09 abril 2024

O BEM E O MAL - GOOD AND EVIL


GOOD AND EVIL

Por que Deus permite o mal é uma das perguntas mais difíceis de explicar, porque tudo o que o Senhor faz é para nosso benefício, sem exceção. Uma das razões porque Deus permitiria que coisas ruins acontecessem é que Ele sabe que um dia vamos nos beneficiar com estas experiências. Algumas provações na Terra são explicadas pela mortalidade humana e outras por originar de pessoas que tomam decisões erradas, pois Deus respeita o livre arbítrio.

Deus poderia mudar a virtude do ser humano para que não nunca pecasse, mas isto significaria que não teríamos o livre arbítrio, e não seríamos capazes de escolher entre o certo e o errado porque seríamos programados para somente agir corretamente. Se Deus tivesse escolhido esta opção não haveria relações significativas entre Ele e a Criação, visto que vivemos em um mundo onde podemos escolher nossas ações mas não suas consequências.

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Uma das opções seria que Deus julgasse e removesse aqueles que escolhem cometer maldades, mas o problema com esta possibilidade é que não sobraria quase ninguém, pois teria que remover muitos dentre nós. Somos pecadores por natureza pois cometemos erros, e várias pessoas praticam crueldades que trazem consequências más para a correção humana, consequências fora da normalidade pelo seu comportamento errado.

Haverá um dia em que Deus julgará o pecado para renovar todas as coisas e, por enquanto, Ele está permitindo mais tempo para que as pessoas se arrependam e não precisem mais ser julgadas pelo seu erro. Ao criar as Leis do Antigo Testamento Ele estabeleceu que se desencorajasse e punisse o mal, que traz graves consequências aos que cometem atos malignos, especialmente contra os inocentes do Novo Testamento.

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Deus não criou um mundo ao qual só Ele tem acesso e nem o fez perfeito. Ele o criou aberto às possibilidades e aperfeiçoamentos, colocou homens e mulheres para habitá-lo e completá-lo, tornando-nos inteligentes e livres, e nos deu espaço para desenvolver nossos talentos. Neste sentido, chamando-nos à existência, Ele nos colocou à prova e confiou-nos a tarefa de fazer o bem de acordo com as possibilidades. E isso é com frequência uma tarefa diifícil.

A humanidade foi responsável desde o princípio como a fonte do bem e do mal. E tudo que há de errado no mundo deve-se ao uso indevido da liberdade e à capacidade que temos de destruir as obras de Deus em nós mesmos, privando-nos da liberdade. Quando fazemos isso abdicamos de Deus e nossos corações ficam mais obscuros. Esta é a raiz do verdadeiro mal que mais devemos temer, o pecado mortal, pois dele provem a ofensa primária à Deus.

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O mal absoluto é a outra face do amor que a realidade expõe quando falta o bem. O mal é a privação do bem e precisa apoiar-se no espírito humano para existir. Sofremos quando experimentamos a ausência do bem pois a culpa produz um dano, mas nem sempre isso acontece mesmo quando somos culpados. Deus nos testa, mas sempre mantém Sua Graça para podermos nos reerguer e crescer no Seu Amor, que é o significado último do Bem.

Nesta ótica, o sofrimento natural que está presente e inscrito em nosso ambiente criado adquire um certo significado e traz a fadiga do ser humano para saber mais e progredir. Porém, a decadência que nos deteriora pela falta de harmonia dos fenômenos naturais podem desarrumar a ordem da Criação. Estes são sofrimentos que não podemos evitar ou que não dominamos e controlamos, mas que estão inscritos na condição original do Universo.

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Não é fácil entender porque Deus permitiu um Universo onde pode haver destruição e que às vezes não parece voltar-se para a bondade e o amor. Uma luz possível nesta incoerência, sem intervenção de novas causas, vem do fato de que a destruição causada pelos fenômenos naturais resulta da nossa liberdade, ou seja, a capacidade que temos de rejeitar à Deus. Assim, o habitat em que vivemos no mundo físico também pode se tornar um lugar terrível.

O nosso coração foi feito para amar a Deus e manter Jesus em seu interior, porém pode até ser um lugar triste e escuro. E isto geralmente acontece quando deixamos nos levar pelas sementes que o mal plantou. Então, quando contemplamos uma natureza descontrolada que causa destruição, devemos refletir que Nosso Senhor nos mostra um símile de um mundo em que Ele não reina; como num coração que rejeita o amor, a justiça e a paz eternas.

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Mas o que esclarece o sentido do mal é a Cruz de Jesus e Sua Ressurreição, que nos indicou que o sofrimento pode ser uma prova do amor. O sofrimento de Jesus Cristo foi redentor porque seu amor pelo Pai e pelos homens não retrocedeu diante da rejeição e injustiça tardias. Ele deu Sua Vida por nós, pecadores, e nos abençoou com toda a Sua dedicação e amor. A Cruz de Jesus tornou-se a fonte de vida para a humanidade; o símbolo do espírito humano.

Jesus Cristo foi responsável pela destruição do pecado, pois seu amor ao Pai tirou os pecados do mundo que não pode superar o amor que prevaleceu pelo bem da humanidade. A humildade e extensão do amor é uma força imbatível, a mais abrangente de todas, que a nenhuma outra pode-se comparar. Nossos sofrimentos humanos também podem ser redentores quando são frutos do amor ou são transformados por ele, nesta hora participamos da Cruz de Cristo.

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Na realidade, não é o grau do sofrimento que redime, mas sim a caridade contida nele. No aspecto humano o amor tem a capacidade de modelar nossa vida. A mãe que não poupa esforços para a felicidade dos filhos, o irmão que se sacrifica pelo irmão necessitado ou doente, aquele que perde a vida pela paz; são exemplos dos que sobrevivem na memória dos protagonistas, quando o mal se transforma em bem por meio da ação do Espírito Santo.

Agora, para tentar explicar o significado do mal podemos adicionar uma consideração final: Embora o mal esteja presente na vida do ser humano, Deus sempre nos oferece Sua benção, na forma da paz final, nos termos da vida de cada um de nós. Deus nos ama, aprecia Sua Criação, e nos reserva a última benção que é a esperança do mundo através do amor criador onipotente, o mesmo amor que se manifestou durantte a Ressurreição de Jesus Cristo.

GOOD AND EVIL

A vida de Jesus não demonstra apenas o amor do Seu Pai, mas o poder de acrescentar tudo que não correspondeu à justiça dos homens, quando parecia que Deus não estava presente e deixou que o mal e a dor acontecesse. Mas é interpretado desta forma porque não chegamos a compreender toda a complexidade da mensagem de Deus. Jesus Cristo também experimentou o momento terrível de abandono na Cruz, porém sofreu-o com amor e abnegação total, seguindo vitorioso à Glória Eterna junto ao Deus Pai.

Em muitas ocasiões diante da dor alheia nos sentimos impotentes, quando só podemos fazer o mesmo que o bom samaritano faria: oferecer carinho, ouvir, acompanhar e estar ao lado. Cada um de nós pode ser um bom samaritano que cura as feridas do próximo, e neste momento somos iguais à Jesus. Nós precisamos ser cuidados quando algo nos atinge, como a morte de um ser querido. E se você sente a dor da solidão aproxime-se dos que estão sózinhos.

São Josemaria Escrivá

O sofrimento permanece um mistério que pela ação salvadora de Jesus nos abriu para fazer o bem ao próximo. Por toda parte existem crianças excluídas porque a vida as abandonou, e não sentem o carinho de uma família. E como podem sair desta experiência negativa de abandono, distância e falta de amor? Precisamos fazer à elas o que recebemos: se foi o espírito da complacência sejamos compreensivos, se foi caridade devemos amá-las como um parente.

Muitas pessoas sentiram o carinho que Deus reservou para os momentos mais difíceis da vida, como os leprosos cuidados por Santa Teresa de Calcutá e os tuberculosos que São Josemaria Escrivá consolava espiritual e materialmente, ou mesmo os moribundos tratados com respeito e amor por São Camilo de Lelis. Estes cristãos abnegados revelam os momentos em que a dimensão espiritual se desdobra movida pelo amor de Jesus, dignificando atos extremos.





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