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27 dezembro 2012

O IMPÉRIO DO SOL - EMPIRE OF THE SUN

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Segundo um novo estudo, conforme a energia do Sol varia de intensidade, a atmosfera da Terra e o ser humano acompanham o seu ritmo. Os pesquisadores também descobriram que o ciclo magnético solar, que produz as manchas solares ao longo de aproximadamente 11 anos, pode variar mais do que se pensava anteriormente.

A termosfera, que varia em altitude cerca de 90 a 500 quilômetros, é uma camada de gás rarefeita na borda do espaço onde a radiação do Sol faz seu primeiro contato com a atmosfera da Terra. Ela geralmente esfria e se torna menos densa durante atividade solar baixa, afetando toda a variação climática mais abaixo.

A pesquisa também indica que o Sol pode estar passando por um período de atividade relativamente baixo, e o fato indica que a atividade solar vai decrescer no futuro próximo.

Comparando com padrões semelhantes do passado, devemos esperar baixos ciclos solares para os próximos 10 a 30 anos. Dentre os 43 anos de exploração especial, essa foi a maior diminuição da termosfera da Terra já vista, devido a baixa atividade solar.

De acordo com cientistas do Observatório Solar Nacional e do Laboratório de Pesquisas da Força Aérea dos EUA, o próximo ciclo de 11 anos das manchas solares poderá ser bastante reduzido ou nem mesmo acontecer.

O fato é que três observações completamente independentes do Sol apontam para a mesma direção, de que o ciclo de manchas solares pode estar caminhando para uma hibernação total.

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O Sol é responsável pelas épocas áureas da civilização, porque em períodos mais quentes houve extrema prosperidade da humanidade, em contrapartida aos períodos mais frios. O frio é inimigo do homem!

Os períodos de frio mais intenso estão associados à escassez de alimentos, doenças, miséria, guerras e conflitos sociais. Os períodos de calor, por sua vez, estão associados ao surgimento e expansão de civilizações, abundância de alimentos e prosperidade geral.

O Império Romano, dada a sua relativa longevidade, passou por períodos de aquecimento e resfriamento. Não por acaso, seu apogeu se deu durante um período de aquecimento. Foi o frio que empurrou as hordas de bárbaros do norte europeu para a decadente, mas ainda relativamente quente Península Itálica.

Já as atividades humanas nos últimos cento e cinquenta anos, por mais que os defensores da tese do Aquecimento Global Antropogênico insistam, foram incapazes de alterar o clima em escala global. De fato, falar em mudanças climáticas é uma redundância, pois o clima nunca foi e nunca será estático.

Há vários fatores que regulam o clima na Terra. Aquecimento e resfriamento dos oceanos, especialmente o Pacífico, atividade vulcânica e certamente, o Sol. Porém, o Sol é na realidade uma estrela pulsante, o que significa que sua emissão de energia é variável.

Em outras palavras, a chamada constante solar, a energia que vem do Sol, não é uma constante. Desde 1979, medidas feitas através de instrumentos em satélites comprovam essa inconstância, e os ciclos das manchas solares demonstram a mesma inconstância.

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Os investigadores fizeram uma correlação surpreendente entre a ascensão e queda da atividade solar e a consciência humana. As tempestades solares causam diretamente os conflitos, guerras e inclusive a morte entre os seres humanos na Terra.

A atividade solar, que interage com o campo magnético da Terra, também efetua extensas mudanças no ser humano, nos estados de ânimo, emoções e padrões de comportamento.

Durante os máximos solares os campos geomagnéticos começam a se intensificar e interagem com os humanos, na química do cérebro. Isto leva à criação de mecanismos psicológicos anômalos, mudanças hormonais e atividade perceptivelmente modificada das ondas cerebrais.

As pesquisas demonstraram que à medida que o ciclo solar alcançou seu ponto máximo, houve um aumento nos distúrbios humanos, levantes, rebeliões, revoluções e guerras entre nações.

Descobriu-se um padrão alarmante que poderia remontar a 2500 anos. No ciclo solar 22, no máximo do Sol, o Iraque invadiu o Kuwait e os EUA entram na primeira batalha contra Saddam Hussein. Somente onze anos mais tarde, quando o Sol entrou em atividade novamente, as guerras no Afeganistão e Iraque iniciaram.

Na segunda metade de 2010, o Sol alcançou outro pico que afetou o campo magnético da Terra, e fomos testemunhas da dissidência na Tunísia, Egito e no Yemen, e os distúrbios continuaram através da Europa.

Este mal-estar social alcançou os países do Oriente Médio, África e Ásia. A medida que aumenta a atividade solar, também aumentará a violência na Terra. As explosões solares e o ciclo solar chegarão ao seu máximo em 2013, e as formas mais extremas de violência culminarão neste ano.



14 dezembro 2012

NÃO SOMOS DESTE MUNDO - WE ARE NOT OF THIS WORLD

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Não só o Reino de Cristo não é do mundo como seus cidadãos também não são. Um pouco antes de ser preso Jesus orou por seus seguidores:

Dei-lhes a Palavra, meu Pai, e o mundo os odiou porque não pertencem a ele, assim como eu também não pertenço. Não peço que os tire do mundo mas que livre-os do mal. Eles não são do mundo como eu não sou. Santifica-os na Verdade, pois a Tua palavra é a Verdade. Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviarei ao mundo.

Portanto, se queremos ser seguidores de Jesus Cristo temos que "não pertencer a este deste mundo". Mas isto quer dizer que devemos nos retirar para o cume de alguma montanha inacessível ou a um refúgio no deserto? De jeito nenhum!

Jesus disse que Ele nos enviou ao mundo e não para longe do mundo. Mas se fomos enviados ao mundo, como evitamos pertencer a ele? São João explica: 

Não ameis o mundo nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele, porque tudo o que há no mundo — a concupiscência da carne, dos olhos, e a soberba da vida — não é do Pai, pois pertence ao mundo. O mundo e sua concupiscência passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.

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Portanto, "não ser do mundo" significa que vivemos no mundo mas estamos mortos para todas as suas atrações — somos simplesmente peregrinos que passam pelo mundo e não o convertemos em nosso lar.

Como João nos disse, não faz sentido falar do quanto amamos a Jesus enquanto estamos amando o mundo. Não ganhamos nada por pregarmos adesivos de Jesus em nossos veículos e cruzes nas casas, se amamos o mundo. Porque se amamos o mundo não amamos Jesus!

Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer um que quiser ser amigo do mundo constitui-se um inimigo de Deus, disse São Tiago.

Por esta razão, nem Jesus nem seus discípulos falaram de "nações cristãs". Na realidade o termo é um paradoxo: é como dizer silêncio estridente! A palavra Cristão sempre deve se aplicar a pessoas que não são deste mundo. Por outro lado, a palavra nação sempre deve referir-se a algo deste mundo.

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Por todo o Novo Testamento Deus dá a Seu povo instruções sobre como eles devem agir nos diversos âmbitos da autoridade. Ele dá instruções aos maridos e às mulheres, aos senhores e servos, pais e filhos, aos pastores e membros do rebanho que pastoreiam.

No entanto, quando se trata dos governos terrestres é muito diferente, pois o Novo Testamento só contém instruções para os súditos Cristãos e nunca para os governantes cristãos. Se Jesus considerasse a necessidade de governantes cristãos, porque não deu nenhuma instrução a eles?

Quando a Igreja encontrava-se próxima ao tempo dos apóstolos, os primeiros Cristãos realmente viviam neste mundo como estrangeiros. Eles viviam segundo os valores do Reino de Deus, o qual os fazia notavelmente diferentes do mundo ao redor.

Sua atenção estava em Jesus Cristo e seu Reino, e os assuntos públicos deste mundo não tinham a menor importância para eles. Taciano, um Cristão que viveu no Oriente Médio, escreveu sobre o cristianismo primitivo no ano 160 d.C. Ele proclamou:

Não desejo ser rei e não almejo ser rico. Rejeito toda posição militar e detesto a fornicação. Não sou levado por um amor insaciável aos lucros ou viajar pelo mar. Não compito por uma coroa e estou livre da sede excessiva pela fama. Desprezo a morte. Morrei para o mundo e repudiem a loucura que há nele. Vivei para Deus!

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Clemente de Alexandria foi um instrutor Cristão da Igreja primitiva em Alexandria, no Egito. Seus escritos datam do ano 195 d.C. e expressam a indiferença dos primeiros Cristãos à política, patriotismo e aos acontecimentos deste mundo. Ele resumiu o sentimento dos primeiros Cristãos quando escreveu: Não temos pátria nenhuma na Terra e, portanto, podemos desdenhar das posses terrestres.

Tertuliano, um Cristão ativo entre 195 e 212 d.C., foi um escritor enérgico que pertencia à Igreja primitiva em Cartago, norte da África. Juntamente com seus irmãos, os primeiros Cristãos daquela época, ele testemunhou que não tinham nenhum interesse nos assuntos políticos ao seu redor. Tertuliano escreveu:

Todo zelo na busca de glória e honra está morto entre nós, de modo que nada nos compele a participar das vossas reuniões públicas. Além do mais, não há outra coisa mais totalmente alheia a nós do que os assuntos do Estado.

Reconhecemos um único Estado que engloba tudo, o mundo. Renunciamos a todos os vossos espetáculos, pois entre nós, Cristãos, nunca se diz, se vê ou se escuta nada que tenha algo em comum com a loucura do circo, a desonestidade do teatro, as atrocidades da arena ou o exercício inútil da luta livre.

Por que vos ofendeis conosco se diferimos de vós no tocante aos seus prazeres? Quanto a nós, somos estrangeiros neste mundo e cidadãos do Reino de Deus. Nossa cidade está nos Céus!.

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Orígenes foi um dos homens mais brilhantes do seu tempo. Durante várias décadas serviu como mestre na Igreja primitiva de Alexandria. Posteriormente, mudou-se para Cesareia onde foi ordenado como ancião e presbítero.

Um dos trabalhos mais valiosos que está no registro histórico foi a resposta de Orígenes a Celso, um pagão crítico do Cristianismo primitivo:

Celso também insiste que devemos ocupar um cargo no governo do país se for necessário para a observância das leis e o apoio da religião. No entanto, reconhecemos em cada Estado a existência de outra organização nacional que não foi fundada pela Palavra de Deus.

Exortamos aqueles que são poderosos na palavra e que têm uma vida irrepreensível que governem as Igrejas. Não é com o propósito de evadir os deveres públicos que os Cristãos recusam seus cargos. Antes, é para que possam reservar-se a um serviço divino e necessário para a Igreja de Deus: a salvação dos homens. 


Cipriano serviu como Bispo de Cartago no ano 250 d.C. Ele deixou uma compilação volumosa de correspondência com Cristãos primitivos e Igrejas primitivas, a qual nos dá uma ideia significativa das crenças dos primeiros Cristãos deste tempo histórico.

Confirmando o que seus irmãos Cristãos escreveram, Cipriano respondeu: Todos os dias devemos lembrar que renunciamos ao mundo e que estamos vivendo aqui como visitantes e forasteiros.

Por não pertencer a este mundo, o Reino de Deus costuma entrar em conflito com os reinos deste mundo. Tal como Pedro e os apóstolos, os primeiros Cristãos negaram-se a violar qualquer Ensinamento de Jesus, inclusive quando o imperador César exigia.

Orígenes escreveu: E se a lei da natureza, ou seja, a lei de Deus, manda que se faça o que se opõe à lei escrita? Até a própria lógica nos diz que nos despeçamos do código escrito e que nos entreguemos ao nosso Legislador, Deus. A realidade é esta, mesmo que para cumpri-la seja necessário enfrentarmos os perigos, as inumeráveis provas, e até a morte ou a desonra.

Lactâncio acrescentou: Quando os homens nos mandam agir contra a lei de Deus e contra a justiça, nenhuma ameaça ou castigo que nos sobrevenha deve dissuadir-nos. Porquanto, preferimos os Mandamentos de Deus aos mandamentos do homem.

Desta forma, podemos dizer que a não-resistência e a separação do mundo foram práticas frequentes entre os primeiros Cristãos e fiéis que perpetuaram o Cristianismo primitivo até a conversão de Roma para esta religião.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU




28 novembro 2012

TERROR ISLÂMICO NO SINAI - ISLAMIC TERROR IN SINAI

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O terror islâmico atingiu a região do Sinai. Refugiados desesperados tentam cruzar o deserto controlado pelas tribos de beduínos, mas são interceptados, tornados cativos e têm seus órgãos retirados ainda em vida por médicos inescrupulosos.

Agora, estes traficantes de órgãos humanos na região sem lei estão torturando bebês, numa tentativa de receber resgates exorbitantes. Os refugiados do Sudão, Etiópia e Eritreia confiam nos contrabandistas para atravessá-los pelas fronteiras de Israel, mas ao invés disso, são vendidos para os beduínos e levados para os campos de tortura.

O objetivo é coletar rins, fígados e córneas de doadores indefesos. Então os órgãos retirados são transportados ao Egito, em unidades de refrigeração móveis, onde pacientes aguardam para recebê-los. Milhares de refugiados já morreram como resultado das operações, e em seus corpos as cicatrizes são indicadores fortes da remoção forçada.

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A península do Sinai está sob o controle das clãs do deserto, local em que a polícia raramente se atreve a aventurar. Uma organização humanitária liberou fotos de um bebê nascido nos campos de tortura, em quem foram infringidas queimaduras extremas que atingiram seu osso do crânio, para forçar os parentes a pagarem o resgate.

Sua mãe foi estuprada sem piedade pelos beduínos. As mulheres sempre são estupradas enquanto os homens são torturados, e os parentes recebem via celular suas imagens a fim de forçar o pagamento.

São estupros, espancamentos brutais e assassinatos com o objetivo de conseguir resgates exorbitantes, como US$ 50 mil, para libertar os cativos dos campos de tortura, e para a maioria das famílias é um valor impossível de ser pago.

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Os não-resgatados são escravizados e obrigados a trabalhar em plantações de maconha nas profundezas do deserto. Uma mulher que agora está em segurança em Tel-Aviv comentou sua experiência nas mão dos traficantes de órgãos humanos: "Eles são pessoas cruéis, criminosas, que não têm um sentido humano como nós", disse Tegisti Tekla.

Seu estuprador a engravidou, mas mesmo assim ela fugiu e conseguiu atravessar a fronteira de Israel, mas depois teve um aborto espontâneo. O trauma das torturas, espancamentos e do estupro marcará sua vida para sempre, ela acrescenta.




27 novembro 2012

O VÍRUS DO ARMAGEDOM - THE VIRUS OF ARMAGEDDON

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Os virologistas mais destacados alertaram que uma pandemia viral e mortal ocorrerá logo. Os sintomas aparecerão de repente, como uma dor de cabeça com febre alta, dor nas articulações, no estômago e vômitos.

A medida que a doença progride , os pacientes poderão desenvolver grandes áreas com hematomas e hemorragias descontroladas. Em mais da metade dos casos será fatal.

A origem será de uma doença endêmica em animais domésticos e silvestres, que saltará a barreira das espécies para infectar os seres humanos, com efeito mortal.

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Usando técnicas recentes de digitalização genética de alta tecnologia, cientistas começaram a reunir pistas das amostras de tecidos retiradas de pacientes que sofreram mortes fulminantes causadas por viroses.

Os resultados foram extraordinários. Sua genética era totalmente nova e cepas similares hospedavam-se em animais e não em seres humanos.

A cepa mais próxima pesquisada tinha como hospedeiros os morcegos asiáticos e os carrapatos, que são especialmente comuns no Oriente e na África Ocidental. Em todos estes novos focos mortais, o vírus responsável veio de um animal.

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Os cientistas acreditam que a pandemia de gripe espanhola, que cobrou 100 milhões de vidas em todo o mundo, originou-se de uma ave aquática selvagem. Terrível é que estes vírus conseguem saltar de animais para humanos.

Eles são classificados como zoonoses e carregam o potencial de causar mais estragos por causa da sua surpreendente capacidade de disseminação, espalhando-se rapidamente pela população quando menos se espera. Seu poder e taxas de mortalidade são assustadoras.

Uma autoridade mundial em epidemias adverte que devemos esperar uma pandemia de origem animal nos próximos anos, com efeitos potencialmente catastróficos sobre a raça humana.

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Se estes novos vírus seguirem o padrão da pandemia de 1918, a gripe espanhola, cruelmente exterminará milhões de pessoas jovens e em plena forma física. Eles morrerão por causa do desencadeamento da "tempestade de citocinas". Esta é uma desproporcional reação dos sistemas imunológicos, desencadeada pelo vírus.

Esta resposta descontrolada do organismo virá com uma fortíssima febre que debilitará seus corpos, será seguida por enormes náuseas e fadiga extrema. O sistema imunológico super ativado é que matará o portador contaminado ao invés de matar o vírus. Esta característica extrema será a responsável pelos efeitos destruidores do "Vírus do Armagedom".




26 setembro 2012

A IGREJA PRIMITIVA - THE EARLY CHURCH


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Jesus foi acusado pela liderança judaica e a autoridade que o sentenciou à morte foi o governador Pôncio Pilatos, o representante do Império Romano na Judeia. A morte de Jesus não acabou com o Cristianismo, e seus seguidores, considerados como inimigos do Império, passaram a ser perseguidos.

Quando o Livro do Apocalipse foi escrito entre os anos 90 e 100 d.C. o imperador de Roma era Domiciano, que promovia a caça, tortura e morte dos Cristãos. Estes sofriam uma intensa perseguição, que começou em Roma, e depois espalhou-se por todas as províncias do Império.

Ser Cristão era um crime, pois significava prestar honras a Jesus Cristo e não ao Imperador Romano. Quando um Cristão era denunciado e levado diante de um tribunal romano, a única forma de não ser condenado à morte era renegar a sua Fé — a maioria não abandonou a crença em Jesus Cristo como seu Deus e Senhor.

Durante os últimos quarenta anos do século III, de 260 a 300 d.C., a Igreja primitiva desfrutou de um tempo de paz sem precedentes. Houve perseguições locais esporádicas, mas nenhuma em grande escala no Império Romano. Isto parecia uma benção para a Igreja, já exausta e acossada, uma sobrevivente da perseguição violenta desde o tempo da sua fundação.

A consequência da paz ilusória levou a Igreja a abaixar a guarda, e com a perseguição fora de suas mentes, os primeiros Cristãos começaram a contenda entre seus iguais. A teologia, que sempre tinha sido algo secundário na Igreja primitiva passou para a vanguarda, e surgiram violentos debates teológicos através de todo o Império, agora Cristão.

Os primeiros Cristãos perderam a doutrina da separação do mundo e a disciplina começou a relaxar, principalmente em Roma, quando pela primeira vez na História do Cristianismo os primeiros Cristãos assumiram posições no governo romano. No entanto, a Igreja primitiva em 300 d.C. era bem mais disciplinada e separada do mundo do que a maioria das Igrejas atuais.

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Mas a paz de quarenta anos chegou ao seu fim, pegando desprevenidos a maioria dos Cristãos, quando em 303 d.C. o Imperador Diocleciano iniciou a perseguição mais devastadora que a Igreja jamais sofrera — as Igrejas foram queimadas em todo o Império e os escritos dos Apóstolos eram o combustível das fogueiras. Os legionários encarceravam os Cristãos que sofriam das torturas mais horríveis concebidas pelos romanos.

A perseguição continuou golpeando os Cristãos durante longos anos, mas o governo romano não conseguiu destruir a Igreja primitiva, e o Reino de Deus prevaleceu. Ao admitir a derrota, o imperador Diocleciano pediu aos Cristãos que orassem por ele! Depois, abandonou o seu cargo e suicidou-se.

Não foi uma batalha fácil, mas os primeiros Cristãos mostraram a satanás que ele não poderia derrotar o Reino de Deus por meio da força bruta, pois foi derrotado. Mas, será que foi mesmo? O que a Igreja primitiva não sabia era que satanás tinha mais de uma arma em seu arsenal, a astúcia — se não podia destruir o Reino de Deus se uniria ao mesmo e seduziria os Cristãos para que se unissem a ele.

As perseguições aos Cristãos só terminariam por volta de 311 d.C. Em 312, os Cristãos receberam boas notícias: Constantino, Licínio e Galilério, que lutavam pelo trono do Império Romano, assinaram e publicaram o "Edito da Tolerância", que enquadrava o Cristianismo no mesmo nível das outras religiões.

Ficou conhecido como o "Edito de Milão", e afirmava: "Decidimos conceder tanto aos Cristãos quanto a todos os homens livres, a liberdade de seguir a religião que escolherem, de maneira que qualquer divindade celestial que exista possa estar disposta a nos ajudar, e a todos os que vivem sob nosso governo".

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Outros decretos de Constantino e Licínio foram mais tolerantes — qualquer propriedade confiscada dos Cristãos durante a perseguição deveria ser devolvida a eles e todas as Igrejas queimadas ou destruídas seriam reconstruídas às custas do dinheiro público. Mas o Edito de Milão não converteu o Cristianismo em Igreja estatal, pois somente instituiu a liberdade de religião no Império Romano.

No entanto, pouco tempo depois, o imperador Constantino adotou uma política indubitavelmente pró-cristã no Império Romano — em poucos anos os Cristãos passaram de minoria perseguida para os favoritos da corte! Lamentavelmente este "favor" não veio sem pedir algo em troca.

Quando um governo decide ajudar o Cristianismo de alguma maneira, em geral esta "ajuda" vem acompanhada da participação do governo na Igreja. Constantino desejava sinceramente promover o Cristianismo através de todo o Império, mas ele era um homem não-regenerado, um homem do mundo.

Assim, a única maneira de promover o Cristianismo era através dos meios humanos. Constantino tinha a certeza de que as Igrejas dos primeiros Cristãos seriam insuficientes para alojar grandes multidões que viriam para os cultos, já que ele estava promovendo o Cristianismo.

Desta forma, proclamou um estatuto exigindo que os lugares de adoração-cristã, através de todo o Império, fossem ampliados consideravelmente. Constantino decidiu que as edificações não somente deveriam ser maiores, mas também mais suntuosas — os lugares de adoração a Deus não tinham que ser meras casas ou simples construções, quando os templos pagãos estavam todos decorados! 

Assim, Constantino decidiu que a religião verdadeira é que deveria ter as construções mais impressionantes e, seguindo este raciocínio humano, ordenou que as novas Igrejas fossem decoradas com colunas impressionantes e tetos abobadados.

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Ele sugeriu que as Igrejas tivessem fontes formosas e elegantes pisos de mármore. Constantino desejava que fosse difícil para um incrédulo passar em frente a uma Igreja Cristã sem sentir-se tentado a entrar para conhecer mais da sua beleza — devaneando e pensando nas outras formas de abençoar a Igreja primitiva — pois acreditava que se abençoasse a Igreja primitiva Deus abençoaria o Império. [sic]

Constantino observou que a maioria dos anciãos da Igreja Cristã viviam na pobreza, e pensou que isto não era conveniente para os representantes do Único Deus Verdadeiro. De maneira que começou a pagar salários aos bispos e anciãos à custa dos fundos do Estado. Inclusive chegou a ceder uma das suas residências, o Palácio Laterano, ao bispo de Roma e seus sucessores.

Constantino também isentou todos os religiosos e as Igrejas do pagamento de impostos! Levando-se em conta que os impostos romanos eram muito altos, e que aumentaram ainda mais durante o reinado de Constantino, estas isenções eram um benefício considerável. E o melhor foi que o Estado concedeu todos estas isenções sem exigir compromissos em troca — pelo menos era o que parecia.

Na África do Norte ocorreu uma ruptura na Igreja primitiva relacionada ao fato de que os líderes da Igreja tinham transigido durante a perseguição diocleciana — aqueles Cristãos que negaram os líderes que tinham transigido passaram a ser conhecidos como donatistas, enquanto que o restante eram denominados de Católicos. Em consequência desta divisão havia dois bispados, dois grupos de anciãos e dois corpos de crentes em Cartago, na África do Norte, os donatistas e Católicos.

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Assim, Católicos e donatistas afirmavam sua legitimidade em Cartago. No passado, esta polêmica seria um assunto puramente interno da Igreja, mas as benesses de Constantino criaram um problema de dimensões completamente novas, ou seja: quais religiosos receberiam o generoso salário oferecido pelo Estado; qual bispo ou grupo de presbíteros seriam isentos do pagamento de impostos; quem estaria a cargo da nova Igreja suntuosa construída com o dinheiro de Roma?

Depois de várias decisões emitidas pelo clero romano, Constantino decidiu em favor dos Católicos — a polêmica dos donatistas criou um precedente, a partir do qual o imperador romano sentiu-se no direito de convocar os concílios da Igreja e decidir sobre os assuntos pertinentes. O muro entre a Igreja e o Estado desmoronou-se em grande parte!

Agora os Cristãos estavam dispostos a misturar os assuntos do Reino de Deus com os assuntos deste mundo. Constantino nomeou Cristãos nos altos cargos do governo porque achava que Deus abençoaria seu mandato se aquele fosse formado por Cristãos. Uma vez que os Cristãos chegaram ao poder, se corromperam, caíram na luxuosidade, e abandonaram os Mandamentos de Deus.

Naquela altura, Constantino já considerava-se um bispo, similar aos que estavam fora da Igreja Católica — os bispos da Igreja eram responsáveis por pastorear os que estavam na Igreja e Constantino o responsável por ser pastor espiritual dos que estavam fora da Igreja!

Autonomeado bispo secular, Constantino promulgou um decreto que proibiu os servidores públicos do governo oferecerem sacrifícios ou praticar adivinhações. Finalmente, Constantino considerou-se "chefe e bispo universal" dos Cristãos e, assim, o resto é a História.



14 setembro 2012

CANDIDATO PARA ANTICRISTO - ANTICHRIST CANDIDATE

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Maitreya já está vivendo entre nós. É abraçado pelo movimento da nova era. Essa crença engloba elementos do hinduísmo, budismo, cabala, sufismo e qualquer outro caminho.

O símbolo de maitreya mostra o i-ching, a estrela de davi, uma lua crescente, uma estrela de nove pontas, outra estrela de davi com um sol nascente e um sétimo sinal que significa consciência pura, o qual tem o símbolo da suástica no seu centro. O símbolo inteiro é chamado de o "grande sinal".

De forma sutil, os líderes do movimento nova era, adeptos da meditação transcendental, apresentaram às nações o tal de maitreya, cujas poucas imagens até agora conhecidas teriam sido fotografadas no dia 11 de junho de 1988, numa aparição relâmpago em Nairobi, Quênia.

A misteriosa figura teria aparecido durante um encontro onde multidões se reuniam para ver as curas "milagrosas" da queniana Mary Akatsa. Curiosamente, foi do Quênia que se originou o famigerado Obama, e esta composição sugere o aparecimento do anticristo e do falso profeta, profetizados nas Escrituras.

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Nos últimos anos a informação sobre a chegada de maitreya tem sido trazida por seu principal "profeta", Benjamim Creme, "artista e autor" britânico, que faz conferências sobre o assunto por todo o mundo desde 1974. Segundo Creme, em julho de 1977 maitreya saiu de seu retiro nos Himalaias e passou a morar na comunidade hindu-paquistanesa de Londres.

Ele estaria vivendo e trabalhando ali, aparentemente como um homem comum, e sua verdadeira identidade seria conhecida apenas por poucas pessoas. Estaria emergindo gradualmente ao público para "não infringir o livre arbítrio humano".

O site do dito-cujo informa que no momento apropriado, que estaria muito próximo anunciam os adeptos, ele apareceria com todas as respostas para as principais questões mundiais. Num momento de grande crise política, econômica e social, maitreya iria inspirar a humanidade para que esta se considere como uma família e criar, em decorrência, uma civilização baseada no compartilhar, na justiça econômica e social e na cooperação global.

O tal maitreya lançaria uma ação para salvar a milhões de pessoas que morrem de fome a cada ano, em um mundo de abundância, o site faz questão de destacar "candidamente" o fato. Entre as recomendações do "instrutor", estaria uma troca de prioridades sociais para que a alimentação, moradia, roupas, a educação e a saúde se convertam em direitos universais.
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Benjamim Creme anuncia com habilidade os grandes feitos de maitreya. Para ele, maitreya teria usado de sua energia para extraordinárias mudanças em vários campos no mundo. Ali se incluem o fim do comunismo na União Soviética e o fim do apartheid na África do Sul, a aproximação entre o Oriente e o Ocidente, o crescente poder da voz do povo e o despertar mundial para conservação do ambiente.

Como a Bíblia antecipa, maitreya tem objetivos iniciais louváveis, como convém a um lobo candidato a cordeiro. Tais como, suprimento justo de comida, provisão de moradias adequadas para todos, saúde e educação como direitos universais. O texto do site é escrito em tom messiânico. Afirma que aparições semelhantes têm acontecido em diversos países. Desta maneira, cada vez mais as pessoas estariam recebendo a prova de sua presença, com otimismo.

Maitreya estaria esperando que esta sequência de acontecimentos conduzam ao chamado "dia da declaração". Neste dia, afirma Benjamim Creme, maitreya não deixará dúvidas de que é o instrutor do mundo. Então o líder envolveria mental e simultaneamente a toda a humanidade e cada um ouviria suas palavras, telepaticamente, em sua língua.

A Bíblia Cristã alerta contra muitos impostores que virão ao mundo para enganar as pessoas com religiões falsas. Esta é uma tática de diversificação usada por Satanás para nos afastar do verdadeiro caminho para Deus, Jesus Cristo.



11 setembro 2012

A FOME, COMO SALVAR MILHÕES DE CRIANÇAS CADA ANO - HUNGER, HOW TO SAVE MILLIONS OF CHILDREN EVERY YEAR


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A cada minuto morrem cinco crianças no mundo em decorrência da desnutrição crônica, e 500 milhões de crianças correm risco de sequelas permanentes no organismo nos próximos 15 anos.

Pelo menos seis países são os mais afetados. Cinco estão na África e o sexto é a Coréia do Norte.

Os países africanos, Congo, Burundi, Comores, Suazilândia e Costa do Marfim, têm os piores dados referentes à fome mundial. Situação oposta ocorre no Kuwait, na Turquia, Malásia e no México, que conseguiram avançar e registrar melhorias.

O Índice Global de Segurança Alimentar confirma, no geral, boas performances por parte dos países desenvolvidos, mas situações críticas em regiões pobres.

O Brasil, considerado um país de renda média,  aparece na 31ª posição. Estados Unidos, Dinamarca e Noruega encabeçam a lista.

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Os países percebidos com pior performance alimentar foram os africanos Burundi, Chade e Congo.

Apesar de ser uma potência agrícola, o Brasil ficou atrás de nações latino-americanas cuja produção agrária é comparativamente mais modesta, como Chile e México.

A fome e o desperdício de alimentos são dois dos mais relevantes problemas que o Brasil enfrenta, constituindo-se em um dos maiores paradoxos do nosso país, já que produz 25,7 % a mais de alimentos do que necessita para alimentar a sua população.

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Ao mesmo tempo, temos milhões de excluídos sem acesso ao alimento em quantidade ou qualidade para que se mantenham, primeiramente vivos, e quando assegurada a sobrevivência, com saúde e capacidade adequada ao desenvolvimento humano.

Alimentos eliminados indiscriminadamente poderiam ser aproveitados como principal fonte de combate contra os efeitos da fome, desnutrição e subnutrição.

Sem gastar mais  com a produção de alimentos, e apenas nos dedicando objetivamente a recuperarmos este desperdício, poderíamos estar  oferecendo alimentação a 72 milhões de brasileiros que se encontram em penúria alimentar.

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Uma população de 6,5 bilhões de pessoas necessita de 6 quatrilhões de calorias por ano para viver. A produção mundial de grãos é de 1,86 bilhões de toneladas de grãos por ano, cerca de 7,5 quatrilhões de calorias.

Se de fato é produzido um excedente de 1,5 quatrilhões de calorias todos os anos, qual a explicação para que uma em cada seis pessoas no mundo passe fome.

Quando consideramos a quantidade de recursos necessários para a produção pecuária, torna-se evidente sua participação neste processo.

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A maior parte dos grãos cultivados no mundo, cerca de 465 milhões de toneladas, é utilizada para alimentar e engordar o gado.

Mesmo o fato de que este gado será posteriormente utilizado para alimentar seres humanos não justifica tal desperdício, visto que a produção de carne representa um uso ineficiente dos grãos.

São necessárias cerca de 11 a 17 calorias de proteínas de grãos para criar cada caloria de proteína de carne bovina, suína ou de frango.

Se somente 0,3 % das 465 milhões de toneladas de grãos utilizados para alimentar o gado fossem utilizados diretamente para alimentar seres humanos, isto seria suficiente para salvar da desnutrição as 6 milhões de crianças menores de 5 anos que morrem de fome por ano no mundo.

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Apenas 2,5% deste total seriam suficientes para acabar com a fome no Brasil e 50% deste total seriam suficientes para acabar com a fome no mundo.

Se todos os grãos atualmente utilizados para alimentar o gado fossem destinados à alimentação de seres humanos, seria possível alimentar quase 3 bilhões de pessoas, o que corresponde à metade da população mundial atual.

O consumo mundial de carne está concentrado em poucos países. Os EUA e a China concentram juntos cerca de 25% da população mundial.

No entanto, estas populações são responsáveis pelo consumo de 35% da carne bovina, mais de 50% da carne de frango e 65% da carne suína do mundo.

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Se acrescentarmos a população do Brasil e da União Européia a estas populações, teremos o consumo de mais de 60% da carne bovina, mais de 70% da carne de frango e mais de 80% da carne de porco.

Quando somamos a estas estatísticas o fato de que grandes áreas florestais têm de ser cortadas para fornecer pastagens e espaço para o gado,  ocupando e destruindo os locais que deveriam ser destinados à agricultura produtiva de alimentos para a humanidade, a consequência direta será o incremento da fome mundial, que apresentará padrões avassaladores.

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Jesus Cristo nos ensinou: "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me acolhestes; estava nu, e me vestistes; adoeci, e me visitastes; estava na prisão e fostes ver-me. Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus irmãos, mesmo dos mais pequeninos, a mim o fizestes".



08 setembro 2012

OS MUÇULMANOS DO BRASIL - MUSLIMS IN BRAZIL


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Os novos muçulmanos não são numerosos, mas sua presença é forte e cada vez mais constante. Nos eventos culturais ou políticos dos guetos há sempre algumas takiahs cobrindo a cabeça dos filhos do islã, cheios de atitude. Há brancos, mas a maioria é negra.

Em São Paulo estima-se em centenas o número de brasileiros convertidos nas periferias nos últimos anos. No país, chegariam aos milhares. O número total de muçulmanos no Brasil é confuso. Pelas entidades islâmicas, o número chega a 3 milhões.

Três fatores são fundamentais para entender o fenômeno: o cruzamento de ícones do islamismo com personalidades da história do movimento negro, o acesso às informações garantido pela internet e a melhoria na estrutura das entidades brasileiras.

Os filhos dos árabes que chegaram ao Brasil no pós-guerra reuniram mais condições e conhecimento, e isso permitiu nos últimos anos o aumento do proselitismo e uma aproximação maior com a cultura brasileira.

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A presença do islã na mídia desde a derrubada das torres gêmeas, reforçada pela invasão americana do Afeganistão e do Iraque, teria causado um duplo efeito. Por um lado, fortalecer a identidade muçulmana de descendentes de árabes afastados da religião, ao se sentirem perseguidos e difamados.

Por outro, atrair brasileiros sem ligações com o islamismo, mas com forte sentimento de marginalidade. As conversões ao islamismo aumentaram recentemente entre os cidadãos não-árabes.

Os jovens convertidos trazem ao islã a atitude do hip-hop e uma formação política forjada no movimento negro.

Ao prostrar-se diante de Alá, acreditam voltar para casa depois de um longo exílio, pois as raízes do islã negro estão fincadas no Brasil escravocrata, e para aflorar no Brasil contemporâneo percorreram um caminho intrincado.

O novo islã negro foi influenciado pela luta dos direitos civis dos afro-americanos nos anos 60 e, curiosamente, por Hollywood.

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Para contar essa história é preciso voltar a 1835, em Salvador na Bahia, onde a revolta dos malês liderada por negros muçulmanos, foi a rebelião de escravos urbanos mais importante da história do país.

Pouco citada nos livros escolares, depois de um largo hiato ela chegou às periferias pela rima do rap. É esse o islã que chega para os mais novos convertidos, e com maior força em São Paulo, porque a capital paulista foi o berço do hip-hop no Brasil, movimento histórico de afirmação de identidade da juventude negra e pobre. 

A rebelião dos escravos malês tendia a implantar um califado como regime de governo. O movimento rebelde acabara traído gerando o destroçamento dos revoltosos, surpreendidos pelas forças policiais do império em um sobrado na Ladeira da Praça, e com outros grupos provenientes do Corredor da Vitória, foram dizimados no confronto com forças policiais na área de Água de Meninos.

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O fenômeno do negro muçulmano é um dos fatos mais curiosos da história social brasileira. Trazidos a partir dos séculos XVIII e XIX, os negros oriundos do Sudão central, atual Tunísia, compuseram significativo coeficiente no conjunto dos escravos no período regencial.

Eles eram altos, robustos e usavam um pequeno cavanhaque, mantinham vida regular e austera, e evitavam misturar-se com os demais escravos.

Denominados de malês, os muçulmanos também eram conhecidos por mucuim, muxurimim, muçulimi, muçurumi.

Usavam amuletos com versículos do Alcorão, escritos em árabe. Possuíam conselheiros ou juízes chamados de Alufás, a quem ouviam e respeitavam.

A tentacular periferia paulista é a "senzala moderna", e cada novo convertido acredita ter dentro de si um pouco de malê. Enquanto o islamismo soou como religião étnica, trazida ao Brasil pelos imigrantes árabes a partir da segunda metade do século XIX, não houve identificação.

Mas quando o movimento negro, e depois o rap, difundiu a revolta dos malês como uma inflexão de altivez numa história marcada pela submissão, a religião passou a ser vista como raiz a ser resgatada.

Os jovens muçulmanos dizem que não se convertem, mas se "revertem", ou voltam a ser. Para eles, a palavra tem duplo significado, recuperar uma identidade sequestrada pela escravidão e pertencer a uma tradição da qual é possível ter orgulho.

mulçumano

A revolta dos malês, muçulmanos na língua iorubá, inspira os novos muçulmanos do gueto. Muitos sonham com um estado islâmico no Brasil, ainda que seja um estado dentro do Estado.

Esses jovens não querem tataravós como Pai Tomás, o escravo humilde do romance de Harriet Beecher Stowe, um marco na abolição da escravatura nos Estados Unidos. Preferem um antepassado como Ahuna, homem-chave na rebelião dos malês.

Sensíveis aos ecos da América negra eles não desejam ser como o pacifista Martin Luther King, mas sim o controvertido e belicoso muçulmano Malcolm X, cuja trajetória de desamparo, violência, prisão e finalmente superação é semelhante à deles. Os muçulmanos compartilham a certeza de que quanto mais difamam o islã mais ele se fortalece. 

A Mesquita Bilal Al Habashi no Edifício Esther, instalada no apartamento que foi do pintor Di Cavalcanti, acolhe imigrantes da África e brasileiros de origem africana para as cinco orações do dia. Inaugurada em 2005 a mesquita tem um nome simbólico.

Bilal foi um escravo abissínio torturado pelo seu patrão para renunciar à religião. Resistiu e tornou-se o primeiro muezim do islã, o encarregado de chamar os fiéis para as orações.

Bilal era também o nome de um dos líderes da revolta dos malês. Agora, é um símbolo de resistência tanto para os africanos no Brasil como para os brasileiros com raízes na África.


03 setembro 2012

CRISTIANOFOBIA - CHRISTIANOPHOBIA - 2ª PARTE


cristianofobia

Hoje em dia as perseguições aos Cristãos têm lugar em muitos países, assumindo proporções ameaçadoras. De acordo com os dados da organização de defesa dos direitos humanos Open Doors, os seguidores da doutrina de Jesus Cristo constituem o grupo mais numeroso de vítimas de perseguições por causa de suas convicções religiosas. Nas estimativas de defensores dos direitos humanos, mais de cem milhões de crentes sofrem perseguições.

O informe anual da Open Doors sobre a perseguição aos Cristãos chama-se "Mártires de 2001". Na lista de casos mais comuns de perseguição consta a discriminação por razões religiosas. Um Cristão pode ser demitido do trabalho, perder a sua habitação, pode-lhe ser vedada a possibilidade de continuar a instrução e de se reunir para orações conjuntas.

As autoridades podem indeferir a permissão de construir um templo ou de registrar uma organização religiosa. Existem também exemplos de perseguições ainda mais cruéis. Por exemplo, a detenção de pessoas por causa de suas convicções religiosas, torturas, e inclusive homicídios.

cristianofobia

O informe indica que os países em que as perseguições aos Cristãos já se tornaram uma realidade habitual são a Eritreia, Nigéria, Índia, Malásia, os países do Magrib e a região do Oriente Próximo. Os peritos constatam que as principais causas da crescente cristianofobia no mundo é a situação política e econômica instável nos países acima mencionados, a intensificação do fundamentalismo e o crescimento de tendências extremistas na sociedade.

Existem forças tanto no mundo político como ao nível da opinião pública, que procuram banir da memória dos europeus a sua história Cristã de dois mil anos. Por exemplo, na Grã Bretanha, que é provavelmente líder entre os países ocidentais quando à atitude politicamente correta, agora não se consegue encontrar à venda cartões de Natal.

Existem cartões com felicitações de Ano Novo, mas qualquer menção do Natal é considerada por alguma razão algo politicamente incorreto. Uma funcionária de uma das linhas aéreas britânicas foi proibida de usar o seu crucifixo. Os símbolos Cristãos são banidos das escolas, supostamente para não ofender os sentimentos religiosos dos ateus e dos adeptos de outras confissões.

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Os peritos estão certos de que se o triste fenômeno da cristianofobia não for detido hoje, futuramente será possível obter informações sobre os Cristãos somente dos manuais de história, e o século XXI será o fim não somente da história do Cristianismo, mas também o ocaso de toda a civilização.

Os pesquisadores norte-americanos apontam a Europa como líder no aumento da aversão à religião. Embora pareça paradoxal, é precisamente no Velho Mundo que se registram as perseguições mais cruéis contra o Cristianismo.

Ao todo, os adeptos dessa religião são hoje perseguidos em 130 países, principalmente no Oriente Próximo e Médio . Por exemplo, uma briga rotineira na cidade egípcia de Alexandria foi seguida de incêndio que destruiu um templo Cristão. O incidente acarretou uma série de tumultos armados em outras cidades.

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Situações parecidas observam-se no Sudão, no Afeganistão, no Iraque, no Irã e na Palestina. Já em países Cristãos por definição, perseguições contra os Cristãos são provocadas pelas autoridades, sendo disso um exemplo patente a situação no Kosovo.

Cada caso de perseguição aos Cristãos deve ser tema de investigação por organismos judiciais nacionais e internacionais. É muito importante que os próprios Cristãos, de todas as confissões, ampliem seus esforços a fim de defender seus irmãos e irmãs vivendo em condições difíceis. São também muito necessárias a consolidação e a solidariedade inter-religiosas.

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É bem provável que se forem elaborados mecanismos eficientes para a defesa dos Cristãos contra as perseguições, essas medidas possam futuramente ajudar também os adeptos de outras religiões.

O Cristianismo moderno está em grande perigo. As perseguições sobre os seguidores da palavra de Cristo, que hoje acontecem cada vez mais frequentemente nos países do Oriente Médio, África do Norte e do Sul e no Sudeste da Ásia, podem extinguir completamente a civilização Cristã. 

Mais de 100 milhões de Cristãos são ameaçados com perseguições e centenas morrem em conflitos religiosos. As Igrejas Católicas são ocupadas e então transformadas em mesquitas.

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Situações parecidas acontecem também no Egito e no Iraque, onde há relatos constantes de mortes dos Católicos. Os mais terríveis ataques aos Cristãos ocorrem na Argélia, Sudão, Nigéria, Somália, Paquistão, Afeganistão, Arábia Saudita, Malásia, Indonésia, Índia e nas Filipinas.

Os principais motivos para as campanhas anti-Cristãs não são apenas a perda das raízes Católicas da comunidade mundial, mas também a secularização da Europa, oriunda do fato de que as autoridades tendem a excluir a religião da vida pública.

A tendência de achar que a religião é uma parte inútil da vida das pessoas é muito perigosa, pois com a restrição da fé, os europeus enfraquecem o Cristianismo mundial e criam condições favoráveis à perseguição dos Cristãos em todo o mundo. As perseguições são intimamente ligadas à exclusão do Cristianismo das vidas dos europeus.

Entre outros motivos para a cristianofobia, estão o fortalecimento do radicalismo, a propagação agressiva dos protestantes e a distorção dos cânones Cristãos.

CRISTIANOFOBIA - 1ª PARTE