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26 janeiro 2020

A NOSSA FÉ CRISTÃ - OUR CHRISTIAN FAITH

JESUS-CHRIST-GOD

Jesus Cristo ensinou que devemos manter um comportamento vigilante a fim de evitar as inconveniências e perigos que assolarão nosso planeta. Assim, devemos manter-nos alertas e seguir as  considerações de Jesus sobre as adversidades futuras e deduzir quais são as implicações atuais deste conhecimento que nos foi repassado há séculos.

19 fevereiro 2019

O MODERNISMO SECULAR - THE SECULAR MODERNISM

MODERNISMO-SECULAR

O modernismo secular é produto de uma tradição ocultista que pode ser rastreada desde a maçonaria e a cabala até a antiga Babilônia. Essa tradição adotou lúcifer como o símbolo da rebelião da humanidade contra Deus, consagrando a libidinagem e a voracidade carnal como substitutos da bondade e da verdade primária. O secularismo é uma pseudo-religião onde a separação entre a Igreja e o Estado é um dos estratagemas para consagrar o mal encarnado como o deus do mundo moderno. O objetivo do secularismo maçônico é destruir todas as religiões, principalmente o Cristianismo.

Verdade, justiça, bondade e beleza são conceitos absolutos que a elite satanista tenta distorcer, mas não pode mudar essa realidade. Uma civilização saudável se empenharia em promulgar estas formas de pensamento humano e não suprimi-las como fazemos. Deus é a Realidade Única e quanto mais evitarmos esta Verdade mais irreais nos tornaremos, caminhando céleres até a extinção espiritual e física. Assim, devemos ser destemidos e confrontar o mal que foi construído nas mentiras da elite satanista, numa espécie de despeito obsessivo e doentio do poder do bem, o amor absoluto.

A razão divorciada da moralidade pode ser usada para justificar a maldade, a desordem e a consequente tirania. O objetivo é desviar a humanidade do plano de Deus, submetendo-nos à cruel elite satânica — lúcifer não pode expor-se abertamente, travando assim uma guerra secreta pelas nossas almas. Seus atuais servos são os líderes político-culturais, e suas pregações ocultas são encontrados na internet, nos videogames e filmes. Esta conspiração só sucedeu porque a humanidade não podia acreditar que algo tão colossal e monstruoso realmente existisse!

MODERNISMO-SECULAR

Seguindo um plano centenário, a elite satanista subverteu todas as instituições sociais, a política, educação e religiões. Desde que já removeram Deus da sociedade — essencialmente a crença na realidade da moralidade — abriram portais para a entrada do mal absoluto. Quando distorceram o desejo inato da humanidade por justiça, entregaram-nos a "liberdade, igualdade e fraternidade", nas suas pérfidas formas de liberalismo, socialismo e comunismo, para nos controlar. Instituiram o feminismo, a pornografia e liberação sexual  para escravizar-nos, e não libertar como muitos pensam! Usaram todos os artifícios sociais para minar as religiões, as nações e finalmente o conceito Cristão da família tradicional, ou seja: os filhos honrando os pais e estes buscando em Deus a sabedoria na criação dos filhos.

O ser humano não pode ser forte sem uma conexão com Deus. Os pais devem alinhar-se à este propósito, assumindo o controle social e fornecendo uma forte visão moral para sua família. Existe uma ordem imutável no Universo, aonde a moralidade e a obediência a Deus, longe de serem formas antiquadas ou chatas, são extremamente úteis e necessárias para a sanidade social e familiar. A inerente Bondade Absoluta emanada de Deus é que permite que percebamos a diferença entre o bem e o mal. Nós fomos criados para servir a Deus e devemos sacrificar-nos à este propósito, e não nos apegar covardemente à vida terrena, pois esta cada vez mais não vale a pena ser vivida!

Jesus ensinou: "Deus é Espírito, e importa que O adoremos em Espírito e em Verdade". Deus é bondade, verdade, justiça e beleza, e nós temos um senso inato destes absolutos espirituais, assim como carregamos uma conexão direta com nosso Criador. Podemos servi-Lo fazendo o que sentimos que Ele quer que façamos, e esta é a chave para a felicidade neste "nosso agora". É uma simples questão de quem desejamos nos parecer: com Deus ou lúcifer! Se nos tornarmos semelhantes a Deus, conhecendo a percepção do bem e do mal ensinada por Jesus aos Seus seguidores, nosso mundo já seria a Vida Eterna e nossas vidas imersas na real felicidade. Mas se escolhermos lúcifer vocês podem imaginar o que viria a seguir!

MODERNISMO-SECULAR

O mundo é o palco da competição pelas nossas almas, e as pessoas que promovem a violência e o sexo desnaturado não operam de forma aleatória, pois são marcados por símbolos satânicos, e seus logotipos, nos próprios corpos. Eles seguem um roteiro oculto projetado para desumanizar o indivíduo e aviltar seu corpo e alma. Eles fizeram da Terra uma prisão gigantesca baseada em seu próprio inferno mental. Esta é a Nova Ordem Mundial e nós já somos seus prisioneiros!

Em Cristo nós vivemos neste mundo mas já pertencemos à Eternidade, pois quando a Infinita Palavra de Deus entrou no tempo atual, eternizou nossa dimensão temporal. Portanto, não estamos mais estritamente ligados ao tempo, e logo não estaremos limitados ao espaço físico. Deus escolheu através de Jesus Cristo viver na Sua própria Criação, para redimi-la, e este ato significou que Deus Pai teve que adaptar Seu Infinito à particularidade do nosso mundo — nascendo em um lugar particular, Belém, num determinado momento da História.

Nossa vida está suspensa entre o Nascimento de Jesus em Belém e Sua Vinda Espiritual no Fim dos Tempos. Os Cristãos possuem uma qualidade atemporal que os tornam imersos no Reino de Deus mesmo vivendo no atual mundo material. Nós fomos redimidos por Jesus Cristo, mas a nossa redenção ainda não está completa. Iniciamos nossa Vida Eterna mas ainda não deixamos para trás as limitações físicas do espaço-tempo. Já vivenciamos as consequências da Encarnação, mas estas ainda não foram totalmente manifestadas. Para nós, Cristãos, o "Fim das Coisas" não deve trazer surpresas, pois conhecemos a Salvação de Jesus Cristo e sabemos o que está por vir.




29 agosto 2017

A FÉ PODE REVELAR DIMENSÕES INSONDÁVEIS - FAITH CAN REVEAL UNFATHOMABLE DIMENSIONS

UNFATHOMABLE-DIMENSIONS

Desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, Seu Eterno Poder e Sua Natureza Divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis; porque, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como seu Deus, nem Lhe renderam graças.

25 abril 2017

JESUS RESSUSCITOU - JESUS HAS RISEN

JESUS-RESSUSCITOU

A Ressurreição de Jesus Cristo é a essência do Cristianismo e responsável pela transfiguração da cosmovisão secular da humanidade — as respostas às questões filosóficas, como a finalidade da existência humana, a existência de vida após a morte. Sua importância sempre sobrepor-se-á a qualquer outro evento metafísico que tenha suportado a criação e o historismo das religiões mundiais. Sabemos como a vida humana preexistiu, mas só podemos conjecturar como será a vida espiritual além desta existência humana. Porém, a ressurreição de Lázaro revelou um aspecto singular da promessa de Jesus Cristo como concessor da Vida Eterna.

Quando Jesus retornou a Jerusalém para as cerimônias fúnebres do amigo Lázaro de Betânia, o antagonismo da assembleia composta pelos fariseus talmúdicos (sinédrio) contra Jesus era bem intenso. Quando Jesus chegou para a solenidade Marta perguntou: "Senhor, se estivesse aqui meu irmão não teria morrido, pois bem sei que Deus proverá tudo o que Lhe pedires". Marta considerou que Jesus seria um intermediário para alcançar as dádivas de Deus, desconhecendo, pois não entendia, que Jesus era o próprio Deus que se fez Homem para viver entre nós.

Marta acreditou que Deus ressuscitaria Lázaro, mas sua reação de surpresa quando Jesus levantou-o dos mortos sinalizou uma descrença. Quando Jesus confirmou que Lázaro voltaria da morte, significou para Marta um simples consolo e não uma certeza de um fato consumado. Assim, a importante Revelação que Jesus Cristo transmitiu para a humanidade através da ressurreição de Lázaro não foi compreendida naquele exato momento histórico, quando toda a complexa metafísica da ressurreição humana foi ensinada!

JESUS-RESSUSCITOU

Jesus revelou Seu mais importante Ensinamento depois de ressuscitar seu amigo Lázaro: "Eu sou a Ressurreição e a Vida, e quem crer em mim viverá, ainda que morra; e quem vive e crê em mim viverá para sempre". Mas, naquele momento, Jesus Cristo já corria sério risco de vida ao permanecer nas cercanias de Jerusalém, pois dentre a multidão escondiam-se os traidores que tramavam Sua prisão e o consequente julgamento comandado pelos rabinos talmúdicos (edomitas). Assim, ao entardecer, os centuriões romanos prenderam Jesus para ser submetido à justiça de Caifás e do Sinédrio.

Todos os membros do sinédrio reuniram-se na residência de Caifás para ardilmente perpetrarem sua vingança contra o Filho de Deus. Naquela época, era considerado ilegal entre os hebreus conduzir qualquer julgamento ou atividade cívil durante o Pessach (celebração da libertação dos hebreus da escravidão no Egito), mas nem este fato impediu que os traidores seguissem com sua trama. Além do julgamento ilegal, o Sinédrio ainda aliciou testemunhas para depor contra Jesus —  mas foram testemunhos incoerentes e sem fundamento.

Caifás ficou desesperado com estes falsos depoimentos e presidiu uma demonstração pública de perjúrios contra Jesus, mas Seu silêncio e a Paz que emanava do Seu semblante demonstraram a indiferença para com os acusadores. Então Caifás chegou à beira do histerismo e demandou que Jesus explicasse Sua afirmação de que é o Filho de Deus! Jesus calmamente confirmou: "Sou, e vocês verão o Filho sentado à direita do Pai". Caifás, agora exasperado e dramático rasgou suas vestes e gritou: "Blasfemou! Que necessidade temos de testemunhas?" Assim, o ardiloso sinédrio decretou a pena de morte pela crucifixão e Seus inimigos, os fariseus babilônicos, passaram a espancar Jesus.

JESUS-RESSUSCITOU

Oportunamente, o covarde e medroso Caifás exigiu que Pilatos confirmasse a condenação e a execução, mas como Jesus era um galileu sob a jurisdição de Herodes, este também, com fingida humildade servil, repassou a decisão sobre o destino de Jesus para Poncio Pilatos. Logo seu palácio assumiria o aspecto de uma fortaleza sitiada, pois a cada momento aumentava o número de descontentes. Assim, Jerusalém foi envolta pelas multidões oriundas das montanhas de Nazaré e mais além, como se toda a Judeia houvesse se deslocado para a cidade.

Declara Poncio Pilatos: "Havia apenas uma pessoa que mantinha a calma no meio da multidão, Jesus de Nazaré. Depois de muitas tentativas infrutíferas para protegê-lo da fúria dos perseguidores implacáveis, adotei uma medida que, no momento, pareceu-me ser a única que poderia salvar sua vida. Conforme o costume hebreu, o povo poderia escolher entre dois prisioneiros: quem seria executado ou libertado. Assim, ofereci à morte o criminoso Barrabás, mas a multidão ainda vociferava que Jesus deveria ser o crucificado".

Continua Pilatos: "Durante as comoções civis do Império nada poderia ser comparado ao que testemunhei na ocasião, o ódio furioso da multidão ensandecida. Parecia verdadeiramente que todos os espectros das regiões infernais estavam reunidos em Jerusalém naquele momento. A multidão não caminhava, mas aglomerava-se e girava como um vórtice, rolando em ondas vivas a partir dos portais do Pretório até o Monte Sião, uivando, vociferando, lamuriando, como algo que nunca se viu ou ouviu nas sedições de Pannonia ou nos tumultos do Fórum".

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Jesus foi submetido a um julgamento ilegal no meio da noite e executado em Jerusalém, o Santo Sepulcro foi lacrado e vigiado por uma guarnição romana a pedido de Caifás. Porém, após três dias a Ressurreição de Jesus foi proclamada pelo apóstolo Pedro: "Nosso Deus Pai ressuscitou Seu Filho Jesus e todos nós fomos testemunhas do milagre". A primeira reação dos rabinos talmúdicos, os edomitas, foi que Seus discípulos roubaram o corpo na noite de sábado — agora uma admissão oficial que serviu como uma concludente evidência da Ressureição para os historiadores.

Carta de Pilatos a Tibério Cláudio Nero César: Seus discípulos proclamaram que Jesus ressuscitara como havia predito e o fato criou mais comoção do que Sua morte. Quanto à veracidade não posso afirmar, mas depois de uma investigação repasso a vós, meu nobre soberano, todos os fatos para que possas examinar e dizer se estou em falta. Digo com certeza que José e os seguidores de Jesus ajudaram a encerrar o Nazareno na Sua mortalha, e que meus soldados testemunharam o ato do fechamento e lacre do sepulcro".

Continua Pilatos ao imperador Tibério: "Sabia que o Nazareno pregava sobre a ressurreição, assim ordenei que o oficial Malcus mantivesse uma guarnição ao redor do sepulcro para garantir que não fosse profanado, mas na manhã do domingo o sepulcro encontrava-se vazio. Malcus relatou que tinha situado o capitão Ben Isham com uma guarnição em torno do sepulcro e me reportou que Isham e os centuriões estavam muito alarmados com um acontecimento misterioso"

JESUS-RISEN

Ben Isham reporta a Pôncio Pilatos: "No início da quarta vigília vimos uma luz suave sobre o sepulcro e pensamos logo que as mulheres vieram para cuidar de Jesus. Enquanto avivava estes pensamentos todo o local iluminou-se para cima, e parecia que dezenas de pessoas em suas mortalhas pairavam além do ar. Tudo estava girando e sentimo-nos em pleno êxtase, até ouvimos uma música maviosa e o ar parecia estar cheio de vozes. Neste momento sentimo-nos fracos e a terra pareceu flutuar, meus sentidos me deixaram e não mais sabia onde estava".

Após a Ressurreição Jesus Cristo encontrou Seus apóstolos em Betânia, um vilarejo na encosta do Monte das Oliveiras situado a leste da cidade de Jerusalém. Ele os acompanhou e novamente enfatizou o trabalho missionário que deveriam realizar, pedindo: "Quando o Espírito Santo vier sobre vocês, todos receberão o Poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém e por toda a Judeia, na Samaria e em todas as regiões mais distantes da Terra". Então, após conversar durante horas com seus irmãos de Fé, Jesus ascendeu aos Céus.

Os apóstolos assistiram emocionados, já que antecipavam uma grande saudade do Mestre, até que uma nuvem cobriu a visão de Jesus e não mais conseguiram vê-Lo. Após a Ressurreição Jesus apresentava-se a eles na Sua forma humana, mas agora elevava-se aos Céus numa feição espiritual. Enquanto os apóstolos observavam Jesus ascendendo aos Céus, dois anjos surgiram e perguntaram: "Homens da Galileia, por que ainda estão olhando para o alto? Este Jesus que do meio de vocês foi levado agora só voltará na mesma forma que preexistia para estar com Deus Pai".

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O Novo Testamento fornece-nos múltiplos testemunhos independentes quanto à historicidade das aparições de Jesus Cristo após a Ressurreição. A presença de Jesus diante do apóstolo Pedro é confirmada no relato de Lucas e a visitação diante Seus discípulos é confirmada nos escritos de Lucas e João, entre outros. Lemos os testemunhos da Sua presença junto às mulheres, em Mateus, João e Marcos. As aparições de Jesus cessaram após quarenta dias, exceto numa única vez para Paulo, que confirmou a natureza especial desta posterior visitação de Jesus.

Em Coríntios, a primeira epístola de Paulo à Igreja em Corinto, conhecemos sete aparições diferentes de Jesus para mais de 500 indivíduos: "Ele visitou Pedro e depois os Doze, depois disso apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez, a maioria dos quais ainda vive, embora alguns já tenham adormecido. Depois apareceu a Tiago e então a todos os apóstolos; depois destes apareceu também a mim, um que nasceu fora de tempo pois sou o menor dos apóstolos e nem sequer mereço ser chamado apóstolo porque persegui a Igreja de Deus".

O número e a variedade dos testemunhos prestam um forte crédito ao historicismo da Ressurreição. Dentre as visitações destacam-se: Pedro (1), Tiago (1), Paulo (2), Caminhantes na estrada (3), Mulheres no jardim (5), Pescadores no lago (11), Discípulos em casa (15), Multidão na colina (25), Discípulos ao ar livre (30), Seguidores Cristãos (500), segundo o relato do Novo Testamento. A maior evidência da Ressurreição foi a profunda alteração motivacional ocorrida nos discípulos, quando passaram do desânimo coletivo para um organização missionária eficaz.

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Foi uma transformação do temor da retaliação dos romanos para a convicção profunda nos Ensinamentos de Jesus, quando os discípulos transmudaram-se em audaciosas testemunhas públicas da Ressurreiçãode Jesus Cristo. Pedro transformou-se do covarde que negou Jesus a uma rocha e porta-voz da Igreja primitiva; Tiago tornou-se o líder da Igreja de Jerusalém e Paulo foi transformado de um militante anti-cristão para o pioneiro na expansão mundial do Cristianismo. Todos foram transformados em homens determinados a combater o poder de Roma e sacrificaram suas vidas em defesa do Cristianismo!

Não existe outro evento histórico, em qualquer época, que tenha sido mais testemunhado e reconhecido mundialmente do que a Ressurreição de Jesus Cristo. Mas se a evidência é tão convincente por que nem todos acreditam em Jesus? Talvez seja pelo fato de que a partir desta admissão passariam a suportar compromissos morais e sociais que não desejam enfrentar, ou talvez simplesmente não querem acreditar na Sua existência apesar das evidências. Seja como for, a transformação incutida na alma humana continuará para sempre, eternamente!

Normalmente o impacto e os testemunhos sobre qualquer evento histórico decrescem como passar dos tempos, mas aconteceu justamente o contrário com a Ressurreição de Jesus. Atualmente, mais de 5 bilhões de seres humanos acreditam que Jesus é Nosso Senhor e Salvador e o movimento Cristão cresce cada vez mais tocando populações de todas as culturas, credos e raças. Jesus Cristo nunca foi uma figura histórica pois vive entre nós e pode transformar nossas vidas. Permitam que Seu Amor acalente suas almas solitárias e Ele trará a Paz Eterna.







28 outubro 2016

DESVENDANDO O SEGUNDO ADVENTO DE JESUS - UNVEILING THE SECOND ADVENT OF JESUS

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Muitos afirmam que o Segundo Advento de Jesus ocorreu no primeiro século da Era Cristã, entre os anos 63 a 70 d.C., na época da destruição de Jerusalém e do segundo Templo dos hebreus, evidenciando os sete anos de tribulações das profecias bíblicas. Segundo o historiador romano Josephus, o imperador Titus Flavius manteve o cerco de Jerusalém durante anos, culminando com o ataque arrasador das suas legiões durante a festa do "Pesach", a comemoração da liberdade dos hebreus do seu cativeiro no Egito. Segundo o Êxodo, o tempo que habitaram no Egito foi de quatrocentos e trinta anos.

O historiador Josephus descreve o cerco da cidade: "Quando as legiões romanas arremeteram sobre Jerusalém, nada impediu sua furiosidade insana. Os hebreus, agrupados para defender os acessos à cidadela, foram pisoteados e massacrados pela horda de legionários de Tiberius Julius Alexander, o segundo em comando. Muitos tombaram entre as ruínas fumegantes e morreram miseravelmente. A maioria das vítimas era de cidadãos pacíficos, e todos foram mortos quando capturados. Os corpos dos hebreus amontoavam-se por toda a cidade, e dos degraus do Templo vertiam rios de sangue, à medida em que os abrigados no santuário eram abatidos".

Josephus também registrou a presença de sinais proféticos nos anos anteriores à destruição de Jerusalém: "Foi um tempo onde guerras e pestilências assolaram a Palestina, e um inusitado terremoto propagou o receio da vinda do ceifador". Os hebreus ansiavam pela chegada do seu messias, um heroico líder que derrubaria o governo romano. O Antigo Testamento ressaltou o poder deste messias: "Mostrarei prodígios no Céu e na Terra, sangue, fogo e colunas de fumaça! " Mas em vez de trazer uma tempestade de fogo, a Vinda de Jesus Cristo, O Messias, foi como uma suave brisa de ar puro, e os hebreus descrentes perderam o momento mais importante da História.

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Podemos conhecer a natureza fatalista da história dos hebreus ao lermos o Deuteronômio, um dos cinco Livros do Pentateuco: "Uma nação virá contra vocês como a águia em mergulho, de aparência feroz, sem respeito pelos idosos nem piedade para com os moços. Ela sitiará suas cidades até que caiam os altos muros fortificados em que vocês confiam. Por causa do sofrimento que o inimigo infligirá durante o cerco, vocês comerão o fruto do próprio ventre, a carne dos seus filhos e filhas. Então, vocês serão espalhados de um lado ao outro da Terra, onde adorarão outros deuses que seus antepassados nunca conheceram".

É fundamental o entendimento de que a proteção de Deus aos hebreus do Antigo Testamento era condicional à obediência e observância das Leis de Deus. Mas a rejeição a Jesus Cristo como o verdadeiro Messias, e Sua condenação pelos escribas talmúdicos e fariseus babilônicos, os edomitas da época de Jesus, foram consideradas uma profanação que revogou o direito destes semitas se autoproclamarem como o povo eleito do Senhor. Assim, os crentes hebreus e gentios, os novos Cristãos que acolheram e difundiram os Ensinamentos de Jesus, tornaram-se os receptores da Vontade de Deus — assim como a população de Cristãos do mundo atual.

A destruição de Jerusalém e do Segundo Templo atendeu às condições proféticas do fim dos tempos! Segundo o historiador Josephus, somente os hebreus-cristãos conseguiram escapar do cerco a Jerusalém, quando refugiaram-se na cidade de Pella, Jordânia, de modo que foram salvos do trágico fim reservado aos não crentes, pois sobreviveram ao vaticínio bíblico. Este episódio endossa a seguinte passagem de Mateus no Novo Testamento: "Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro. Estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor".

SEGUNDO-ADVENTO-DE-JESUS

A destruição da antiga Jerusalém foi tão completa e arrasadora que mesmo o registro genealógico dos escribas talmúdicos e fariseus babilônicos foi totalmente destruído! Assim, no lugar do antigo reino mundano dos edomitas surgia um novo Reino fundamentado nos Ensinamentos de Jesus Cristo, constituído pelos Cristãos que acreditavam e habitavam Nele, segundo os escritos de João sobre as Palavras de Jesus: "O meu Reino não é deste mundo, e se fosse deste mundo pelejariam os meus discípulos para que eu não fosse entregue aos fariseus. Mas agora o meu Reino não é daqui."

As profecias do fim dos tempos devem ser relacionadas com eventos espirituais e não físicos: "Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais". Jesus não se preocupou em alterar a ordem natural terrena, pois os reinos continuaram a emergir e sucumbir através dos séculos, e as guerras, catástrofes e pestilências ainda assolam a humanidade. Mas ao nível espiritual os fatos são diferentes, pois o poder do mal foi superado e uma nova era de paz teve início.

SEGUNDO-ADVENTO-DE-JESUS

A Segunda Vinda de Jesus Cristo será um evento espiritual. Não precisamos ficar atentos a mudanças políticas dramáticas ou preocupados com guerras e catástrofes, pressupondo que serão indícios que antecederão a Segunda Vinda e a instauração do Reino de Deus, pois este Reino não traz uma localização geográfica! O Reino é delimitado pelo amor nos corações dos homens e pela devoção do ser humano aos desígnios de Deus: "O Reino de Deus não virá com aparência exterior, nem dirão, ei-lo aqui ou ei-lo ali, porque o Reino de Deus está entre vós". Os sinais da Segunda Vinda serão as grandes mudanças perceptíveis em nossas vidas!

Jesus não voltará à Terra porque Ele está entre nós como uma manifestação de Deus Pai, a Revelação da Sua Verdade. Jesus afirmou que na Segunda Vinda traria a Revelação da Verdade e confirmou que viria como o Espírito da Verdade: "Ainda tenho muitas coisas para lhes dizer, mas vocês não poderiam suportar isso agora. Porém, quando o Espírito da Verdade vier, ele ensinará toda a Verdade a vocês. O Espírito não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que ouviu e anunciará a vocês as coisas que estão para acontecer. Ele vai ficar sabendo o que tenho para dizer, e dirá a vocês". Assim, podemos intuir que o Segundo Advento não aconteceu.

A eternidade dos Ensinamentos de Jesus e a secularidade do Novo Testamento, avançando em direção ao futuro e permeando a mente humana através da História, possibilitará que cada povo, em várias épocas, invoque o benefício particular de sentir-se como um participante do Segundo Advento de Jesus Cristo. A intemporabilidade das Suas Palavras e Ensinamentos permitirá que cada ser humano arrogue o privilégio de ser o protagonista-receptor da Segunda Vinda de Jesus Cristo, mas apenas nas mentes e corações da humanidade, pois Aquele que habita em luz inacessível, a Quem ninguém viu nem poderá ver, a Ele será dada a honra e o poder para todo o sempre.




21 setembro 2016

PENSAMENTOS CRISTÃOS - CHRISTIAN THOUGHTS

CHRISTIAN-THOUGHTS

Jesus perguntou aos apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu sou? " Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". E Jesus respondeu: "Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não te revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos Céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão sobre ela".

Porém, a afirmação de Jesus: "Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja", baseava-se na resposta de Pedro: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo", e não na pessoa de Pedro. Jesus não criou um trocadilho com os termos pedra e Pedro — palavras gráfica e sonoramente diferentes no grego original do Novo Testamento. A revelação de Deus ao apóstolo Pedro, o seu reconhecimento da Divindade de Jesus, é que fundamentaria a futura Igreja, da qual Jesus Cristo seria a rocha, a pedra angular, pois sem Ele não existiria o Cristianismo.

Desde que creditaram ao apóstolo Pedro o status de primaz na religião Católica, a hierarquia papal perpetuou-se até nossos dias. Mas São Pedro não ajustar-se-ia ao padrão dos papas da era moderna, pois nunca permitiu que fiéis se curvassem em sua presença nem exaltou o título de "Pai" (páppa, em grego). São Pedro não legou sua liderança na primitiva Igreja Católica, pois seria impossível que qualquer sucessor fosse uma testemunha viva do Cristo ressuscitado.

CHRISTIAN-THOUGHTS

Durante o primeiro século da Era Cristã, os princípios e dogmas da recente Igreja Católica foram protegidos com fervor pelos Primeiros Cristãos, os únicos mantenedores dos Ensinamentos de Jesus. No século II, a presunção dos novos cristãos romanos permitiu a interpretação pessoal e seletiva dos Ensinamentos e do Novo Testamento, quando o consequente desvirtuamento atingiu níveis inimagináveis. No século III, o imperador romano Constantino incorporou o Cristianismo à sua sede de poder e a alteração da Palavra de Deus alcançou proporções irreais.

Constantino atribuiu ao Deus Cristão a vitória sobre o imperador tetrarca Magêncio durante a Batalha da Ponte Mílvio (312 d.C.), alegando que no dia anterior sonhara com uma cruz que trazia os dizeres "in hoc signo vinces" (por este sinal vencerás), levando-o a gravar o símbolo da cruz nos escudos dos soldados das suas tropas. Entusiasmado com a ajuda divina, Constantino incrementou sua cruzada pelo poder até destronar a tetrarquia romana em 324 d.C., quando alçou-se à posição de imperador único do Império Romano.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

Quando pensamos sobre a existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo, e como a união destas três divindades distintas formam um só Deus — Mistério da Santíssima Trindade —, podemos compreende-la melhor se fizermos uma analogia com a dinâmica do Espaço-Tempo de Friedmann, o intervalo decorrido desde o Big-Bang a partir do qual os eventos cosmológicos sucederam. Quando analisamos a divisão do tempo em passado, presente e futuro, vemos que mesmo servindo a propósitos diferentes as partes formam um todo, unindo-se na mesma dimensão temporal.

Os apóstolos perpetuaram os Ensinamentos de Jesus, agora a única filosofia necessária para nortear a humanidade. A riqueza dos fatos que estes biógrafos de Jesus Cristo nos legaram está ao alcance de qualquer ser humano, e não precisamos de intermediários para conhecê-los, pois o único mediador entre a humanidade e Deus Pai é Seu Filho, Jesus Cristo: "Peçam e lhes será dado, busquem e encontrarão, batam e a porta lhes será aberta; pois todo o que pede, recebe, o que busca, encontra, e àquele que bate, a porta será aberta."

Na hierarquia da verdadeira Igreja de Deus primeiro estabeleceram-se os apóstolos, em seguida, os profetas, depois, os mestres e os que realizavam milagres através inspiração divina — aqueles que têm o dom da cura e prestam ajuda aos necessitados, como os nossos Santos Pio de Pietrelcina e Pio X, entre outros guardiões da Fé Cristã. São Pedro não tinha mais autoridade do que os outros apóstolos, pois todos carregavam o poder de ligar e desligar na Terra e nos Céus, mas sempre guiados pelo Espírito Santo. A fraseologia "ligar e desligar" significa declarar permitido ou proibido segundo a Palavra de Deus.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

Os discípulos de Jesus precisavam dar continuidade ao Seu trabalho entre a humanidade, e divulgar Seus Ensinamentos era a prioridade máxima. Eles possuíam a autoridade cedida por Deus para efetuar milagres e permitir que outros discípulos também realizassem estes acontecimentos inexplicáveis pelas leis naturais, beneficiando aqueles que mereciam esta dádiva de Deus. Os milagres de Jesus sobre a natureza eram o prenúncio da vinda do Reino de Deus entre os homens, anunciando que o poder Divino de Jesus Cristo estender-se-ia muito além da existência humana.

Após a morte, só acessaremos o local onde beneficiam-se os recompensados pela presença de Deus se formos merecedores. Nossos destinos são fixados na hora da morte e qualquer ação posterior não pode alterá-lo, pois cada ser humano será contemplado pelo que fez e nada poderá ser alterado por outrem. Pode-se orar por outro cristão, mas isto não comutará sua pena pela recompensa. Somente Deus pode perdoar e todos podem orar para que Jesus Cristo perdoe nossos pecados. O pecado é um ato contrário à Lei Eterna, uma ofensa a Deus que atenta contra a solidariedade e a natureza humana.

PENSAMENTOS-CRISTAOS

No fim do sábado, quando despontava o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram visitar o sepulcro onde Jesus Cristo jazia. Repentinamente houve um terremoto, quando um anjo do Senhor desceu do Céu. Ele suavemente removeu a pedra que guardava o sepulcro, e assentou-se sobre ela. O aspecto deste anjo era sublime, como o de um relâmpago, e suas vestes eram brancas como a neve. Os soldados romanos que mantinham a guarda ficaram amedrontados e assombrados, até quedarem-se como mortos.

O anjo dirigiu-se às duas mulheres, dizendo: "Não tenhais medo, pois sei que buscais Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas Ele não está mais aqui porque ressuscitou como havia predito. Venham, e vejam o local onde Nosso Senhor Jesus jazia. Sigam pois, imediatamente, e digam aos Seus discípulos que Seu Mestre já ressuscitou dentre os mortos. Ele vai adiante de vós, para a Galileia, sigam o caminho, que lá o encontrarão".

Os apóstolos também partiram para a Galileia, em direção ao monte que Jesus designara dias atrás. Ao chegarem, Jesus aproximou-se e disse: "Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Portanto ide, fazei discípulos em todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado, e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos, Amém".




09 setembro 2016

A NOVA RELIGIÃO MUNDIAL - THE NEW WORLD RELIGION

NEW-WORLD-RELIGION

Em 1997, Robert Muller, subsecretário-geral das Nações Unidas, um adepto do movimento espiritual new age (esoterismo ocultista), convocou uma conferência de signatários para estabelecer a paz universal através da instituição de uma única religião global. Muller (1923-2010) era um fervoroso apologista do governo mundial e convenceu os membros da ONU a participar da United Religions Initiative (Iniciativa das Religiões Unidas), uma rede inter-religiosa com sede em São Francisco, Califórnia, que advoga a unificação de todas as vertentes religiosas: a religião mundial.

Entre os debatedores, incluíam-se religiosos e gurus de todas as seitas ou religiões, que uniram-se no esforço comum de formalizar o estatuto da United Religions Initiative (URI) e iniciar o processo de elaboração das estratégias para um forte crescimento da instituição durante os próximos 20 anos. Liderados por Muller, conhecido na ONU como "o filósofo das Nações Unidas", debateram durante meses qual seria a melhor estratégia para a implementação da religião única sem que ferisse os brios dos demais líderes religiosos mundiais. Após intensos períodos de discussões, os planejadores passaram a tratar efetivamente do empreendimento comercial.

No final da conferência de 1997, William E. Swing, bispo da Igreja Episcopal da Diocese de São Francisco, assumiu uma posição-chave entre os cristãos na divulgação da organização Religiões Unidas, assim como a responsabilidade de arregimentar adeptos religiosos para compor seus quadros executivos. Swing invocou que os delegados da conferência anunciassem a "nova palavra" para a humanidade: "Espalhem a notícia sobre a existência da Iniciativa das Religiões Unidas para o mundo, porque algo novo está prestes a acontecer", clamou. Atualmente a organização faz-se presente em 80 países.

NEW-WORLD-RELIGION

O Papa Francisco mantêm laços estreitos com a Iniciativa das Religiões Unidas e, especialmente, com William E. Swing. Quando Francisco era o arcebispo de Buenos Aires, convidou o Sr. Swing para celebrar o 10º aniversário da organização Religiões Unidas da América Latina, e o culto foi realizado na catedral da cidade. Um Papa que abraça a reconciliação com todas as religiões claramente transmite uma mensagem dúbia para os católicos que incorrem no risco de abraçar o sincretismo religioso como parte da Fé Cristã, o que seria extremamente prejudicial com relação à Salvação ensinada por Jesus Cristo.

Entre os participantes da conferência era notória a presença dos laureados Desmond Tutu, arcebispo da Igreja Anglicana, Betty Williams, ativista pela paz e o jurista-muçulmano Javid Iqbal. Os líderes da rede norte-americana Interfé e vários católicos episcopais, clérigos muçulmanos e líderes judeus, budistas, hindus, siques, entre outros, completavam o número de membros votantes que aprovaram a necessidade de minimizar-se os conflitos resultantes da implantação da religião global no mundo. Robert Muller sempre afirmava que a United Religions Initiative era o equivalente espiritual das Nações Unidas. [sic]

No último dia da conferência, os "comensais", agora mais relaxados, foram brindados com a execução das "múltiplas-preces", o que exigiu o esforço conjunto de cristãos, budistas, muçulmanos, siques, monges tibetanos, judeus e indígenas. As vertentes religiosas envolvidas neste acontecimento ecumênico global para a criação da Nova Religião Mundial (New World Religion) puderam ser rastreadas em grande parte: islamismo, hinduísmo, cristianismo, budismo, membros da seita semita B'nai B'rith, zoroastrismo, taoismo, siquismo, judaísmo, panteísmo, membros de cultos orientais e seitas antigas, indígenas de diversas nações, entre outros.

NOVA-RELIGIAO-MUNDIAL

Na primeira semana após o término dos acalorados debates e da fundação da religião global, Robert Muller já posicionava-se em Vancouver, no Canadá, para iniciar a doutrinação nas "classes de jovens", um novo apostolado-tupiniquim, que primeiro deveriam passar por um treinamento formal até estarem de prontidão e sentirem-se aptos para iniciar a divulgação da "nova palavra", para assim promover seu conhecimento ao mundo: "Todos vocês precisam aderir à nova religião universal, a Iniciativa das Religiões Unidas, o local que congrega todas as religiões e um oásis espiritual onde todos serão salvos, não importando o que façam!"

Nesta preleção os verdadeiros motivos acabaram transparecendo, e expressaram que o multiculturalismo atingira níveis absurdos. Mesmo que você seja um protestante ou hindu, mórmon ou cristão, muçulmano ou católico, hinduísta ou comunista, ou qualquer outra coisa, não importa! Não precisa preocupar-se com a sua alma, se tiver uma, porque nesta salvação da religião única não é preciso fazer o bem ou amar ao próximo, pois até matar seria relevado. Basta adorar o deus único que você já está dentro! Segundo Robert Muller, os deuses dos cristãos, muçulmanos e das outras vertentes religiosas são um só, e na religião da "nova era" somente as comunidades engajadas na diversidade é que alcançarão a salvação. [sic]

NOVA-RELIGIAO-MUNDIAL

E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro, e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a Terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada.

E faz grandes sinais, de maneira que até fogo fez descer do Céu à Terra, à vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.

E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

E foi-lhe dada uma boca, para proferir grandes coisas e blasfêmias, e deu-se-lhe poder para agir por quarenta e dois meses. E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do Seu Nome, e do Seu tabernáculo, e dos que habitam no Céu.

E foi-lhe permitido fazer guerra aos Santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. E adoraram-na todos os que habitam sobre a Terra, esses cujos nomes não estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

JESUS-CRISTO

A grande verdade é que os Cristãos prescindem da ajuda das instituições e seus cultos, ou da mediação humana, para alcançarem o caminho da Salvação, ensinou Jesus Cristo. Ele mostrou o caminho da Salvação quando sofreu pela humanidade, e agora só devemos seguir Seus Ensinamentos. Isto aparenta ser muito fácil e simples, mas é exatamente o que Jesus ensinou aos Apóstolos: "O que precisam é manter uma conduta irrepreensível e o compromisso de amar a Deus". Estas foram as últimas palavras de Jesus Cristo na Santa Cruz: "Está consumado", expressando no Seu sofrimento que o trabalho salvífico estava completo.

Mas lembrem-se que a Salvação que Jesus ofereceu para a humanidade é apenas o início do árduo caminho que os Cristãos devem percorrer, pois as ações na Terra serão relevantes para a Salvação da alma. A consciência humana permite que assumamos a responsabilidade pelos atos praticados, e seu justo juízo é a nossa testemunha da verdade universal do bem e, desta forma, é fácil escolhermos entre o bem e o mal. Porém, vários falsos cristãos atravessam suas vidas seguindo a liderança dos pastores, bispos, gurus, mestres e toda a espécie de falsos líderes. Para alcançamos a Salvação Eterna devemos aceitar somente a liderança de Jesus Cristo e observarmos Seus Ensinamentos.




26 agosto 2016

A RESSUREIÇÃO DE JESUS CRISTO SEGUNDO PÔNCIO PILATOS - THE RESURRECTION OF JESUS CHRIST ACCORDING TO PONTIUS PILATE


Jesus-risen

Nobre soberano Tibério César Augusto, devo oficialmente relatar os eventos singulares que abalaram a província da Judeia. O desenlace da situação apresentou uma forma tão extraordinária que será preciso enumerar todos os detalhes na íntegra, exatamente na ordem em que ocorreram. Mas não fique desconcertado se no decorrer da história tais eventos alterem o destino da nossa nação pois os desígnios dos deuses não são mais favoráveis, e desde então o desconforto e a angústia constante regem a minha existência.

Quando tomei posse do Pretório na cidade de Jerusalém, organizei uma esplêndida festa para a qual convidei o tetrarca da Galileia Herodes Antipas e seus associados, mas minha honraria foi em vão, porque na hora marcada nenhum convidado dignou-se a comparecer. Este insulto abalou a minha dignidade e foi considerado um desrespeito ao governo que represento. Enfim, quando Herodes resolveu me honrar, notei que  sua conduta era simulada nos agrados, fingindo que a religião o impedira de confraternizar com os romanos, mas seu semblante traiu sua hipocrisia.

Herodes-Antipas

Considerei estratégico aceitar sua falsidade pois me convencera de que o conquistado era inimigo do conquistador. Devo alertar aos romanos sobre as autoridades judaicas, porque trairiam a própria raça para manter o status e a presunção. Jerusalém será difícil de governar, pois tão turbulenta é a população que temo uma insurreição espontânea. Não tenho tropas suficientes, apenas uma centúria ao meu comando. Solicitei reforço ao governador da Síria, Públio Quirino, mas fui informado que não consegue manter sua própria província. 

Entre os vários rumores, um em particular atraiu a minha atenção. Foi relatado que um galileu divulgava uma nova lei do Deus que o tinha enviado. No princípio temi que seu desígnio fosse a incitação das massas, mas os temores se dissiparam, pois ele falava mais como um amigo do que um insurgente. Certo dia, passando pelo poço de Siloé, observei no meio da multidão um jovem que proferia sábias palavras. Foi-me dito que era Jesus, o Nazareno, e notável era a diferença física entre ele e a multidão que o cercava.

Jesus-Cristo

Jesus parecia ter uns trinta anos, e seus cabelos dourados e a barba no estilo dos nazarenos davam-lhe um aspecto celestial. Nunca havia visto um semblante mais sereno, e que contraste entre seu povo, com sua barba escura e pele castanha. Continuei o passeio por Siloé mas pedi a meu secretário Manlius que juntasse ao grupo para ouvi-lo. Manlius conhecia a região da Palestina e era familiarizado com a língua semítica, o aramaico. Mais tarde ele relatou que os ensinamentos de Jesus carregavam uma nova e surpreendente filosofia nunca explorada pelos grandes filósofos. 

Foi por causa desta sabedoria que concedi-lhe a liberdade irrestrita de agir e dirigir-se ao povo, pois estaria ao meu alcance prendê-lo ou exilá-lo para Pontus. O Nazareno não era sedicioso nem rebelde e assim estendi-lhe a minha proteção. Em outra ocasião, Jesus indignou-se com as esmolas dos ricos e orgulhosos, dizendo-lhes que a migalha dos pobres era mais preciosa aos olhos do seu Deus. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, mas não o pobre, e sim os ricos, os escribas do Templo e os fariseus.

As queixas dos anciãos do Templo contra a pretensa insolência do Nazareno eram constantemente reportadas aos oficiais do Pretório. Fui informado pelo meu secretário que Jesus poderia sofrer algum tipo de retaliação vinda da parte dos anciãos, porque não seria a primeira vez que apedrejariam um dos seus, caso fosse considerado como um profeta pela população. Assim, nobre Tibério, peço que considere o meu apelo para o envio de novas centúrias que, se aprovado no Senado, fornecerá um reforço no contingente da segurança pública em Jerusalém.

Poncio-Pilatos

Enviei um memorando a Jesus solicitando uma entrevista no Pretório, e finalmente ele veio. Você sabe que em minhas veias corre uma mistura de sangue romano e espanhol, pois sou incapaz de sentir medo mas sinto-me emocionalmente fraco. Quando Jesus entrou na Basílica meus pés pareciam presos por uma mão de ferro no pavimento de mármore, e tremi em cada membro como um réu culpado. Ele parou, e por um sinal pareceu dizer-me: Estou aqui! Por algum tempo contemplei este ser extraordinário, o tipo de homem desconhecido dos nossos pintores que deram forma aos deuses e heróis. Não havia nada em seu caráter que fosse rejeitável, mas fiquei impressionado ao aproximar-me dele. Jesus, disse eu, e na hora minha língua falhou. Jesus de Nazaré, repeti com voz firme:

Nos últimos três anos tenho lhe concedido ampla liberdade de expressão sem me arrepender. Suas palavras são as de um sábio, e não sei se você leu Sócrates ou Platão, mas sei que não há nada desabonador nos seus ensinamentos, nada além do que uma inteligência única e a simplicidade majestosa que te elevam muito acima desses filósofos.

O Imperador foi informado dos fatos, e sou seu representante humilde nesta província. Estou contente por ter permitido a liberdade da qual você digno. No entanto, não devo esconder que seus discursos despertaram potentes e inveterados inimigos. E isto não é surpreendente, pois Sócrates teve inimigos e caiu vítima do ódio. Os escribas e anciãos do Templo estão duplamente indignados contra vós, por causa dos seus discursos, que são graves, mas também contra mim por causa da liberdade que lhe proporcionei.

Eles me acusam de estar coligado a você com o objetivo de privar os hebreus do pequeno poder civil que Roma os legou. O meu pedido, não digo a minha vontade, é que no futuro você seja mais prudente e moderado em seus discursos, mais atencioso com eles, para que não desperte o orgulho dos seus inimigos, senão eles sublevarão contra ti a população estúpida e me obrigarão a empregar todos os instrumentos do direito de justiça.

Jesus-Cristo

Então, Jesus respondeu calmamente:

Príncipe da Terra, suas palavras não procedem da verdadeira sabedoria. Diga à torrente que pare no meio do desfiladeiro da montanha pois ela poderá arrancar as árvores do vale, mas ela irá responder-lhe que obedece às leis da natureza e do Criador. E só Deus sabe para onde fluirão as águas da torrente. Em verdade vos digo, que antes que vejamos flores na Planície de Saron, o sangue dos justos será derramado.

Seu sangue não será derramado!, disse eu com profunda emoção. Você é mais precioso por causa da sua sabedoria do que todos os fariseus turbulentos e orgulhosos que abusam da liberdade que lhes foi concedida pelos romanos. Eles conspiram contra César, incitando os ignorantes de que ele é um tirano que procura a sua ruína, desgraçados insolentes! Eles não estão cientes de que o lobo do Tibre (Roma) às vezes veste-se com a pele das ovelhas para realizar seus desígnios. Vou protegê-lo contra eles! Meu Pretório será seu asilo sagrado, dia e noite.

Jesus descuidadamente sacudiu a cabeça e disse com um grave e divino sorriso: Quando os dias terminarem não haverá asilos para o Filho do Homem, nem na Terra e nem debaixo da terra. O asilo dos justos está lá, apontando para os Céus. O que está escrito nos livros dos profetas deve ser realizado. Respondi suavemente: Ó homem novo, você vai obrigar-me a converter meu pedido em uma ordem, pois a segurança da província foi-me confidenciada e assim o exige. Você deve observar a moderação em seus discursos pois sabe as consequências. Agora Jesus, foi uma felicidade poder atendê-lo.

Respondeu Jesus: Príncipe da Terra, não vim para trazer a guerra ao mundo, mas a paz, o amor e a caridade. Eu nasci no mesmo dia em que Augusto trouxe a paz ao mundo romano. As perseguições não procedem de mim e espero que os outros encontrem a paz e o amor ao próximo em obediência à vontade do meu Pai, que me mostrou este caminho. Restrinja, portanto, sua prudência mundana. Não está em seu poder prender a vítima ao pé da tenda da expiação. Assim dizendo, Jesus desapareceu como uma sombra brilhante por trás da cortina da Basílica, para meu grande alívio, pois sentia um pesado fardo sobre mim, do qual não pudera me aliviar durante a sua presença.

Traidores-de-Jesus

Herodes e os inimigos de Jesus já começavam a perpetrar sua sede de vingança contra o Nazareno. Se Herodes pudesse seguir suas próprias convicções, teria condenado Jesus imediatamente à morte mas, orgulhoso da sua dignidade real, hesitou em cometer um ato que poderia diminuir sua influência no Senado de Roma e, principalmente, porque tinha respeito e muito medo do poder sobrenatural de Jesus de Nazaré. Herodes veio ao Pretório e depois de alguma conversa insignificante perguntou qual era a minha opinião sobre o Nazareno.

Disse que Jesus é um daqueles grandes filósofos que as nações por vezes produzem, e que suas doutrinas não eram ofensivas. Confirmei minha intenção de deixá-lo em paz para que a liberdade de expressão fosse justificada pelas suas sóbrias ações. Herodes sorriu maliciosamente, e saudando-me com um respeito irônico, partiu. A grande festa dos judeus estava próxima e sua intenção era aproveitar a exultação popular que se manifestava nas solenidades da Páscoa. A cidade estava em grande agitação e a população tumultuada já clamava pela morte de Jesus.

crowd-condemning-Jesus

Fui informado que o tesouro do Templo foi utilizado para comprar a vontade do povo, para que se voltassem contra Jesus. O perigo era eminente e a situação estava fora de controle, os centuriões já estavam sofrendo insultos. Novamente enviei uma mensagem ao governador da Síria solicitando uma centúria da infantaria e três da cavalaria, mas novamente recusou-se a ajudar. Eu me vi sozinho, cercado por um punhado de soldados veteranos no meio de uma cidade rebelde e, sem efetivos para suprimir o levante, tive que aceitar a situação imposta.

A ralé sediciosa já condenara Jesus e não tinha nada a temer do governo romano. A turba seguia os líderes vociferando em contínua sedição: Crucifiquem Jesus! Crucifica-o! Duas facções poderosas conspiravam contra o Nazareno, os herodianos e os saduceus, cuja conduta sediciosa procedera de duplas motivações: o ódio a Jesus e a imposição do jugo romano. Eles nunca me perdoaram por ter entrado em Jerusalém portando a efigie do imperador. Outra acusação que impregnava o meio era que teria me apropriado dos tesouros do Templo para financiar um aqueduto.

Os fariseus eram inimigos declarados de Jesus, mas para estes o governo não importava. Tímidos e covardes demais para agir por conta própria, abraçaram as reivindicações dos herodianos e saduceus. Além destas três partes revoltosas, tive que combater uma população imprudente e analfabeta, pronta para participar de qualquer sedição e lucrar com a desordem ou confusão reinantes. E tudo começou quando enviei uma guarnição ao Monte da Oliveiras para prender Jesus a pedido do sumo sacerdote Caifás que, antecipadamente, o condenara a morte.

Caiaphas

Mas o covarde Caifás, em um ato de discrepante submissão, exigiu que eu confirmasse a condenação e garantisse a execução. Respondi que Jesus era galileu e o caso estava sob a jurisdição de Herodes, e aconselhei-o a procurá-lo. Mas o astuto, com fingida humildade, confirmou sua deferência ao enviado de César e colocou o destino do homem-justo nas minhas mãos. Logo meu palácio assumiu o aspecto de uma fortaleza sitiada e a cada momento aumentava o número de descontentes. Jerusalém foi envolta por multidões oriundas das montanhas de Nazaré e mais além. Parecia que toda a Judeia estava se deslocando para a cidade!

Minha mulher Cláudia Prócula, nascida na Galileia, atirou-se aos meus pés, chorando e pedindo: Não te envolvas neste caso porque sofri hoje em sonhos. Cuidado, não toque neste homem porque ele é santo. Eu o vi em uma visão onde estava andando sobre as águas e voando nas asas do vento. Ele falou com a tempestade e os peixes lhe eram obedientes. Vi na torrente do Monte Kedron fluxos de sangue, e as estátuas de César sendo preenchidas com argila.  Vi o sol velado em luto como uma vestal no túmulo. Ah! Pilatos, o mal te espera. Se não queres ouvir os votos da tua mulher, teme a maldição do Senado romano e as carrancas de César.

Enquanto isto, a escadaria de pedra do Pretório parecia gemer sob o peso da multidão. Jesus foi trazido à minha presença, mas continuei caminhando para os salões da ala da justiça seguido pela minha guarda pessoal. Indaguei à multidão em um tom grave: O que vocês querem! A morte do Nazareno foi a resposta. Por qual crime, perguntei: Blasfemou, profetizou a ruína do Templo, e proclama ser o Filho de Deus, o Messias, Rei dos Judeus, vociferaram as vozes ensandecidas. Disse eu: A justiça romana não pune tais crimes com morte, mesmo assim urravam os fariseus implacáveis: Crucifica-o! Crucifica-o!. Os vociferações da turba enfurecida 'sacudiam o palácio na bases'.

Jesus-e-Pilatos

Havia apenas uma pessoa que mantinha a calma no meio da multidão, Jesus de Nazaré. Depois de muitas tentativas infrutíferas para protegê-lo da fúria dos perseguidores alucinados, adotei uma medida que, no momento, pareceu-me ser a única que poderia salvar sua vida. Conforme o costume judaico o povo poderia escolher entre dois prisioneiros, quem seria executado ou libertado. Assim, ofereci à morte o criminoso Barrabás para ser o bode expiatório como assim chamavam! Mas a multidão vociferava que Jesus deveria ser crucificado.

Então discursei sobre a inconsistência do curso da condenação e como era incompatível com as leis judaicas, demonstrando que nenhum juiz condenaria um réu que não respeitasse o período de jejum por um dia inteiro, e que a sentença deveria ter a aprovação do Sinédrio, a assembleia judaica de anciãos, com a assinatura do presidente deste tribunal. Demonstrei que nenhum réu poderia ser executado no mesmo dia em que fosse sentenciado, e que no dia da execução o Sinédrio era obrigado a rever todo o processo.

Confirmei que de acordo com a lei judaica uma testemunha precisaria apregoar o nome do réu e qual o seu crime, e apresentar os nomes de três testemunhas da acusação, também se alguém estaria disposto a testemunhar a favor do réu. Além disso, remarquei o direito do prisioneiro que, a caminho da execução, poderia retornar três vezes para pleitear quaisquer novas provas que auxiliassem o seu caso. Informei que todos estes fundamentos estavam escritos na lei judaica, esperando que os escribas pudessem cumpri-los em sujeição, mas o povo ainda uivava: Crucifica-o! Crucifica-o!.

Jesus-Cristo

Então ordenei que Jesus fosse açoitado, esperando que o fato saciaria a sede de sangue da população implacável, numa tentativa de aplacar a ira da turba enraivecida. Mas isso só serviu para aumentar a fúria desmedida. Sem mais expedientes, pedi uma bacia d'água e, simbolicamente, lavei as mãos na presença da multidão clamorosa, atestando meu juízo de que Jesus de Nazaré era inocente e que não merecia ser condenado à crucificação. Foi em vão, pois extinguir a vida de Jesus é que esses miseráveis tinham sede, e não de justiça.

Durante as comoções civis do Império nada poderia ser comparado ao que testemunhei na ocasião, o ódio furioso de uma multidão ensandecida. Parecia, verdadeiramente, que todos os espectros das regiões infernais estavam reunidos em Jerusalém neste momento: A multidão não caminhava, mas aglomerava-se e girava como um vórtice, rolando em ondas vivas a partir dos portais do Pretório até ao Monte Sião, uivando, vociferando, lamuriando, como algo que nunca se viu ou ouviu nas sedições de Pannonia ou nos tumultos do Fórum.

Pouco a pouco o dia escureceu, como no crepúsculo de inverno durante a morte do grande Júlio César, nos idos de março. Eu estava encostado entre as colunatas da Basílica, contemplando exausto a escuridão sombria que envolvia estes demônios do tártaro, que se arrastavam e empurravam para assistir a execução do inocente Nazareno. Tudo ao meu redor ficou deserto. Jerusalém tinha vomitado sua luz pelos portais que levavam à Gehenna, o inferno judeu. Um ar de desolação e tristeza me envolveu.

Jesus-crucifixion-crowd

Minha guarda pessoal tinham aderido à cavalaria. Um centurião, numa última exibição de poder, açoitava a multidão tentando manter a ordem. Fui deixado sozinho, e meu coração alquebrado advertiu que aquele momento pertencia mais à saga dos deuses do que à história da humanidade. Um clamor alto foi ouvido, indescritível, proveniente do Gólgota, como se mil vozes lamentassem um sofrimento. Estes sons espalharam-se como um vento, e prenunciavam uma intensa agonia sobrenatural nunca sentida pelos ouvidos dos mortais.

Nuvens escuras cobriram o pináculo do Templo, e Jerusalém imergiu num espesso véu. Tão terríveis eram os sinais nos Céus e na Terra que Dionísio, o Areopagita, assim exclamou: O Autor da natureza está sofrendo ou o Universo está caindo aos pedaços! Enquanto os prodígios se manifestavam, a multidão ensandecida uivava e contorcia-se em resposta ao seu crime indescritível. Terríveis terremotos sacudiram o baixo Egito, a península do Sinai e toda a Judeia, trazendo terror e medo para os supersticiosos judeus, os verdadeiros assassinos que seriam afligidos por toda a eternidade.

Baltasar, um hebreu idoso de Antioquia e amigo íntimo de Jesus foi encontrado morto pela dor do sofrimento. Perto da primeira hora da noite coloquei um manto e caminhei para dentro da cidade em direção aos portões do Gólgota. O sacrifício já estava consumado. A multidão voltava, ainda agitada, é verdade, mas sombria, taciturna e desesperada. Aos que tinham testemunhado, acometia-os o terror e o remorso. Vi os judeus murmurando palavras estranhas, feitiços, que não entendia. Pessoas relatavam milagres, e outras paravam, imóveis, olhando para trás em direção ao Monte Calvário, na expectativa de presenciar algum novo prodígio.

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Voltei ao Pretório, triste e pensativo. Ao subir as escadas marcadas pelo sangue de Jesus percebi um homem idoso numa postura suplicante, e logo atrás várias pessoas em lágrimas. Ele segurou meus pés e chorou amargamente. É doloroso ver um homem de idade chorar e, com meu coração sobrecarregado pela dor, e embora fossemos estranhos, choramos juntos. Mas as lágrimas foram superficiais naquele dia, pois nos muitos que eu observara dentre a multidão, testemunhei uma repulsa extrema de sentimentos. Aqueles que traíram Jesus não choravam, saíram de mansinho como cães covardes para lavar seus dentes com vinagre.

Eu sabia que Jesus pregara sobre a Ressurreição, e tenho certeza de que alguma coisa profunda manifestara-se entre aqueles que o apoiaram. Voltei-me ao ancião que chorava e, depois controlar meus sentimentos, perguntei: Pai, quem é você e qual o seu pedido? Ele respondeu: Sou José de Arimateia e vim pedir de joelhos a permissão para enterrar Jesus Cristo. Disse eu: Sua oração é concedida. Pedi que Manlius levasse alguns soldados para supervisionar o enterro e cuidar para que não fosse profanado. Mas no domingo o sepulcro foi encontrado vazio!

Jesus-in-sepulchre

Os discípulos de Jesus proclamaram que Jesus Cristo ressuscitara dos mortos como Ele havia predito, e o fato criou mais comoção do que a Crucificação. Quanto à sua veracidade não posso afirmar com certeza, mas depois de uma investigação sobre o ocorrido, repasso a vós, meu nobre soberano, todos os fatos para que possas examinar e dizer se estou em falta, como o covarde do Herodes afirmou. Digo com certeza que José e os seguidores de Jesus ajudaram a encerrar o Nazareno na Sua mortalha, e que meus soldados testemunharam o ato do fechamento do túmulo.

Agora, se os discípulos que contemplavam Sua ressurreição calcularam outra coisa não posso confirmar. No dia seguinte, isto é, no sábado, um escriba adentrou bruscamente no Pretório exigindo minha presença, afirmando que os anciãos do Templo estavam apreensivos porque os discípulos tinham a intenção de roubar o corpo de Jesus e escondê-lo, para depois parecer que Ele havia ressuscitado dos mortos, um fato que seus discípulos estavam completamente convencidos. Ignorei as acusações do ancião conspirador e expulsei-o do Pretório, pois estava cansado dos problemas por eles criados.

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Anteriormente a este episódio, já havia ordenado que meu capitão Malcus enviasse uma guarnição para montar guarda ao redor do sepulcro de Jesus, antecipando que os escribas e anciãos poderiam culpar os romanos por qualquer acontecimento diferente. Quando a notícia sobre o sepulcro vazio surgiu senti uma comoção mais profunda do que nunca. Malcus relatou que tinha situado seu oficial Ben Isham e seus soldados em torno do sepulcro. Ele me reportou que Isham e sua guarnição estavam muito alarmados com o fato ocorrido. Ordenei que Isham reportasse pessoalmente as circunstâncias do ocorrido, e eis sua declaração:

Por volta do início da quarta vigília vimos uma luz suave e bonita sobre o sepulcro. Num primeiro momento, pensamos que as mulheres tinham entrado para embalsamar o corpo de Jesus, como era costume, mas não podiamos entender como elas não foram vistas pela guarda. Enquanto avivava estes pensamentos com meus companheiros todo o local iluminou-se para cima, e parecia que multidões de pessoas em suas mortalhas pairavam além do ar. Tudo estava girando e sentimo-nos em pleno êxtase, até ouvimos uma música maviosa e o ar parecia estar cheio de vozes.

Ben Isham reportou que neste momento os soldados quedaram-se de fraqueza, não conseguindo ficar em pé. Ele disse que a terra parecia flutuar debaixo dele e que seus sentidos o deixaram, de forma que não sabia onde estava. Então perguntei-lhe em que condição ele voltou a si. Ele relatou-me que estava deitado com o rosto para baixo. Perguntei-lhe se não poderia estar enganado quanto à luz que irradiou e se não era o dia despontando no oriente. Ele disse que no início assim pensou, mas que estava extremamente escuro e muito cedo para o amanhecer. Perguntei-lhe se as tonturas não poderiam ser o efeito do despertar e levantar de repente. Ele disse que a guarnição não tinha dormido durante a noite porque a punição por dormir em serviço era o exílio.

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Ele assegurou que só os soldados da guarda periférica dormiram, um de cada vez, mas que nenhum estava dormindo naquele momento. Perguntei-lhe quanto tempo a cena durou, e respondeu que não sabia, mas intuiu que durara uma hora. Relatou que no ápice do acontecimento tudo estava escondido sob uma luz mais clara do que o dia. Perguntei-lhe se ele foi ver o sepulcro depois de ter voltado a si. Ben Isham disse que não, porque estava com medo, e que tão logo o alívio veio todos voltaram para suas tendas. Perguntei-lhe se os sacerdotes hebreus os questionaram, e relatou-me que os tinham arguido. Afirmou que os sacerdotes queriam que ele mentisse sobre um terremoto, que teria sido a causa dos efeitos que sentiram. Relatou que os escribas ofereceram moedas de ouro para que dissesse que os discípulos roubaram o corpo de Jesus.

Finalmente acrescentou que não viu os discípulos naquele dia e que só soube que o corpo do Nazareno tinha desaparecido até os anciãos hebreus o indagaram. Perguntei-lhe qual era sua opinião particular sobre os sacerdotes que tentaram suborná-lo. Ben Isham disse que eles achavam que Jesus não era um homem real, não era um ser humano, e que não era filho de Maria, aquele que foi dito ter nascido da virgem em Belém. Disseram que Ele estava na Terra desde os tempos imemoriais, junto com Abraão e Ló, em muitas épocas e lugares distantes.

Assim, meu nobre soberano, parece-me que a teoria é verdadeira e que as conclusões estão corretas, pois estão de acordo com a vida do Nazareno. Foi testemunhado por amigos e inimigos que os elementos em suas mãos eram como o barro nas mãos de um oleiro. Ele podia converter água em vinho, transformar a morte em vida e a doença em saúde. Ele podia acalmar os mares e as tempestades. Agora eu digo, se Ele fez todas estas coisas e muito mais, como é possível que os judeus que a tudo testemunharam puderam voltar-se contra Ele?

Digo que Jesus não foi acusado de infrações ou de violar qualquer lei. Desde que os fatos são conhecidos por milhares de pessoas, amigos e inimigos, posso repetir as palavras proferidas por Manlius diante da Cruz: Verdadeiramente, Este era o Filho de Deus. Agora, César, nobre soberano, isso é o mais perto dos acontecimentos que posso chegar, e tive o cuidado de construir um depoimento muito completo, de modo que você possa julgar minha conduta diante das dificuldades desta matéria e dos episódios únicos ocorridos nesta fração do Império. Com a promessa de fidelidade e bons desejos para o meu nobre Tiberius Caesar Augustus, despeço-me como seu servo mais obediente. Pontius Pilatus.

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU