Deus poderia ter preferido espalhar o Evangelho enviando anjos aos quatro cantos da Terra, no entanto, Ele escolheu pessoas comuns, mas capacitadas no espírito, para pregar a boa-nova. Existiram intervenções milagrosas na difusão dos Ensinamentos de Jesus, mas os primeiros cristãos tinham que viajar de um lugar para outro pelos meios disponíveis; caminhando, na carroça puxada por animal, a cavalo ou embarcado. A Palavra era ensinada por meio de manuscritos que tinham que ser transportados por dezenas de quilômetros.
A Pax Romana forneceu um ambiente único na época em que contribuiu para as viagens seguras por todo o Império Romano, uma tranquilidade que trouxe riqueza e expansão ao mundo mediterrâneo. A Pax Romana perdurou desde o reinado de César Augusto (27AC-14DC) até o governo de César Marco Aurélio (161-180DC). Durante a vida de Jesus Cristo e a primeira geração da Igreja Cristã, grande parte da 'cristandade europeia e oriental' estava unificada sob a autoridade romana, desta forma também aproveitando a relativa ordem social.
Um sistema de vias calçado de pedras conectando os vilarejos e domínios romanos facilitava a locomoção no Império. A disciplina romana reduziu o crime nas estradas e interrompeu a pirataria no Mar Mediterrâneo, tornando as viagens mais seguras. O estado de guerra estava no seu mínimo dentro das fronteiras do Império e os missionários podiam viajar com relativa facilidade, aumentando sua mobilidade e a difusão do Evangelho. Este fato permitiu que os cristãos espalhassem os Ensinamentos de Jesus entre os romanos no curso das suas atividades comerciais.
A Pax Romana também teve um impacto na linguagem, visto que o grego tornou-se a língua oficial do Império. Um milagre peculiar permitiu que os cristãos ensinassem o Evangelho de Jesus nas línguas nativas dos aprendizes: Por acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos em nossa própria língua materna? Partos, medos, elamitas e os habitantes da Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e das províncias da Ásia, Frígia, Panfília, Egito e Líbia, os ouviam declarar as maravilhas de Deus na própria língua!
No entanto, na maioria das vezes, os cristãos usavam oficialmente o grego como a língua comum, e facilmente os Ensinamentos de Jesus se espalhavam de pessoa a pessoa na linguagem coletiva. Por causa da linguagem comum fornecida pela Pax Romana, o Novo Testamento escrito no grego helenístico que emergiu na pós-Antiguidade clássica, era facilmente acessível às pessoas em todas as partes do Império. Indivíduos de diferentes regiões podiam trocar escritos, e as epístolas do Apóstolo Paulo que inspiravam as Igrejas eram compreendidas por todos.
Em resumo, a Pax Romana facilitou a interação devido ao sistema de vias desenvolvido e mantido com segurança. A ausência de guerras e a prevenção contra a criminalidade, somadas ao uso extensivo do grego como língua comum, forneceram o ambiente perfeito para o Cristianismo se desenvolver pelo 'mundo civilizado'. As proteções civis para os cidadãos permitiram aos primeiros cristãos uma pequena, mas efetiva, liberdade para compartilhar os Ensinamentos de Jesus, inicialmente impopulares entre os romanos.
Na época do Imperador Constantino, o Cristianismo já era uma força considerável, com padrões de crescimento semelhantes aos movimentos religiosos bem-sucedidos dos dias modernos. Um número incomum de convertidos cristãos originava-se das classes cosmopolitas educadas. O fato de oferecer uma nova perspectiva sobre conceitos familiares e não ser vinculado às etnias, o Cristianismo atraiu um grande número de 'hebreus helenizados', entre muitos outros que também pretendiam ser assimilados pela cultura dominante.
Traduzir as crenças cristãs para as outras línguas, como latim e o grego, fez com que a mensagem alcançasse todo o Império, o que permitiu que muitos aprendessem que Jesus sofreu e morreu pelos nossos pecados. Desde as suas origens humildes, assim como era a pura mensagem do 'pescador de almas', até tornar-se a religião oficial do Império Romano, o Cristianismo cresceu junto à expansão romana. Mas foi através de Jesus Cristo e seus apóstolos, espalhando a Palavra de Deus, que o Cristianismo ganhou popularidade e consolidou-se, embora muitos morressem por causa da sua Fé cristã.
Devemos reverenciar os cristãos da antiguidade pelo seu desprendimento, altruísmo e a Fé inabalável. Em meio às guerras, incêndios, epidemias e outras tragédias que sitiavam as cidades greco-romanas, as comunidades cristãs, apesar de perseguidas até a morte, sempre foram um reduto de ajuda mútua e solidariedade para com os estranhos. Neste contexto, podemos admirar o martírio voluntário, especialmente na geração após a morte de Jesus, que reforçou o compromisso das bases cristãs.
Se você deseja conhecer nosso Deus cristão, renuncie ao próprio corpo, aos sentidos corporais, e abandone a Terra. Faça com que o ar esteja abaixo de ti e voe sobre as estações do ano; coloca-te acima do éter, atravesse as estrelas e observe o seu esplendor e os benefícios que elas fornecem; seu brilho, movimento e o vínculo entre elas. Tendo passado por tudo isso em tua mente, vá para o Céu, postando-se acima dele só com o pensamento, e observe as majestades, os chefes Arcanjos, a glória dos Domínios, a presidência dos Tronos, os Principados e Autoridades.
Depois disso, eleve a sua mente muito acima dos limites dela e apresente-se à Essência de Deus; imutável, simples, complexa, indivisível, um poder inexplicável, magnitude infinita, glória resplandecente, infindável bondade, beleza incomensurável que golpeia poderosamente nossa alma, mas que não pode ser validamente descrita em palavras. Mesmo que tal exaltação do espírito seja demandada, os pensamentos humanos somente alcançam os atributos da Divindade do Senhor e não Sua Verdadeira Santidade e Essência.
A Santidade consiste na ausência do pecado e na presença dos valores espirituais mais elevados. Santidade é como uma luz, e a Santidade de Deus é a mais pura das luzes. Ele é a fonte da Santidade que ilumina Seus anjos e os seres humanos. Os homens podem atingir a Santidade somente pela Vontade de Deus, nunca por natureza, através do amor, da luta espiritual e da oração. A Santidade e a Justiça de Deus estão intimamente ligadas, e Deus sempre chama cada um de nós para a Vida Eterna com Ele, no Seu Reino, para sermos iluminados pela Sua Santidade.
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