O CRISTIANISMO ORIENTAL - THE EASTERN CHRISTIANITY

A sobrevivência do Cristianismo oriental histórico nunca foi tão urgente como hoje. O cristianismo primitivo foi difundido na antiga Assyrian; a região povoada no passado pelos arameus desde 1700 AC. A terra que abrigou, nutriu e espalhou os Ensinamentos de Jesus na língua aramaica e no grego antigo, agora ameaça seus filhos da Fé cristã.

A Síria é a pátria do Cristianismo. O apóstolo Paulo se converteu e viu a Luz do Senhor quando caminhava por Damasco, a capital da Síria e a cidade mais antiga do mundo. Os seguidores de Jesus foram chamados de cristãos pela primeira vez em Antioquia, uma região da Síria, e uma das primeiras e a mais antiga Igreja cristã da história encontra-se na Síria.

O desaparecimento potencial do cristianismo oriental histórico se reflete na pergunta-chave que os cristãos do Oriente fazem: Devemos permanecer ou emigrar? Esta questão urgente, em face da turbulência regional em curso, precipitou uma solução definitiva com a invasão americana do Iraque em 2003 e escalou desde os levantes árabes em 2011 e a atual beligerância de Israel.

Os temores dos cristãos orientais aumentaram ainda mais quando o arcebispo Yohanna Ibrahim, da Igreja Ortodoxa Siríaca, e o arcebispo Paul Yazigi, da Igreja Ortodoxa Grega, ambos da região metropolitana de Aleppo, a maior província da Síria, foram sequestrados em 22 de abril de 2013; sem nenhum vestígio de seu paradeiro até hoje, estejam mortos ou vivos, desde então.

Os cristãos orientais sobreviveram ao genocídio otomano em 1915 e prosperaram no Crescente Fértil. A Síria foi subdividida pela França e Grã-Bretanha após a Primeira Guerra; na Síria, Líbano, Palestina e Jordânia dos tempos atuais. O início das atrocidades na 'primavera àrabe' nos seus dois anos de protestos, no Oriente Médio e Norte da África, fizeram dos cristãos as vítimas da violência diária.

Em meados da década de 1930, a histórica comunidade assíria no Iraque sofreu violentos ataques e migrou para a Síria. Nas décadas de 1970 e 1980, durante a Guerra Civil Libanesa, os cristãos foram vítimas de violência sectária. Durante a invasão americana do Iraque, em 2003, os cristãos foram vítimas da violência sectária generalizada que levou à migração em massa: a diáspora cristã.

A primavera árabe começou com grande esperança pelo direito do povo à vida, liberdade e a busca da felicidade. No entanto, foi rapidamente sequestrada por islamitas e salafistas, transformando-se numa 'primavera islâmica', com um outono árabe e o inverno cristão, trazendo consigo um novo massacre de cristãos. Atualmente, o Cristianismo está à mercê de conflitos regionais no Crescente Fértil.

Claramente o Cristianismo oriental está sofrendo a ameaça de extinção. A Síria era um modelo de tolerância religiosa e interação pacífica, mas os sete anos de turbulência em que várias potências internacionais manipularam segmentos da sociedade fornecendo-lhes uma abundância de armas, recursos financeiros e imposição das ideologias sectárias, alavancaram a extinção dos cristãos orientais.

Os cristãos, sendo o componente mais fraco e pacífico da sociedade sofreram imensamente. Maaloula, uma cidade da Síria e um tesouro religioso para os cristãos de todo o mundo, uma vez que é a única cidade aonde o aramaico, a língua oficial de Jesus Cristo, além do grego, ainda é falado; foi atacada e sitiada pelos terroristas do ISIS. As Igrejas históricas foram destruídas e os jihadistas forçaram os cristãos a se converterem à força ao islamismo.

Durante os últimos cem anos, desde o genocídio otomano, os cristãos orientais sempre foram vítimas de uma história de massacres, o que significa que todo cristão oriental foi um mártir em potencial ou uma testemunha do martírio. Antes de 2010, os líderes religiosos cristãos orientais encorajavam os cristãos sírios na diáspora a voltar para a Síria, sua terra natal, onde a vida era segura e com grande potencial; um conselho infeliz!

Atualmente, os conselheiros estão desacelerarando a imigração cristã para a Síria. Os 'altos gritos' dos cristãos sírios que fugiram para outras nações durante a guerra, e que agora pedem ajuda para voltar, estão sendo 'soprados ao vento'. O Ocidente ajudou os judeus à estabelecerem-se na fictícia Israel, na Palestina, e não deveria fazer o mesmo para ajudar os cristãos orientais estabelecerem-se na sua terra natal, na Síria, em vez de ordenar sua emigração?

O problema é que os cristãos ocidentais, especialmente os sionistas cristãos, acreditam que a existência de Israel é necessária para o retorno de Jesus. No entanto seria uma grande decepção para Jesus voltar para a Síria, o berço do Cristianismo, e não encontrar os cristãos. Atualmente, a nação do Oriente Médio com a maior quantidade de cristãos é a Síria.

Mas não ignoreis uma coisa, que um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia. O Senhor não retarda a Sua promessa, ainda que alguns a tenham por tardia, mas Ele é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se. No dia do Senhor, os Céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão, e a Terra e as obras que nela há se queimarão.

Mas nós, segundo a Sua promessa, aguardaremos novos Céus e a nova Terra em que habita a justiça. Por isso, procurai ser imaculados e irrepreensíveis. E sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente execrados e descaiais da vossa firmeza. Antes, crescei na Graça e conhecimento do Nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. A Ele seja dada a Glória, agora, assim como no dia da Vinda da Eternidade.