A Paixão de Jesus Cristo foi absolutamente especial. A Sua ressurreição dos mortos, três dias depois, foi um ato de Deus para reivindicar o que Seu filho alcançou na morte.
Não foi necessariamente o cumprimento da Paixão e Morte de Jesus ou a intensidade da dor física, que era indizivelmente terrível, que a tornou especial. Sua excelência reside em outro lugar. A Paixão de Jesus Cristo foi única, porque Ele era de outro mundo. Quando perguntado: "És o Messias, o Filho de Deus?" Jesus respondeu: "Eu Sou". Era uma reivindicação incrível!
O Messias esperado era para ser poderoso, mas Jesus estava para ser crucificado e continuava dizendo abertamente o que havia afirmado tantas vezes durante o Seu ministério: "Eu sou o Messias, o Rei de Israel". Ele disse isso abertamente no momento em que foi menos suscetível de ser credível.
Em seguida, Ele adiciona as palavras que explicam como, mesmo crucificado, poderia reinar sobre Israel: "Você vai ver o Filho do homem sentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do Céu". Em outras palavras, Ele irá reinar à direita de Deus e um dia voltará à Terra em toda a Sua Glória.
Ele foi mais do que um ser humano. Jesus Cristo existiu antes da Criação. Ele é co-eterno com Deus Pai. Ele não foi criado e não há nenhuma época em que Ele não existiu. Na eternidade, Deus já existia como uma essência Divina em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo.
Este é o testemunho do Apóstolo João, vindo de quem O conhecia e era inspirado por Deus para explicar quem Ele é: "No início era o Verbo e o Verbo estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele estava no princípio com Deus e todas as coisas foram feitas por intermédio Dele, e sem Ele não foi qualquer coisa feita. E a Palavra se fez Carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória, como o Filho Unigênito do Pai, cheio de Graça e da Verdade Eterna".
Jesus disse coisas que só fariam sentido se ele fosse ambos, Deus e homem. Por exemplo, quando perdoou o pecado: "Meu filho, teus pecados estão perdoados". Uma resposta indignada do povo era compreensível devido à ignorância da época: "Ele está blasfemando! diz Quem pode perdoar os pecados, senão Deus somente?".
Certa vez Jesus afirmou, relata João: "Eu e o Pai somos um, e antes que Abraão existisse, Eu Sou". As palavras "Eu Sou" não apenas sinalizavam Sua existência antes de Abraão, que viveu 2000 anos antes de Jesus, mas foi também uma referência sobre o nome que Deus se auto-denominou no Antigo Testamento. Deus disse a Moisés: "Eu Sou quem Eu Sou, e diga isso para o povo de Israel. Eu Sou quem me enviou a você".
Jesus previu Sua própria traição como se Ele visse tanto o futuro como o passado. Depois, como disse João, Ele explicou: "Eu vos digo isso agora, antes que aconteça, para que quando acontecer, vocês acreditem que Eu Sou". Jesus era o Deus de Israel, o Senhor da humanidade em forma humana. É por isto que Sua Paixão é inigualável!
Somente a morte do Divino Filho de Deus poderia alcançar os Seus desígnios. A Paixão de Jesus Cristo é ímpar porque Ele era totalmente inocente. Não apenas inocente dos crimes de blasfêmia e sedição, mas também de todos os pecados. Segundo João, uma vez Jesus perguntou a seus inimigos: "Qual de vocês me condena por pecar?"
Ele sabia que nenhuma acusação poderia atingi-Lo. Seu discípulo Pedro, disse que a morte de Jesus era a de um cordeiro sem máculas. A recusa de Jesus em revidar ao ser injustamente condenado e morto, também firmou em seus seguidores a convicção que Ele era sem pecados.
Pedro falou por todos: "Ele não cometeu pecados, nem a falsidade foi encontrada em suas palavras. Quando insultado, Ele não revidou, quando sofreu, não ameaçou, mas Se colocou nas mãos Daquele que O julgaria com justiça". Sua morte não teve paralelos, pois Ele era sem pecados.
A Paixão de Cristo foi especial na história da humanidade, porque foi planejada e predestinada por Deus para a nossa Salvação.
A Igreja primitiva assim resumiu: "Nesta cidade se juntaram contra Jesus, que foi ungido por Ti, Herodes e Pôncio Pilatos, juntamente com os gentios e o povo de Israel, para fazerem aquilo que a Sua mão e Seu plano haviam predestinado a acontecer".
Finalmente, a Paixão de Cristo foi incomparável, acompanhada por eventos exclusivos e cheios de significado para o mundo. Conhecemos as afirmações de amor ao próximo e a autoridade de Jesus na Cruz. Nenhum homem crucificado, morrendo em agonia, jamais falou como Ele.
Um dos ladrões, crucificado ao lado de Jesus, se arrependeu e surpreendentemente pediu: "Jesus, lembra de mim quando entrares no Teu Reino". Que momento de reconhecer um Reino sendo estabelecido! Jesus não o corrigiu. Em vez disso, Ele disse: "Verdadeiramente vos digo, hoje estarás comigo no Paraíso".
O ladrão não foi a única pessoa que recebeu a misericórdia e o amor de Jesus Cristo, quando Ele morreu. Jesus olhou sobre aqueles que O crucificaram e disse: "Pai, perdoai-os, porque eles não sabem o que fazem". Eles puderam fazê-Lo sangrar e sofrer, mas não conseguiram fazê-Lo odiar! E quando o momento de Sua morte chegou, Jesus clamou: "Está consumado," curvou a Sua cabeça entregando o Seu Espírito.
Com isso, Ele quis dizer: "Eu realizei plenamente a obra redentora que meu Pai mandou concluir." Uma vida sem pecado e de obediência a Deus, seguido por um terrível sofrimento e morte. Foi por isso que Ele veio, e assim tudo foi consumado.
O significado do que Ele realizou foi simbolizado por um evento surpreendente nas proximidades de Jerusalém. No lugar santo do templo judaico, onde só o sumo sacerdote poderia entrar e encontrar a Deus uma vez por ano, a imensa cortina rasgou-se ao meio quando Jesus morreu.
Mateus relata: "Jesus clamou outra vez, com grande voz, e rendeu o Seu espírito. E eis que a cortina do templo foi rasgada em dois, de cima abaixo". O significado deste acontecimento é que quando Jesus morreu, quando a Sua carne foi rasgada pelos homens, Deus rasgou de cima abaixo a cortina que O separava das pessoas comuns.
A morte de Jesus abriu o caminho para um mundo íntimo, sagrado, perdoado, pessoal, em alegre comunhão com Deus. Nenhum mediador humano seria necessário por mais tempo. Jesus abriu o caminho para o acesso direto a Deus. Ele foi o mediador entre nós e Deus.
A Igreja primitiva disse: "Agora nós temos confiança, adquirida pelo sangue de Jesus, para entrar nos lugares Santos pelo novo e vivo caminho que Ele abriu para nós através da cortina. Deixe-nos aproximar com o verdadeiro amor no coração, em inteira certeza de Fé".
Foi concluída a obra da Redenção. O preço para a reconciliação entre Deus e o homem foi pago. Agora restava a Deus confirmar a Sua realização, levantando Jesus dentre os mortos. Esta também foi a maneira que Jesus tinha predito e planejado.
Relata Lucas: "Nós estamos indo para Jerusalém, e tudo o que foi escrito sobre o Filho do homem pelos profetas será realizado. Ele será entregue aos gentios e será ridicularizado e vergonhosamente tratado. Depois da flagelação, irão matá-Lo e no terceiro dia Ele ressuscitará".
Jesus ressuscitou três dias depois, na manhã de domingo! Durante quarenta dias apareceu várias vezes aos seus discípulos antes da Sua Ascensão definitiva aos Céus. Lucas confirma: "Ele se apresentou vivo após Seu sofrimento, por muitas provas, aparecendo-lhes durante quarenta dias e falando sobre o Reino de Deus".
Os discípulos demoraram a acreditar o que realmente tinha acontecido. Estes não eram primitivos, nem ingênuos, mas comerciantes de pé no chão. Eles sabiam que as pessoas não ressuscitavam dos mortos. Assim, Jesus insistiu em comer peixe com Seus seguidores para provar-lhes que não era um espírito: "Vejam minhas mãos e meus pés, e verão que sou eu mesmo. Podem me tocar e ver. Um espírito não tem carne e ossos como vedes que eu tenho".
Havendo dito isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. Então eles acreditaram, cheios de alegria. E ficarem maravilhados, quando Jesus Cristo disse-lhes: "Tem algo aqui para comer?", e deram-Lhe um pedaço de peixe assado, e Ele tomou e comeu diante deles.
A excelência de Jesus Cristo foi a ressurreição do Deus-homem, agora em Sua nova vida indestrutível, reinando à direita de Deus Pai. A Igreja primitiva O aclamou Senhor do Céu e da Terra. Eles disseram: "Após ter feito a purificação dos pecados, Ele sentou-se à direita da Majestade nas alturas". Jesus tinha terminado a obra incomparável que Deus Lhe deu para realizar, e a Ressurreição foi a prova de que Deus estava agradecido.
Feliz Páscoa e Deus vos abençoe (God bless you).
1 comentários:
JESUS SEJA LOUVADO!
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