21 março 2024

A PÁSCOA - THE EASTER

PÁSCOA

A Páscoa é a celebração da Ressurreição de Jesus após a Crucificação e a Revelação da Palavra de Deus avisando que Seu Filho Jesus sofreria e morreria para resgatar a humanidade da desgraça do pecado mortal. Homenagear a Ressurreição de Jesus Cristo é uma forma de renovar diariamente a certeza da vitória do Bem sobre o mal. A Páscoa é o evento mais significativo e siimbólico da religião cristã!

A Páscoa acontece após os quarenta dias subsequentes à quarta-feira de cinzas, o momento em que os cristãos, católicos e todas comunidades e denominações cristãs, dedicam-se à observância e um preparação espiritual na data da Ressurreição de Jesus. Nesta época muitos cristãos manifestam uma intensa alegria pelo resgate da alma humana, a dádiva do Nosso Senhor Jesus Cristo.

A semana que antecede a Páscoa é denominada Semana Santa, que inclui o Domingo de Ramos: o dia em que Jesus entrou em Jerusalém, a Quinta-feira Santa: a Última Ceia aonde Jesus se encontrou com Seus discípulos, e a Sexta-feira Santa: quando Jesus foi crucificado. O padrão de quarenta dias que marca a cronologia da Páscoa refere-se ao número de dias que Jesus passou orando no deserto.

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A Páscoa é uma data importante para o Cristianismo uma vez que fundamenta toda a Fé Cristã. Jesus Cristo, o Filho Único de Deus, cumpriu a Palavra do Pai, e por intermédio da Sua morte legou o dom da Vida Eterna para aqueles que crêem em Deus. Os primeiros cristãos celebravam a Páscoa na semana após à Ressurreição de Jesus, especialmente na região ocidental do antigo Império Romano.

O Imperador Constantino estabeleceu que o Cristianismo devia se afastar do judaísmo, e que a Páscoa cristã não seria celebrada na data do pessach judaico: a festa que comemora a fuga dos judeus-edomitas do Egito. Desta forma, o Concílio de Nicéia presidido por Constantino decidiu que a festa cristã celebrando a Ressurreição fosse comemorada na primeira lua cheia após o equinócio da primavera.

Os primeiros cristãos respeitavam o jejum durante a época da Quaresma, e os ovos das aves eram os únicos alimentos permitidos, como ainda acontece na tradição ortodoxa oriental. Os ovos pintados de vermelho, às vezes com uma insígnia da cruz, que serviam para presentear os amigos e familiares, são uma das tradições ortodoxas e cristãs orientais. Eles eram abençoados no final da vigília pascal e distribuídos aos fiéis.

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No século IV, na tradição oriental, os ovos pintados de vermelho representando o sangue de Cristo eram abençoados na época da Páscoa. Denominado de 'Benedictio Ovorum', a bênção dos ovos, chegou ao Ocidente no século XII, talvez trazido do Oriente pelos Cruzados. Esta tradição que atravessou nações e criou raízes no futuro, visto que as crianças comem doces e chocolates com formatos de ovos na Páscoa!

Na época medieval era costume presentear os empregados com ovos de galinha pintados. Em 1290, Eduardo I da Inglaterra mantinha 500 ovos cobertos com folha de ouro para oferecer aos membros da casa real e staff no dia da Páscoa. Mais tarde, as famosas ourivesarias de Fabergé tornaram-se conhecidas por criar lindos ovos de Páscoa, ricamente adornados com pedras preciosas, para a Corte Imperial da Rússia.

No norte da Europa o costume de pintar os ovos com cores vivas, abençoá-los e oferecê-los de presente durante a Páscoa remonta há muitos séculos. O antigo Rito Romano aborda a existência de uma antiga bênção especial para os ovos da páscoa. Na atual Polônia, Lituânia, Ucrânia e na República Tcheca, os ovos são decorados com magníficos entalhes intrincados, e são considerados como verdadeiras obras de arte.

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Na Polônia e na Ucrânia, a elaboração da 'swieconka', a cesta pascal, envolve a bênção dos cestos com ovos e outros alimentos durante a vigília pascal. Depois, eles são presenteados aos parentes e amigos, e cada ovo apresenta um desenho único para combinar com o caráter da pessoa que recebe a dádiva. Ao voltar para casa após a vigília, a família quebra o jejum da Quaresma alimentando-se de ovos e outras iguarias.

Na Alemanha, centenas de ovos vazios eram pintados com cores vivas e pendurados nos galhos das árvores que eram denominadas como 'as árvores com ovos da páscoa', criando um visual muito festivo e decorativo nesta celebração rural. Os ovos também eram usados para adornar os vasos de flores e cestos cobertos com ramos verdes, geralmente servindo ​​como decoração no centro da mesa do banquete.

Em outras tradições européias os ovos da páscoa são oferecidos aos mortos. Nesta época festiva, depois de um serviço fúnebre, as pessoas retornavam ao cemitério entre um até três dias após a Páscoa, trazendo seus ovos abençoados e decorados para depositá-los sobre os túmulos dos parentes, enquanto entoam uma tradicional música pascal denominada 'cristo ressuscitou' em homenagem aos falecidos.

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As tradições do 'cordeiro da páscoa' também são muito antigas. Eles eram representados por uma cruz e o brasão da vitória, simbolizando a Ressurreição de Jesus Cristo. As Igrejas primitivas adotaram o cordeiro como um símbolo cristão. O Cordeiro de Deus, ou Agnus Dei em latim, era uma expressão utilizada intensamente no Cristianismo antigo, e ainda nos dias atuais, para se referir ao Nosso Senhor Jesus Cristo.

A oração mais antiga referente à bênção do Cordeiro de Deus encontra-se no sacramentário do século VII situado no mosteiro beneditino de Bobbio, na Itália. Roma adotou-a duzentos anos depois, e por muitos séculos um cordeiro foi servido no jantar durante a páscoa papal. Em tempos recentes, figuras do cordeiro elaboradas em bolos ou confeitos de chocolate tornaram-se populares na Europa durante a Páscoa.

Existem muitas tradições pagãs originárias dos períodos da Quaresma, Semana Santa e do Domingo de Páscoa. Entre estas tradições, as mais conhecidas incluem o coelho da Páscoa, os ovos coloridos e as cestas de presentes adornadas com flores e comestíveis. Mas o motivo que levou o coelho a ser associado à Páscoa cristã encontra-se nas celebrações e nas antigas crenças pagãs européias.

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É conhecida a taxa de fertilidade do coelho, e a fama traduziu-se na sua inclusão nos festejos pagãos. Na Alemanha, as crianças faziam ninhos para os filhotes de coelho usando chapéus velhos ou cestos de vime como suporte, e os colocavam em um lugar de destaque. Os ninhos das aves também eram enfeitados com ovos coloridos, o que provavelmente espalhou o costume do 'ovo da páscoa'.

A Alemanha deu origem à lenda de que o coelhinho trazia os ovos e os escondia no jardim, e os doces de confeitaria no formato de coelhos tornaram-se populares no início do século. Porém, não há qualquer base bíblica ou histórica para a existência do coelho da páscoa! Porém, uma vez que o costume pagão foi aceito, novas tradições começaram a crescer em torno dele e foram exportadas para a América.

E a conhecida caça ao ovo de Páscoa? Esta prática surgiu a partir da tradição das crianças alemãs correndo em busca de pretzels escondidos durante a época pascal. Desde que as crianças também escondiam seus cestos para que o 'coelhinho da páscoa' os enchesse de ovos durante a caça de pretzels, foi apenas um pequeno salto para começarem a esconder os ovos para achá-los em seguida.

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Há muito tempo que as roupas são associadas à ideia de novidade ou de um recomeço. O costume familiar de vestir roupas novas para a Páscoa provavelmente começou com os primeiros cristãos usando novas vestes brancas para o Batismo durante os serviços da Vigília Pascal. Mais tarde, o costume se expandiu, e o uso de roupas novas como celebração à uma nova Vida em Cristo foi adotado.

O lírio da páscoa foi outra novidade nas celebrações. Ao longo dos anos, os pintores usaram o lírio branco na representação artística de Nossa Senhora para simbolizar a pureza e inocência. Mas os floricultores não conseguiam fazer a flor desabrochar na Páscoa. Em 1880, a importação de bulbos de lírios para a Filadélfia resolveu o problema, pois estes floresciam na Páscoa, e a fama do lírio da páscoa espalhou-se no mundo.

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Jesus Cristo poderia simplesmente ter ignorado o terrível evento da crucificação que adviria, do qual pré-conhecia todos os detalhes, e caminhado para a liberdade. Porém, Ele sacrificou Sua Vida para que pudéssemos conhecer a Verdade da Ressurreição, e ensinou que durante a vida terrena podemos libertar nossa alma da escravidão do pecado, utilizando o livre arbítrio para livrar-nos da opressão do mal.

Jesus foi ao encontro da Sua Paixão e Morte com plena consciência da missão que devia realizar, e Seu sofrimento permitiu que a humanidade merecesse a Vida Eterna. Foi precisamente por meio do sacrifício que Jesus atingiu as raízes do mal que se embrenhavam nas almas humanas. Sua obra, o desígnio de Deus Pai, teve um caráter redentor para o Homem.

Que a atitude de vocês, cristãos, seja a mesma de Jesus Cristo, que embora fosse Deus não considerou que devia apegar-se ao mundo; e esvaziando-se do orgulho tornou-se semelhante aos homens da Terra. E tendo mantido a forma humana, humilhou-se e sofreu terrivelmente, mas sempre foi obediente ao Seu Pai até a morte na Cruz.

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Poucos entenderam Jesus, pois se tivessem entendido não teriam crucificado o Senhor da Glória. Todavia, como está escrito, olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que O amam. Mas Deus revelou a nós por meio do Espírito Santo, o qual sabe todas as coisas até às profundezas do Divino.

Um dos aspectos mais miraculosos da Crucificação de Jesus foi quando uma escuridão sobrenatural abateu-se sobre a Terra durante as três horas da Sua agonia. Este milagre foi descrito com precisão por Mateus, Marcos e Lucas em seus respectivos Evangelhos, assim como gravado para sempre por vários historiadores Cristãos e pagãos.

Em 215 d.C., Sexto Júlio Africano (em latim: Sextus Julius Africanus), professor e historiador Cristão nascido em Jerusalém, publicou em seu livro "História do Mundo" os escritos do historiador pagão Talos (Thallus). Astrônomos atuais confirmaram que Julius Africanus estava correto ao afirmar que não houve um eclipse do sol naquela época, pois o mesmo não poderia ocorrer no momento da fase da lua cheia, como acontecia no período da Páscoa.

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As obras de Talos são importantes pois confirmam a historicidade da Vida de Jesus, assim como fornecem validações não-cristãs dos relatos dos Evangelhos e, principalmente, como a Terra foi tomada pelas trevas durante a Morte de Jesus, fato também descrito nos três evangelhos sinópticos do Novo Testamento: Mateus, Marcos e Lucas.

Os registros do historiador-pagão Talos, que estava vivo na época da morte de Jesus, confirmou que uma escuridão total cobriu a Terra, fato registrado nos Evangelhos. Outra notável referência histórica sobre a escuridão sobrenatural foi encontrada em 138 AD nos manuscritos do historiador pagão Phlegon de Lydia, nascido em Tralles, Anatólia (atual Turquia). Em 300 DC, no seu livro "Crônicas", o historiador Eusébio cita e discorre sobre a obra literária "Olimpíadas" de Phlegon:

"Todos os fatos concordam com o que aconteceu no momento da Paixão do Nosso Salvador. No ano IV da Olimpíada houve uma extraordinária escuridão, que distinguiu-se entre tudo o mais que tinha acontecido antes. À sexta hora, precisamente o mesmo período de tempo do evento registrado no Evangelho de Mateus, o dia foi transformado em noite escura e foram vistas as estrelas no céu. A terra tremeu até a Bitínia (Anatólia) e derrubou muitas casas nas cidades". (Crônicas de Eusébio)

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A Ressurreição de Jesus é o manifesto da imortalidade da alma humana e o ponto crucial da vida espiritual. Compensa viver sob a perspectiva de que a essência humana subsistirá após a morte do corpo, não importando o custo dos sofrimentos envolvidos neste caminho para a Eternidade. Sem esta esperança oferecida por Jesus a vida dos cristãos não teria muito sentido, mesmo com os triunfos e alegrias que compartilhamos.

Jesus Cristo é a personificação da hipóstase, a união da natureza divina e humana na mesma pessoa, verdadeira e plenamente Deus e simultanemente Homem. Quando os romanos e os edomitas-talmúdicos torturaram Jesus Cristo, eles sabiam que matavam o Deus dos cristãos. E quando Jesus Cristo ressuscitou, foi o Deus Único que ressuscitou para oferecer a nossa Salvação. Assim, a Páscoa representa uma época de esperança e amor na humanidade.

Que Deus os abençoe nesta Páscoa, e para sempre!





2 comentários:

Anônimo disse...

Feliz Páscoa para você, Watch, e obrigado pelas postagens cheias de informações e alertas. Esteja com Deus...

Anônimo disse...

Esperança é tudo que precisamos nesta época atual, Feliz Páscoa na Graça de Deus!