A civilização ocidental está sob ataque do multiculturalismo, uma tentativa sutil para desacreditar o Cristianismo. A campanha contra a cultura ocidental é tanto anti-Cristã quanto anti-ocidental e foi concebida para promover um niilismo destrutivo dos valores e crenças que sustentam a nossa cultura há séculos.
O primeiro passo deste ataque é trazer à tona aspectos estigmatizados da sociedade ocidental, como a dominação masculina, a supremacia branca, o imperialismo, etc. O segundo baseia-se na tentativa de igualar o Cristianismo à cultura ocidental, introduzindo no imaginário popular o anti-feminismo, o racismo e as filosofias anti-Cristãs, apoiando-se na "insensibilidade do homem branco".
O que mais define e perpetuou a cultura ocidental foi sua natureza religiosa. A cosmovisão Cristã baseia-se na crença do Deus infinito e pessoal expressa pelos profetas, que tinha se revelado na Vida e nos Ensinamentos de Jesus Cristo. Porém foi mais do que a religião que moldou a visão do mundo Cristão durante os primeiros séculos.
Os primeiros Cristãos tinham um conhecimento de Deus que se baseava na revelação e não na especulação. Eles traziam valores universais absolutos para conviver e julgar a sociedade. Em especial, trouxeram valores únicos para a dignidade fundamental do ser humano, baseados na crença de que cada ser humano é singular e criado à imagem de Deus.
Muitas religiões disputavam sua continuidade no Império Romano. Diferentes cultos, doutrinas religiosas e filosofias caracterizavam a época do surgimento do Cristianismo. O mundo ocidental do século I d.C. estava carente de princípios morais e éticos, pois as religiões clássicas da Grécia e de Roma pouco tinham a oferecer. Assim, muitos adotaram o misticismo oriental e o platonismo como doutrinas.
As perseguições esporádicas aos Cristãos, sob a égide dos imperadores romanos, não ocorreram simplesmente porque os Cristãos adoravam um único Deus, pois havia muitos devotos aos vários deuses das mitologias romana e grega. A razão de os Cristãos serem perseguidos e mortos foi a recusa de participarem da uniformidade do estado romano e venerarem o imperador César.
Os Cristãos adoravam a Jesus como seu Deus infinito e pessoal. Eles abominavam qualquer amor idolátrico a esta mistura de deuses e o politeísmo era percebido pela Cristandade como uma falsa crença pagã. Os Cristãos tinham como testemunho da Verdade o Espírito Santo residindo neles, e como testemunho da Fé as Escrituras dos profetas assim como o Novo Testamento dos apóstolos de Jesus Cristo.
Os ideais gregos e a civilização romana tiveram uma forte influência sobre o mundo ocidental moderno. O Império Romano foi construído sobre a máxima "conquista com incorporação" dos povos. O segredo da força de Roma residia no fato de que ela incorporou as nações conquistadas em seu próprio corpo político e social, sem escravizar a maioria das pessoas.
A liberdade era praticada nas tribos bárbaras do norte da Europa e nas cidades gregas. A união, obrigatória, era resultado do despotismo no Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia e China. Porém, liberdade e união foram pela primeira vez reunidas em Roma. Toda a região do Mediterrâneo foi comandada por Roma, e a maioria dos povos tornou-se cidadãos romanos, contando com a proteção das suas leis.
Em seguida o Império Romano estabeleceu como novo padrão social o civilismo grego e como religião oficial o Cristianismo. A vida humana foi elevada a um plano superior e a noção grega da democracia quase concretizou-se. Infelizmente, nos séculos posteriores as formas do pensamento pagão acabaram por impregnar a visão do mundo religioso dos Cristãos, que passaram a depender menos das Escrituras e cada vez mais da palavra e autoridade da Igreja.
À medida que a economia romana se deteriorava rapidamente, sobrecarregada por uma grave inflação ocasionada por seu governo gastador e déspota, o autoritarismo aumentou para combater a apatia reinante. O labor deixou de ser realizado de forma voluntária ou passional, e o trabalho do povo submeteu-se à total autoridade do Estado. Finalmente, todas as liberdades foram perdidas.
Roma caiu em desgraça por causa dos resultados da apatia geral e do controle opressivo do governo, e não por causa de forças invasoras externas, como os bárbaros, que só completaram a sua ruína final. Em suas incursões periódicas no século IV, os vândalos, visigodos e outras tribos germânicas, assolaram as cidades romanas deixando as aldeias em chamas e massacrando seus habitantes.
Quando os invasores bárbaros e as tribos germânicas saquearam o Império Romano, eles assimilaram e introduziram nas próprias populações os benefícios da cultura Cristã, sob a forma de arte, literatura e religião, que se alastraram na cultura destes povos e criaram o que hoje conhecemos como "civilização". Através da simples resistência passiva, o Cristianismo perpetuou-se após a queda do Império Romano.
A ideologia do Cristianismo construiu as bases duradouras da sociedade e da cultura ocidental, tanto ao tornar-se a religião predominante como ao preservar os valores da cultura greco-romana. Graças aos monges e religiosos extremados, as Escrituras foram preservadas juntamente com os clássicos gregos e latinos, e mesmo a música antiga e cerimonial foi mantida viva através da repetição e execução constantes.
Quando Roma desmoronou perante as tribos invasoras a cultura do Império Romano do Oriente, ou Império Bizantino, foi separada do Império Romano Ocidental. Esta primeira grande linha divisória na história é considerada o fim da Era Antiga e o início da Era Medieval, datada durante a queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C.
Juntamente com o colapso da ordem romana adveio um momento de turbulência, com guerras frequentes e uma descontinuidade intelectual. No entanto, o Cristianismo floresceu e estendeu uma enorme influência civilizadora sobre as tribos do norte da Europa, através da extensa arte Cristã, da exaltação da virtude do trabalho honesto e da arquitetura impressiva de uma imensa rede de Igrejas, hospitais e instituições de caridade.
O Sacro Império Romano tornou-se popular e ficou conhecido pelas tribos pagãs do norte da Europa e da Ásia como "Cristandade". As portentosas Instituições Cristãs Medievais foram criadas neste período e a Europa foi considerada como o Reino de Cristo. Porém, o Sacramento do Batismo tornou-se social e politicamente significativo, uma vez que permitia a entrada na sociedade recém convertida ao Cristianismo. Desta forma, a Igreja Medieval começou a rumar para longe dos ideais estabelecidos pelos Apóstolos e pelos primeiros Cristãos.
O Sacro Império Romano Medieval era uma amálgama cultural grega, romana e germânica, mas que pautava-se pelas virtudes Cristãs. O resultado foi uma estrutura de governo e sociedade que se assemelhava mais à cosmovisão pagã do passado do que à origem pura do Cristianismo, pois elementos da cultura grega, como a arte, a filosofia e o modelo de governo não foram descartados na época Medieval e tornaram-se absolutos.
A cosmovisão e a filosofia Cristã ensinam que a Palavra de Deus e a vida espiritual no Reino de Cristo permeiam e fornecem uma ordem mais harmoniosa na sociedade. Mas novas liberdades estão surgindo na Era Moderna, e outras culturas estão se tornando tão importantes para o Ocidente como foi a influência greco-romana séculos atrás. Porém essas novas culturas elevam-se sem nenhuma influência Cristã.
Na antiga União Soviética escritores socialistas dissidentes reconheceram que o Cristianismo tinha as respostas para a reconstrução do seu socialismo doentio. A admissão do maior país comunista da época, de que a filosofia ateísta era falha e sem recursos para perpetuar-se, é exemplar. Atualmente constatamos que metade do continente africano converteu-se ao Cristianismo nos últimos 50 anos, assim como 30% da população comunista da Ásia. Apesar da predominância dos regimes comunistas na América do Sul, podemos observar uma "reforma" Cristã própria e singular "formando" milhões de novos Cristãos.
A ideia de que o Cristianismo deve ser relegado somente ao "reino da religião", portanto irrelevante para a busca do conhecimento científico e afirmação cultural, não mais ecoa, pois agora a sua ideologia alinha-se com o progresso da civilização ocidental. Este fato óbvio está sendo confrontado e admitido até mesmo pelos maiores pensadores ateus da atualidade. Quando a visão do mundo materialista for abertamente admitida como sendo incorreta e retrógrada, teremos uma revolução intelectual em toda a sociedade.
Estamos vivenciando um momento muito importante na história mundial, pois entramos agora no período denominado de Era Pós-Moderna. Atualmente, a mudança de direção em grande parte do mundo ocidental envolve a rejeição da ideologia marxista, assim como a da dupla visão do mundo, ou seja, o humanismo materialista. Muitos países pós-marxistas já estão se movendo em direção a um movimento de reforma com base nos conceitos da ideologia Cristã. Em breve veremos a queda final do multiculturalismo.
Esta mudança será marcada pelo renascimento do interesse nos Ensinamentos de Jesus Cristo. Certamente todo o conceito de progresso mecanicista é uma ideia arrogante e fadada ao fracasso, a menos que a filosofia de Jesus Cristo fosse a fonte de todas as inexistentes benesses deste tipo de progresso, o que será sempre impossível. A próxima era da humanidade deverá ser corretamente denominada de Era Cristã, quando os Ensinamentos e Filosofias de Jesus Cristo reinarão nos corações e mentes dos indivíduos e serão parte integral do pensamento global.
3 comentários:
Eu achei que a culpa fosse dos próprios europeus, por conta de séculos de colonização, imposição dos seus valores, dominação e extermínio de outros povos... mas não, não, aparentemente o mal é o marxismo...ok, rsrsrs.
Os europeus fundaram a civilização ocidental e são responsáveis por todo conhecimento que usufruimos. Criaram as artes, ciências, literatura, música, assim como os valores morais e religiosos que alavancaram a espécie humana. Por outro lado, os "marxistas" são apenas um recente grupo de desajustados que nada propuseram ou fizeram de útil, a não ser espalhar a violência e sua ideologia tacanha e satânica no mundo. Por isso, não confunda "alhos com bugalhos"...!!!
Agora, além da praga comunista temos que aturar a disseminação do islamismo. É uma dose dupla de aporrinhação destas escórias!
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