06 dezembro 2012

O ISLÃ, A MENINA DECAPITADA E A PARALÍTICA - ISLAM, THE BEHEADED GIRL AND THE PARALYTIC GIRL

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Uma adolescente, 15 anos de idade, foi decapitada na província de Imam Sahib, no norte do Afeganistão, depois que ela recusou propostas de casamento. Gisa, foi decapitada com uma faca, informou a polícia local.

Um porta-voz da polícia disse que dois homens, Ubiratan e Massoud, haviam sido detidos após o assassinato.

Fontes da polícia local, disseram que os assassinos queriam casar com a menina, mas seus avanços tinham sido rejeitados pelo pai da vítima. Gisa foi atacada quando voltou para a sua casa na aldeia de Kulkul, após sair para coletar a água de um poço próximo.

Seu pai disse a uma agência de notícias local que não queria que sua filha casasse porque ela era muito jovem. 

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O regime do taliban no Afeganistão, notório pela opressão às mulheres no país, foi deposto em 2001, mas a extrema violência contra as mulheres é ainda imensa.

Em 2009, introduziram-se leis criminalizando a violência contra a mulher, a criminalização do casamento infantil, o casamento forçado, no qual pais entregam suas filhas para resolver uma disputa e saldar dívidas.

Isto sem considerar outros atos de violência contra a população feminina da nação islâmica ultraconservadora. A ONU disse que há um longo caminho a percorrer antes que os direitos das mulheres afegãs sejam "totalmente" protegidos.

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Estatísticas globais e oficiais sobre o número de incidentes de violência contra as mulheres no país são difíceis de se estabelecer, porque a maioria dos casos não é denunciado por medo de represálias.

No entanto, no período de seis meses deste ano, 2012, a comissão de direitos humanos independente do Afeganistão registrou mais de 2.000 atos de violência contra as mulheres.

A "International Security" e a "Assistance Force", comandadas pela OTAN, tem dado prioridade para restabelecer os direitos das mulheres que foram erradicados sob o regime Taliban, como parte de seus esforços para criar uma estratégia de segurança para o Afeganistão.

Mas, com o prazo previsto para o final de 2014 para as tropas internacionais deixarem o país, ativistas dos direitos humanos alertam que as perspectivas para a população feminina serão sombrias.

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A "Human Rights Watch" afirmou que os direitos das mulheres estão cada vez mais em risco, com o casamento precoce e forçado, a impunidade à violência contra as mulheres e a falta de acesso à justiça para as mulheres afegãs.

Os crimes "contra a honra" ainda são comuns na nação islâmica pós-guerra: a comissão independente de direitos humanos do país, registrou dezenas de casos de assassinatos de mulheres pela honra só nos dois primeiros meses do ano.

Durante o mês de julho, uma onda de assassinatos brutais no país deixou quatro mulheres e duas crianças mortas e atraiu atenção internacional.

A Comissão independente de direitos humanos advertiu que, no mês passado, o Afeganistão teve um aumento nos casos de crimes de honra e estupro, acrescentando que muitos incidentes de assassinato e agressão sexual não são denunciados às autoridades.

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A sempre presente ameaça de violência nas mãos dos homens em uma sociedade patriarcal, também levou ao aumento dos casos de mulheres afegãs tomando suas próprias vidas.

Dezenas de mulheres cometem suicídio no país a cada ano, frequentemente para escapar de casamentos falhos ou abusivos. O divórcio ainda é tabu no Afeganistão, e as mulheres que fogem de seus casamentos enfrentam penas severas de prisão.

Em 2003, um tribunal de família estabelecido na capital do Afeganistão, Kabul, oferecia um simulacro de esperança para as mulheres do país que estão presas em casamentos forçados ou sujeitas a violência doméstica. Mas, o tribunal de "justiça" ainda legisla baseado na lei da sharia islâmica.

A tradicional cultura afegã não coloca nenhum ônus sobre um homem que quer deixar sua esposa e passar por processos judiciais. Ele pode divorciar de sua esposa sem qualquer aprovação do sistema judicial.

Por outro lado, no tribunal em Cabul, uma mulher deve pleitear o seu caso perante os juízes e advogados, e ela deve ter cinco testemunhas masculinas dispostas a participar do julgamento. É causa perdida!

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Um caso recente, mostrou uma menina de 17 anos sendo forçada judicialmente a aceitar uma proposta de casamento de um homem que ela desprezava, após ter sido bem sucedida em anular inicialmente o seu noivado pelo tribunal, de acordo com o The Washington Post.

Tragicamente para Farima, que sonhava em se tornar médica, a decisão não marcou um retorno à vida de liberdade relativa que ela gozava antes de seu noivado.

Antes de retomar sua batalha no tribunal de "justiça", a adolescente, desesperada, atirou-se do telhado de sua casa em Kabul. Farima fraturou suas costas na queda, mas sobreviveu. Seu noivo insistiu que seu casamento ainda deveria ir em frente, levando a adolescente, agora paralítica, travar outra batalha no tribunal.

Após o caso, a jovem de 17 anos está de volta a sua casa de infância. Sua família não permitiu que ela retornasse para a escola, e as lesões da tentativa fracassada de suicídio significam motivo de receio para seus pais, porque será improvável ela se casar no futuro.

Entretanto ela conseguiu, contra todas as probabilidades, livrar-se de um destino que ela temia. Mas, o futuro para esta menina afegã desafiadora e corajosa, ainda permanece sombrio.





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