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14 março 2013

A PROFECIA DE SÃO MALAQUIAS, O PAPA FRANCISCO e PETRUS ROMANUS - SAINT MALACHY'S PROPHECY, POPE FRANCIS, PETRUS ROMANUS

St.-Malachy


Na transcrição apócrifa da profecia de São Malaquias encontramos indícios suficientes para alçar o Papa Francisco como o melhor candidato ao cargo de último Papa da Igreja Católica — o 112º na hierarquia profética de Malaquias:

Na perseguição final à Igreja Romana, lá reinará Petrus Romanus, The Dark Pope, o Papa Negro, que alimentará seu rebanho em meio a muitas tribulações. Logo a cidade das sete colinas será destruída e virá o julgamento final. O último Papa desunirá os Cristãos e abalará o Vaticano, causando confusão e conflitos sociais. O 112º Papa será eleito após a renúncia do seu predecessor.

Pedro Romano será apenas outra ferramenta para o anticristo chegar às vias de fato na destruição final da Igreja. Este Papa terá a compleição castanha e trará um ar de mistério em torno de si. A
presentará um defeito físico, um defeito congênito oculto. No passado sua mente foi torturada por carregar esta deformidade e pela crueldade das pessoas para com os fisicamente diferentes.

Ele entrou para a Igreja Católica ainda jovem, devido ao desespero e amargura de saber que nunca conseguiria ser amado por uma mulher. Seus pais, sabidamente estiveram envolvidos com o movimento fascista europeu, e seus colegas de escola o aborreciam com apelidos e zombarias cruéis a respeito deste fato.



São-Malaquias-profecia

Petrus Romanus, de acordo com a profecia de São Malaquias, denominaria o 112º Papa. Assim, por uma escolha fortuita ou premeditada, o Cardeal Bergoglio acolheu o agnome de Francisco, talvez reverenciando São Francisco de Assis. Curiosamente, o nome de batismo de São Francisco é Francesco di Pietro di Bernardone, e a correspondência com a profecia fez-se presente.


Segundo Malaquias, este novo Papa provavelmente será de compleição castanha. São Francisco foi um frade italiano que, depois de uma juventude irrequieta, voltou-se para a vida religiosa de completa pobreza e fundou a ordem mendicante dos Frades Menores, os Franciscanos — que trajavam paramentos na cor castanha.


Seguindo esta linha de raciocínio, observamos que a profecia de São Malaquias refere-se ao último Papa como Petrus Romanus — Caput nigrum, The Dark Pope (Papa Escuro). A alcunha "Papa Escuro", ou Negro, pode referir-se ao superior-geral da Ordem dos Jesuítas que deve manter-se no cargo por toda a vida, tal como um Papa — o
  superior-geral recebe a alcunha de Papa Negro pela cor das suas vestes, enquanto que o Bispo de Roma veste-se de branco.

E o Papa Francisco, também um jesuíta, não seria o "capo di tutti capi" da sua Ordem? Estaria Malaquias fazendo tal associação?

Haverá um ar de mistério em torno da sua pessoa e apresentará um defeito físico, afirma a profecia de São Malaquias.

Segundo noticiou ontem a Agência Estado de Buenos Aires, o Papa seria low profile — calado, sóbrio e frugal —, os adjetivos usados por seus fiéis colaboradores. Mas seus desafetos preferem defini-lo como calculista, frio, traiçoeiro e autoritário. P
ara a maioria dos argentinos o cardeal Jorge Mario Bergoglio é simplesmente um mistério.

Na sua adolescência nunca pode aspirar à carreira futebolística, além da praça do bairro onde residia. Quando adolescente seu físico era franzino, e sofreu uma grave operação para a retirada de um pulmão. Seria este o defeito físico da profecia de São Malaquias?


São-Malaquias-profecia

O jornal argentino discorre sobre o Papa: "Após se formar como técnico químico e encerrar o namoro com uma vizinha, Bergoglio entrou para a Companhia de Jesus, ordem caracterizada pela obediência e disciplina ascética, que os historiadores preferem definir como militar. Foi ordenado sacerdote aos 33 anos, e três anos depois era o comandante dos jesuítas na Argentina. Nos anos que se seguiram, as décadas de 70 e 80, paira uma dúvida sobre a vida de Bergoglio".


O jornalista Horacio Verbitsky sustenta que ele colaborou ativamente com a última ditadura (1976-83), delatando jovens sacerdotes — posteriormente sequestrados pelos militares argentinos.


São Malaquias afirma em sua profecia: Ele entrou para a Igreja ainda jovem, devido à amargura de saber que nunca seria amado por uma mulher. Seus pais estiveram envolvidos com o movimento fascista e seus colegas de escola o aborreciam com apelidos e zombarias cruéis.

Após a eleição do Papa, veio a público a Sra. Amália Damonte, 76 anos, que contou ter crescido no bairro de Flores, Buenos Aires, assim como Bergoglio. Dona Amália relata: "Foi em 1948 ou 1949, quando o futuro Papa escreveu-me uma carta declarando que gostaria de casar comigo. Tínhamos entre 12 ou 13 anos de idade, não mais do que isso. Ele era maravilhoso, uma boa pessoa. Disse que nos casaríamos e que compraria uma casa branca para mim, e poderíamos viver juntos. Também afirmou que se eu não dissesse sim ele se tornaria um padre. Felizmente para ele eu disse não, pois tornou-se um Papa".


As coincidências são impressionantes quando as compararmos com a profecia de São Malaquias: Ele entrou para a Igreja ainda jovem, devido ao desespero e amargura de saber que nunca conseguiria ser amado por uma mulher.


Quando a Itália era aliada da Alemanha na Segunda Guerra o fascismo dominava o norte da Itália, e a "República Social Italiana" era um estado fantoche da Alemanha nazista. Em 1943, Mussolini e seus fiéis fascistas ainda lutavam contra os aliados na Itália mesmo depois da rendição desta nação.


Jorge Mario Bergoglio nasceu em Buenos Aires, um dos cinco filhos de imigrantes italianos de origem piemontesa de Portacomaro Stazione, região ao norte da Itália, que apoiavam febrilmente o movimento fascista na Segunda Guerra Mundial.



Christ_on_the_Cross

Os fatos relatados acima são verídicos e foram baseados nas profecias de São Malaquias, na vida pessoal do Cardeal Bergoglio e nos arquivosos da imprensa, assim como nos depoimentos de argentinos envolvidos na trajetória do futuro Papa.


A exposição da convergência dos acontecimentos aqui relatados não se presta a desfazer o grande trabalho pastoral do Cardeal Bergoglio nem denegrir a sua penosa vida em prol dos necessitados e carentes da palavra de Deus — mas devemos manter uma certa perspectiva sobre os acontecimentos futuros.


Nosso Senhor Jesus Cristo afirmou que a vinda do Seu Reino não será com aparência exterior, e esta é a única Verdade para a qual realmente devemos atentar e respeitar, pois o resto são alegorias e fanfarronices implementadas pelos seres humanos.

E dir-vos-ão, Ei-lo aqui ou Ei-lo ali! Não vades, nem os sigais. Aprendei, pois, da figueira a sua parábola. Quando já o seu ramo se torna tenro e brota folhas, sabeis que está próximo o verão. Igualmente, quando virdes todas essas coisas, sabei que Ele está próximo, mesmo às portas. 


Em verdade vos digo, que não passará esta geração sem que todas essas coisas se cumpram. Passará o Céu e a Terra, mas as minhas palavras jamais passarão. Daquele dia e hora, porém, ninguém sabe, nem os anjos do Céu, nem o Filho, senão só o Pai. Pois como foi dito nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem, afirmou Jesus.


28 fevereiro 2013

ENSINAMENTOS DO PASSADO - TEACHINGS FROM THE PAST - 5ª PARTE


Pope-Leo-X

Em 1517, o Papa Leão X autorizou o dominicano chamado Johann Tetzel a angariar fundos na Alemanha através da venda das indulgências e doações em dinheiro, para terminar a construção da Basílica de São Pedro, em Roma.

O padre João Tetzel era um orador entusiástico e fazia muitas afirmações fantásticas a respeito do poder das indulgências. Ele jogava com as preocupações dos fiéis pela alma de seus parentes mortos, dizendo: "Tão cedo como a moeda ressoa no cofre, a alma do seu amado pula do purgatório".

Certa vez, um jovem de uma aldeia perguntou a Tetzel se comprar a indulgência lhe asseguraria o perdão por qualquer pecado: "Claro que sim!" respondeu Tetzel. Continuou o jovem: "Mesmo que o pecado seja só uma ideia ainda não cometida? Respondendo ao jovem, Tetzel afirma: "Não importa, pois não há nenhum pecado demasiado grande!" Com isso, o jovem entusiasmado comprou a indulgência.

Depois de Tetzel terminar seu negócio lucrativo naquele povoado, empreendeu sua viagem ao próximo vilarejo. Mas, no meio do caminho, topou-se com uma dupla de ladrões que lhe tiraram tudo o quanto tinha, inclusive o dinheiro que tinha ganho vendendo indulgências.

O ladrão sorridente da dupla era o mesmo jovem que tinha comprado a indulgência naquela tarde, quando já estava contemplando o pecado que iria cometer, o roubo.

Martin-Luther

As afirmações de Tetzel também não passaram sem serem desafiadas. O monge Martinho Lutero, ardendo com indignação, confrontou-se com Tetzel e desmentiu suas afirmações ridículas.

Quando a Igreja nada fez para calar Tetzel, Lutero fincou 95 proposições contra as indulgências na porta da Igreja em Wittenburg, Alemanha. Nelas propôs um debate público sobre o tema das indulgências.

O fogo que começou a arder em Wittenburg talvez tivesse se extinguido ali, exceto por uma invenção nova daquele tempo, a tipografia. Sem que Lutero soubesse, suas 95 proposições foram impressas e distribuídas por quase toda a Europa.

Então estourou um forte choque entre Tetzel e Lutero. Para apoiar sua posição contra Tetzel, Lutero passou ao outro extremo, e ao fazer isso não teve que inventar nenhuma teologia nova. Sendo monge agostiniano, não fez mais do que ressuscitar "a velha ladainha" da teologia esquecida de Agostinho.

Seguindo a teologia de Agostinho, Lutero propôs que a salvação depende exclusivamente da predestinação, que os homens não podem fazer nada bom e nem acreditar em Deus.

Sustentou que Deus concede o dom da fé e das boas obras a quem Ele queira, isto é, aos predestinados, e segundo a Sua vontade desde antes da criação do mundo. Os demais, Ele os elege arbitrariamente para a condenação eterna. Ademais, Lutero afirmou que ninguém poderia ser salvo se não acreditasse na doutrina da predestinação absoluta.

Ensinamento-Cristao

Lutero tomou emprestado algumas doutrinas a mais dos ensinamentos de Agostinho, inclusive a doutrina da guerra santa. Quando o povo pobre da Alemanha se sublevou contra o tratamento desumano da nobreza, Lutero exortou os nobres que suprimissem a rebelião "com força viva", incitando-os com as seguintes palavras:

"Esta não é hora de estar dormindo, agora não há lugar para a paciência nem para a misericórdia. Esta é a hora da espada, não da graça. Qualquer camponês que morra, se perderá de corpo e alma, será do diabo pela eternidade. Mas as autoridades têm a consciência limpa e uma causa justa".

"'Podemos dizer a Deus com plena confiança que fomos nomeados príncipes e senhores, disso não tenho a menor dúvida, e recebemos a espada para castigar aos malfeitores. Portanto, os castigaremos e mataremos até que deixe de bater o coração. Deus será o juiz".

"Por isso digo, quem morrer na batalha como aliado da autoridade poderá ser um mártir verdadeiro aos olhos de Deus. Hora rara esta, quando o príncipe pode ganhar um lugar no céu com o derramamento de sangue, melhor do que poderia outro com a oração! Apunhalai a todos, matem-nos! Se morreres na batalha, bom para ti! Uma morte mais bendita não há".

Christian-teaching

Sem vacilar, os nobres seguiram estas palavras de Lutero, massacrando os camponeses selvagemente, e na breve guerra que se seguiu cometeram atrocidades indizíveis. Os camponeses que não morreram no combate foram torturados horrivelmente e depois executados.

Durante os 1.100 anos entre Agostinho e Lutero, o Cristianismo do Ocidente tinha passado de um lado ao outro, de um extremo ao outro, mas voltou ao mesmo lugar onde Agostinho o tinha deixado. A Reforma não foi uma volta ao espírito dos primeiros Cristãos, nem aos seus ensinamentos. Lutero também se afastou do real Cristianismo dos primeiros Cristãos.

Os Cristãos dos primeiros séculos produziram uma revolução espiritual no mundo porque não temeram desafiar as atitudes, a vida e os valores do mundo antigo. Seu Cristianismo era bem mais do que um credo, um conjunto de doutrinas. Era uma maneira diferente e nova de viver. Mas ainda hoje os Cristãos não se convenceram com as lições da História.

A Igreja atual não converteu o mundo, e sim o mundo converteu a Igreja! E ainda acreditamos poder melhorar o Cristianismo por meio dos métodos humanos. Mas no sentido verdadeiro, o Cristianismo não melhorará até que volte à santidade prática, ao amor não fingido e à abnegação verdadeira dos primeiros Cristãos.



                                         THE END




ENSINAMENTOS DO PASSADO - TEACHINGS FROM THE PAST - 4ª PARTE


Christian-teaching

Por volta do ano 400 d.C. a Igreja havia-se convertido num grupo de pessoas que se reuniam a cada domingo e podiam citar de cor certos credos e fórmulas doutrinais. A grande maioria das pessoas não exercia o contato "pessoal" com Deus e a Igreja sofria de intensa "anemia espiritual".

Opondo-se a esta negligência espiritual, Pelágio, um monge da Bretanha, começou a pregar vigorosas mensagens do arrependimento e da santidade. Mas, para destacar a responsabilidade de cada pessoa perante a Deus, também pregou que os homens poderiam teoricamente viver toda a vida sem pecado. Desta maneira poderíamos salvar a nós mesmos, sem a necessidade de depender da graça de Deus.

Este ensinamento não estava tão afastado do que ensinavam os primeiros Cristãos, pois eles também acreditavam que cada pessoa é responsável por seus próprios pecados e que somos capazes de obedecer a Deus. No entanto, ao mesmo tempo, reconheciam que todos temos que depender tanto da Graça salvadora de Deus como também da Sua Graça fortalecedora. Sem a Graça de Deus, não podemos ser salvos do pecado.


Ensinamento-Cristao

Respondendo aos ensinamentos de Pelágio, Agostinho, com sua própria e "famosa" abordagem teológica foi ao outro extremo e desenvolveu as seguintes doutrinas:

"Como resultado do pecado de Adão, os homens são totalmente depravados e totalmente incapazes de fazer o bem, de salvar-se ou de acreditar em Deus. A decisão de Deus de salvar uma pessoa e condenar a outra, de dar fé a uma pessoa e não a dar a outra é totalmente arbitrária. Isto é, depende só de Deus e não de nós".

"Antes da criação do mundo, Deus arbitrariamente predestinou quem seria salvo e quem seria condenado, e aqueles que são predestinados para a condenação não podem ser salvos jamais. Não obstante, nem todos os que recebem o dom da fé são predestinados para a salvação, pois o dom de perseverar é um dom independente da fé. A salvação depende exclusivamente da graça de Deus. A fé, a obediência e a perseverança são dons de Deus".

Pelágio não pode combater os argumentos poderosos de Agostinho e seus ensinamentos errôneos não tiveram repercussão. Mas o mais grave foi que Agostinho, reagindo contra os ensinamentos de Pelágio, negou completamente os ensinamentos dos primeiros Cristãos quanto ao livre arbítrio do homem e a sua responsabilidade de responder à graça de Deus para receber a Salvação. Em seu lugar, surgiu a doutrina fria e inflexível da predestinação arbitrária.

Ensinamento-Cristao

A controvérsia entre Pelágio e Agostinho, agora com outros atores, voltou a acontecer no século XVI, na Europa. E outra vez o tema central era a salvação. Através dos séculos, a Igreja Católica Romana havia-se apartado pouco a pouco da posição de Agostinho sobre a predestinação estrita, e ensinava que as boas obras tinham a ver com a salvação.

Assim, a doutrina da Igreja se parecia à dos primeiros Cristãos. Mas para os primeiros Cristãos, as boas obras não eram nada mais do que a obediência aos mandamentos de Deus.

Porém, os Católicos da Idade Média estenderam o significado deste termo até incluir práticas cerimoniais, como fazer peregrinações, adorar relíquias e comprar indulgências. A Reforma ou protestantismo, se iniciou como resposta ao abuso destas práticas. Na teologia Católica a indulgência é o perdão dos pecados, que concede liberdade das penas incorridas por eles.

Acreditava-se que o Papa tinha o poder de conceder indulgências tanto às pessoas vivas como também aos falecidos que estavam no purgatório, com a condição de que, quem as recebesse ou as pedisse, estivesse arrependido e desse esmolas à Igreja ou a alguma obra de caridade.


ENSINAMENTOS DO PASSADO - 5ª PARTE




27 fevereiro 2013

ENSINAMENTOS DO PASSADO - TEACHINGS FROM THE PAST - 3ª PARTE

Christian-teaching

Os primeiros Cristãos não tentaram viver suas vidas piedosas sem a ajuda de Deus, pois sabiam que não tinham o poder necessário. Os Cristãos através dos séculos sempre souberam que precisavam do poder de Deus para obedecer aos Seus mandamentos.

Os que servem a Deus não excluem de propósito a Sua ajuda na vida. No entanto, o que sucede com frequência é que a princípio andamos perto de Deus, dependendo do Seu poder, mas com o tempo começamos a nos afastar Dele.

Geralmente este processo começa no interior, na alma, mas aparentemente continuamos agindo da mesma forma. Mas o que acontece é que nossas orações se tornam formais, lemos as Escrituras com a mente focada em outras coisas e no fim achamos que estamos dependendo só de Deus e não precisamos "perder tempo".

Esta doutrina tem a sua origem em Martinho Lutero, que ensinou que somos completamente incapazes de fazer algo de bom e que tanto o desejo como o poder de obedecer a Deus, vêm só de Deus. Estas eram doutrinas fundamentais da Reforma na Alemanha, mas que não produziram uma nação de Cristãos alemães, obedientes e piedosos.

Na verdade, produziram todo o contrário. A Alemanha de Lutero chegou a ser uma sentina de grosseria, imoralidade e violência. O esperar passivo para que Deus fizesse algo pelo homem não produziu nem uma Igreja piedosa nem uma nação piedosa.

Ensinamento-Cristao

Os primeiros Cristãos ensinaram de outra forma. Nunca ensinaram que o homem é incapaz de fazer o bem ou de vencer o pecado em sua vida, nem que alguém possa vencer todas as suas debilidades e seguir obedecendo a Deus dia após dia só com seu próprio juízo.

Estes Cristãos sabiam que lhes faltava o poder de Deus, mas eles não esperavam calmamente enquanto Deus, pretensamente, faria toda a obra por eles. Eles acreditavam que o nosso "estar com Deus" é obra de ambas as partes.

O Cristão tem que estar disposto a sacrificar-se pondo toda a sua força e alma à obra, mas também precisa depender de Deus. Orígenes explicou assim.: "Deus se revela àqueles que, depois de dar tudo o que possam, confessam a necessidade da Sua ajuda".

Os Cristãos dos primeiros séculos acreditavam na procura premente da ajuda de Deus e que não só tinham que pedir uma vez, mas tinham que persistir em pedir-Lhe.

Clemente ensinou aos seus alunos: "Um homem que trabalha só para libertar-se de seus desejos pecaminosos nada consegue. Mas se ele manifesta seu afã e seu desejo ardente nisso, atinge-o pelo poder de Deus, que colabora com os que almejam Sua ajuda".

Aos que perdem seu anseio, o Espírito de Deus também se restringe. O ato de salvar aos que não têm vontade é um ato de obrigação, mas aos que têm vontade é um ato de Graça.

Assim vemos que a justiça Divina resulta da obra mútua, a do homem e a de Deus. Há poder sem limite por parte de Deus, e a busca da Graça está em como utilizar esse poder. O anseio fervente tem que nascer do Cristão! Comentou Orígenes: "Não somos objetos de madeira que Deus move a seu capricho". Somos humanos, capazes de almejar a Deus e de responder-Lhe.

Ensinamento-Cristao

A mortificação dos nossos desejos carnais não será fácil se não estivermos dispostos a sofrer no coração, lutando contra os nossos pecados. Deus não vai brindar-nos com o poder de vencê-los!

Como disse Jesus.: "Se faço, mas não me credes, creia nas minhas obras". Antes de tentarmos avaliar o ensinamento dos primeiros Cristãos, temos que propor uma boa explicação para seus poderes. Não podemos negar o fato de que tinham um poder extraordinário!

Mesmo os romanos pagãos tiveram que admitir isso, e desta forma Lactâncio, o Cristão, também relatou: "Quando a gente vê os homens lacerados por várias classes de torturas mas sem parecerem indomados, ainda que seus verdugos se fatiguem, devemos acreditar que o acordo entre estas pessoas e sua Fé invencível tem verdadeiro significado. Vemos que a perseverança humana por si só não poderia resistir a tais torturas sem a ajuda de Deus".

"Homens de corpo robusto não poderiam resistir a torturas como estas. Mas entre nós, os moços e as mulheres delicadas, para não dizer nada dos homens, vencem seus verdugos com o silêncio. Nem sequer o fogo os faz gemer o mínimo. Estas pessoas, os jovens e o sexo débil, suportam as mutilações do corpo e até o fogo, ainda que para eles exista uma escapatória. Facilmente poderiam evitar estes castigos, se assim o desejassem, ao negarem a Cristo. Mas o suportam de boa vontade porque confiam em Deus".

A Igreja e seus fiéis de hoje podem aprender várias lições valiosas dos primeiros Cristãos. Três fatores os punham em condições para viver como cidadãos de outro Reino, como um povo de outra cultura. A Igreja primitiva os apoiava até o fim, a mensagem da Cruz de Jesus era seguida à risca, como também a crença de que o homem tinha que colaborar com Deus para poder atingir a excelência Cristã nesta vida.



ENSINAMENTOS DO PASSADO - 4ª PARTE



20 fevereiro 2013

AS PROFECIAS DO FIM DOS TEMPOS - THE PROPHECIES OF THE END TIMES


profecia

Santa Hildegard  (século XIII)

É chegado o tempo quando os povos rejeitarão a autoridade Papal. Algumas nações irão preferir seus próprios governantes na Igreja em vez do Papa.  Antes que o cometa chegue, muitas nações serão açoitadas por carência e  fome. Um grande país habitado por pessoas de diferentes raças será devastado por terremotos, tempestades e grandes ondas. A terra firme será fendida e em grande parte submersa.

Essa nação sofrerá também muitas desgraças e perderá sua soberania. Durante a passagem do grande cometa, várias nações serão devastadas por terremotos, tempestades e grandes ondas de água, trazendo fome e pragas. Os oceanos inundarão muitos países e todas as cidades costeiras viverão com medo. Cidades serão destruídas pelas ondas e a maior parte da humanidade perecerá.

Mesmo quem escapar nesta hora  morrerá depois de uma doença horrível. Em nenhuma dessas cidades atingidas pelas forças da natureza a população vivia de acordo com as leis de Deus. Um poderoso vento subirá ao norte carregando uma névoa pesada e um pó mais denso que vai encher olhos e gargantas das pessoas, as quais serão  golpeadas sem cessar.

profecia

Johannes Friede  (século XIII)

No século XX haverá guerras e fúria desmedida entre os povos, e isto durará muito tempo. Nações inteiras serão abandonadas e cidades esvaziadas de seus habitantes. Em muitos lugares a terra será deixada para trás e  acontecerão grandes matanças entre povos. A mão direita do mundo temerá a esquerda e o Norte prevalecerá sobre o Sul. Quando chegar o grande momento em que a humanidade tiver de enfrentar seu último julgamento, este será anunciado por marcantes alterações na natureza.

A mudança brusca entre frio e calor se tornará mais intensa e as tempestades terão efeitos catastróficos. Os terremotos destruirão grandes regiões e os mares invadirão as cidades baixas, mas nem tudo isso será resultado de causas naturais. A humanidade irá penetrar nas entranhas da Terra e chegará às nuvens lutando pela própria existência. Antes que os poderes de destruição tenham êxito na sua finalização, o universo será lançado em desordem e a idade moderna mergulhará nas trevas.

Quando as noites se encherem com intenso frio e os dias com menos calor uma nova vida começará na natureza. O calor irradiado pela luz do Sol estará minguando, e a humanidade se tornará consciente de que a luz solar está visivelmente mais fraca. Quando até mesmo a luz artificial deixar de prestar serviço, o grande evento nos céus estará perto.

prophecy

St. Vincent Ferrer (século XIV)

Um grande monarca e um Papa vão preceder o anticristo. As nações em guerra há quatro anos já terão se destruído. O Papa vai voar por cima do mar levando o sinal da redenção em sua testa. O grande monarca virá para restaurar a paz e o Papa  compartilhará a vitória. O Papa mudará a sua residência e a Igreja não será defendida por 25 meses ou mais. Durante todo esse tempo não haverá nenhum Papa em Roma.

Depois de muitas tribulações, será eleito um Papa dentre aqueles que sobreviveram às perseguições. Nos dias de paz que virão após a desolação das revoluções e guerras, antes do fim do mundo, os Cristãos se tornarão tão relaxados em sua religião que se recusarão a receber o sacramento da Crisma, dizendo: "É um sacramento desnecessário."

No final dos tempos, tiranos e povos hostis roubarão a Igreja e o Clero de todas as suas posses e isso irá afligi-los. Nesta época, o Papa e seus cardeais fugirão de Roma em circunstâncias trágicas, para um lugar onde sejam desconhecidos. O Papa terá uma morte cruel no seu exílio. Os sofrimentos da Igreja serão muito maiores do que em qualquer momento anterior da sua história.

profecia

Maria Laach (século XVI)

O século XX trará morte e destruição, a apostasia da Igreja, a discórdia nas famílias, nas cidades e governos. Será o século das três grandes guerras, com intervalos de algumas décadas. Elas se tornarão cada vez mais devastadoras e sangrentas, colocando em ruínas não só a Alemanha mas finalmente todos os países do Oriente e do Ocidente.

Depois de uma terrível derrota da Alemanha acontecerá a próxima grande guerra. Não haverá nenhum pão para as pessoas e nenhuma forragem para os animais. Nuvens venenosas, fabricadas por mãos humanas, invadirão e exterminarão tudo. A mente humana será tomada pela insanidade. O quinto período da Igreja, que começou por volta de 1520, terminará com a chegada do Papa.

O quinto período é de aflição, desolação, humilhação e pobreza para a Igreja. Deus vai purificar seu povo através de guerras cruéis, fome, pragas, epidemias e outras calamidades horríveis. A Igreja enfraquecerá e se envolverá com muitas heresias.

Será um período de deserções, calamidades e extermínios. Os Cristãos que sobreviverem à morte pela espada, doenças e fome, serão apenas alguns na Terra. Durante este período muitos homens abusarão da liberdade de consciência. É de tais homens que o Apóstolo falou: "Estes homens blasfemam para tudo o que não entendem e corrompem tudo o que sabem, como os animais irracionais fazem".

Eles ridicularizarão a simplicidade Cristã, chamando-a de loucura e absurdo, mas terão o maior respeito pelos conhecimentos avançados. Os preceitos da moralidade, os sagrados cânones e dogmas religiosos serão assombrados por perguntas sem sentido e argumentos elaborados.

Será um século cheio de perigos e calamidades. A heresia estará em toda parte e seus seguidores em quase todos os lugares. Hereges e tiranos virão de repente e inesperadamente. Eles entrarão na Itália, no Vaticano, e queimarão Igrejas destruindo tudo.

prophecy

Santa Anna-Maria Taigi  (século XVII)

Santa Anna nasceu em Siena, Itália, em 29 de maio de 1769 e morreu em Roma, no dia 9 de junho de 1837.  Desde os seus 20 anos até o dia de sua morte, aos 63 anos, ela foi acompanhada por uma luz misteriosa pela qual via eventos do passado, presente e futuro. Foi elogiada pelo Papa Benedito XV na sua beatificação, em 20 de maio de 1920. Entrava frequentemente em êxtase, produzindo milagres de cura, predizendo mortes e a vinda de eventos futuros.

Previu as duas primeiras guerras mundiais deste século. Seu corpo permanece incorrupto, em estado de preservação perfeita. Esta é a sua profecia sobre os três dias de escuridão: "Deus enviará duas punições, uma será na forma de guerras e revoluções, devendo se originar na Terra. A outra será enviada do Céu e imergirá a Terra numa intensa escuridão, com duração de três dias e três noites. Nada poderá ser avistado e o ar estará carregado com pestilência. Será impossível usar qualquer iluminação artificial durante esta escuridão, exceto as velas abençoadas.

Quem, por curiosidade, abrir a sua janela para olhar para fora ou deixar a sua casa, vai cair morto no local. Durante esses três dias, as pessoas devem permanecer em suas casas, rezar o Rosário e pedir a misericórdia de Deus. Todos os inimigos da Igreja, sejam conhecidos ou desconhecidos, perecerão sobre toda a Terra durante essa escuridão universal, com exceção de alguns a quem Deus converterá em breve. Os locais estarão infestados por demônios que aparecerão sob todos os tipos de formas horríveis.

Estes construirão uma igreja grande, singular e extravagante, para abraçar a todos os credos numa verdadeira comunhão do profano. Tudo isso resultará em muitas coisas más. No lugar de um altar, só abominação e desolação. Assim será a nova igreja, e Deus será concebido de outra forma. Foi por isso que atearam fogo ao antigo. Os Cristãos serão perseguidos e massacrados. As Igrejas Cristãs serão fechadas, mas apenas por um curto período de tempo. O Santo Padre será obrigado a deixar Roma".



19 fevereiro 2013

APOCALIPSE EM 2020 - APOCALYPSE IN 2020

apocalipse-2020

Na década de 1660, Isaac Newton acreditava que o fim dos dias não era iminente e não havia nenhuma razão para pesquisar o ano em que ele ocorreria. A peste espanhola, 1596 a 1602, a peste italiana, 1629 a 1631, a grande praga de Londres, 1664 a 1665 e o grande incêndio de Londres logo no ano seguinte, em 1666, desencadearam o fervor apocalíptico do fim dos tempos.

Assim, Newton achou que o fim dos tempos já estava próximo. Mas as décadas se seguiram em sua vida e Newton compreendeu que suas convicções tinham sido prematuras. Em 1705, perto dos 60 anos de idade, sua determinação e conhecimento consideráveis voltaram-se para definir a questão da data do fim do mundo. 

De acordo com os cálculos de Isaac Newton o mundo acabaria em 2060, e escreveu sobre ele: "Eu não desejava mencionar ou afirmar quando seria o fim dos tempos, mas desejo acabar com as especulações que frequentemente estão prevendo o fim e com isso colocam as profecias sagradas em descrédito, porque estas previsões humanas sempre falham. Só Deus sabe o dia e a hora do juízo final".


No seu cálculo, Newton chegou ao ano de 2060 de uma maneira muito simples. Ele acreditava que antes da vinda do anticristo seria ressuscitado o último império mundial, similar ao Império Romano, conceito totalmente abraçado por "escatolgistas" até a atualidade.


Ele também acreditava que o início do Império Romano, para fins dos seus cálculos apocalípticos, tivesse ocorrido em 800 D.C. através da coroação de Carlos Magno, pelo Papa Leão III, como governante do Império Romano revivido no Ocidente.


apocalypse-2020

Conforme descrito pelos profetas Daniel e João no Apocalipse, o Império Romano revivido governaria por "7 eras simbólicas", um período de 360 multiplicado por sete, um total de 2.520 anos. Na metade deste "período simbólico", ou seja no 1.260º ano, o anticristo profanaria o futuro templo em Jerusalém.

Seguindo esta metodologia Isaac Newton somou mais 1.260 anos ao Império Romano revivido desde a suposta profanação do templo pelo anticristo. Sua pesquisa o fez perceber que a reconstrução do templo e os juízos do Apocalipse, sugeriam o ano 800 D.C. Desta forma, acrescentando a esta data 1.260 anos, Newton estabeleceu o ano 2060 como o fim dos tempos.

Mas a escolha de Newton de que Carlos Magno reviveu o Império Romano a partir de 800 D.C. e que este perduraria até o retorno de Cristo foi contestada em 1806, quando Napoleão forçou a dissolução do Império.

Entretanto, Isaac Newton estava correto em sua suposição de que haveria 1.260 anos até o retorno de Cristo, a partir do renascimento do Império Romano, porém o ano que ele escolheu estava incorreto.

Há uma data mais acertada, baseada na Fundação de Roma, em conformidade com a metodologia da profecia de Daniel. Os antigos romanos fixaram o nascimento da cidade de Roma e do Império em 760 A.C.

Acredita-se que o patriarca da cidade, Rômulo, marcou os limites dos muros de Roma neste ano. Conhecido como "Ab Urbe Condita" (a partir da Fundação da cidade), o calendário romano começou em 760 A.C. de acordo com a datação de Marcus Terentius Varro, que viveu na época do Império propriamente dito.

apocalipse-2020

Dado que o profeta Daniel divide o "período profético" pela metade, a data da fundação original do Império Romano, atendendo a profecia, deve seguir esse padrão e também pode ser dividido. Portanto, corrigindo a data de Newton e escalonando as eras, o ano 760 A.C. designa a Fundação da Roma "física" enquanto 760 D.C. estabelece o renascimento da Roma "espiritual".

Somando-se mais 1.260 anos, a outra metade do "período profético" citado acima, aos anos 760 D.C. do renascimento espiritual de Roma chega-se ao ano de 2020 quando se iniciarão as tribulações que culminarão no juízo final.

Significado adicional pode ser anexado a esta data ao considerarmos que o ano de 2020 segue o fim do grande ciclo profético de 2012, quando levantaram-se temores apocalípticos nos quatro cantos do mundo.

Além desse tipo de especulação um número incomum de importantes eventos ocorrerão em 2020. Neste ano, a NASA está prevendo o próximo máximo Solar que será o mais forte em 50 anos, e alertou que o período do máximo solar anunciado para 2020 já está se tornando aparente.

Este também será o ano em que os Estados Unidos e as Nações Unidas empossaram um novo presidente e um novo secretário-geral. Da mesma forma a Igreja Católica Romana elegerá um novo Papa.

Assim, podemos especular que os três mais poderosos "tronos" na Terra serão recém-ocupados e um deles será a "sede" de onde o anticristo vai governar, ou receber a sua "energia" e poderes maléficos. "Se consegui ver mais longe, é porque me apoiei em ombros gigantes", citou Isaac Newton.


17 fevereiro 2013

DEVEMOS SER RÍGIDOS E JUSTOS NA DEFESA DA FÉ CRISTÃ - WE MUST BE HARD AND FAIR IN DEFENSE OF CHRISTIAN FAITH

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A Cristandade, cujos membros contam-se na casa de bilhões, encontra-se na época mais conturbada da sua História. A resignação de um Papa, seja por qual motivo, pode levar ao questionamento do dogma da infalibilidade papal, e como agravante podemos citar a máxima que: "Um Papa nunca deve descer da sua cruz".

O Concílio do Vaticano II alterou os princípios do mundo Cristão objetivando o acréscimo de mais fiéis. Acrescentou a norma que é possível alcançar a Salvação em qualquer religião, afagando os protestantes, e transformou o Rito Sagrado da Santa Missa em "algo mais fácil", o que resultou numa permissividade nunca vista na Igreja Católica. Foi quando a apostasia e a heresia começaram a propagar-se na Igreja e na comunidade Cristã.

Agora, na expectativa da eleição do próximo Papa, observamos com pesar que considerações puramente políticas decidirão a nomeação papal. Cardeais pregando a tolerância ao casamento de pessoas do mesmo sexo, o uso de preservativos, o ministério feminino, celibato, etc, já vieram a público expressar suas oportunas opiniões.

O mais bem cotado candidato ao trono desocupado e que se encaixa perfeitamente a todas estas novas orientações é o cardeal de Gana, Peter Turkson, que já está em intensiva campanha eleitoral. Futuramente, se eleito, talvez leve a alcunha de "Peter, the Roman".

Antigamente a escolha do Papa se produzia através da "inspiração divina", mas atualmente tornou-se uma luta por poder e riqueza, denotando um total desrespeito aos ensinamentos de Jesus e demonstrando uma total "complacência herética", como nunca visto em qualquer período da História Cristã.

A tolerância desmedida tornou-se um meio de conquistar novos seguidores. Vamos conhecer a seguir como Jesus e os primeiros Cristãos lidavam com os heréticos, o mal e as contradições da vida Cristã.

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O romantismo difundiu entre os Católicos a ideia de que a caridade era incompatível com a rigidez no combate à heresia. O Evangelho de São Mateus relata o episódio ocorrido entre os fariseus, a caminho do rio Jordão para receber o batismo, e São João Evangelista, quando este os recebe com um impropério: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da cólera de Deus!".

Esse é o primeiro diálogo entre um Santo e os fariseus nos Evangelhos, e ao usar estes termos, São João não pecou por falta de caridade. Os fariseus estavam vindo confessar seus pecados e pedir o batismo a São João, aquele que Nosso Senhor considerou "o maior homem nascido de mulher", e este os recebe com palavras duríssimas ou mesmo ríspidas.

São João Batista era altamente caridoso, mas isso não o impedia de usar palavras rígidas e oportunas no momento certo.

Portanto, a caridade não exclui o uso de palavras duras e mesmo de rispidez quando se deve combater os inimigos de Deus, os hereges, aqueles que, ao invés de orientar com a verdade, trazem a mentira.

São Paulo, o Apóstolo, procurou sempre converter os judeus, os pagãos e pecadores, mas assim tratou e mandou tratar os hereges: "Porque há muitos desobedientes, vãos faladores e sedutores, principalmente entre os da circuncisão, aos quais é necessário fechar a boca. Repreenda-os duramente (Increpa illos dure)".

Nosso modelo de vida, Jesus Cristo, era manso e humilde de coração, mas rígido na defesa da Sua Fé em Deus. Ele expulsou os vendilhões do Templo, derrubou suas mesas e os tratou com palavras rígidas: "E expulsou a todos do Templo, e deitou por terra o dinheiro dos cambistas e derrubou as mesas".

Observamos, que a caridade não exclui nem mesmo o uso da força física. Os encontros e discussões de Jesus com os fariseus devem-nos também servir de modelo. Ele os repreendeu por diversas vezes, dizendo-lhes: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas".

No Evangelho de São João temos o diálogo entre Jesus e os fariseus, aos quais Ele os chama de "serpentes e raça de víboras" e de "sepulcros caiados".

Jesus foi rígido com os fariseus: "Vós sois filhos do demônio e quereis fazer a vontade de vosso pai. Porque os maus se alinham com o diabo, enquanto permanecem firmes no pecado e na má fé, como que na igreja de satanás", como nos revelou o Apocalipse.

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A Igreja Católica jamais poderia agregar doutrinas diversas e contraditórias, nem cometer erros doutrinários. São Tomás de Aquino falou muito sobre o bem e o mal, absolutos e relativos.

Por exemplo: um pai que dá uma palmada no filho ou o coloca de castigo, proibindo-o de fazer algo que gosta, está fazendo um mal relativo ao seu filho pois ninguém gosta de ser castigado, mas assim ele o faz para que seu filho aprenda a ter atitudes corretas e não perca sua Salvação, não perca o bem absoluto que é Deus.

As atitudes que aparentemente são más, isto é, que causam um mal relativo, têm como consequência o bem absoluto. A caridade não consiste somente em palavras agradáveis, porque muitas vezes não há como trazer a Palavra de Deus sem magoar aqueles que não A conhecem.

Muitas vezes o bom remédio é amargo e causa dor, mas pode trazer a saúde. São Paulo escreveu a Tito: "Porque há os que transtornam casas inteiras, ensinando o que não convém, por amor de um vil interesse. Portanto, repreenda-os duramente".

Nosso Senhor Jesus Cristo também não desejou ecumenismo com os fariseus, e sempre condenou de modo franco e aberto todos os seus erros e pecados: "Quando o joio se manifesta entre o povo de Deus, deve ser arrancado".

Paulo instruiu a Igreja dos Coríntios sobre como resolver o problema de imoralidade no meio da congregação. Ele usou palavras fortes para descrever a atitude certa em relação ao irmão que volta e permanece no pecado:

"Já sentenciei que o autor de tal infâmia seja entregue a satanás para a destruição da carne, a fim de que o espírito seja salvo no Dia do Senhor. Lançai fora o velho fermento. Agora, vos escrevo que não vos associeis com alguém que, dizendo-se irmão, for impuro, avarento, idólatra, maldizente, beberrão ou ladrão".

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Paulo escreveu aos Tessalonicenses: "Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente".

Jesus, que deixou o joio e o trigo no mundo, fortemente criticou a Igreja em Tiatira: "Tenho contra ti tolerares que essa mulher, Jezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrificadas aos ídolos".

Paulo resumiu bem a diferença entre a Igreja e o mundo: "Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor".

Na parábola do joio, Jesus ensina que não devemos tolerar pecadores: "Um homem plantou sementes no seu campo, mas o inimigo plantou joio no mesmo campo. Uma vez que o trigo e o joio começaram a crescer juntos, os servos sugeriram que arrancassem o joio. O dono da casa não os deixou tirar o joio. Ele deixou o joio crescer junto com o trigo até a colheita, quando o trigo foi recolhido e o joio foi queimado".

Algumas pessoas ensinam que esta parábola fala sobre a Igreja, mostrando que os pecadores convivem com os fiéis, aguardando o julgamento final de Deus, mas tal interpretação contradiz a palavra do Senhor.

O próprio Jesus explicou a parábola aos apóstolos, dizendo: "O campo é o mundo, e nele os pecadores convivem com os meus seguidores. Não peço que os tires do mundo e sim que os guardes do mal. Eles não são do mundo, como também eu não sou".

Embora os seguidores Dele fossem santificados não podiam sair do mundo, ainda. Jesus Cristo é Deus e homem verdadeiro, e Nele não há erro nem falta de amor.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU



14 fevereiro 2013

NÃO DEVEMOS DESCER DA NOSSA CRUZ - WE MUST NOT GET DOWN FROM OUR CROSS


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Jesus disse àqueles que queriam ser Seus discípulos: "Se alguém deseja me seguir, é necessário que ele se negue e carregue sua cruz".

Jesus não foi o Messias do triunfo e poder. Como um verdadeiro Servo de Deus, Ele cumpriu Sua missão com solidariedade e na humilhação da morte. Ele  não se encaixava nos moldes existentes.

Ele não pode ser "entendido" sob a lógica do sucesso e poder, o tipo de lógica geralmente usada pelo mundo para avaliar projetos e ações.

Jesus Cristo veio ao mundo para cumprir a vontade de Seu Pai e continuou fiel até o fim. Assim, Ele levou Sua missão de Salvação a todos que acreditaram, não em palavras, mas em atos.

Amá-Lo foi a condição para segui-Lo, mas o sacrifício é a verdadeira prova deste amor: "Se alguém desejar vir comigo, que ele negue a si mesmo e carregue sua cruz diariamente e me siga".

Estas palavras denotavam o realismo de uma escolha que não permitia hesitações ou pensamentos ambíguos. Era o requisito indispensável que incomodou até mesmo os Seus discípulos, e que através dos tempos impediu que muitos O seguissem.

Mas esta escolha também produziu exemplos admiráveis de santidade e martírio, que reforçaram e confirmaram os caminhos para a Fé.

O caminho delineado por Deus para seu Filho é aquele a ser seguido pelo Cristão. A vida só é vivida plenamente se nos entregarmos. Este é o fruto da Graça de Cristo, uma existência livre, em comunhão com Deus e com respeito ao próximo.

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Jesus caminhava à frente de seus seguidores, pensativo, depois pediu a cada um que fizesse o que Ele havia feito.

Jesus disse: "Não vim para ser servido, mas para servir. Assim, quem quiser ser como eu, deve servir a todos. Vim a vocês como aquele que nada possui. Por este motivo, posso pedir que deixem para trás todas as riquezas que os impedem de entrar no Reino de Deus. Aceito a negação e a rejeição de muitos do meu povo. Portanto, posso pedir-lhes que também aceitem a negação e a oposição, de onde quer que elas venham".

Em outras palavras, Jesus pede que nós tenhamos a coragem de escolher o mesmo caminho. Devemos escolhê-lo com nossos corações, pois as situações externas não dependem de nós. Negar a si mesmo é rejeitar os próprios planos, que geralmente são pequenos e fúteis, para aceitar o plano de Deus.

Este é o caminho da conversão, algo indispensável a uma vida Cristã, e o que levou São Paulo a dizer: "Já não sou eu que vivo, mas Cristo que vive em mim".

Jesus não pede que desistamos da vida, mas que aceitemos a nova e plena vida que só Ele pode nos dar.

O ser humano tem uma tendência enraizada de pensar somente em si mesmo, a ver sua própria pessoa como o centro de interesse e o modelo de tudo.

Por outro lado, quem escolhe seguir Cristo evita se envolver em si mesmo e a não avaliar os fatos de acordo com o  próprio interesse. Ele vê a vida como um dom e dádiva, e não em termos de conquista e posses.

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Jesus pediu: "Tome a sua cruz diariamente e siga-me". Como a cruz pode ser reduzida a um simples ornamento, "carregar a cruz" pode se tornar apenas uma maneira de falar.

O ensinamento de Jesus não demanda mortificação e negação. Ele não implica que devemos suportar pacientemente as grandes e pequenas tribulações da vida, ou a exaltação da dor como forma de agradar a Deus. Quando a Cruz é abraçada, torna-se um sinal de amor e de total doação de si mesmo.

Carregá-la por Cristo significa ser unido a Ele, oferecendo como a maior prova nosso amor por Ele. Não podemos falar sobre a Cruz sem considerar o amor de Deus por nós. O fato é que Deus deseja encher-nos com coisas boas.

Com o Seu convite, "Siga-me", Jesus não somente nos diz: "Veja-me como seu modelo; mas também compartilhe a minha vida, minhas escolhas e oriente a sua vida no amor a Deus e ao próximo, juntamente comigo". Assim é como Jesus se revela diante de nós, no "modo de vida".

Infelizmente, isso é constantemente ameaçado pelo caminho da morte. O pecado é o caminho que separa uma pessoa de Deus, traz a divisão e prejudica a sociedade humana.

O nosso "modo de vida" perpetua e renova a presença de Cristo em nós e se torna o caminho da Fé e conversão. Na verdade este é o caminho da Cruz, que nos leva a confiar Nele e no Seu plano de Salvação e a acreditar que Ele morreu a fim de mostrar o amor de Deus por cada um de nós.

Este é o caminho para a Salvação em uma sociedade muitas vezes dividida, confusa e contraditória. É o caminho para a felicidade encontrada ao seguir Jesus Cristo até o fim, aceitando as circunstâncias às vezes dramáticas da vida diária.

É a maneira dos que não temem o fracasso, isolamento, dificuldades e solidão, porque Ele preenche nossos corações com a Sua presença. É o caminho da paz, do autocontrole e de um coração alegre. É a vida em Cristo.


JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU