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12 fevereiro 2014

QUANDO OS ANJOS CHORAM - WHEN ANGELS CRY

QUANDO-ANJOS-CHORAM

Até o século IV d.C. era comum entre os Cristãos a leitura do Livro I de Enoque, uma literatura apocalíptica caracterizada pela simbologia marcante e por visões proféticas referentes ao fim dos tempos.

Após o Concílio de Éfeso, e posteriormente ratificado no de Cartago, os teólogos decidiram quais escritos deveriam normatizar e orientar a Fé Cristã, excluindo os textos  considerados apócrifos, como os de Enoque, particularmente por serem revolucionários sob o ponto de vista religioso e político.

Enoque descendia da sétima geração de Adão, sendo filho de Jarede e pai de Matusalém. De acordo com o Livro do Gênesis, Enoque foi arrebatado por Deus para que não padecesse durante o Dilúvio: "Andou Enoque com Deus durante trezentos anos, depois que gerou a Matusalém, e gerou filhos e filhas. E todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. Andou Enoque com Deus e não apareceu mais, porque Deus para si o tomou".

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O termo "Filhos dos Céus" é uma referência direta às criaturas celestiais. O Livro de Enoque contém a narrativa da saga dos seres angelicais e a sua rebelião desencadeada pela lascívia e sensualidade exacerbada, quando rejeitaram seu status espiritual original ao se envolverem com mulheres humanas.

O livro relata que o interesse dos anjos pelas filhas dos homens não se restringia só às questões sexuais, pois eles também desejavam compor uma família e selar a união com a geração de descendentes: "Vinde, selecionemos para nós mesmos esposas da progênie humana, e geremos filhos entre eles".

A reprodução entre anjos e fêmeas humanas originou o surgimento de uma raça de  gigantes, os nefilins, guerreiros destemidos que matavam e devoravam seus inimigos. Devido à iniquidade e maledicência dos anjos rebeldes, todos  foram enviados e presos no tártaro até a época do Juízo Final. A impudicícia da humanidade também foi punida, resultando no Dilúvio mundial, quando somente oito almas sobreviveram em toda Terra.

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O anjo Azazel foi o responsável por incitar a rebelião dos anjos. Ele tinha plena consciência de que a sua atitude reacionária iria causar sofrimento a todos os rebelados que, mesmo diante da gravidade dos fatos, estavam solidários com o líder e predispostos a arcar com as consequências resultantes.

A narrativa indica que centenas de anjos apoiaram o pacto final contra Deus e que o Monte Hermom foi o local específico onde o acordo entre os rebeldes foi firmado. Até os dias de hoje o Monte Hermom é um marco para os judeus, assim como foi historicamente relevante para o povo hebreu.

Os anjos caídos foram os responsáveis por disseminar conhecimentos e práticas que deveriam ter sido mantidos ocultos da raça humana. O anjo Azazel foi o maior responsável nesta disseminação indigna, pois ensinou a arte da fabricação das armas de guerra e os segredos da magia negra para os humanos. A cabala judaica deriva destes ensinamentos ocultos.

O resultado foi que  a violência e a iniquidade foram de tal forma ampliadas na Terra que a impiedade consagrou-se como um princípio social. Os anjos rebeldes acabaram por transgredir e corromper todas as Leis Mosaicas, selando seu destino e a queda final, assim como a perdição de toda a humanidade.

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Todo este passado de revolta contra Deus fincou suas raízes solidamente no futuro, pois a ilusão do fim dos tempos será tão forte e elaborada que enganará toda a população da Terra. Atualmente, uma mentira ardilosamente engendrada enganará a muitos, até os que se consideram bons Cristãos, para convencê-los a aceitarem o anticristo.

A religião da "nova era" implementar-se-á através de um cenário apocalíptico onde os falsos milagres e as entidades holograficamente criadas farão parte da ilusão final. Jesus nos advertiu que muitos sinais precederiam a subida do anticristo ao poder e que só alguns escapariam da enganação do fim dos tempos.

A NWO conseguirá que a população mundial aceite o governo do anticristo através da implementação de um engodo tecnológico, criado pela NASA, denominado "Projeto Blue Beam". Esta tecnologia consegue criar a ilusão da chegada de seres angelicais na Terra para que possam resgatar o espírito e a fé da humanidade.

Estes seres iluminados vão se parecer com os deuses e anjos descritos nas tradições religiosas da antiguidade. Até mesmo os Cristãos serão iludidos pela percepção holográfica criada pelo Projeto Blue Beam, e pensarão seriamente em reavaliar suas crenças religiosas.

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O Projeto Blue Beam é o que existe de mais moderno no controle social e mental, pois utiliza a tecnologia da transmissão de hologramas tridimensionais e sons exóticos em frequências únicas, que interagem com alvos individuais ou agrupamentos populacionais.

A projeção de múltiplas imagens holográficas na atmosfera terrestre, visualizadas em várias partes do globo, simulará a experiência da chegada de seres divinos. Isto fará com que os povos reajam a esta interação de acordo com cada crença religiosa local.

Curiosamente, as tradições revelam que os anjos rebeldes, denominados potestades do ar, cumprem seu exílio e punição na atmosfera terrestre. Isto é, estes anjos estão vagando acima e em torno do planeta Terra. Este conceito polêmico contradiz a ideia de que o inferno situa-se nas profundezas terrestres, o local bíblico da punição para os anjos caídos assim como para as almas penadas.

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Escritos de São Pedro descrevem a punição imposta aos anjos rebeldes e a passagem de Jesus no tártaro para repreendê-los: "Deus não poupou os anjos quando pecaram, precipitando-os ao inferno nos abismos das trevas e assim reservando-os para o Juízo Final. Também não poupou o mundo antigo mas preservou Noé, o pregador da justiça, e mais sete pessoas. Depois fez vir o Dilúvio sobre o mundo dos ímpios".

As cartas de Pedro versam sobre o pecado dos anjos e seu aprisionamento no tártaro, o local das trevas eternas. O termo "tártaro" só ocorre uma vez no Novo Testamento, mas revela uma semelhança acentuada com a narrativa de Enoque, que afirma que os anjos foram aprisionados nas trevas sem contato com nada nem ninguém, antes que o Dilúvio despencasse sobre a humanidade.

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O fato relevante que trará os povos sob o domínio do governo único da NWO será a falsa necessidade de salvar o planeta Terra de uma ameaça apocalíptica, como a WWIII, uma invasão alienígena falseada ou a premente colisão de asteroides.

A expectativa e a urgência dos problemas farão com que as pessoas acolham o anticristo de braços abertos, sem questionar, visando a segurança pessoal. Com propriedade, as Escrituras vinculam a presença de catástrofes durante a subida do anticristo ao poder e à profecia do fim dos tempos.

Computadores de última geração coordenarão os satélites e dirigirão o show holográfico no céu. Animações realistas e sons espectrais, parecendo emanar das profundezas do espaço, convencerão os povos ignorantes de que o Juízo Final está próximo.

Projeções holográficas de Jesus, Maomé, Buda, Krishna, etc, exigirão outra explicação "mais correta" dos mistérios e revelações do passado, levando milhões de fanáticos a se aniquilarem em uma escala nunca antes testemunhada, histericamente possuídos pela incerteza das suas crenças.

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A falsificação engendrada pelo Projeto Blue Beam resultará na deterioração dos costumes, na devassidão coletiva e destruição global. Seguidores ardentes e atônitos com a chegada dos seus próprios messias testemunharão e aceitarão uma falsa realidade aparentemente convincente e reveladora.

Caberá ao anticristo falsear que as religiões antigas foram mal interpretadas e que são as responsáveis por jogar irmão contra irmão e, portanto, as velhas religiões devem ser abolidas a fim de abrir caminho para a religião "new age" da Nova Ordem Mundial.

Atualmente a maioria das pessoas acredita que o anticristo será um líder religioso do Oriente Médio, enquanto outros vão complicar-se ao crerem que será um Papa ou um político que desponte da União Européia, onde grassam os símbolos maçônicos e cabalísticos nos pavilhões e tradições escritas, sugerindo assim esta mensagem errônea.

Desta forma, as pessoas manter-se-ão focadas na Europa ou no Oriente Médio, tentando decifrar a quem pertence o número da besta do apocalipse. Mas os Codex já revelaram, e nos alertam, que a América é o refúgio final do anticristo na Terra.




16 agosto 2013

AS MULHERES, A FORÇA DO CRISTIANISMO - WOMEN, THE STRENGTH OF CHRISTIANITY - 2ª PARTE

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No entanto, todas as variantes do Cristianismo antigo que defendiam a legitimidade da liderança das mulheres foram consideradas heréticas, e as evidências desta liderança foram suprimidas da história. Os Evangelhos foram alterados, pois as mulheres não deveriam ser reconhecidas como apóstolos de Jesus. A palavra "apóstolo" significa ser um divulgador dos ensinamentos de Jesus, um missionário muito abnegado. Está claro que as várias pioneiras Cristãs mereciam esta denominação! Mas os editores, os tradutores e revisores bíblicos transformaram os personagens femininos em homens, e a História do Cristianismo foi reescrita.

No quarto século, teólogos Cristãos associaram o nome de Maria Madalena ao relato do texto do evangelista Lucas, onde uma pecadora desconhecida lava os pés de Jesus. Uma vez que esta falsa identificação foi oportunamente preservada, Maria Madalena passou a ser associada a cada mulher pecadora dos Evangelhos, como a adúltera descrita pelo evangelista João. Assim, transformaram Maria Madalena, um apóstolo, uma profetiza e professora Cristã na prostituta arrependida salva do apedrejamento.

Esta ficção foi criada no Evangelho para minar o conhecimento da presença feminina como uma autoridade apostólica, e excluir a pretensão das mulheres aos cargos de liderança futuros. Mas a eliminação formal do papel das mulheres na liderança Cristã não apagou sua participação histórica real e a grande contribuição para a Cristandade, embora tenha danificado seriamente o potencial das mulheres para contribuir na educação Cristã dos nossos dias. Impressionante foi que muitas evidências sobreviveram às tentativas sistemáticas de se apagar esta liderança na história Cristã!

Por outro lado, devido em grande parte à veneração ao celibato, nem todos os Cristãos da Igreja pré-constantiniana aceitaram a realidade da liderança feminina. O celibato era fruto do desdém grego para com as mulheres e do desejo do Cristianismo de se distanciar da promiscuidade dos pagãos. A morte dos apóstolos também encerrou o período da autoridade das primeiras e únicas testemunhas dos ensinamentos de Jesus. Assim, a cultura secular greco-romana começou a permear a Cristandade com um impacto crescente e implacável.

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Nos primeiros séculos da era Cristã, mulheres virgens compunham uma parte do clero, sendo muito respeitadas na época. Elas ocupavam lugares específicos nas Igrejas e não usavam o véu como as outras mulheres, como uma forma de reconhecimento por terem dedicado suas vidas a Deus. Tertuliano, um teólogo do século III, com seu profundo desprezo greco-romano para com as mulheres e contra qualquer manifestação de uma liderança feminina, insistiu que a estas virgens não deveria ser concedida qualquer honra e, consequentemente, deveriam usar seus véus na Igreja e perder seu direito ao espaço privado durante a celebração da Santa Missa.

Em 313 d.C., a auto-inclusão do imperador Constantino na fé Cristã e a consequente legalização da religião Cristã pelo Edito de Milão, catapultou o Cristianismo para a esfera governamental. Assim, a autoridade bíblica deu lugar à vontade do imperador, com suas ambições políticas e discernimento falho. Como consequência natural deste processo e da sociedade secular e greco-romana, foi consenso generalizado de que o papel das mulheres como líderes eclesiásticos era absolutamente inaceitável.

Assim, qualquer benefício concedido às mulheres nos primeiros séculos desapareceu por completo. As novas autoridades da Igreja, como Tertuliano, Orígenes, Crisóstomo, Jerônimo e Agostinho enfatizaram a inferioridade e subordinação das mulheres aos homens, influenciados pelas idéias misóginas e endêmicas das sociedades greco-romanas clássicas. As idéias destes novos teólogos foram acrescentadas ao Novo Testamento e, a partir daí, as mulheres começariam a sofrer de diversas maneiras. No entanto, a história demonstra que a campanha para expulsar as mulheres do ministério, que começou no terceiro século até a transição para a legislação eclesiástica no quarto século, não convenceu as mulheres a aceitarem facilmente este banimento.

Podemos constatar que, ao longo dos séculos, a Igreja teve que impor repetidamente suas legislações contra as pretensas mulheres líderes e castigá-las com as medidas disciplinares habituais de excomunhão por heresia. A persistência contínua das mulheres no cumprimento do seu dever Cristão de atender ao chamado de Deus continuou, e o ataque contra elas aumentou e ultrapassou os limites da moralidade.

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Agora o sexo feminino já não era meramente impróprio para exercer qualquer liderança, mas as próprias mulheres tornaram-se o pecado personificado. Teólogos argumentaram que se a mulher não tivesse sido criada, o homem não teria pecado. Desta forma, a Igreja determinou que se a mulher não tivesse pecado, o homem "irrepreensível" ainda estaria se "divertindo" no jardim do Éden em perfeita harmonia com Deus. Numa atitude desmesurada foi instituído que as mulheres menstruadas não poderiam mais aproximar-se do altar, pois o corpo da mulher tinha o poder de poluir. Mais uma vez os costumes judaicos e de uma sociedade arcaica impactaram a fundo o Cristianismo.

A mulher seria considerada impura por 33 dias após o nascimento do filho e teria que dobrar esse tempo após o nascimento de uma filha. A purificação seria necessária para que uma mulher adentrasse em uma Igreja Cristã. A menstruação foi usada para justificar a remoção das mulheres de qualquer posição de responsabilidade ou de liderança. Mitos pagãos, como o que o sangue menstrual tinha poder destrutivo, foram revividos. Temia-se que mulheres menstruadas poderiam até mesmo impedir o amadurecimento de um fruto e causar a morte de plantas, como pregou o bispo Isidoro de Sevilha.

Em face de tal espiral de desprezo não é nenhuma surpresa que a misoginia da época tenha culminado na caça às bruxas do século XII. Muitas vezes, a prova de que uma mulher seria bruxa era o fato de ser uma viúva pobre de meia-idade. A estas mulheres era atribuído desde a impotência, infertilidade, doença, morte, até a luxúria do sexo masculino. Elas eram torturadas até confessarem que "voavam durante a noite", matavam e comiam bebês, roubavam os pênis dos homens, foram impregnadas pelo diabo, etc. A bruxomania atingiu seu auge em 1492, quando a cidade européia de Langendorf declarou que apenas duas mulheres de toda aldeia não eram feiticeiras.

Estima-se que mais de um milhão de mulheres, acusadas de praticarem feitiços, foram queimadas vivas nas fogueiras por toda a Europa, e muitas vezes sofrendo atrocidades públicas, como a extirpação dos seios com facas. Convém esclarecer que as sentenças de morte eram promulgadas pelas autoridades laicas das inquisições europeias, e não tinham relação com a Inquisição espanhola ou o Vaticano, que qualificavam as acusadas de bruxaria como pessoas doentes ou loucas. A verdadeira raiz do problema foi, como sempre, a sexualidade feminina.

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Finalmente, a única opção que restou para as mulheres "participarem" do serviço eclesiástico formal foi no papel de freiras. Sempre destemidas, as mulheres ainda estavam decididas a seguir o chamado de Deus e se reuniram nos mosteiros e conventos, muitas vezes desafiando suas famílias. Infelizmente, tornar-se uma freira era exclusividade das mulheres ricas, devido ao dote substancial para o acesso às Ordens. A massa de mulheres das classes mais baixas teve de se contentar com uma vida dentro dos limites do casamento, o qual era uma instituição da Igreja denunciada na época como uma necessidade infeliz para indivíduos muito fracos e pecadores demais, que não conseguiriam abraçar a vocação maior da carreira eclesiástica.

Devemos sempre ter em vista o fato de que as primeiras mulheres Cristãs prestaram o mais valioso serviço para a Cristandade, divulgando os ensinamentos de Jesus com abnegação e estoicismo apesar de todas as adversidades. Devemos refletir sobre a sua coragem ao aceitar o martírio para serem as testemunhas de Deus por todos os Cristãos. Devemos recordar a sua luta para ministrar os ensinamentos de Jesus, atentando às necessidades alheias e sacrificando seus próprios valores materiais e vida familiar.

A responsabilidade de fazer parte do clero não é o objetivo final dos Cristãos, mas sim alcançar a Glória de Deus. Tanto as mulheres quanto os homens, sejam ordenados ou não, escravos ou livres, ricos ou pobres, de fato qualquer pessoa pode através da obediência aos ensinamentos de Jesus Cristo tornar-se um servo da bondade e do amor ao próximo. Por esta razão, uma carreira eclesiástica não é um requisito para a Salvação Eterna. Jesus deixou isso bem claro quando censurou as autoridades religiosas. Jesus afirmou: "Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, alegrai-vos antes porque os vossos nomes poderão ser escritos nos Céus".

Jesus queria que eles entendessem que o fato de ser um autoridade religiosa não deve encantar suas almas pois não resulta no recebimento da Graça de Deus. Em vez disso, deveriam alegrar-se pela esperança de poder alcançar a Vida Eterna, através de uma vida de renúncia, humildade e respeito aos ensinamentos de Jesus. Este é o milagre do Cristianismo! Qualquer pessoa, em qualquer circunstância e mediante o amor sincero a Deus, está habilitada a compartilhar para sempre da Sua presença por toda a Eternidade.

Em honra à minha mãe.

1ª PARTE

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



AS MULHERES, A FORÇA DO CRISTIANISMO - WOMEN, THE STRENGTH OF CHRISTIANITY - 1ª PARTE

MULHERES-FORÇA-DO-CRISTIANISMO

Um dos maiores segredos na história do Cristianismo foi a extrema importância das mulheres na sua evolução. Segundo as Escrituras, Jesus teve uma atitude positiva em relação ao ministério das mulheres e advogava pela emancipação do confinamento imposto a elas pela cultura judaica. Mas anos após a morte dos últimos apóstolos, a Igreja Cristã rendeu-se à influência da cultura greco-romana abandonando o igualitarismo que havia sido estabelecido por Jesus. Assim, criou-se o cenário para a subjugação das mulheres que perdura até nossos dias.

Porém, novas descobertas arqueológicas e antigos textos apócrifos revelaram o papel predominante das primeiras Cristãs na história da Igreja e do Cristianismo. Em 1945, a descoberta de novos textos em Nag Hammadi, no Egito, provaram que o conceito de que Maria Madalena seria uma mulher adúltera e arrependida era totalmente falso. Na verdade, ela foi uma pessoa influente, um discípulo proeminente de Jesus e líder da Igreja primitiva Cristã.

Nos escritos de Lucas, Marcos e Paulo foram citadas as seguintes seguidoras de Jesus: Maria Madalena, Maria de Betânia, Joanna, Salomé, Perpétua, Thecla, Marta, Priscilla, Junia, Julia, Joana, Susana, Ammia, Philumene, Maximilla, Quintila, Áfia, Lídia de Tiatira, Ninfa de Laodicéia, Persis, Evódia, Síntique, as filhas de Felipe e as mulheres de Corinto. Vários nomes se perderam ou seriam futuramente obliterados da história Cristã. Jesus era um visitante frequente na casa de Maria Madalena, onde ensinava tanto para as mulheres como para os homens.

Quando Jesus foi detido, foram Suas fiéis seguidoras que mantiveram-se firmes junto a Ele, pois Seus discípulos homens fugiram. Foram as mulheres que acompanharam e assistiram Jesus até o Calvário, prantearam aos pés da Cruz e velaram Seu Corpo. Também foram as primeiras testemunhas da Ressurreição. Tudo isto reflete o importante papel histórico das mulheres como discípulos no ministério de Jesus. Após Sua morte, as mulheres continuaram a desempenhar um papel de destaque no Cristianismo. Os evangelistas do primeiro século testemunharam que várias mulheres estavam entre os primeiros seguidores de Jesus Cristo.

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Desde o início até o fim, as mulheres estiveram significativamente envolvidas em todos os aspectos da Sua vida. O anúncio do evento da Páscoa foi confiado às seguidoras de Jesus, que então "correram" para dar as boas novas aos homens. O testemunho deste fato pelas mulheres continua a ser uma parte integral do Novo Testamento para este dia de Glória. O evangelista Lucas também contou com o testemunho das seguidoras de Jesus para concluir seus escritos em Atos e em Lucas.

Através dos escritos de Mateus, Marcos e Lucas, aprendemos que um grupo significativo de mulheres tinha seguido Jesus em seu ministério na Galileia e também estiveram presentes durante Seus últimos dias na Terra. Todos os três evangelistas descreveram a presença de mulheres no enterro de Jesus. Marcos detalha o cuidado com que Maria Madalena e Maria vigiaram o sepulcro. O evangelista João também relata sobre a composição do grupo imediatamente aos pés da Santa Cruz, três mulheres e um homem.

As cartas de Paulo, do primeiro século, tornam conhecidas informações fascinantes e sólidas sobre as mulheres que se destacaram no movimento Cristão. Demonstram o papel importante que Maria Madalena desempenhava entre aqueles a quem Jesus ensinava: "Maria estava entre as sete mulheres e doze homens que se reuniram para ouvir Jesus depois da Ressurreição, quando Ele lhes disse; Eu vos dei autoridade sobre todas as coisas como filhos da Luz. Assim, estes discípulos saíram alegremente e ansiosos para pregar a Palavra de Deus", conclui Paulo.

Ele relata como Priscilla, Junia, Julia, a irmã de Nereu, trabalharam e viajaram com seus maridos e irmãos difundindo as palavras de Jesus. Ele nos diz que Priscilla e seu marido arriscaram suas vidas para salvá-lo. Ele elogia Junia como um apóstolo de destaque e relata como ela tinha sido presa durante seu trabalho de evangelização. Maria Madalena e Persis são elogiadas por seu trabalho exaustivo e persistente. Evódia e Síntique são chamadas por Paulo de "meus companheiros de trabalho". Esta é uma prova clara de que mulheres apóstolos trabalharam na pregação da Palavra de Deus.

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Em outro texto, lemos que Maria Madalena se destacava porque fazia mais perguntas a Jesus do que todo o resto dos discípulos. Jesus reconhece o fato e comenta: "Maria, seu coração está mais direcionado para o Reino dos Céus do que o dos seus irmãos". O próprio Senhor comenta que ela é abençoada por nunca perder a Fé. Quando todos os outros discípulos estão chorando, assustados pela ausência de Jesus, só ela permanece sóbria e firme em sua Fé pois compreendeu e se apropriou do significado da palavra Salvação ensinada por Jesus.

Maria encarnava o discípulo ideal! Ela assimilou o ensinamento de Jesus sobre a Salvação desde a Sua partida da Terra, e assim, pode confortar e instruir os outros discípulos. Pedro pediu que ela comentasse sobre as frases de Jesus que ele e os outros discípulos não conheciam. Maria Madalena concorda, e passa a dissertar sobre alguns ensinamentos de Jesus. O pedido de Pedro confirma que Maria era proeminente na estima de Jesus, e a própria colocação sugere que Jesus deu-lhe ensinamentos particulares.

Nos primeiros séculos, várias mulheres da elite romana tornaram-se Cristãs, enquanto seus maridos permaneceram pagãos para não perderem o status social vigente. Isso contribuiu para um aumento expressivo de mulheres Cristãs nas Igrejas primitivas. As cartas de Paulo também oferecem alguns vislumbres importantes sobre o funcionamento interno das antigas Igrejas Cristãs. Os primeiros Cristãos não se reuniam em prédios próprios da Igreja, mas sim nas residências de outros Cristãos. Isto era devido ao fato de que o Cristianismo era ilegal no mundo romano e à enorme despesa para manter tais congregações.

Muitas vezes reuniam-se nas casas de Cristãs da elite romana, assim conseguindo mais espaço e recursos. Desta forma, as donas de casa começaram a desempenhar seus papéis-chave na difusão dos ensinamentos de Jesus. Não é, pois, de se estranhar que as mulheres assumissem a liderança como ministras destas Igrejas domésticas. O evangelista Paulo cita que a função destas primeiras líderes Cristãs incluía a pregação, o ensino da oração e até mesmo ministrar os Sacramentos.

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As Cristãs também se destacaram na Fé pelo seu martírio. Sofreram torturas violentas, mortes horríveis por animais selvagens e gladiadores contratados. Thecla, uma Cristã da época, raspou o cabelo, vestiu roupas masculinas e assumiu as funções de apóstolo missionário. Foi presa, ameaçada de estupro, torturada e morreu perseverando sua Fé em Deus até o trágico fim. Perpétua também foi condenada à morte em Cartago, sob a acusação de ser uma Cristã. Em seu diário ela registra seu testemunho perante o governador romano local e o desafio ao seu velho pai para que ela se retratasse.

Porém, acima de tudo, ela registra que não estava apenas aceitando passivamente o destino, mas definindo o significado da sua própria morte. Perpétua entregou sua vida como um testemunho da Palavra de Deus. Ela abandonou, altivamente, sua função de mãe e dona de casa em favor da definição de uma identidade espiritual e Cristã. Assim, seu diário oferece um olhar intimista sobre a jornada espiritual de uma mulher Cristã da época.

Muitos estavam dispostos a morrer pela Fé e centenas de mulheres Cristãs foram torturadas e executadas. Nos primeiros anos do Cristianismo, o martírio geralmente levava à santidade. Santa Catarina foi torturada até a morte em uma roda. Santa Blandina foi chicoteada, queimada e finalmente morreu enrolada em uma rede ao ser chifrada por um touro. Santa Pelagia de Antioquia, virgem fiel, pulou de um telhado para não sofrer estupro. Os tempos de então eram muito primitivos e violentos.

Em suas peregrinações para divulgar os ensinamentos de Jesus os apóstolos viajavam a pé para terras estranhas, permanecendo longe de casa por vários anos. Suas vidas sempre estavam por um fio, não só pelos rigores da viagem, mas pela perseguição e ameaça constante de martírio pelas próprias pessoas a quem pregavam. Isto também significava que não tinham aonde obter refúgio ou proteção durante esta peregrinação. O alimento diário e um abrigo seguro eram, por vezes, impossíveis de se obter. As mulheres apóstolos desta epopeia ficaram conhecidas como "as irmãs".

Em honra à minha mãe.


 2ª PARTE

18 julho 2013

A SABEDORIA DE JESUS - THE WISDOM OF JESUS

SABEDORIA-DE-JESUS


Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai se não por Mim, e aquele que crê em Mim nunca estará sozinho.

Eu Sou a Ressurreição e a Vida. Quem crer em Mim, ainda que morra, viverá, e quem vive e crê em Mim nunca morrerá. 

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu pensamento, e ao teu próximo assim como amas a si mesmo, e o que queres que os homens façam por ti, faça igualmente por eles. 

Eu Sou a luz do mundo, aquele que Me segue não andará nas trevas mas terá a Luz da Vida. Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no Reino dos Céus.


SABEDORIA-DE-JESUS

Em verdade vos digo, aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus. O que nasceu da carne é carne, e o que nasceu do Espírito é espírito.

O olho é a fonte de luz do corpo. Se teu olho é bom, todo o teu corpo se encherá de luz. Mas se ele é mau, todo teu corpo se encherá de escuridão. Se a luz que há em ti está apagada, imensa é a escuridão.

Ide, ensinai a todas as nações batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-as a guardar todas as coisas que Eu vos tenho ensinado. Para isto nasci e vim ao mundo, para dar o testemunho da Verdade, e o que está pela Verdade ouve a Minha voz.

Buscai primeiro o Reino dos Céus e a Sua justiça, e todas as coisas serão acrescidas. Àqueles a quem perdoardes, os pecados lhes são perdoados, e àqueles a quem os retiverdes, lhes são retidos.


SABEDORIA-DE-JESUS

Acredites, pois aqueles que não o fizerem, Eu os desacreditarei perante meu Pai. Não me negais, pois aqueles que o fizerem, Eu os negarei perante meu Pai. Por fim, não julgueis, pois aqueles que assim o fizerem, Eu os julgarei perante meu Pai.

Vinde a Mim, todos os cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o Meu jugo e aprendei de Mim, que Sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave e o Meu fardo é leve.

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela. Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito, na verdade, está pronto mas a carne é fraca. Na vossa paciência salvai vossas almas.

Se Me amais, segui os Meus mandamentos. O amor mútuo entre os que creem é a maior sintonia do Reino de Deus. Assim, todos conhecerão que sois Meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.


SABEDORIA-DE-JESUS

Todos devem honrar o Filho, como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que O enviou. Quem vos ouve, a Mim ouve, e quem vos rejeita, a Mim rejeita.

Em verdade vos digo, que se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o Seu sangue, não tereis a Vida em vós mesmos. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a Vida Eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia.

Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá sede, porque a água que Eu lhe der se fará nele uma fonte de água para a Vida Eterna. Aquele que crê no Filho terá a Vida Eterna, mas aquele que não crê no Filho não verá a Vida, e a falta de Deus sobre ele permanecerá.

Eis que até mesmo o mais forte rochedo ruirá perante a Vontade do Senhor, e até mesmo a mais forte das fortalezas sucumbirá perante a Vontade do Senhor. De que vale ao homem conquistar todos os tesouros da Terra e perder sua alma?


WISDOM-OF-JESUS

Como o ramo de si mesmo não pode dar fruto se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. Eu sou a videira, e vós os ramos. Quem está em Mim, e Eu nele, dará muitos frutos porque sem Mim nada podeis fazer.

Todo aquele que comete pecado é escravo do pecado. O servo não fica para sempre em casa, o Filho fica para sempre. Se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.

Ponha-te de acordo e sem demora com o teu adversário, enquanto estiveres com ele a caminho, para que não suceda que te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao seu ministro e seja posto no cárcere. Em verdade vos digo, que dali não sairás antes de teres pago a última moeda.

Se os líderes vos dizem: "Vejam, o Reino está no céu", então saibam que os pássaros do céu os precederão, pois já vivem no céu. Se lhes disserem: "Está no mar", então o peixe os precederá pelo mesmo motivo. Antes, descubram que o Reino está dentro de vós, e também fora de vós. Apenas quando se conhecerem, poderão ser conhecidos, e então compreenderão que todos são filhos do Pai vivo. Mas se não conhecerem a si mesmos, então viverão na pobreza e serão a pobreza.


WISDOM-OF-JESUS

Eu e o Pai somos Um só. Aquele que Me viu, viu ao Pai. O Pai está em Mim e Eu estou no Pai, e tudo que é Meu é do Pai, e o que é Dele é Meu. Nós viremos e faremos nossa morada Nele.

Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. O Espírito da Verdade, o qual o mundo não pode conter. Ele os instruirá de toda a Verdade.

Ninguém subiu aos Céus, a não ser quem desceu dos Céus, e o Filho do Homem lá esteve. Onde dois ou três se reunirem em Meu nome, lá Estarei entre eles. Se alguém quiser vir após Mim, renuncie a si mesmo e tome sobre si a sua cruz, e siga-me.

Amai uns aos outros, assim como Eu vos amei. Se vós conheceis a Mim, também conhecereis a meu Pai, e Eu estarei com vocês até o final dos tempos.



23 janeiro 2013

A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA - THE BLESSED VIRGIN MARY


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O nascimento do Senhor Jesus Cristo de uma Virgem é testificado direta e deliberadamente por dois Evangelistas, Mateus e Lucas: "Que por nós, homens, e para nossa salvação desceu dos Céus, e encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria  e Se fez homem".

A Perene Virgindade da Mãe de Deus é testificada por suas próprias palavras levadas ao Evangelho, onde ela expressa a consciência da incomensurável majestade e elevação de sua escolha: "Minha alma engrandece o Senhor, pois eis que desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque me fez grandes coisas o Poderoso, e Santo é o Seu nome".

A Santíssima Virgem Maria preservou em sua memória e em seu coração tanto o anúncio do Arcanjo Gabriel como as inspiradas palavras da justa Isabel, quando foi visitada por Maria: "Que venha visitar-me a Mãe do meu Senhor". Também é testificado na profecia do justo Simeão no encontro da criança Jesus no Templo, e na profecia da justa Ana no mesmo dia.

Vemos ainda conexão com o relato dos pastores de Belém a respeito das palavras e do canto dos anjos para eles. O Evangelista relatou a conversa da Divina Mãe com seu filho Jesus, de doze anos, depois da visita deles na festa da Páscoa, e termina seu relato com as palavras: "E Sua mãe guardava no seu coração todas essas coisas".

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O dogma do Filho de Deus tornar-se homem é intimamente ligado à denominação da Santíssima Virgem Maria como Mãe de Deus. O conceito atesta que Deus, o Verbo, tornou-se verdadeiramente homem e não meramente em aparência.

Acreditamos que na pessoa do Senhor Jesus Cristo, Deus juntou-se ao homem desde o primeiro instante da Sua concepção no ventre da Virgem Maria, e que Ele sendo perfeitamente homem é também perfeitamente Deus. O Apóstolo Paulo escreve: "Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher".

Aqui está expressa a verdade de que uma mulher deu a luz ao Filho de Deus: "Deus se manifestou na carne, e esta foi preparada para Deus pela Santíssima Virgem Maria". Após a Anunciação, no encontro da Virgem Maria com a justa Isabel, esta exclamou com grande voz e disse:

"Bendita tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre. Bem Aventurada a que acreditou, pois hão de cumprir-se as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas". Assim, Isabel estando iluminada com o Espírito Santo, chama Maria de Mãe do Senhor, nosso Deus do Céu. É precisamente o Deus do Céu que ela está chamando de "Senhor".

A respeito do nascimento de Deus de uma virgem, o Profeta Isaias profetiza: "Eis que em vossa viagem conceberá e dará à luz um Filho, e será o Seu nome Emanuel, (que significa Deus está conosco). Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu e o principado estará sobre Seus ombros. O seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".

Nos primeiros séculos da Igreja de Cristo, a verdade de que Deus  tornara-se homem e o Seu nascimento da Virgem Maria foram assim expressos: "Nosso Senhor Jesus estava no ventre da Virgem Maria, e Deus tomou sua carne".

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O dogma da Imaculada Conceição foi proclamado pelo Papa Pio IX em 1854. A definição desse dogma diz que a Santíssima Virgem Maria, no momento da concepção, estava limpa do pecado ancestral.

De acordo com o ensinamento Cristão, o peso do pecado do nosso primeiro ancestral consiste na remoção do dom sobrenatural da graça. Mas aí surge uma questão teológica.

Se a humanidade foi privada do dom da graça como se pode entender as palavras do Arcanjo Gabriel endereçadas a Maria: "Rejubila, tu que és cheia de graça, o Senhor está contigo. Bendita és tu entre as mulheres; que achastes a Graça com Deus".

Só se pode concluir que a Santíssima Virgem Maria teria sido isentada da lei geral de "privação da graça" e da culpa do pecado de Adão. Como a sua vida foi Santa desde o nascimento, consequentemente ela recebeu, na forma de exceção, um dom sobrenatural, uma graça de santidade, mesmo antes do nascimento de Jesus, isto é, na sua concepção.

Deve-se notar que a aceitação desse dogma no ocidente, foi por um longo período motivo de disputa teológica, que durou do século doze, quando esse ensinamento apareceu, até o século dezessete, quando ele foi espalhado pelos jesuítas no mundo Católico. Em 1950, no assim chamado Ano do Jubileu, o Papa Pio XII proclamou um segundo dogma, o Dogma da Assunção da Mãe de Deus.

Dogmaticamente, esse ensinamento foi deduzido da teologia do Dogma da Imaculada Conceição e é um desenvolvimento lógico decorrente do ensinamento sobre o pecado original. Na visão dos teólogos, se Nossa Senhora morresse,  ela teria aceitado a morte voluntariamente, assim como seu Filho, Jesus. Mas a morte não teria domínio sobre ela.

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Outros teólogos opinam que de acordo com o ensinamento das Sagradas Escrituras, através de Adão, toda a humanidade provou do fruto proibido. Só a partir do nascimento do Deus-homem, Jesus Cristo, começa a nova humanidade, libertada por Ele do pecado de Adão. Por isso, Ele é chamado de "o primogênito de muitos irmãos", isto é, "o primeiro da nova raça humana".

Estes teólogos afirmam que a Santíssima Virgem Maria nasceu sujeita ao pecado de Adão,  como toda a humanidade, e com ela partilhou da necessidade de redenção.

A pura e imaculada vida da Virgem Maria, até a Anunciação pelo Arcanjo, e a ausência de pecados pessoais, foram o fruto da união do seu trabalho espiritual sobre si própria com a abundância de graça sobre ela derramada. "Tu achaste a graça diante de Deus," disse o Arcanjo ao saudá-la. Achaste, significa: obtiveste, adquiriste, mereceste.

A Santíssima Virgem Maria foi escolhida da melhor parte da humanidade, como o mais digno e meritório ser humano, para acolher a descida de Deus à Terra. A graça do Espírito Santo santificou totalmente o ventre da Virgem Maria para a recepção do Deus-homem. De modo similar à veneração do "Sagrado Coração de Jesus", foi estabelecida pela Igreja a veneração ao "Imaculado Coração da Santíssima Virgem Maria", que recebeu aceitação universal.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU





13 janeiro 2013

OS MENSAGEIROS DE DEUS - THE MESSENGERS OF GOD - 3ª PARTE


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Nos livros das Sagradas Escrituras, encontramos os nomes das nove categorias, mais do que nove não são mencionadas. Assim, nós lemos o nome "querubim" no livro da Gênesis, nos Salmos 80 e 99 e em Ezequiel. "Serafim" nós encontramos em Isaías. "Poderes" nós encontramos na Epístola aos Efésios e em Romanos. "Trono", "principado", "domínios" e "potestades" em Colossenses e Efésios. "Arcanjos" em Colossenses e Judas, e "anjos" em Pedro, Romanos e outros Livros.

No ensinamento da Igreja o número de categorias dos anjos é usualmente limitado a nove. Mas a divisão dos anjos em nove categorias inclui somente aqueles nomes e graus que foram revelados na palavra de Deus, e não incluem muitos outros nomes e graus que não foram revelados a nós nesta vida presente mas que serão conhecidos somente na vida futura.

Essa ideia é desenvolvida por São Crisóstomo: "Na verdade existem outros poderes cujos nomes nós não conhecemos. Anjos, arcanjos, tronos, domínios, principados e potestades não são os únicos habitantes dos Céus. Existem também inumeráveis outros tipos, e muitas classes que palavras não são capazes de descrever".

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E como é evidente que existem poderes além daqueles mencionados acima e poderes cujos nomes não conhecemos? O Apóstolo Paulo tendo falado de uns, menciona os outros quando ele testemunha sobre Cristo: "Pondo-o à Sua direita nos Céus, acima de todo o principado, poder, potestade e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só nesse século mas também no vindouro".

Vemos que existem certos nomes que só serão conhecidos, mas que são desconhecidos agora. Nas Sagradas Escrituras alguns dos anjos mais elevados têm nomes próprios. Existem dois de tais nomes nos livros canônicos, Michael e Gabriel. Três anjos são mencionados por nome nos livros não canônicos, Rafael, Uriel e Salatiel. À parte esses, atribui-se nomes para dois outros anjos, Jegudiel e Barachier, cujos nomes não são encontrados nas Escrituras.

Além disso, há menção ainda a um outro, Jeremiel, mas julgando o contexto dessa passagem, esse nome é o mesmo de Uriel. Assim, nomes foram dados para sete dos anjos maiores, correspondendo às palavras do Apóstolo João, no Apocalipse: "Graça e paz seja convosco de parte Daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do Seu trono".

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É encontrada a opinião de que anjos especiais são colocados sobre aspectos separados do reino da natureza, o inorgânico, o orgânico e o animal. Essa opinião tem sua fonte no Apocalipse, onde é feita menção a anjos que, de acordo com a vontade de Deus, estão encarregados de certos elementos da Terra.

São João escreve no Apocalipse: "Vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da Terra, retendo os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo e clamou".

Na visão do Profeta Daniel existem anjos a quem Deus confiou o cuidado com a sorte dos povos e reinos que existem sobre a Terra. Todo homem tem seu próprio anjo da guarda, se ele não o afastou de si próprio por uma vida ímpia.

O Senhor Jesus Cristo disse: "Vede, não desprezeis alguns desses pequeninos, porque Eu vos digo que os seus anjos nos Céus sempre vêem a face de meu Pai que está nos Céus".

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Finalmente, qual é o propósito dos seres do mundo espiritual? É evidente que eles foram originados por Deus para serem o mais perfeito reflexo de Sua Grandeza e Glória, com inseparável participação em Sua Beatitude.

Tem sido dito a respeito dos Céus visíveis que "os Céus declaram a Glória de Deus," então muito mais é o objetivo dos Céus espirituais. É por isso que São Gregório chama-os "reflexos da luz perfeita", ou luzes secundárias.

Os anjos das classificações que estão próximos da raça humana são apresentados nas Sagradas Escrituras como arautos da vontade de Deus, guias dos homens, e servos de sua salvação.

O Apóstolo Paulo escreve: "Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? Não só os anjos cantam hinos à Glória de Deus, mas também O servem nos trabalhos de Sua Providência para o mundo material e sensível".

Alguns deles ficam em frente a Deus, outros por sua cooperação sustentam o mundo inteiro. Os anjos são indicados para a governança dos elementos e dos Céus, do mundo e de tudo que está nele.

Diferentes anjos abraçam diferentes partes do mundo, ou são indicados para diferentes distritos do universo. Deus ordenou e distribuiu tudo, combinando todas as coisas em uma.

                                                     
                                                     THE END

OS MENSAGEIROS DE DEUS - 2ª PARTE 



12 janeiro 2013

OS MENSAGEIROS DE DEUS - THE MESSENGERS OF GOD - 2ª PARTE


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Os anjos são espíritos perfeitos. Eles ultrapassam o homem no seu poder espiritual. No entanto, como seres criados, os anjos carregam em si o selo da limitação. Sendo incorpóreos, eles são menos dependentes de espaço e lugar.

Por assim dizer, passam através de vastos espaços com extrema rapidez, aparecendo onde quer que seja necessária sua ação. No entanto, não se pode dizer que eles sejam inteiramente independentes de espaço e lugar, nem que estejam presentes em todo lugar.

As Sagradas Escrituras às vezes mostram anjos descendo do Céu para a Terra, às vezes subindo da Terra para o Céu. Deve-se supor que eles interajam tanto no Céu quanto na Terra ao serem enviados por Deus.

São Basílio escreve: "Nós cremos que cada um dos poderes celestes tem um lugar definido. Pois o anjo que estava frente a Cornélio não estava ao mesmo tempo com Felipe, e o anjo que falou a Zacarias não estava ao mesmo tempo ocupando seu próprio lugar no Céu".

Da mesma forma São João ensina: "Os anjos são circunscritos, pois quando eles estão no Céu eles não estão na Terra, e quando eles são mandados para a Terra por Deus, eles não permanecem no Céu".

A imortalidade é um atributo dos anjos claramente testificado pelas Escrituras, as quais ensinam que eles não podem morrer. No entanto, sua imortalidade não é uma imortalidade Divina, porque isso é algo auto-existente e incondicional. Ao contrário ela depende, assim como a imortalidade da alma humana, inteiramente da vontade e misericórdia de Deus.

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Como espíritos imateriais, os anjos são capazes de autodesenvolvimento interno até o mais alto grau. Suas mentes são mais elevadas que a mente humana. De acordo com a explanação do Apóstolo Pedro, em sua força e poder eles ultrapassam todos os governos e todas as autoridades terrenas. A natureza de um anjo é mais elevada que a natureza de um homem. Porém, os exaltados atributos dos anjos têm seus limites.

As Escrituras indicam que eles não conhecem as profundezas da Essência de Deus, que é conhecida somente pelo Espírito de Deus: "Assim ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus". Eles não conhecem o futuro, o qual também é conhecido somente por Deus: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no Céu".

Da mesma forma eles não entendem completamente o mistério da Redenção, apesar de pretenderem nele penetrar. Eles nem mesmo conhecem os pensamentos humanos. Finalmente, eles não podem por si próprios, sem a vontade de Deus, fazer milagres: "Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só Ele faz maravilhas".

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As Sagradas Escrituras apresentam o mundo angélico como extraordinariamente grande. Quando o Profeta Daniel teve uma visão, foi revelado para seu espanto que "milhares de milhares serviam a Deus, e milhões de milhões estavam diante Dele". Uma multidão de anjos celestiais louvou a vinda do Filho de Deus à Terra.

São Cirilo de Jerusalém disse: "Calculem quantas são as nações romanas, quantas tribos bárbaras vivem agora e quantos morreram nos últimos cem anos. Calculem quantas nações foram enterradas durante os últimos mil anos e todos os homens de Adão até hoje. Na verdade é uma grande multidão! Mas ainda é pouco, porque os anjos são muito mais".

"Eles são as noventa e nove ovelhas, mas a humanidade é apenas uma. Pois de acordo com a extensão do espaço universal, nós devemos calcular o número de seus habitantes. A Terra inteira não é senão um ponto no meio do céu, e mesmo assim contém tão grande multidão. Que multidão deve conter o Céu que envolve a Terra? E o Céu dos céus, não deve conter números inimagináveis?", completa São Cirilo.

Está escrito, milhares e milhares O serviam e milhões de milhões estavam diante Dele. Não que a multidão fosse só desse tamanho, mas o Profeta não conseguiu expressar mais do que isso.

Com tal multidão de anjos, é natural supor-se que, assim como no mundo material, existam vários graus de perfeição e portanto vários estágios ou graus hierárquicos dos poderes celestes. Assim, a palavra de Deus chama alguns deles de "anjos" e outros de "arcanjos".

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Nós encontramos a enumeração dos nove coros de anjos nas Constituições Apostólicas. As "Constituições Apostólicas" são uma coleção de textos do IV e V séculos sobre a doutrina, louvação e disciplina Cristãs que dão muita informação sobre a vida da Igreja dos primeiros tempos.

Tendo algum respeito por ser um texto Cristão antigo, mas devido a algumas adições feitas a ele em diferentes épocas, não tem a autoridade da Igreja como outros textos dos primeiros tempos.

São Gregório opina sobre esse assunto: "Nós aceitamos nove categorias de anjos, porque por testemunho da palavra de Deus nós conhecemos sobre os anjos, arcanjos, potestades, autoridades, principados, dominações, tronos, querubins e serafins.

O Apóstolo Paulo enumera outras quatro categorias em sua Epístola aos Efésios, dizendo: "Deus Pai colocou Seu Filho acima de todo o principado e poder, potestade, e domínio".

Em sua Epístola aos Colossenses Paulo escreve: "Nele foram criadas todas as coisas que há no Céu e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, dominações, sejam principados, sejam potestades".

Assim, quando juntamos tronos a esses quatro dos quais Paulo fala aos Efésios, isto é, principado, poder, potestade e domínio, temos cinco categorias separadas, e quando juntamos a elas os anjos, arcanjos, querubins e serafins, está claro que existem nove categorias de seres espirituais.