É verdadeiramente impressionante a quantidade de evidências da passagem de Jesus Cristo pela Terra, seja nas Escrituras ou nos registros históricos. Os hebreus do primeiro século da Era Cristã possuíam uma capacidade única para recordar e posteriormente registrar os Ensinamentos de Jesus, qualidade impossível para os escritores modernos.
Os precursores do Cristianismo desenvolveram técnicas sofisticadas de memorização, recordando todos os fatos e Ensinamentos provenientes de Jesus. A capacidade destes historiadores bíblicos de recontar longos discursos e os ensinamentos de Jesus surpreenderia professores e alguns críticos ferrenhos dos registros das Escrituras.
Ao longo dos séculos, os líderes religiosos capacitaram-se na habilidade de preservação da memória oral como um importante recurso da reconstrução histórica, permitindo, por sua vez, que seus alunos também pudessem recordar em detalhes cada instrução de seus professores.
Além dos milhares de arqueólogos e pesquisadores que exaustivamente confirmaram a presença de Jesus Cristo na História da humanidade, existem um número expressivo de historiadores antigos que perpetuaram os eventos da Sua vida. Alguns destes indivíduos atuaram como historiadores seculares, relatando Sua Vida e Ensinamentos.
É preciso lembrar que os hebreus deste período histórico tinham conhecimento de um novo fenômeno religioso nascente, e estes recentes cristãos historiadores tiveram contato direto ou indireto com Jesus, o líder que eles adoravam. Devemos recordar que Jesus era um líder de um movimento inovador em uma província marginal do vasto Império Romano, que não aceitava qualquer valor predominante na sociedade da época.
Joseph Gedaliah Klausner (1874 a 1958), um historiador e professor de Literatura Hebraica, cujos escritos mais influentes são: "Jesus de Nazaré" e "De Jesus A Paulo", descreveu como Jesus foi compreendido como um líder que tentava formar uma nova religião e morreu por este ato. Klausner, examinando os registros históricos sobre Jesus, relatou: "Seu código de ética foi de tal sublimidade, distinção e originalidade que o tornou inigualável a qualquer outro código-ético, e não há qualquer paralelo com a arte notável de Suas parábolas".
Johann Wolfgang von Goethe (1749 a 1832), o expoente escritor e filósofo alemão do século passado, também expressou sua opinião sobre Jesus: "Acredito que os Evangelhos são verdadeiros pois sua divindade apenas poderia manifestar-se sobre a Terra através de Deus, porque Dele emana o esplendor refletido da sublimidade proveniente de Jesus Cristo".
Públio Cornélio Tácito (56 a 117 DC.), considerado um dos maiores historiadores romanos da Antiguidade, descreve em seu livro "Annales" como Jesus foi executado sob a autoridade de Pôncio Pilatos, governador da Judeia na época do reinado do imperador Tibério. Tácito descreve a perseguição de Nero aos cristãos, culpando-os pelo incêndio de Roma, e esta passagem sobre os cristãos é considerada a primeira referência pagã à existência histórica de Jesus Cristo: "Os cristãos começaram na Judeia e espalharam-se por todo o Império, seu culto deriva de uma pessoa conhecida como Jesus Cristo. O crescimento explosivo da nova religião iniciou-se a partir da crucificação de Jesus. Os cristãos foram desprezados, odiados e falsamente acusados de crimes. No entanto, eles rapidamente cresceram e tornaram-se uma grande multidão em Roma".
Caio Suetônio Tranquilo (Gaius Suetonius Tranquillus, (69-122 DC.), historiador oficial de Roma durante o reinado dos imperadores Trajano e Adriano, escreveu a biografia "Os Doze Cesares". Na seção que versa sobre a vida do Imperador Cláudio, que reinou entre 41-54 DC, Suetônio declarou: "Tibério Cláudio César Augusto baniu de Roma os cristãos que seguiam os Ensinamentos do seu líder Jesus Cristo, pois, segundo ele, continuamente causavam distúrbios na cidade".
Esta declaração histórica fornece uma evidência poderosa de que havia um número significativo de cristãos vivendo em Roma somente duas décadas depois da morte de Jesus. Suetônio também relatou a perseguição implacável aos cristãos durante o reinado do imperador Nero: "Os cristãos foram assim punidos, pois eram uma espécie de homens que espalhavam uma crença nova e mágica".
Caio Plínio Segundo (Gaius Plinius Secundus, 23-79 DC.), também conhecido como Plínio, o Velho, foi um escritor romano, filósofo, naturalista e amigo pessoal do Imperador Vespasiano. Ele solicitou instruções específicas de como agir a respeito do interrogatório dos cristãos, aos quais perseguia dado ao seu posto de comandante do exército romano: "Estes crentes cristãos nunca adorarão o Imperador e não amaldiçoarão seu Líder, Jesus, mesmo sob tortura extrema".
Plínio descreveu os cristãos como pessoas que amavam a verdade a qualquer custo: "O martírio de milhares destes cristãos baseou-se no fato de que eles conheciam a Verdade sobre as declarações dos Evangelhos e estavam dispostos a morrer como mártires ao invés de negar sua Fé em Jesus como o Filho de Deus".
Luciano de Samósata (125-180 DC.) viveu durante o reinado do Imperador Adriano, servindo como oficial do governo em Alexandria, no Egito. No seu livro satírico "A Morte do Peregrino", Luciano legou-nos uma rara abordagem do Cristianismo segundo o ponto de vista de um ateu confesso: "Ele viajou o mundo sob o nome Peregrinus e conheceu alguns seguidores de Jesus da Igreja primitiva. No momento em que ele aprendeu a doutrina maravilhosa dos cristãos falaram-lhe de Jesus como um Deus, chamando-o de Mestre. Eles ainda veneram este grande homem que foi crucificado na Palestina quando apresentou ao mundo uma nova religião".
Luciano forneceu uma confirmação independente de inúmeros fatos históricos mencionados nos Evangelhos: a Crucificação, a adoração de Cristo como o Deus Único e o empenho dos seguidores em seguir os Ensinamentos de Jesus Cristo.
Mara bar Serapion, filósofo e escritor assírio, fornece uma das muitas referências de um pagão sobre Jesus Cristo. Sua carta, datada de 73 DC., foi escrita para seu filho, Serapião, encorajando-o a seguir o exemplo dos vários estimados professores das eras passadas; Sócrates, Pitágoras e um Rei sábio e virtuoso, Jesus Cristo, que foi executado pelos judeus na Palestina.
O valor histórico da carta de Mara bar Serapion é que fornece forte confirmação pagã, independente, de que Jesus era conhecido como o Rei dos hebreus. Nas Escrituras temos o relato de que uma inscrição fixada no alto da Cruz de Jesus: "E por cima da Sua cabeça puseram escrita a acusação: Este é Jesus, o Rei dos hebreus" (Mateus 27:37).
Em sua carta, Mara bar Serapion descreve como Jesus foi executado ilegalmente pelos judeus e como sofreram os juízos de Deus por seus erros, uma possível referência à destruição trágica da Judeia e de Jerusalém pelas legiões romanas em 70 DC.
Sócrates e Aristóteles ensinaram durante 40 anos e Platão outros 50 anos, e os Ensinamentos de Jesus na sua época duraram apenas 3 anos. Porém, a influência do Ministério de Jesus Cristo transcende infinitamente o legado deixado pelos 130 anos de ensino destes homens que foram os maiores filósofos de toda a história.
As melhores pinturas de Leonardo da Vinci, Michelangelo e Raphael referiam-se à Jesus Cristo. Dante, Milton e outros expoentes da poesia também inspiraram-se em Jesus. Ele não compôs nenhuma música, mesmo assim, Handel, Haydn, Beethoven, Bach e Mendelssohn atingiram seu mais alto grau de perfeição melódica nos hinos, sinfonias e oratórios que compuseram em Seu louvor.
Todas as esferas da grandeza humana foram enriquecidas pela obra deste humilde carpinteiro de Nazaré, Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus amava muito Seu Pai, e cumprir Sua vontade e honrar Seu Santo Nome significava sacrificar a própria vida: "O meu alimento é fazer a vontade Daquele que me enviou e poder concluir Sua obra". A maior prova do amor e obediência de Cristo foi Sua morte na Cruz. Jesus nos ensinou como amar a Deus com todo o coração, alma e força do ser humano.
Jesus Cristo sacrificou-se em Suas peregrinações para aprendermos sobre o amor de Deus. Seus Ensinamentos foram direcionados para a nossa Salvação, demonstrando como amar e servir a Deus. É por isso que Seu Ensinamento mais importante foi o primeiro mandamento: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e toda tua mente".
Naquele tempo a Judeia estava sob o controle de Roma, que mantinha seus exércitos de prontidão para reprimir qualquer resistência. Os soldados romanos eram exigentes e atrevidos pois dispunham da vida dos cidadãos, que poderiam ser chicoteados, despojados e até crucificados por desobedecer qualquer ordem absurda de um simples soldado.
Milhares de hebreus foram crucificados por não pagar impostos ou, simplesmente, pela desobediência civil. O historiador e apologista romano Flavius Josephus, Josefo (37-100 DC.), relatou que 10 mil hebreus foram crucificados em Jerusalém. Outras estimativas históricas indicam que 200 mil foram crucificados em toda a região dominada pelos romanos.
Castigos bárbaros eram impostos aos cidadãos que não seguissem as regras vigentes. Os espancamentos, açoitamentos e torturas eram uma prática comum. Durante a ocupação romana, a resistência travava batalhas que geralmente acabavam em derrota e massacre dos revoltosos. Os poucos sobreviventes eram crucificados para servir de exemplo.
Jesus defendeu seus discípulos para que não fossem crucificados ou mortos, pois assim repassariam Seus Ensinamentos para a posteridade. Jesus Cristo estava servindo a Deus de forma prática, pois instruiu seus alunos como sobreviver aos opressores durante o período vicioso. Manter-se vivo era crucial para gastar o tempo na Terra aprendendo e evoluindo espiritualmente.
Mas existem circunstâncias que nos obrigam a lutar, quando atacam nosso lar ou alguém que juramos proteger. Certamente Deus nos perdoará nesta hora, dependendo da situação. Mas Jesus sempre pregou que devemos ser tolerantes mesmo com aqueles que querem nos ferir, e indulgentes com as filosofias ou práticas religiosas diametralmente opostas às nossas.
Quem usa linguagem abusiva e crítica contra o próximo vai incorrer no julgamento de Deus. Se ofendemos o próximo, nossa adoração à Deus não é aceitável, pois Ele não quer adoração contaminada com hipocrisia. Jesus declarou: "No dia do juízo vocês responderão por toda palavra inútil. Pelas palavras proferidas serão absolvidos, como também serão condenados".
Perdoar e 'dar a outra face' pode influenciar diretamente nosso relacionamento com Deus. Perdoar significa espelhar o que Ele faz por nós, quando perdoa nossos pecados. Se nos perdoa por ofendê-Lo e ao pecarmos várias vezes durante nossas vidas, então certamente poderemos perdoar nosso próximo por dizer ou fazer algo que nos ofende.
Que esperança teríamos no juízo final sem o atual perdão de Deus, quando formos avaliados pelo padrão e ética dos Ensinamentos de Jesus, que chance teríamos de ser absolvidos? Jesus Cristo disse que devemos ser como as crianças ou não entraríamos no Reino de Deus. Assim, devemos saber perdoar, aceitar a ofensa e sorrir para os ofensores, Amar infinitamente!
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