14 março 2024

A HISTÓRIA NÃO CONTADA - THE UNTOLD STORY

A HISTÓRIA NÃO CONTADA

As pessoas deduzem que o moderno Estado de Israel é o cumprimento de uma profecia bíblica dos 'judeus antigos que retornam à sua terra natal'. Mas nada poderia estar mais longe da verdade, e não se pode ignorar o fato de que a Revolução Bolchevique que levou o comunismo ao poder na Rússia era uma obra dos sionistas. Para todos os efeitos, o comunismo e o sionismo são um só e sempre serão.

Em sua essência o sionismo é o movimento colonial dos usurpadores judeus visando suplantar os árabes considerados inferiores e atrasados por aqueles. Theodore Herzl, o pai do sionismo político moderno, imaginou um Estado judeu na Palestina como um 'posto avançado da civilização contrária à barbárie'. A criação do Estado sionista de Israel trouxe tumulto, traição, morte e destruição inigualáveis ​​na história moderna.

A conspiração comandada pelos Rothschilds para criar seu próprio estado sionista, também usou seus tentáculos nas revoluções bolchevique e francesa, assim como nas guerras mundiais, e em todos os significativos atos de guerra posteriores. Foi preciso a morte de mais de 100 milhões de pessoas para trazer à existência o Estado de Israel desde que tornou-se um Estado, pois todas as guerras dos EUA desde 1948 foram em nome da Israel dos Rothschilds.

O advento do Estado de Israel criou mais tumulto, divisão, amargura e ódio do que qualquer outro fato nos 2.000 anos da História. A migração judaica aumentou devido ao antissemitismo que afetava a Europa no século XIX, e quando o controle da Palestina passou da gerência dos turcos otomanos para a Grã-Bretanha, o secretário britânico dos Assuntos Estrangeiros, Arthur James Balfour, estabeleceu a Palestina como o lar nacional dos judeus (Eretz Yisrael).

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Em 1939, quando os conflitos entre árabes e judeus recrudesceram na Palestina, a Grã-Bretanha se recusou a dividir a nação em dois Estados, que favorecia uma Palestina independente governada em comum por árabes e judeus, o que limitava a imigração judaica à Palestina. A 'Declaração Balfour' não afirmara que a Palestina seria convertida num estado judeu contra a vontade da população árabe. Então, as milícias judaicas tornaram os britânicos seus novos alvos!

As duas mais famosas milícias de terror judaicas, Irgun e Lehi, lideradas respectivamente por Menachem Begin e Yitzhak Shamir, os futuros primeiro-ministro de Israel, realizaram uma série de assassinatos e ataques destinados a expulsar os britânicos da Palestina. A facção Irgun foi de longe o mais prolífico destes grupos de terroristas judeus. Em julho de 1946, combatentes do Irgun bombardearam o Hotel King David em Jerusalém matando centenas de britânicos.

Em 1947, com a sua reputação sob ataque e seus recursos escassos devido à Segunda Guerra, a Grã-Bretanha retirou-se da Palestina. O 'problema da Palestina' foi entregue à recém-criada ONU que, comandada pelos EUA, votou pela divisão definitiva do território palestino. Os judeus que formavam um terço da população da Palestina receberam 55% das terras, e os árabes, a maioria da população que sequer foi consultada sobre o acordo, ficaram enfurecidos!

Em 1948, o Estado de Israel foi criado por um ato de genocídio. Os líderes sionistas sempre souberam que para ter um Estado Judeu na Palestina teriam de matar os palestinos nativos. Eles não anunciaram isso de forma descarada, mas afirmaram isso muitas vezes. Então, alguns judeus foram para a Palestina pensando que tudo seria uma maravilha e que cooperariam com os nativos de lá e coisas afim. Mas a liderança judaica sabia desde o início que se tratava de um projeto genocida.

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Claramente o plano de partição territorial da ONU foi tendencioso a favor dos judeus, e a desfaçatez e maldade do diretor do Fundo Nacional da Terra Judaica, Joseph Weitz, endossa o nível da corrupção: "Entre nós, deve ficar claro que não há espaço para os dois povos nesta nação, e não há como transferir os árabes daqui para os países vizinhos. Então não devemos deixar que exista uma única aldeia ou uma única tribo árabe".

Assim, os sionistas começaram a massacrar a população semita local de aldeia em aldeia, matando as pessoas com baionetas, violando as mulheres e depois matando-as, cometendo muitas atrocidades horríveis. A aldeia mais famosa que recebeu o 'tratamento mortal' foi Deir Yassin, e ainda outras centenas. Estas atrocidades foram amplamente divulgadas pelos próprios sionistas depois de terem assassinado a população das aldeias, violado todas as mulheres para depois matá-las.

Eles percorriam os vilarejos com caminhões e diziam-lhes 'saiam ou morram' e depois metralhavam as casas enquanto fugiam. Esta foi a Nakba, a limpeza étnica genocida da Palestina. E só depois que os sionistas começaram o genocídio, foi que os países árabes da região declararam guerra aos sionistas, e entraram para tentar salvar o povo palestino do genocídio. Os sionistas assassinaram e expulsaram mais de 80% da população da Palestina naquele episódio de 1948.

David Ben-Gurion, um futuro primeiro-ministro de Israel, e seu círculo íntimo elaboraram o afamado 'Plano Dalet' cujo principal objetivo era a destruição das aldeias árabes segundo ordens oficiais. Às vezes, uma simples ameaça de violência seria suficiente para coagir os árabes a deixar suas casas, outras vezes era necessário o abate terrível de palestinos para concluir o 'trabalho de remoção dos indesejáveis'.

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Até o historiador israelense, Benny Morris, classificou o 'massacre de Nakba' como notório. Em abril de 1948, centenas de árabes foram mortos pelas milícias no 'massacre de Deir Yassin'. Um sobrevivente de 11 anos lembrou-se: "Eles derrubaram a porta, entraram e começaram a vasculhar o local. Atiraram no meu tio e quando sua filha gritou atiraram nela. Mataram meu irmão, e quando minha mãe se inclinou sobre ele mataram ela".

O 'massacre de Deir Yassin' foi responsável pela morte de centenas de civis palestinos desarmados, e quando as notícias espalharam-se os árabes fugiram para salvar a própria vida e dos seus familiares. Assim, os judeus começaram a usar gravações para poupar as balas, contendo gritos de mulheres e crianças nos alto-falantes ao se aproximarem das aldeias árabes. Este terror miliciano dava um tempo para as famílias fugirem do massacre impiedoso e desmedido que viria a seguir!

A limpeza étnica da Palestina acelerou quando os exércitos do Egito, Jordânia, Síria e Iraque invadiram o nascente Estado de Israel com a intenção de sufocá-lo em seu berço. Em 11 de julho de 1948, o futuro ministro das Relações Exteriores e da Defesa israelense, Moshe Dayan, liderou uma incursão ao vilarejo de LYDDA, aonde centenas de crianças e idosos foram mortos com armas automáticas e granadas, a tragédia conhecida como: A marcha da morte de LYDDA.

A brutalidade e a sede de sangue que se seguiu foi ordenada pelo comandante das milícias terroristas Yitzhak Rabin, futuro primeiro-ministro, expulsando os moradores de Lydda e Ramle. Dezenas de milhares fugiram a pé, sem mantimentos ou água para beber. As crianças choravam, gritavam e não havia água, de vez em quando uma família parava para enterrar um bebê que não resistira ao calor, ou para dizer adeus a uma avó que havia caído de fadiga.

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As mães abandonavam seus bebês debaixo das árvores ou em valas abertas no mato rasteiro. A comunidade internacional ficou horrorizada e indignada com as atrocidades dos judeus. Os saques generalizados, pilhagens, agressões, assassinatos e estupros brutais, muitas vezes mortais, lembravam os pogroms antissemitas na Alemanha, mas agora os judeus é que são os agressores em vez das vítimas, confessa Mordechai Gichon, da organização paramilitar Haganaho.

Ari Shavit escreveu sucintamente: "As crianças choravam e gritavam, as mulheres gritavam e homens choravam. Não havia água, e de vez em quando uma família parava ao lado da estrada para enterrar um bebê que não resistira ao calor, ou para dizer adeus a uma avó que havia caído de fadiga. As mães abandonavam seus bebês debaixo das árvores ou em valas abertas no mato rasteiro". A comunidade internacional ficou horrorizada e indignada com as atrocidades dos judeus!

Nos Estados Unidos, um grupo proeminente de judeus criticou os atos dos 'seus terroristas' que trucidaram sem piedade famílias inteiras de árabes-palestinos. Outros até compararam as milícias judaicas aos seus supostos opressores alemães-nazistas, incluindo Aharon Cizling, o primeiro ministro cara-de-pau da Agricultura de Israel que lamentou: "Agora os judeus se comportaram como os nazistas e todo o meu ser está abalado".

Quando tudo terminou mais de 1000 vilarejos do palestinos haviam sido destruídos ou abandonados pelos seus moradores, alguns dos quais ainda detinham as chaves das casas roubadas pelos judeus, e nunca mais voltaram ao local. Em 1969, o outro cara-de-pau Moshe Dayan, um dos heróis mais exaltados de Israel, discursou sobre as maldades das suas milícias terroristas:

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"Viemos para este país que já era povoado por árabes e estamos estabelecendo um estado judeu aqui. Aldeias judaicas foram construídas no lugar das aldeias árabes. Você nem sabem os nomes dessas aldeias árabes, e eu não os culpo, porque esses livros de geografia não existem mais. Não só os livros não existem, as aldeias árabes também não estão lá! Não há um lugar construído nesta nação que ainda tenha uma população árabe anterior".

A agressão aumentou barbaramente em 1967, quando os sionistas invadiram as nações árabes e destruíram suas casas, apossando-se das 'terras de ninguém'. Atualmente esta situação de guerra e posse dos bens alheio existe com o genocídio em Gaza. Bem, voltemos a 1948, quando o presidente Harry Truman dos EUA estava cercado pela máfia dos judeus, que entregaram-lhe milhões de dólares em troca do seu apoio incondicional à criação do Estado de Israel na Palestina.

Os especialistas americanos em política externa disseram à Truman que nem sequer pensasse em apoiar este pseudofóbico Estado de Israel, que os loucos sionistas genocidas estavam criando. O Departamento de Estado americano emitiu uma ordem muito forte para Truman não reconhecer Israel como nação, o que resultaria em guerra e caos sem fim na região, aonde a América seria arrastada para sempre; a pior coisa que poderia acontecer ao interesse nacional americano.

Porém, a máxima do 'dinheiro fala mais alto' e desde que os sionistas não conseguiram dominar completamente os EUA durante a década de 1950, pois o presidente Eisenhower era um tanto independente deles, os sionistas se uniram à Grã-Bretanha e à França na Guerra de Suez, mas Eisenhower conseguiu dizer-lhes para voltarem para casa senão a balança pesaria toneladas contra eles. Assim, Eisenhower ficou do lado dos árabes e palestinos, o povo da região naquela época.

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Quando John F. Kennedy assumiu o cargo, as expectativas eram de que ele se aliaria ainda mais fortemente aos árabes da Patestina. Mas Kennedy teve que defender o poder judaico da 'boca para fora'' para ser eleito em 1960, pois a família Kennedy era bem conhecida por ser fortemente anti-semita. Assim, John F. Kennedy inclinou-se e trabalhou para apoiar a independência da Argélia e outras causas árabes, acabando assim por ser assassinado pela máfia-judaica americana.

E talvez, a prioridade número um de John F. Kennedy na sua breve presidência tenha sido a não-proliferação nuclear iniciada pelo físico J. Robert Oppenheimer, começando por impedir que Israel obtivesse as armas nucleares americanas. Mas o apoio dos EUA a Israel levou a outro nível de corrupção, o assassinato de um presidente. Outro motivo para a morte de Kennedy foi que ele pretendia desmantelar o FED, o Banco Federal Reserve que manipulava a riqueza dos EUA.

Fatos semelhantes ocorreram em Paris, pois Charles de Gaulle que liderou a resistência francesa também foi alvo das mesmas forças que mataram o Presidente Kennedy nos Estados Unidos; e escapou por pouco de mais de uma tentativa de assassinato pelos judeus, porque De Gaulle também se aliou aos árabes contra os sionismo beligerante, e acabou por ser derrubado na revolução colorida de 1968. Existe toda uma história como a França foi arruinada pelos sionistas e comunistas.

Em 1976, a ONU aprovou a Resolução 194 que garantiu que cada palestino poderia voltar para casa e receber uma indenização por danos físicos. Mas Israel ignorou esta obrigação assim como outras resoluções da ONU visto que mantêm a sua impunidade garantida pelo apoio maciço e inabalável dos EUA, uma nação a serviço de Israel. Em 2018, a impune pseudonação israelense comemorou 70 anos de ocupação ilegal da Cisjordânia, Jerusalém Oriental e das colinas de Golã.

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Atualmente, Israel mantêm os palestinos amontoados em guetos rigidamente controlados conhecidos como Gaza e Cisjordânia. Com a ajuda do parceiro Egito, Israel controla a entrada de alimentos, medicamentos, água e energia em Gaza, e os palestinos não têm permissão para entrar em Israel ou no Egito. No ano passado, um navio humanitário que trazia alimentos e remédios para o que sobrou dos palestinos foi abalroado por canhoneiras israelenses e saiu da área perigosa.

Na guerra da verdade a falta de honestidade é grande, tanto para os judeus quanto entre seus apoiadores americanos, como o ex-presidente Trump e o atual Joseph Robinette 'Joe' Biden Jr. Estes graúdos sionistas e apologistas tentam silenciar e proibir os movimentos de protesto pacíficos, como o esforço mundial de implementar sanções comerciais contra Israel, assim como procuram apagar da memória coletiva o massacre de Nakba: O Êxodo Palestino de 1948.

Em 2024, na guerra infanticida em Gaza, mais de 1.000 crianças tiveram um ou mais membros amputados desde a invasão israelense, revelou James Elder, porta-voz da Unicef, relatando que as crianças estavam a suportar '10 semanas de inferno aonde nenhuma delas conseguiria escapar'. James Elder relatou que os poucos hospitais estão sobrecarregados de crianças e adultos, todos suportando 'as feridas da guerra', e que muitos deles eram crianças que foram amputadas.

Disse um pai de uma criança gravemente doente: 'Nossa situação é pura miséria, e não sei se conseguiremos superar isso'. Devido ao 'total bloqueio' imposto por Israel ao enclave palestino e à escassez de remédios, anestésicos, electricidade, água corrente e provisão de gêneros alimentícios, destruídos a priori, os profissionais de saúde são forçados a realizar todas cirurgias em condições anti-higiênicas, o que aumenta a taxa de mortandade, e sem analgésicos disponíveis!

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Não é como se houvesse um desastre natural impedindo a anestesia de entrar em Gaza, disse Steve Sosebee, o criador do 'Fundo de Ajuda às Crianças Palestinas', em entrevista ao Democracy Now. É inimaginável que isso esteja acontecendo em nosso mundo moderno, disse ele. Ele acrescentou que o número de crianças amputadas provavelmente aumentará porque muitas dessas crianças apresentam lesões significativas que precisarão de amputações nas próximas semanas e meses.

Não só eles foram amputados sem anestesia, mas muitos deles foram amputados de forma muito rápida, acrescentou Steve Sosebee. Cerca de metade da minha lista de operações, que era cerca de 10 a 12 casos todos os dias, era formada por crianças, confirma o Dr. Ghassan Abu Sitta, um cirurgião baseado em Londres que viajou à Gaza para tratar dos pacientes em meio ao ataque israelense em curso. Ghassan relatou o fato em uma conferência de imprensa em novembro de 2023.

'Numa única noite que passei no Hospital Al-Ahli realizei amputações em seis crianças', disse o Dr. Ghassan Abu Sitta, em uma entrevista ao Middle East Eye. Ele confirma ter que realizar essas operações sem anestesia: 'Era uma das coisas mais difíceis que tive que fazer na minha carreira'. Antes da atual guerra, 15% das crianças palestinas enfrentavam dificuldades funcionais, enquanto 20% das famílias incluem pelo menos um membro com deficiência física ou mental.

O cerco israelense em curso ao enclave, que controla rigidamente o fluxo de pessoas, equipamentos médicos e produtos farmacêuticos dentro e fora da área, significa que a evacuação dos feridos para hospitais melhor equipados na Cisjordânia ocupada é impossível. As barreiras de acesso aos cuidados médicos são tais, que a definição da ONU dos 'indivíduos que necessitam de encaminhamentos médicos' formam um enorme grupo vulnerável dentro da população palestina.

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Muitos palestinos correm o risco de osteomielite (infecção óssea) pós-lesões se o tratamento médico for adiado. A escassez dos recursos médicos e as restrições à circulação na faixa de Gaza sitiada significam que muitas lesões tratáveis acabam por requerer uma amputação. Além disso, o acesso às próteses pós-amputação é extremamente difícil, mesmo antes das hostilidades atuais, com apenas um centro protético de membros operando no enclave sitiado.

Entre 2018 e 2019, as forças israelenses dispararam contra milhares de palestinos durante os protestos da Grande Marcha do Retorno, matando mais de 1.000 pessoas, incluindo 300 crianças e ferindo mais de 10.000. Dentre os mais de 7.000 dos ferimentos causados pelas munições mortais, 90 % foram lesões nos membros das vítimas, sendo necessárias amputações irrestritas e mortais em centenas destas vítimas do caos deflagrado pelos israelenses.

Após o ataque aos manifestantes da Marcha do Retorno, Israel negou sua responsabilidade pelos palestinos feridos e impediu as solicitações de autorização médica para acesso ao tratamento especializado na Cisjordânia ocupada, em Jerusalém Oriental e nos muitos hospitais israelenses. Segundo Ghada Majadi e Hadas Ziv, se os pacientes tivessem acesso a qualquer tratamento especializado, muitos amputados poderiam ter salvado seus membros, evitando uma vida penosa de sacrifício!

O número confirmado de mortos palestinos nos ataques israelenses na Faixa de Gaza aumentou para mais de 100.000, informou o Ministério da Saúde do território palestino na quarta-feira, 27 de dezembro de 2023, sendo 70% das vítimas representadas por mulheres e crianças. Outros milhares também ficaram feridos nos ataques israelenses ao enclave sitiado na Faixa de Gaza.

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Na quinta-feira, 29 de fevereiro, Israel lançou um ataque surpresa contra palestinos que se reuniram em 'food trucks' na Cidade de Gaza. De acordo com numerosos relatos mais de 700 pessoas foram mortas a tiros enquanto tentavam obter alimentos desesperadamente necessários, relatou a 'Quds News Network': "Os palestinos se aproximaram dos caminhões e os tanques e aviões israelenses começaram a atirar contra os requerentes da ajuda".

"Os tanques avançaram e atropelaram muitos corpos mortos e também os feridos. É um massacre, além da fome que ameaça os cidadãos em Gaza", disse o correspondente Ismail al-Ghoul. "Médicos e o staff de apoio em Gaza são forçados a tratar os pacientes em situações cada vez mais terríveis, à medida que Israel continua a bloquear a entrega de provisões, água, medicamentos e o fornecimento básico de alimentos, com o apoio e a cumplicidade dos Estados Unidos".

"Nos últimos seis meses as forças israelenses destruíram 155 instituições de saúde e deixaram 50 hospitais destruídos ou parcialmente fora de serviço", segundo o Dr. Ashraf al-Qedra, porta-voz do Ministério da Saúde palestino em Gaza. A situação sanitária é absolutamente catastrófica e não pode ser descrita com palavras, está a piorar e deteriorar-se ainda mais devido à falta da ajuda médica necessária, afirmaram os observadores neutros da OMS.

A Organização Mundial da Saúde disse que a taxa média de ocupação de leitos nos hospitais de Gaza é de quase 300 por cento. Durante dois meses Israel sitiou o Hospital Al-Amal na cidade de Khan Younis, na parte sul de Gaza, e não satisfeitos, as forças israelitas atacaram o hospital pelo menos 40 vezes desde meados de Janeiro, matando dezenas de palestinos e deixando as instalações totalmente incapacitadas, segundo as Nações Unidas.

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Centenas de pacientes e membros das famílias deslocadas, mais as equipes médicas, ficaram acuados dentro do prédio durante semanas, enquanto os tanques e atiradores israelenses cercavam o complexo hospitalar. Sem comunicações nem medicamentos, e com pouca esperança, isso é o que se tornou operar num hospital em uma zona de guerra em Gaza, de acordo com uma equipe de médicos presos durante semanas dentro do sitiado Hospital Al Amal, em Khan Younis.

À medida que a guerra em Gaza entra no seu sétimo mês, as forças israelitas continuam a atacar instalações de saúde, sendo o Hospital Al Amal um dos últimos a suportar um cerco mortal de semanas. Israel afirma que o Hamas opera em hospitais, mas as autoridades palestinas e os profissionais médicos refutaram essas alegações infundadas. Os edifícios continuam a ser atingidos por disparos, cortes nas comunicações e detenção de profissionais de saúde.

Existe a escassez drástica de bens essenciais e restrições sobre os fornecimentos vitais que podem entrar no complexo, de acordo com as agências de notícias. "Muitos casos cirúrgicos foram adiados, alertou o Dr. Al-Qudra, lembrando que se passaram meses sem que muitas operações fossem realizadas, desde mastectomias e tiroidectomias. As operações não foram realizadas em nenhum hospital e a maioria dos pacientes morreu ou está sofrendo", disse Al-Qudra.

Danos extensos também forçaram a administração a tentar transferir pacientes para obter os cuidados de que necessitam, depois que o teto do terceiro andar desabou. Ele disse que agora iriam encaminhar cerca de 60 pacientes para outros hospitais próximos. Mas os restantes hospitais em Gaza estão superlotados, em Rafah, 80 recém-nascidos, os pequeninos palestinos, partilhavam e revezavam-se entre só 20 incubadoras, segundo o UNFPA.

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Waheed Qudih, consultor cirúrgico do Hospital Al Amal, estava entre a equipe médica presa lá dentro durante o cerco."Esta é a primeira vez que vemos o sol", disse ele, referindo-se à chegada de uma missão conjunta da ONU às instalações atingidas esta semana. "Não saimos da porta do hospital desde 21 de janeiro", completa. Ele, assim como outros, ficou no local para ajudar pacientes feridos. "Realizamos muitas cirurgias em pacientes acidentados, cirurgia geral e ortopedia", explicou.

"Salvamos a vida de muitos pacientes e fizemos o que podíamos com instalações limitadas. A missão teve que deixar para trás pacientes não críticos" , disse um porta-voz do OCHA (agências para os assuntos humanitários) na terça-feira , destacando que os militares israelenses não deram qualquer informação ou comunicação sobre o motivo pelo qual as ambulâncias da missão foram detidas por 12 horas, nem porquê os paramédicos foram detidos e obrigados a despir-se.

Athanasios Gargavannis, cirurgião de trauma da equipe de emergência da OMS, disse que o nível de devastação que testemunhou é além do imaginável, pois ainda há pacientes nos leitos. Nossa principal prioridade é identificar e encaminhar vários deles para que possam continuar a receber cuidados. À medida que os atrasos crônicos continuam pelos manifestantes israelitas bloqueando a ajuda em Gaza, as nações recorreram aos lançamentos aéreos de ajuda de emergência.

No Hospital Al Amal, o Dr. Al-Qudra disse que antes da guerra mantinha 100 leitos, centrado na saúde materno-infantil, e era capaz de satisfazer as necessidades cirúrgicas básicas e de medicina interna, ao mesmo tempo que prestava serviços especializados de reabilitação. "A destruição causada pelo bombardeio do terceiro andar reduziu a capacidade para cerca de 50 leitos. Os suprimentos são escassos e os apagões nas comunicações continuam", completa o doutor.

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Na quarta-feira, a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino disse que as forças israelenses continuaram a deter membros do hospital por quase três semanas, incluindo um médico, um técnico de anestesia e a equipe da ambulância, que foram levados sob custódia durante a operação de Israel no Hospital Al Amal, de acordo com relatos da mídia. Em Gaza não há respeito por qualquer regra ou lei humanitária relacionada com o pessoal médico, sublinhou o Dr. Al-Qudra.

Hoje, as colônias ilegais de Israel são a ponta de lança do que os críticos chamam de limpeza étnica em câmera lenta da Palestina. Os assentamentos para judeus e os postos de controle militares onipresentes transformaram a Palestina num real estado de apartheid. As incursões periódicas em Gaza, trazendo disparidades de mais de 100 mortes de cada vez, somadas ao massacre de famílias inteiras e às duradouras privações econômicas, foram condenadas como crimes de guerra!

Apesar de todo o sofrimento o povo palestino permanece estóico, mesmo pesando as enormes probabilidades contra eles. As vozes dissidentes entre as gerações anteriores de sionistas já previam que este fato aconteceria, e ainda ecoa uma advertência de Ahad Ha'am em 1891, de que os nativos não vão apenas se afastar com tanta facilidade; bem como o aviso de Ben-Gurion de que um povo lutando contra a usurpação da sua terra e pela sua família não se cansará tão facilmente.





2 comentários:

Anônimo disse...

São um bando de animais perigosos com sede do sangue dos inocentes!

Anônimo disse...

Esta corja não deve estar solta entre os verdadeiros seres humanos...