14 novembro 2023

O SUDÁRIO DE TURIN E OVIEDO - THE SHROUD OF TURIN AND OVIEDO

SANTO-SUDÁRIO


O Santo Sudário de Turim e o Sudário de Oviedo não só envolveram a mesma pessoa, como também indicam que esta sofreu um ferimento em um dos lados depois de morto, o que concorda com o Evangelho de São João que relata o momento em que um centurião romano perfurou com uma lança o corpo de Jesus Cristo, informou o estudo da Universidade Católica de Murcia na Espanha.

A Universidade Católica de Murcia (UCAM) divulgou em 30 de setembro deste ano que chegaram a esta conclusão depois do estudo médico-forense dirigido por Alfonso Sánchez Hermosilla, pesquisador do centro de estudos da UCAM. Hermosilla é médico-forense do Instituto de Medicina Legal de Murcia e diretor da Equipe de Pesquisa do Centro Espanhol de Sindonologia em Turim.

O estudo sobre o Sudário de Oviedo e Turim foi realizado conjuntamente, e não só confirma que ambos envolveram a mesma pessoa como também que depois de morto e estandoo em posição vertical na Cruz, sofreu um ferimento profundo que transpassou o tórax direito, com a entrada pela quinta costela e saída pela quarta, perto da coluna vertebral e da escápula direita.

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O golpe deixou marcas de coágulos de sangue e líquido pericárdico no tecido do Santo Sudário, pelo contato com a chaga da entrada da lança, e no Sudário de Oviedo com a chaga da saída. Isto está de acordo com o que foi relatado no Evangelho de João, que diz:
'E vendo Jesus morto, não lhe quebraram as pernas, mas um centurião furou o lado com uma lança e saiu sangue e água'.

Para chegar a esta conclusão foram realizados estudos antropométricos e anatômicos do Sudário de Turim e Oviedo. Seus resultados supõem novas descobertas da Equipe de Pesquisa da UCAM que agora está estudando o Sudário de Oviedo, e que anteriormente encontrara outras evidências de que ambos os tecidos envolveram a mesma pessoa, indicou o cientista.

Foram realizados estudos do sangue, da presença de pólens, conservação do material do tecido (linho) e dos contaminantes inorgânicos. As manchas de sangue sempre estiveram lá, mas ninguém as havia estudado, e são as únicas com características próprias. Até o momento, as pesquisas só eram atribuídas às marcas causadas pelas feridas da flagelação, assinalou Sánchez Hermosilla.

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Nesse sentido, a universidade explicou que as manchas advertidas pelos pesquisadores, nas quais centra o estudo, compartilham características incomuns que são muito diferentes pela sua morfologia e alta complexidade depois da análise macroscópica, com uma grande concentração hemática no centro e um cerco mais claro perfilado.

Além disso, as manchas são invisíveis quando observadas sob o infravermelho, como normalmente acontece nas manchas causadas pelo sangue de uma pessoa morta, ao contrário do que ocorre com o sangue de uma pessoa viva. No Santo Sudário existe outra mancha atribuída à mesma origem, pelo fato do tecido ter sido dobrado vezes sobre o inverso da mancha central.

O estudo descreve com detalhe os tecidos e os órgãos de Jesus atravessados pela lança em sua trajetória, e apoia a hipótese de quem administrou o golpe tinha experiência, pois ao colocar a face da arma na posição horizontal poderia evitar facilmente as costelas, sem ter que tentar várias vezes, algo que não aconteceu, pois não aparece nas marcas das lesões.

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A Universidade recordou que antes das novas descobertas, e durante a investigação, foi descoberto no Sudário de Oviedo grãos de pólen de uma planta que, segundo a paleóloga Marzia Boi, é compatível com a espécie botânica Helicrysum Sp., também identificada no Sudário de Turim. Não se tratava de uma contaminação posterior, afirma, pois o pólen está aderido ao sangue.

A equipe liderada por Sánchez Hermosilla foi formada por Jesús García Iglesias, professor da Universidade de Oviedo, assim como pelos membros da EDICES, Marzia Boi, paleóloga e bióloga, Juan Manuel Miñarro, professor no Departamento de Escultura da Universidade de Sevilha, Antonio Gómez Gómez e Felipe Montero Ortego.

A investigadora italiana Marzia Boi assegurou em Valência que os restos de pólen encontrados não só correspondem com os que foram depositados fortuitamente no tecido ao longo da história, como se acreditava, mas também guardam uma correspondência com os dos unguentos e flores que se utilizavam nos funerais reais há 2.000 anos, informou.

SANTO-SUDÁRIO

O trabalho da pesquisadora exposto no Congresso Internacional do Santo Sudário em Valência soma-se à outros estudos apresentados no simpósio, que demostram a compatibilidade entre o corpo envolvido com o Sudário de Jesus Cristo. O Evangelho descreve que a sepultura de Jesus foi realizada com Honras de Reis, com bálsamos, flores e óleos finos.

Marzia Boi, que trabalha no laboratório de Botânica do departamento de Biologia da Universidade das Ilhas Baleares, ao analisar no microscópio as fotos dos polens extraídos em outras investigações sobre o Santo Sudário, identificou outros tipos de plantas que desde os tempos antigos eram usualmente utilizadas nos enterros.

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Entre elas, no Santo Sudário, observa a Dr. 
Marzia, existem pólens de Helichrysum, assim como láudano, terebinto, gálbano aromático e lentisco. A identificação destas outras plantas acrescenta um dado adicional que confirma que o homem envolto no Santo Sudário é realmente Jesus Cristo.

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A investigadora citou que uma revisão pelos especialistas paleólogos de todos os pólens do Sudário ajudaria a identificá-los. Ela afirmou que os óleos e unguentos presentes no Santo Sudário o conservaram por milênios, por conterem potentes repelentes de insetos e fungos.

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Em 1932, realizou-se a primeira pesquisa científica sobre o Sudário de Turim. Eis o relato oficial do responsável do staff médico, Dr. Pierre Barbet, que participou da análise médico-científica da imagem tridimensional estampada no tecido de linho do Sudário:

Na face havia sinais de contusões e o nariz estava fraturado na cartilagem, descolado do osso. No corpo foram contados 120 sinais de golpes de açoite produzidos por dois flageladores, um de cada lado da vítima. O flagelo utilizado foi o que se usava na época do Império Romano, composto por três correias de couro com pequenos ossos de pontas agudas ou travas de chumbo nas extremidades.

Duas chagas marcavam o ombro direito e omoplata esquerdo. O peito, muito saliente, indicava uma terrível asfixia suportada durante a agonia de Jesus na Cruz. Os pulsos estavam perfurados e transpassados, tendo o cravo perfurante seccionado em parte o nervo mediano, fazendo com que o polegar contraísse para dentro da palma da mão.

Pela a curvatura das pernas e as perfurações nos pés, tem-se a nítida visão de que o esquerdo foi sobreposto ao direito e presos ao madeiro por um único cravo. Os dois joelhos estavam chagados. Havia um sinal de sangramento produzido por uma grande ferida no lado direito do tórax. Foram observadas 50 perfurações na fronte, cabeça e nuca, compatíveis com uma coroação de espinhos.



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