12 dezembro 2012

CONSTANTINO, O GRANDE - CONSTANTINE, THE GREAT

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Flavius Valerius Constantinus, também conhecido como Constantino Magno ou Constantino, o Grande, foi um imperador romano nascido no ano 272 d.C., que governou o Império até a sua morte, em 337.

Somente por volta de 317 d.C. é que ele passou a adotar lemas e símbolos Cristãos, como o emblema, por ele criado, que combinava as duas primeiras letras gregas do nome de Cristo, "X" e "P" superpostos.

Um ano após o Concílio de Niceia, em 326, durante uma viagem solene a Roma para a comemoração dos seus vinte anos de reinado, Constantino mandou matar seu próprio filho, suspeito de intrigar para destroná-lo.

Pouco depois, estrangularia sua segunda mulher, Fausta, no banho. Mandou também estrangular o cunhado Licínio, que havia se rendido a ele em troca da vida, e chicoteou até a morte seu próprio sobrinho.

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Constantino queria melhorar a sociedade romana e proibir as coisas que eram ofensivas a Deus. No entanto, ele não era um Cristão nascido de novo. Ele era um homem "deste mundo".

Portanto, a única maneira que conhecia para conseguir seus objetivos era por meio dos métodos do mundo, os quais com frequência se tornaram cruéis e brutais. Por exemplo, Constantino fez com que o assédio sexual e a sedução se convertessem em delitos bem mais graves do que eram antes.

Mas as penas que impôs a estes delitos foram horríveis. Queimar viva a pessoa acusada, fazer com que feras selvagens a despedaçassem no anfiteatro ou derramar chumbo derretido em sua garganta.

Além disso, Constantino  e  seus  servidores  públicos  continuaram praticando  rotineiramente  as  torturas,  tal  como  seus  predecessores pagãos. Com o passar dos anos, Constantino se degenerou num governante cruel e autocrático que torrou os fundos públicos como um marinheiro embriagado.

Para pagar seus muitos gastos, ele sobrecarregou o povo com alguns dos impostos mais altos que o Império jamais havia experimentado. Constantino amava o poder  terrestre  e  foi  cruel  em seu desejo de protegê-lo.

Por exemplo, ele instituiu um sistema de espiões por todo o Império para que o mantivessem a par de qualquer crítica, qualquer possível adversário e qualquer  preparativo para uma rebelião.

Se os espiões acusassem alguém de traição, as autoridades prendiam o acusado e o levavam à força a Milão ou Constantinopla para responder às acusações. Caso não houvesse suficiente evidência contra o acusado, os carcereiros o torturavam até que confessasse seu "crime". O fato de o acusado ser um Cristão não mudava em nada sua sentença.

Discourse

Em 313 d.C., Constantino e seu cunhado Licínio proclamaram em conjunto o edito de Milão. Constantino governava o Império Romano Ocidental e Licínio governava o Oriental. Mas Constantino realmente não desejava um Império dividido.

Sua ambição era governar todo o Império Romano, e temia que Licínio pudesse ter a mesma ambição. Portanto, no ano 324, Constantino invadiu o território governado por Licínio. Ele justificou isto perante a Igreja alegando que Licínio havia novamente começado a perseguir os Cristãos.

Diferentemente de todas as guerras romanas anteriores, nesta guerra contra Licínio os soldados Cristãos participaram da matança. Constantino pediu aos bispos da Igreja primitiva que acompanhassem o seu exército e orassem por eles durante a batalha.

Também mandou  que  se construísse uma cruz enorme como um estandarte de guerra,  a qual seus soldados carregaram como um talismã que garantiria a vitória.

Segundo a lenda, na noite anterior à batalha, Constantino sonhou com uma cruz onde estava escrito em latim: "In hoc signo vinces", sob este símbolo vencerás. Finalmente, as tropas de Constantino foram vitoriosas e Licínio foi feito prisioneiro.

Agora ele era o único governante do Império Romano, e proclamou que Deus tinha feito ser assim!

Após sua vitória, Constantino fez uma promessa solene à sua irmã Constância, esposa de Licínio, prometendo-lhe que permitiria a Licínio passar o resto de sua vida em paz e tranquilidade. Ele inclusive confirmou esta promessa com um juramento.

No entanto, em menos de um mês, Constantino mandou executar Licínio. Ele não podia permitir que qualquer adversário em potencial permanecesse vivo.

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O fato de Constantino ter sido um imperador de legitimidade duvidosa influiu nas suas decisões religiosas e ideológicas. Enquanto esteve diretamente ligado a Maximiano, ele apresentava-se como o protegido de Hércules, deus que era o padroeiro de Maximiano na primeira tetrarquia.

Depois, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, o deus sol invicto.

Há dúvidas se ele realmente se tornou Cristão. Constantino favoreceu de modo igual ambas as religiões, o Cristianismo e o paganismo. Como sumo pontífice ele velou pela adoração pagã e protegeu seus direitos.

No dia anterior ao da sua morte Constantino fez um sacrifício a Zeus, e até o dia da sua morte não havia sido batizado!

Assim, Constantino não participou de qualquer ato litúrgico em sua vida, como a Missa ou a Eucaristia. Era uma prática comum na época retardar o batismo, que oferecia a absolvição a todos os pecados, para não "desperdiçar" a sua eficácia e efeito antes do fim da vida.

Constantino, por força do seu ofício de imperador, percebeu que suas oportunidades de pecar eram enormes e adiou seu batismo até o dia em que estivesse morrendo. Mas não deu tempo!

Foi sucedido por seus três filhos com Fausta, Constantino II, Constante e Constâncio II. Estes dividiram entre si a administração do império até que, após uma série de lutas, Constâncio II emergiu como imperador.

Triumph

Após a morte de Constâncio, um sobrinho de Constantino chamado Juliano tornou-se o novo imperador. Juliano foi um dos poucos membros de sua família que conseguiu escapar do massacre levado a cabo por Constâncio.

Ele tinha visto suficiente do "cristianismo" em ação e não queria ter nada a ver com ele.  De maneira que, embora tolerasse os primeiros Cristãos, Juliano procurou reviver o paganismo clássico no Império. Mas seus esforços fracassaram.

Um ano após a morte de Juliano, um Cristão "fiel' da Igreja chamado Valentiniano foi  proclamado como o novo imperador. Como Cristão católico, Valentiniano viveu uma vida casta e promoveu muitas leis louváveis.

Por exemplo, ele estabeleceu um médico público em cada um dos catorze distritos de Roma para que cuidasse dos pobres. Ele permitiu a liberdade de religião para os pagãos, os judeus e os primeiros Cristãos de todos os credos.

A vida sob o governo de Valentiniano deve ter  sido a era de ouro que os primeiros Cristãos estavam esperando. No entanto, não foi assim. Tal como os imperadores Cristãos que o precederam, Valentiniano nunca viveu um só dia sem o temor de que alguém lhe desse um golpe e lhe arrebatasse seu precioso trono.

Portanto, igual a Constantino, ele fez uso de espiões para tentar detectar qualquer deslealdade, particularmente daqueles que podiam se converter em adversários potenciais.

Valentiniano media a eficácia de seus governadores e magistrados de acordo com a quantidade de execuções  que  estes levassem a cabo em seus tribunais. Os espiões e os inimigos políticos com freqüência apresentavam acusações infundadas inclusive contra cidadãos respeitáveis.

As confissões obtidas por meio das torturas cruéis eram consideradas como evidência sólida contra os acusados. Muitas famílias ricas ficaram empobrecidas e centenas de senadores, chefes e filósofos padeceram de mortes vergonhosas em masmorras úmidas e câmaras de tortura.

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Cidadãos inocentes em todas as partes viviam atemorizados de que alguém, por qualquer razão, os acusasse de traição. Valentiniano adotou a posição de que a suspeita equivalia à prova quando se tratasse de traição ao seu governo.

A ofensa mais mínima ou imaginária poderia resultar na amputação da língua de um cidadão, ou em lançá-lo vivo na fogueira!

Um historiador fez a observação de que as palavras que Valentiniano mais usou foram: "Decapitem-no, queimem-no vivo e golpeiem-no com porretes até que morra".

Ele podia observar calmamente os cidadãos torturados se retorcerem em agonia e não sentir absolutamente nenhuma compaixão por eles. Também não achava que isto de alguma maneira violasse suas crenças "cristãs".

Finalmente, o próprio gênio descontrolado de Valentiniano veio a ser sua ruína. Um de seus servidores públicos havia convidado um rei bárbaro para um banquete, mas depois, de forma traiçoeira, o assassinou.

Em resposta a este ato, a tribo bárbara do rei assassinado adotou represálias contra os  romanos, saqueando várias províncias do Império. Em lugar de se desculpar pelo assassinato e procurar a reconciliação, Valentiniano dirigiu seus exércitos romanos contra os bárbaros e obteve uma vingança sangrenta.

Quando os embaixadores dos bárbaros vieram à tenda de campanha de Valentiniano para pedir clemência, ele se enfureceu tanto que seu rosto ficou quase da cor púrpura.

Valentiniano gritou com os mensageiros até não poder mais. No entanto, devido à sua fúria, um vaso sanguíneo de seu cérebro rompeu-se e ele morreu instantaneamente!



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