O nascimento do Senhor Jesus Cristo de uma Virgem é testificado direta e deliberadamente por dois Evangelistas, Mateus e Lucas: "Que por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus, e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria e Se fez homem".
A Perene Virgindade da Mãe de Deus é testificada por suas próprias palavras levadas ao Evangelho, onde ela expressa a consciência da incomensurável majestade e elevação de sua escolha: "Minha alma engrandece o Senhor, pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso, e Santo é o Seu nome".
A Santíssima Virgem Maria preservou em sua memória e em seu coração tanto o anúncio do Arcanjo Gabriel como as inspiradas palavras da justa Isabel, quando foi visitada por Maria: "Que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor". Também é testificado na profecia do justo Simeão no encontro da criança Jesus no Templo, e na profecia da justa Ana no mesmo dia.
Vemos ainda conexão com o relato dos pastores de Belém a respeito das palavras e do canto dos anjos para eles. O Evangelista relatou a conversa da Divina Mãe com seu filho Jesus, de doze anos, depois da visita deles na festa da Páscoa, e termina seu relato com as palavras: "E Sua mãe guardava no seu coração todas essas coisas".
O dogma do Filho de Deus tornar-se homem é intimamente ligado à denominação da Santíssima Virgem Maria como Mãe de Deus. O conceito atesta que Deus, o Verbo, tornou-se verdadeiramente homem e não meramente em aparência.
Acreditamos que na pessoa do Senhor Jesus Cristo, Deus juntou-se ao homem desde o primeiro instante da Sua concepção no ventre da Virgem Maria, e que Ele sendo perfeitamente homem é também perfeitamente Deus. O Apóstolo Paulo escreve: "Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher".
Aqui está expressa a verdade de que uma mulher deu a luz ao Filho de Deus: "Deus se manifestou na carne, e esta foi preparada para Deus pela Santíssima Virgem Maria". Após a Anunciação, no encontro da Virgem Maria com a justa Isabel, esta exclamou com grande voz e disse:
"Bendita tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre. Bem Aventurada a que acreditou, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas". Assim, Isabel estando iluminada com o Espírito Santo, chama Maria de Mãe do Senhor, nosso Deus do Céu. É precisamente o Deus do Céu que ela está chamando de "Senhor".
A respeito do nascimento de Deus de uma virgem, o Profeta Isaias profetiza: "Eis que em vossa viagem conceberá e dará à luz um Filho, e será o Seu nome Emanuel, (que significa Deus está conosco). Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o principado estará sobre Seus ombros. O seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".
Nos primeiros séculos da Igreja de Cristo, a verdade de que Deus tornara-se homem e o Seu nascimento da Virgem Maria foram assim expressos: "Nosso Senhor Jesus estava no ventre da Virgem Maria, e Deus tomou sua carne".
O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 1854. A definição desse dogma diz que a Santíssima Virgem Maria, no momento da concepção, estava limpa do pecado ancestral.
De acordo com o ensinamento Cristão, o peso do pecado do nosso primeiro ancestral consiste na remoção do dom sobrenatural da graça. Mas aí surge uma questão teológica.
Se a humanidade foi privada do dom da graça como se pode entender as palavras do Arcanjo Gabriel endereçadas a Maria: "Rejubila, tu que és cheia de graça, o Senhor está contigo. Bendita és tu entre as mulheres; que achastes a Graça com Deus".
Só se pode concluir que a Santíssima Virgem Maria teria sido isentada da lei geral de "privação da graça" e da culpa do pecado de Adão. Como a sua vida foi Santa desde o nascimento, consequentemente ela recebeu, na forma de exceção, um dom sobrenatural, uma graça de santidade, mesmo antes do nascimento de Jesus, isto é, na sua concepção.
Deve-se notar que a aceitação desse dogma no ocidente, foi por um longo período motivo de disputa teológica, que durou do século doze, quando esse ensinamento apareceu, até o século dezessete, quando ele foi espalhado pelos jesuítas no mundo Católico. Em 1950, no assim chamado Ano do Jubileu, o Papa Pio XII proclamou um segundo dogma, o Dogma da Assunção da Mãe de Deus.
Dogmaticamente, esse ensinamento foi deduzido da teologia do Dogma da Imaculada Conceição e é um desenvolvimento lógico decorrente do ensinamento sobre o pecado original. Na visão dos teólogos, se Nossa Senhora morresse, ela teria aceitado a morte voluntariamente, assim como seu Filho, Jesus. Mas a morte não teria domínio sobre ela.
Outros teólogos opinam que de acordo com o ensinamento das Sagradas Escrituras, através de Adão, toda a humanidade provou do fruto proibido. Só a partir do nascimento do Deus-homem, Jesus Cristo, começa a nova humanidade, libertada por Ele do pecado de Adão. Por isso, Ele é chamado de "o primogênito de muitos irmãos", isto é, "o primeiro da nova raça humana".
Estes teólogos afirmam que a Santíssima Virgem Maria nasceu sujeita ao pecado de Adão, como toda a humanidade, e com ela partilhou da necessidade de redenção.
A pura e imaculada vida da Virgem Maria, até a Anunciação pelo Arcanjo, e a ausência de pecados pessoais, foram o fruto da união do seu trabalho espiritual sobre si própria com a abundância de graça sobre ela derramada. "Tu achaste a graça diante de Deus," disse o Arcanjo ao saudá-la. Achaste, significa: obtiveste, adquiriste, mereceste.
A Santíssima Virgem Maria foi escolhida da melhor parte da humanidade, como o mais digno e meritório ser humano, para acolher a descida de Deus à Terra. A graça do Espírito Santo santificou totalmente o ventre da Virgem Maria para a recepção do Deus-homem. De modo similar à veneração do "Sagrado Coração de Jesus", foi estabelecida pela Igreja a veneração ao "Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria", que recebeu aceitação universal.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
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