: um pai que dá uma palmada no filho ou o coloca de castigo, proibindo-o de fazer algo que gosta, está fazendo um mal relativo ao seu filho pois ninguém gosta de ser castigado, mas assim ele o faz para que seu filho aprenda a ter atitudes corretas e não perca sua Salvação, não perca o bem absoluto que é Deus.

As atitudes que aparentemente são más, isto é, que causam um mal relativo, têm como consequência o bem absoluto. A caridade não consiste somente em palavras agradáveis, porque muitas vezes não há como trazer a Palavra de Deus sem magoar aqueles que não A conhecem.

Muitas vezes o bom remédio é amargo e causa dor, mas pode trazer a saúde. São Paulo escreveu a Tito: "Porque há os que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por amor de um vil interesse. Portanto, repreenda-os duramente".

Nosso Senhor Jesus Cristo também não desejou ecumenismo com os fariseus, e sempre condenou de modo franco e aberto todos os seus erros e pecados: "Quando o joio se manifesta entre o povo de Deus, deve ser arrancado".

Paulo instruiu a Igreja dos Coríntios sobre como resolver o problema de imoralidade no meio da congregação. Ele usou palavras fortes para descrever a atitude certa em relação ao irmão que volta e permanece no pecado:

"Já sentenciei que o autor de tal infâmia seja entregue a satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor. Lançai fora o velho fermento. Agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou ladrão".

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Paulo escreveu aos Tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente".

Jesus, que deixou o joio e o trigo no mundo, fortemente criticou a Igreja em Tiatira: "Tenho contra ti tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos".

Paulo resumiu bem a diferença entre a Igreja e o mundo: "Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor".

Na parábola do joio, Jesus ensina que não devemos tolerar pecadores: "Um homem plantou sementes no seu campo, mas o inimigo plantou joio no mesmo campo. Uma vez que o trigo e o joio começaram a crescer juntos, os servos sugeriram que arrancassem o joio. O dono da casa não os deixou tirar o joio. Ele deixou o joio crescer junto com o trigo até a colheita, quando o trigo foi recolhido e o joio foi queimado".

Algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a Igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis, aguardando o julgamento final de Deus, mas tal interpretação contradiz a palavra do Senhor.

O próprio Jesus explicou a parábola aos apóstolos, dizendo: "O campo é o mundo, e nele os pecadores convivem com os meus seguidores. Não peço que os tires do mundo e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou".

Embora os seguidores Dele fossem santificados não podiam sair do mundo, ainda. Jesus Cristo é Deus e homem verdadeiro, e Nele não há erro nem falta de amor.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



02 fevereiro 2013

A EUCARISTIA - THE EUCHARIST

Eucaristia

No Sacramento da Eucaristia o pão e o vinho ofertados durante o sacrifício eucarístico na Missa, são transubstanciados pelo Espírito Santo no verdadeiro Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, os fiéis recebem a Comunhão para a mais íntima união com Cristo e para a Vida eterna.

O Senhor nos deu a Eucaristia na Última Ceia, porque Ele queria partilhar conosco a Vida da Santíssima Trindade, a Comunhão de amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tornamo-nos unidos a Deus no nosso Batismo e recebemos uma Graça adicional do Espírito Santo em nossa Crisma.

Na Eucaristia somos alimentados espiritualmente e ficamos mais perto de Deus. Ao comer o corpo e beber o sangue de Cristo na Eucaristia, nos tornamos unidos à pessoa de Cristo, através da Sua humanidade. Disse Jesus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele".

Todos os quatro Evangelhos contam a história da multiplicação dos pães e dos peixes. A semelhança entre este evento e a Última Ceia é impressionante. Esta indica o início da crença Cristã, e a multiplicação dos pães foi uma antecipação da Eucaristia.

Eucharist

As palavras de Jesus na Última Ceia: "Esse é meu Corpo, e esse é meu Sangue derramado por vós para a remissão dos pecados", são completamente claras, definidas e não permitem nenhuma outra interpretação que não seja a mais direta.

Foram dados aos discípulos o verdadeiro Corpo e o verdadeiro Sangue de Jesus Cristo! Isso está em completa concordância com a promessa feita por Jesus a respeito do Seu Corpo e Sangue. Tendo dado a Comunhão aos discípulos, o Senhor pediu: "Fazei isso em minha memória".

Esse sacrifício deve ser realizado "até que Ele venha", o Apóstolo Paulo instrui, isto é, até a Segunda Vinda do Senhor. Disse o Senhor Jesus: "Se não comerdes a carne do Filho do homem e beberdes o Seu Sangue, não tereis Vida em vós".

É fato que a Eucaristia foi recebida pela Igreja desde os primeiros dias como a maior das dádivas divinas, e sua instituição é preservada com o maior cuidado e reverência.

Eucharist

O Sacrifício Eucarístico não é uma repetição do Sacrifício de Jesus na Cruz, mas o Corpo e Sangue sacrificados e oferecidos pelo nosso Redentor. O sacrifício do Gólgota e o sacrifício da Eucaristia são inseparáveis, compreendendo um único sacrifício, mas ao mesmo tempo devem ser distinguidos um do outro.

Eles são uma e a mesma árvore doadora de Graça e Vida plantada por Deus no Gólgota, preenchendo com seus ramos toda a Igreja de Deus, nutrindo por seus frutos salvíficos todos aqueles que buscam a Vida Eterna.

Mas eles têm que ser distinguidos. O sacrifício oferecido na Eucaristia é chamado "sem sangue" e "sem paixão" já que é realizado após a Ressurreição. Havendo Jesus Cristo ressuscitado dos mortos, a morte não teve mais domínio sobre Ele.

É oferecido sem sofrimento, sem derramamento de sangue, sem morte, apesar de ser realizado em lembrança do Seu sofrimento e morte.

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Na noite antes de morrer Jesus celebrou com sua família adotiva, os apóstolos, seus seguidores mais próximos. Ele repartiu com eles o pão ázimo e um copo de vinho, oferecendo estes alimentos como Seu Corpo e Sangue, para que nesta Comunhão a humanidade possa alcançar a Vida Eterna.

Com esta ação ele nos deu a Eucaristia, a refeição em família que une em uma mesa os crentes de todo o mundo. A família cresceu, superou as casas judaicas, vilas romanas e floresceu nas Igrejas Cristãs.

Antigamente, o Batismo, a Crisma e a Eucaristia eram ministrados juntos aos recém-chegados na família Cristã, quando o rito de iniciação Cristã era celebrado na Vigília Pascal.

Com o crescimento da Igreja, os Sacramentos da iniciação tornaram-se momentos distintos. A Crisma e a Eucaristia foram gradualmente adiadas até que as crianças, como os catecúmenos adultos, fossem antecipadamente educados na Fé, pelo ensinamento e exemplos de vida Cristã.

Por volta do século X, os três Sacramentos da iniciação tinham se separado. Até 1910 a primeira Comunhão era ministrada dos 12 aos 14 anos, depois deste ano o Papa Pio X reduziu a idade para seis ou sete anos, permitindo o acesso dos mais jovens ao Sacramento da Eucaristia.

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Receber a Comunhão, o Corpo e Sangue do Senhor Jesus, é essencial, necessário, salvífico e consolador. É indispensável para todos os Cristãos. Isso é evidente nas palavras de Jesus ao aconselhar a respeito do Sacramento da Eucaristia:

"Na verdade vos digo, se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis Vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a Vida Eterna".

Os frutos salvíficos e efeitos da Eucaristia nos une de forma íntima com Deus: "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim, e eu nele".

A comunhão nutre nossa alma, auxiliando no crescimento da vida espiritual e preparando-nos para uma vida abençoada eternamente, pois quem comer deste pão viverá para sempre: "Assim quem de mim se alimenta, também viverá por mim, pois quem comer deste pão viverá para sempre".


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



31 janeiro 2013

O CRISMA - THE CONFIRMATION


Confirmation

Os Católicos mais velhos lembram do Sacramento da Crisma como o momento em que receberam o Espírito Santo e tornaram-se soldados de Cristo. Hoje a Crisma é muitas vezes definida como um Sacramento do compromisso Cristão na maturidade. É o momento quando os jovens batizados colocam sua "assinatura pessoal" na decisão de seus pais.

Os primeiros Cristãos não faziam distinção entre a Crisma e o Batismo. Por exemplo, um Apóstolo ao presidir uma cerimônia na sua comunidade Cristã, ao batizar novos membros, ungiu-os com óleo e ofereceu-lhes a Eucaristia pela primeira vez em um rito de iniciação.

Nos primeiros documentos da Igreja não encontramos escritos sobre a Crisma porque era considerada parte do Batismo. Como a Igreja cresceu e se espalhou por todo o mundo, os sucessores dos Apóstolos, os Bispos, já não podiam batizar pessoalmente cada novo Cristão.

Desta forma, eles delegaram o rito aos sacerdotes. Ainda assim, os Bispos faziam visitas regulares às comunidades locais para confirmar batismos de sacerdotes, com uma segunda unção. Nascia um Sacramento separado, a Crisma.

Crisma

O Sacramento da Crisma é um aprofundamento dos dons batismais. Ele enraíza-nos mais profundamente em nossa identidade como filhos de Deus, nos une mais firmemente com Jesus Cristo, aumenta em nós os dons do Espírito Santo e dá-nos uma força especial para testemunhar a nossa Fé. Como o Batismo e a Eucaristia, a Crisma nos molda como Cristãos Católicos.


Cada um destes Sacramentos enfoca um aspecto diferente da nossa vida. Uma criança nascida na religião Católica passa por um processo de aprendizagem. Lentamente a criança descobre o que significa ser Católico, observando costumes e aprendendo as histórias compartilhadas, como o Natal, o Crucifixo na parede do quarto, a oração familiar e Missa de domingo, o nome de Jesus dito pelos pais e frequentar as aulas de religião.


Tudo isso e muito mais ensina as crianças que elas são de Deus. A preparação para a Crisma inclui aprender a articular o que significa ser um Cristão Católico, a Fé que expressamos no credo e o estilo de vida na família. Por isso a Crisma foi adiada até que a criança chegue a algum entendimento dessas coisas, pelo menos até a idade da razão ou cerca de sete anos, e muitas vezes até a adolescência.


Crisma

O Concílio do Vaticano II pode ser história antiga para as crianças de hoje e até mesmo para os pais, mas seus efeitos ainda estão "ondulando" pela vida Católica e a teologia. O mundo também está mudando. As crianças de hoje aprendem a usar um computador tão cedo quanto elas dominam um lápis, e navegam na internet com facilidade invejável.

O que significa afirmar o compromisso batismal em um mundo de rápida mudança? O compromisso humano é sempre uma assinatura em um cheque em branco. Os votos feitos no dia do casamento têm que ser repensados e refeitos muitas vezes ao longo dos anos. Nosso compromisso de Fé sofre mudanças e estresse similar.

Como o resto de nós, os candidatos ao Sacramento da Crisma vão continuar a procurar uma melhor noção pessoal da realidade Divina, até o dia em que a Luz Eterna exploda nos olhos recém-inaugurados, do outro lado da sepultura. Ser doador de Fé a Deus é mais um esforço de vida do que uma única ação. Portanto, é muito difícil falar da Crisma como um Sacramento de compromisso "maduro". A maturidade na Fé não pode ser medida pela idade.

Confirmation

As crianças aprendem, desde a infância, como as pessoas de Fé assumem seu lugar no mundo de hoje. Ouvem orações e histórias de Jesus, vêem o consolo oferecido para o joelho esfolado de uma criança e a perda de um vizinho. Eles vêem adultos prestando serviços à comunidade e aos necessitados.

O noticiário traz longínquos testemunhos para a sala de estar, as visitas papais e os esforços para o alívio da fome, missionários mortos em terras distantes e moradores da cidade natal colocando suas vidas em risco para salvar uma criança de um prédio em chamas.

O testemunho na Igreja Primitiva muitas vezes significava colocar a vida em risco. Crentes ainda estão a morrer por sua Fé em nosso mundo.

Mas hoje, testemunhar refere-se à vocalização da Fé e ao fervor evangelístico, no sentido mais positivo dessas palavras. Testemunha implica testemunho entusiasta ao que o Senhor tem feito em cada uma das nossas vidas. Testemunhar é um termo legal, uma descrição de alguém que testemunha o que ele ou ela sabe por experiência própria. E essa é a realidade de testemunho Cristão desta geração.

A preocupação pela morte de um mártir, pelas necessidades dos outros, é o real testemunho Cristão. É o testemunho dos crentes que sabem que Jesus Cristo foi crucificado e ressuscitou, é vida e esperança para toda a humanidade.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



30 janeiro 2013

O BATISMO - THE BAPTISM


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Jesus Cristo indica a absoluta necessidade do Batismo para a nossa Salvação: "Na verdade vos digo, aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus. Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus. O que é nascido de carne é carne e o que é nascido do Espírito é o espírito". O estabelecimento do Batismo, doador da graça, ocorreu depois da Ressurreição de Jesus Cristo.

Tendo aparecido para Seus discípulos, Jesus disse que tinha recebido do Seu Pai toda a autoridade no Céu e na Terra, e continuou: "Portanto ide, ensinai a todas as nações batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco até a consumação dos séculos, quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado".

No dia da descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos, depois do discurso do Apóstolo Pedro, seus ouvintes perguntaram o que deveriam fazer e Pedro lhes disse: "Arrependei-vos, e que cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo".

Batismo

O Batismo é um "novo nascimento" e é realizado para a Salvação dos homens. Além disso, evidenciando a importância da doação da graça do Batismo, os Apóstolos em suas Epístolas indicavam que através do Batismo nós somos santificados, limpos e justificados. Pelo Batismo nós "morremos para o pecado" e renascemos para uma vida renovada. Somos "sepultados com Cristo" e ressuscitamos com Ele.

Haveis sido lavados e santificados, justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus. Fomos sepultados com Ele pelo batismo da morte. Então, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andaremos nós também na nova vida.

O Batismo é chamado de "momento da regeneração". O lado subjetivo do estado da alma da pessoa sendo batizada é indicado pelo Apóstolo Pedro, que chama o Batismo de promessa de uma boa consciência para com Deus. No Batismo o homem recebe no lugar da sua antiga existência uma nova vida, tornando-se um filho de Deus e um membro do Corpo de Cristo, um herdeiro da Vida Eterna.

Batismo

O Batismo é indispensável para todos, principalmente para as crianças, de modo que crescendo no corpo e no espírito elas possam crescer em Cristo. Nas Escrituras muitas vezes há menção do Batismo de famílias inteiras e em nenhum lugar é mencionado que as crianças foram excluídas.

É indispensável nessa questão que os pais oferecendo as crianças para o Batismo reconheçam toda a sua responsabilidade pela criação da criança batizada na Fé e na Virtude Cristã. Também importante é a responsabilidade que o padrinho da pessoa batizada toma sobre si. Os pais da criança devem ser cuidadosos na escolha do padrinho.

Numa família Cristã os próprios pais ensinam às suas crianças as verdades da Fé e suas obrigações morais, mas a destruição das bases da vida social contemporânea compele que se esteja em guarda para que a criança não permaneça sem orientação Cristã. Assim, um padrinho deve manter um contato espiritual estreito com seu afilhado e estar pronto para a qualquer momento oferecer um sincero auxílio Cristão.

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O Batismo não é só um símbolo de limpeza e lavagem das máculas da alma, mas o início e a fonte de dons divinos que lavam e aniquilam todos os pecados e nos comunicam sobre uma nova vida. Todos os pecados são perdoados, tanto o pecado original quanto os pecados pessoais, e o caminho estará aberto para uma nova vida e a possibilidade de receber os dons de Deus.

Um crescimento espiritual maior depende do livre arbítrio do homem, mas como a tentação é capaz de encontrar simpatia na sua natureza, desde o dia da sua primeira queda o ser humano tem tido uma inclinação para o pecado. A perfeição moral não pode ser atingida sem batalha. Um homem encontra ajuda para essa batalha interior na vida dedicada a Deus.

Os Sacramentos fornecem mais ajuda nesta batalha, agindo como doadores da graça para o recém-batizado, como por exemplo, pelo intermédio do Sacramento da Crisma.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



23 janeiro 2013

A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA - THE BLESSED VIRGIN MARY


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O nascimento do Senhor Jesus Cristo de uma Virgem é testificado direta e deliberadamente por dois Evangelistas, Mateus e Lucas: "Que por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus, e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria  e Se fez homem".

A Perene Virgindade da Mãe de Deus é testificada por suas próprias palavras levadas ao Evangelho, onde ela expressa a consciência da incomensurável majestade e elevação de sua escolha: "Minha alma engrandece o Senhor, pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso, e Santo é o Seu nome".

A Santíssima Virgem Maria preservou em sua memória e em seu coração tanto o anúncio do Arcanjo Gabriel como as inspiradas palavras da justa Isabel, quando foi visitada por Maria: "Que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor". Também é testificado na profecia do justo Simeão no encontro da criança Jesus no Templo, e na profecia da justa Ana no mesmo dia.

Vemos ainda conexão com o relato dos pastores de Belém a respeito das palavras e do canto dos anjos para eles. O Evangelista relatou a conversa da Divina Mãe com seu filho Jesus, de doze anos, depois da visita deles na festa da Páscoa, e termina seu relato com as palavras: "E Sua mãe guardava no seu coração todas essas coisas".

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O dogma do Filho de Deus tornar-se homem é intimamente ligado à denominação da Santíssima Virgem Maria como Mãe de Deus. O conceito atesta que Deus, o Verbo, tornou-se verdadeiramente homem e não meramente em aparência.

Acreditamos que na pessoa do Senhor Jesus Cristo, Deus juntou-se ao homem desde o primeiro instante da Sua concepção no ventre da Virgem Maria, e que Ele sendo perfeitamente homem é também perfeitamente Deus. O Apóstolo Paulo escreve: "Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher".

Aqui está expressa a verdade de que uma mulher deu a luz ao Filho de Deus: "Deus se manifestou na carne, e esta foi preparada para Deus pela Santíssima Virgem Maria". Após a Anunciação, no encontro da Virgem Maria com a justa Isabel, esta exclamou com grande voz e disse:

"Bendita tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre. Bem Aventurada a que acreditou, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas". Assim, Isabel estando iluminada com o Espírito Santo, chama Maria de Mãe do Senhor, nosso Deus do Céu. É precisamente o Deus do Céu que ela está chamando de "Senhor".

A respeito do nascimento de Deus de uma virgem, o Profeta Isaias profetiza: "Eis que em vossa viagem conceberá e dará à luz um Filho, e será o Seu nome Emanuel, (que significa Deus está conosco). Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o principado estará sobre Seus ombros. O seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".

Nos primeiros séculos da Igreja de Cristo, a verdade de que Deus  tornara-se homem e o Seu nascimento da Virgem Maria foram assim expressos: "Nosso Senhor Jesus estava no ventre da Virgem Maria, e Deus tomou sua carne".

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O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 1854. A definição desse dogma diz que a Santíssima Virgem Maria, no momento da concepção, estava limpa do pecado ancestral.

De acordo com o ensinamento Cristão, o peso do pecado do nosso primeiro ancestral consiste na remoção do dom sobrenatural da graça. Mas aí surge uma questão teológica.

Se a humanidade foi privada do dom da graça como se pode entender as palavras do Arcanjo Gabriel endereçadas a Maria: "Rejubila, tu que és cheia de graça, o Senhor está contigo. Bendita és tu entre as mulheres; que achastes a Graça com Deus".

Só se pode concluir que a Santíssima Virgem Maria teria sido isentada da lei geral de "privação da graça" e da culpa do pecado de Adão. Como a sua vida foi Santa desde o nascimento, consequentemente ela recebeu, na forma de exceção, um dom sobrenatural, uma graça de santidade, mesmo antes do nascimento de Jesus, isto é, na sua concepção.

Deve-se notar que a aceitação desse dogma no ocidente, foi por um longo período motivo de disputa teológica, que durou do século doze, quando esse ensinamento apareceu, até o século dezessete, quando ele foi espalhado pelos jesuítas no mundo Católico. Em 1950, no assim chamado Ano do Jubileu, o Papa Pio XII proclamou um segundo dogma, o Dogma da Assunção da Mãe de Deus.

Dogmaticamente, esse ensinamento foi deduzido da teologia do Dogma da Imaculada Conceição e é um desenvolvimento lógico decorrente do ensinamento sobre o pecado original. Na visão dos teólogos, se Nossa Senhora morresse,  ela teria aceitado a morte voluntariamente, assim como seu Filho, Jesus. Mas a morte não teria domínio sobre ela.

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Outros teólogos opinam que de acordo com o ensinamento das Sagradas Escrituras, através de Adão, toda a humanidade provou do fruto proibido. Só a partir do nascimento do Deus-homem, Jesus Cristo, começa a nova humanidade, libertada por Ele do pecado de Adão. Por isso, Ele é chamado de "o primogênito de muitos irmãos", isto é, "o primeiro da nova raça humana".

Estes teólogos afirmam que a Santíssima Virgem Maria nasceu sujeita ao pecado de Adão,  como toda a humanidade, e com ela partilhou da necessidade de redenção.

A pura e imaculada vida da Virgem Maria, até a Anunciação pelo Arcanjo, e a ausência de pecados pessoais, foram o fruto da união do seu trabalho espiritual sobre si própria com a abundância de graça sobre ela derramada. "Tu achaste a graça diante de Deus," disse o Arcanjo ao saudá-la. Achaste, significa: obtiveste, adquiriste, mereceste.

A Santíssima Virgem Maria foi escolhida da melhor parte da humanidade, como o mais digno e meritório ser humano, para acolher a descida de Deus à Terra. A graça do Espírito Santo santificou totalmente o ventre da Virgem Maria para a recepção do Deus-homem. De modo similar à veneração do "Sagrado Coração de Jesus", foi estabelecida pela Igreja a veneração ao "Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria", que recebeu aceitação universal.


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