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21 janeiro 2013

A CRIAÇÃO - CREATION - 1ª PARTE


Criação

No princípio Deus criou os Céus e a Terra, e viu tudo quanto tinha feito e eis que era muito bom. Tudo que está na Terra foi criado dos elementos da Terra e foi trazido pela água e pela terra ao comando de Deus, exceto a alma do homem, que carrega em si mesma a imagem e a semelhança de Deus.

O mundo foi criado por Deus para que outros seres glorificando-O, possam ser participantes em Sua bondade. Deus criou o mundo perfeito!

No entanto, o Apocalipse não diz que o mundo presente era perfeito em tal extensão que não teria necessidade de um aperfeiçoamento, fosse nos dias de sua Criação ou nas suas condições mais tardias e presentes.

A Revelação Divina nos ensina que a presente condição do mundo será substituída em algum momento por uma melhor e mais perfeita, quando existirão "novos Céus e nova Terra", e a própria Criação será libertada da servidão da corrupção.

Criação

Por meio de seu relato da Criação, Moisés pretendeu instilar em seu povo e em toda a humanidade, as verdades fundamentais de Deus, do mundo e do homem. A Glória, Graças e Oração, somente são possíveis  sobre as bases que foram dadas no relato de Moisés sobre a Criação do mundo.

Sem o conhecimento de um Deus Pessoal nós não poderíamos nos voltar para Ele. Na hierarquia da Criação terrena o homem é colocado no degrau mais alto, e ocupa a posição reinante em relação a todos os seres terrestres. Mesmo sendo terreno, devido aos seus dons, ele se aproxima dos seres celestes pois é "pouco menor que os anjos".

Moisés descreve a origem do homem desse modo: "Todas as criaturas da Terra foram criadas e Deus disse, façamos o homem à Nossa imagem, conforme Nossa semelhança, e que ele tenha domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos Céus e sobre toda a Terra, e criou Deus o homem à Sua imagem. Formou o Senhor Deus o homem do pó da Terra, e soprou em seus narizes o fôlego da Vida, e o homem foi feito alma vivente".

Criação

De acordo com a descrição do Gênesis, Deus criou o corpo do homem de elementos terrestres já existentes. Ele o criou de um modo muito especial, não somente por Seu comando ou palavra, como foi feito na Criação de outras criaturas, mas por Sua ação direta. Isso mostra que o homem é um ser que ultrapassa todas as outras criaturas desde o começo de sua existência.

Além disso, é dito que Deus soprou em sua face o sopro da Vida e que o homem tornou-se alma vivente. Alguém que recebeu o "sopro da Vida", nessa expressão figurativa, "da boca do próprio Deus", é então uma união viva e orgânica do terreno com o celeste, do material com o espiritual.

O corpo deve servir como organismo e também como companheiro da alma. A alma tanto pode rebaixar-se até se transformar numa escrava do corpo ou, sendo guiada por um espírito iluminado, tornar o corpo seu obediente executor.

Dependendo da alma, o corpo pode ser um vaso de impureza pecaminosa e loucura ou transformar-se num templo de Deus, participando com a alma da Sua Glória. Mesmo com a morte do corpo, a ligação com a alma não é cortada para sempre.

Virá o tempo quando os corpos dos homens se levantarão numa forma renovada e serão unidos de novo com suas almas, agora para sempre, para tomar parte na eterna benção ou tormento, correspondendo às boas ou más obras realizadas pelos homens no curso da vida terrena.

Creation

Uma visão ainda mais completa com respeito à natureza da alma, é ensinada pela palavra de Deus. Na Criação da alma Deus não tomou nada da Terra, mas concedeu-a ao homem somente pelo Seu próprio sopro criativo.

Isso mostra claramente que, na concepção da palavra de Deus, a alma humana é uma essência completamente separada do corpo e de toda a matéria, tendo uma natureza celeste.

A elevada proeminência da alma do homem, comparada com tudo que é terreno foi expressa pelo Senhor Jesus Cristo nas palavras: "Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Que dará o homem em recompensa da sua alma?" O Senhor instrui Seus discípulos: "E não temais os que matam o corpo, pois não podem matar a alma".

O posicionamento correto de que a alma é de origem celeste não significa que ela é divina em essência. "Ele soprou o fôlego da vida" é uma expressão antropomórfica, e não significa que Deus deu alguma coisa da Sua substância Divina.

Creation

A alma não é incondicionalmente sujeita aos impulsos do corpo, porque ela é capaz de entrar em guerra com o corpo, como se fosse alguma coisa estranha e hostil a ela. A alma é capaz de obter domínio sobre o corpo, mostrando assim que não é a mesma coisa que ele, mas uma essência invisível, de natureza diferente, superando toda natureza corpórea.

A observação mostra que a Fé na imortalidade da alma é intrinsecamente ligada na Fé em Deus, em tal extensão que o grau da primeira é determinado pelo grau da última. Mais viva a Fé em Deus, mais firme e sem dúvidas é a Fé na imortalidade da alma. E ao contrário, quanto mais fraca a Fé em Deus, maiores são as ondas de dúvidas que se levantam contra a imortalidade da alma.

Alguém que perdeu ou abafou completamente a Fé em Deus, usualmente cessa de acreditar na imortalidade da alma ou na vida futura. Isso é facilmente compreendido, porque homem recebe o poder da Fé da própria Fonte da Vida. Se ele corta sua ligação com essa fonte ele perde esse fluxo de Poder Vivo, e nenhuma prova racional ou persuasão será capaz de fazê-lo retornar ao poder da Fé.



12 janeiro 2013

OS MENSAGEIROS DE DEUS - THE MESSENGERS OF GOD - 2ª PARTE


anjos-mensageiros-Deus

Os anjos são espíritos perfeitos. Eles ultrapassam o homem no seu poder espiritual. No entanto, como seres criados, os anjos carregam em si o selo da limitação. Sendo incorpóreos, eles são menos dependentes de espaço e lugar.

Por assim dizer, passam através de vastos espaços com extrema rapidez, aparecendo onde quer que seja necessária sua ação. No entanto, não se pode dizer que eles sejam inteiramente independentes de espaço e lugar, nem que estejam presentes em todo lugar.

As Sagradas Escrituras às vezes mostram anjos descendo do Céu para a Terra, às vezes subindo da Terra para o Céu. Deve-se supor que eles interajam tanto no Céu quanto na Terra ao serem enviados por Deus.

São Basílio escreve: "Nós cremos que cada um dos poderes celestes tem um lugar definido. Pois o anjo que estava frente a Cornélio não estava ao mesmo tempo com Felipe, e o anjo que falou a Zacarias não estava ao mesmo tempo ocupando seu próprio lugar no Céu".

Da mesma forma São João ensina: "Os anjos são circunscritos, pois quando eles estão no Céu eles não estão na Terra, e quando eles são mandados para a Terra por Deus, eles não permanecem no Céu".

A imortalidade é um atributo dos anjos claramente testificado pelas Escrituras, as quais ensinam que eles não podem morrer. No entanto, sua imortalidade não é uma imortalidade Divina, porque isso é algo auto-existente e incondicional. Ao contrário ela depende, assim como a imortalidade da alma humana, inteiramente da vontade e misericórdia de Deus.

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Como espíritos imateriais, os anjos são capazes de autodesenvolvimento interno até o mais alto grau. Suas mentes são mais elevadas que a mente humana. De acordo com a explanação do Apóstolo Pedro, em sua força e poder eles ultrapassam todos os governos e todas as autoridades terrenas. A natureza de um anjo é mais elevada que a natureza de um homem. Porém, os exaltados atributos dos anjos têm seus limites.

As Escrituras indicam que eles não conhecem as profundezas da Essência de Deus, que é conhecida somente pelo Espírito de Deus: "Assim ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus". Eles não conhecem o futuro, o qual também é conhecido somente por Deus: "Mas daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos que estão no Céu".

Da mesma forma eles não entendem completamente o mistério da Redenção, apesar de pretenderem nele penetrar. Eles nem mesmo conhecem os pensamentos humanos. Finalmente, eles não podem por si próprios, sem a vontade de Deus, fazer milagres: "Bendito seja o Senhor Deus, o Deus de Israel, que só Ele faz maravilhas".

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As Sagradas Escrituras apresentam o mundo angélico como extraordinariamente grande. Quando o Profeta Daniel teve uma visão, foi revelado para seu espanto que "milhares de milhares serviam a Deus, e milhões de milhões estavam diante Dele". Uma multidão de anjos celestiais louvou a vinda do Filho de Deus à Terra.

São Cirilo de Jerusalém disse: "Calculem quantas são as nações romanas, quantas tribos bárbaras vivem agora e quantos morreram nos últimos cem anos. Calculem quantas nações foram enterradas durante os últimos mil anos e todos os homens de Adão até hoje. Na verdade é uma grande multidão! Mas ainda é pouco, porque os anjos são muito mais".

"Eles são as noventa e nove ovelhas, mas a humanidade é apenas uma. Pois de acordo com a extensão do espaço universal, nós devemos calcular o número de seus habitantes. A Terra inteira não é senão um ponto no meio do céu, e mesmo assim contém tão grande multidão. Que multidão deve conter o Céu que envolve a Terra? E o Céu dos céus, não deve conter números inimagináveis?", completa São Cirilo.

Está escrito, milhares e milhares O serviam e milhões de milhões estavam diante Dele. Não que a multidão fosse só desse tamanho, mas o Profeta não conseguiu expressar mais do que isso.

Com tal multidão de anjos, é natural supor-se que, assim como no mundo material, existam vários graus de perfeição e portanto vários estágios ou graus hierárquicos dos poderes celestes. Assim, a palavra de Deus chama alguns deles de "anjos" e outros de "arcanjos".

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Nós encontramos a enumeração dos nove coros de anjos nas Constituições Apostólicas. As "Constituições Apostólicas" são uma coleção de textos do IV e V séculos sobre a doutrina, louvação e disciplina Cristãs que dão muita informação sobre a vida da Igreja dos primeiros tempos.

Tendo algum respeito por ser um texto Cristão antigo, mas devido a algumas adições feitas a ele em diferentes épocas, não tem a autoridade da Igreja como outros textos dos primeiros tempos.

São Gregório opina sobre esse assunto: "Nós aceitamos nove categorias de anjos, porque por testemunho da palavra de Deus nós conhecemos sobre os anjos, arcanjos, potestades, autoridades, principados, dominações, tronos, querubins e serafins.

O Apóstolo Paulo enumera outras quatro categorias em sua Epístola aos Efésios, dizendo: "Deus Pai colocou Seu Filho acima de todo o principado e poder, potestade, e domínio".

Em sua Epístola aos Colossenses Paulo escreve: "Nele foram criadas todas as coisas que há no Céu e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, dominações, sejam principados, sejam potestades".

Assim, quando juntamos tronos a esses quatro dos quais Paulo fala aos Efésios, isto é, principado, poder, potestade e domínio, temos cinco categorias separadas, e quando juntamos a elas os anjos, arcanjos, querubins e serafins, está claro que existem nove categorias de seres espirituais.


11 janeiro 2013

OS MENSAGEIROS DE DEUS - THE MESSENGERS OF GOD - 1ª PARTE


angels-God-messengers

O primeiro e mais alto lugar na hierarquia dos seres criados é ocupado pelos espíritos puros e imateriais. Eles são seres não só comparativamente mais elevados e mais perfeitos, mas também tem muita influência na vida dos homens, apesar de serem invisíveis para nós.

Tanto o hebraico "mal·ákh" como o grego "ág·ge·los" significam literalmente "mensageiro". Essa palavra caracteriza bem o seu serviço para a raça humana.

O gênero humano soube de sua existência desde os primeiros dias do Paraíso. Nós vemos um reflexo desse fato também em outras religiões antigas, não só no Judaísmo. Desde o primeiro livro da Bíblia até o último, estas palavras ocorrem centenas de vezes.

Depois que o gênero humano caiu no pecado e foi banido do Paraíso, um querubim com uma espada flamejante foi posto para guardar a entrada do Paraíso.

Abraão, quando enviou seu servo para Naor, encorajou-o com a convicção de que o Senhor enviaria seu anjo com ele e orientaria seu caminho. Jacó viu anjos, tanto durante o sono, na visão da escada mística no caminho para a Mesopotâmia, quanto acordado, no caminho de volta para o lar, para Esaú, quando viu um "exército" dos anjos de Deus.

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Nos Salmos os anjos são citados frequentemente: "Louvai-o, todos os seus anjos. Aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos".

Similarmente, nós lemos acerca dos anjos no livro de Jó e nos Profetas. O Profeta Isaías viu serafins rodeando o trono de Deus. O Profeta Ezequiel viu querubins na visão da Casa de Deus.

O Novo Testamento contém muita informação e muitas menções de anjos. Um anjo informou Zacarias sobre a concepção do Precursor. Um anjo informou a Santíssima Virgem Maria sobre o nascimento do Salvador, e apareceu a José enquanto este dormia.

Uma multidão numerosa de anjos cantou a glória da Natividade de Cristo. Um anjo anunciou aos pastores a boa nova sobre nascimento de Jesus. Anjos serviram a Jesus Cristo depois das tentações no deserto. Um anjo apareceu para dar-Lhe forças no jardim de Getsemani. Anjos informaram às mulheres sobre a Sua Ressurreição.

Os Apóstolos foram informados por eles sobre a Sua segunda vinda, na hora de Sua Ascensão ao Céu. Anjos libertaram Pedro e outros Apóstolos. Um anjo apareceu para Cornélio e deu instrução a ele para chamar o Apóstolo Pedro e instruí-lo na palavra de Deus.

Um anjo informou ao Apóstolo Paulo que ele tinha que se apresentar diante de César. Uma visão de anjo é a base das revelações dadas a São João no Apocalipse.

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No Credo nós lemos, "Creio em um só Deus, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis." O invisível mundo angélico foi criado por Deus, e criado antes do mundo visível.

"Quando as estrelas foram feitas, todos meus anjos me louvaram com alta voz, disse o Senhor a Jó". O Apóstolo Paulo escreve: "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos Céus e na Terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades".

A palavra "Céu" no começo do livro da Gênesis, não é o céu físico, que foi formado depois, mas o Céu invisível, o lugar de morada dos poderes do alto.  Deus criou os anjos muito antes de ter criado o mundo visível.

São Gregório reflete sobre isso: "Para a bondade de Deus não era suficiente estar ocupada só com a própria contemplação, mas era necessário que o bem se estendesse mais e mais, para que o número daqueles que viessem a receber graça fosse tão grande quanto possível, porque essa é a característica da mais elevada bondade. Assim, Deus divisou primeiro de tudo os poderes angélicos celestiais e o pensamento tornou-se ação, que foi executada pelo Verbo e aperfeiçoada pelo Espírito".

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Assim que as primeiras criaturas estavam no Seu agrado, Deus divisou outro mundo, material e visível, a composição ordenada do Céu e da Terra, e daquilo que está entre eles.

Por sua natureza, anjos são espíritos ativos que têm inteligência, vontade e conhecimento. Eles servem a Deus, preenchem Sua vontade providencial e O glorificam. São espíritos imateriais e, porque eles pertencem ao mundo invisível, não podem ser vistos por nossos olhos corporais.

Ensina São João: "Os anjos, não aparecem exatamente como eles são mas sim como Deus quer que eles apareçam. Eles aparecem nas mais diferentes formas, como pode ser visto por aqueles que os contemplam. Comparado conosco, o anjo é um ser incorpóreo e imaterial, mas se comparado com Deus, que é incomparável, tudo prova ser grosseiro e material, pois só a Divindade é verdadeiramente imaterial e incorpórea".

No relato do livro de Tobias, o anjo que o acompanha e ao seu filho conta a ele de si próprio: "Todos esses dias eu simplesmente apareci para vocês e não comi ou bebi, mas vocês estavam vendo uma visão".


OS MENSAGEIROS DE DEUS - 2ª PARTE

JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU


18 novembro 2012

A ALMA IMORTAL E A CIÊNCIA - THE IMMORTAL SOUL AND SCIENCE

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Uma nova teoria sustenta que partículas quânticas específicas formam a nossa alma imortal. As experimentações provaram que a experiência de quase-morte dos pacientes aconteceria quando estas substâncias quânticas, que formam a alma, deixam o sistema nervoso e entram no Universo em geral, no tecido do espaço-tempo.

Esta é a impressiva afirmação de dois eminentes cientistas. De acordo com esta proposta, a consciência é um programa para um computador quântico no cérebro que pode persistir no universo mesmo após a morte, explicando desta forma as percepções daqueles que passam pelas consequências da quase-morte.

O conceito é baseado em uma teoria quântica da consciência que o Dr. Stuart Hameroff, diretor do centro de estudos da consciência da Universidade do Arizona, e o eminente físico britânico Sir Roger Penrose desenvolveram. Eles afirmam que a essência da nossa alma está contida em estruturas chamadas microtúbulos, dentro das células do cérebro, e que a nossa experiência da consciência é o resultado dos efeitos da gravidade quântica nestes microtúbulos.

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As nossas almas são mais do que a interação dos neurônios no cérebro, são físicas, no sentido material e imortais. Afirmam também que os microtúbulos seriam formados a partir do próprio tecido do universo, e a matéria que os compõem existe desde o início dos tempos.

O Dr. Hameroff conceitua que, em uma experiência de quase morte do paciente os microtúbulos perdem seu estado quântico, mas a informação dentro deles não é destruída, em vez disso ela apenas deixa o corpo e retorna ao cosmos. Foi constatado que os pacientes puderam sentir suas almas quânticas serem liberadas ao entrar no cosmos, e retornar aos seus corpos quando foram revividos.

A informação quântica dentro dos microtúbulos não foi destruída, ela não pode ser destruída, apenas distribuiu-se no universo antes de retornar. Quando um paciente é reanimado e revive, toda esta informação quântica volta para os microtúbulos e o paciente diz, "eu tive uma experiência de quase morte". Se eles não são revividos e morrem, é provável que essa informação quântica exista fora do corpo indefinidamente, como a alma imortal, diz o cientista.



29 setembro 2012

SÃO SIMEÃO - SAINT SIMEON

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Na época da rebelião dos fariseus e edomitas talmúdicos, o bispo de Jerusalém era São Simeão, primo de Jesus, também mencionado nos livros de bronze encontrados na Jordânia. Os primeiros cristãos deixaram para a posteridade o testemunho da sua Fé inscrito nestes livros trabalhados em bronze.

Os autores dos 'livros de bronze' eram discípulos de Jesus Cristo quando elaboraram estes artísticos registros do passado, poucas décadas após a crucificação. Os livros tem datação anterior à destruição de Jerusalém pelo imperador romano Adriano (70 AD). Os autores dos livros conheceram Jesus pessoalmente!

Uma das imagens mais impressionantes nos livros de bronze é a reprodução do rosto de Jesus Cristo. Ela representa um homem jovem, com cabelo solto e ondulado, portando na cabeça o que parece ser uma coroa. Esta é a reprodução mais antiga de Jesus realizada por alguém que o conheceu pessoalmente.

A imagem tem relevos - a impressão tridimensional de um rosto humano que é representado de frente e por trás. Abaixo do rosto estampado no metal há inscrições em aramaico, contendo a seguinte frase: "Salvador da Humanidade".

Uma palmeira gravada no metal simboliza a Casa de David, a Casa Real da qual Jesus descende, acompanhada por linhas no formato de cruzes. As sucessivas estrelas gravadas representam a Árvore de Jessé - associada á genealogia de Jesus Cristo.

Simeão sucedera à Tiago no comando da Igreja de Jerusalém, quando este foi martirizado. Tiago, Simeão, José e Judas eram primos, e Simeão o filho de Cleofas, irmão de José. Simeão estava entre os 120 cristãos que receberam o batismo do Espírito Santo no Dia de Pentecostes.

Quando Tiago foi assassinado pelos hebreus edomitas, os apóstolos escolheram Simeão como seu sucessor. Sabemos que sobre Simeão pairava a promessa de Deus de que ele não morreria sem conhecer Jesus. Era uma promessa específica para ele, assim como Deus guarda promessas únicas para cada um de nós.

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Os antigos textos do apóstolo Lucas informam que Simeão dirigiu-se ao templo inspirado pelo Espírito Santo - Deus o direcionou para fazer cumprir Sua promessa. É importante ressaltar que Simeão era um homem voltado para Deus, uma qualidade indispensável para aqueles que desejam servi-lo de coração.

Precisamos manter nossas mentes sensíveis à voz de Deus, porque Ele sempre nos direcionará para um caminho de  conquistas morais nesta vida. Quando São Simeão segura o pequenino Jesus no colo, sua primeira atitude foi louvar a Deus.

São Simeão expressou sua alegria: "Agora Senhor, podes despedir-se em paz do Seu servo, segundo a Sua Palavra, porque os meus olhos viram a Sua salvação, o menino Jesus". Assim, Simeão demonstrou que nada era mais significativo ou importante do que contemplar Jesus.

A obra da Salvação precisa ser entendida como a maior benção que um ser humano pode receber. Relata a tradição Cristã que Simeão recebeu a revelação de que Jerusalém seria destruída. Assim, antes da investida do exército romano, Simeão alertou os cristãos para abandonarem a cidade sem demora: o resto é História!



25 setembro 2012

A ALMA - THE SOUL

RESURRECTION

A fé na imortalidade da alma é um dos fundamentos da Fé Cristã. A ideia da imortalidade está presente no Velho Testamento, em numerosas passagens no livro de Jó, nos Salmos e no Gênesis. No Novo Testamento, a verdade da imortalidade da alma é uma completa revelação, constituindo-se numa das partes fundamentais da Fé Cristã. Esta verdade inspira o Cristão, alimentando a sua alma e sua existência, com a certeza da vida eterna no Reino de Deus. Deus quer que a alma viva, desta forma a Sua graça a fez imortal.

A diferença entre a imortalidade da alma humana e a imortalidade de Deus, é que Deus é imortal pela essência de Sua natureza. A fé na imortalidade da alma sempre foi intrinsecamente ligada à Fé em Deus. Quanto mais viva a Fé em Deus, mais firme a fé na imortalidade da alma. Alguém que perdeu a Fé em Deus, não mais acredita na imortalidade da alma ou na vida futura. O ser humano recebe o poder da Fé da própria fonte da vida, Deus, mas se ele desfaz sua ligação com Deus, ele perde esse fluxo do poder vivo.

O princípio espiritual no homem, que é oposto ao corpo, é designado na Sagrada Escritura por dois termos que são quase iguais em significados, espírito e alma. O uso da palavra espírito em lugar de alma ou ambos os termos usados com o mesmo significado, é encontrado especialmente no evangelho de Paulo, concluindo que o espírito é considerado como a parte escondida da alma do homem.

Significa aquela especial parte da alma que é formada pela Graça do Espírito Santo em um Cristão. O homem espiritual possui uma alma, mas sendo renascido, ele cultiva em si as sementes da Graça, ela cresce e gera frutos no espírito. No entanto, por falta de cuidados com sua vida espiritual, ele pode descer ao nível do homem natural ou carnal. Deus criou o homem à Sua imagem e semelhança, mas qual parte de nossa natureza manifesta Sua semelhança.

IMMORTAL

Convém observar que a imagem de Deus deve ser vista só na alma, não no corpo humano. De acordo com Sua natureza, Deus é o mais puro Espírito, assim a imagem de Deus só pode se referir à alma imaterial. O ser humano carrega a imagem de Deus nas mais elevadas qualidades da alma, na sua imortalidade, no seu livre arbítrio, sua razão e em sua capacidade de um amor puro. A imagem de Deus na natureza da alma nós recebemos junto com a existência, mas a semelhança devemos adquirir por nós mesmos.

A vida terrena termina com a morte do corpo. A alma preserva sua existência depois da morte corporal, mas sua condição depois da morte, de acordo com a palavra de Deus é diversa. Na Segunda vinda de Jesus será cumprida a ressurreição universal dos mortos e suas transfigurações. A ressurreição dos mortos será universal e simultânea, para os justos e pecadores.

A respeito da ressurreição dos mortos o Senhor diz: "Porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz; e os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizerem o mal para a ressurreição da condenação". Não há duvida que a aparência ou forma dos ressuscitados justos será diferente da dos ressuscitados pecadores: "Então os justos resplandecerão como o sol, no reino de Deus Pai. Alguns parecerão luz e os outros trevas".

Da palavra de Deus deve-se concluir que os corpos ressuscitados serão essencialmente os mesmos que pertenceram a suas almas na vida terrena. "Convém que o corruptível transmude-se na incorruptibilidade, e o que é mortal na imortalidade". Os corpos serão transfigurados, os dos justos serão incorruptos e imortais. Eles serão completamente livres das fraquezas e enfermidades da vida presente. Eles serão espirituais, celestes, não tendo necessidades corporais terrenas.

A vida depois da ressurreição será como a vida dos espíritos sem carne, os anjos, de acordo com a palavra do Senhor. Para os pecadores, seus corpos também sem nenhuma dúvida se levantarão numa nova forma, recebendo uma natureza incorrupta e espiritual, mas ao mesmo tempo eles expressarão em si mesmos a condição de suas almas.



31 agosto 2012

OS IMORTAIS - THE IMMORTALS


IMMORTAL

A morte é o destino comum do ser humano mas não o fim da vida, é apenas a separação da alma do corpo. A verdade da imortalidade da alma é uma das verdades fundamentais do Cristianismo. O estado da alma depois da morte de acordo com os Ensinamentos de Jesus é consciente, em contato com a realidade exterior.

Nós conhecemos a morte porque nos foi dito que vamos morrer e por termos parceria com o nosso corpo — ele sabe que os corpos morrem. Uma nova abordagem da ciência confirmou a possibilidade de que a morte não é um evento terminal.

Embora a neurociência tenha feito enormes progressos sobre o funcionamento do cérebro, o simples fato de vivenciarmos experiências subjetivas ainda permanece um mistério. Mas a existência da alma permite a compreensão da interioridade espiritual que se apodera cognitivamente dos objetos que lhe são externos — o contexto do "eu" que sente e vive a vida.

A visão racional do mundo, a objetividade e o realismo ingênuo, já não suportam as novas teorias da física nem a filosofia redentora de Jesus Cristo, e assim estão começando a mostrar rachaduras estruturais.

É claro que isso não vai surpreender os filósofos e leitores que contemplaram as obras de Platão, Sócrates, entre outros grandes mestres, quando indagavam sobre a relação entre o Universo e a mente humana.

Embora o atual paradigma científico seja baseado na crença de que o mundo tem uma existência independente do observador, experiências reais sugerem o contrário. Acreditar que a vida é apenas a atividade de partículas que giram para depois se dissiparem está falha. Vida e consciência são fundamentais para a visão da realidade do Universo!

imortal

Quando adicionamos nossa alma à equação da vida podemos explicar alguns dos enigmas mais importantes da ciência moderna, incluindo o princípio da incerteza e o desenvolvimento das leis que governam o Universo.

Um aspecto bem conhecido da física quântica é que as observações não podem ser previstas com certeza. O indeterminismo é a doutrina segundo a qual a vontade é livre, e o livre-arbítrio, com o ato que dele resulta, não é de todo ou não é de modo algum determinado por causas antecedentes.

Em vez disso, existe uma série de observações possíveis e cada uma com probabilidades diferentes. Uma interpretação é que cada uma dessas observações possíveis corresponde a um universo diferente, o "multiverso". Há um número infinito de universos!

Um cientista disse uma vez que viveu e morreu em um mundo de ilusões. Profeticamente isso foi dito antes da teoria da relatividade de Einstein, da mecânica quântica, da descoberta dos átomos e do DNA. Werner Heisenberg comentou que devemos intuir que a realidade se forma através de processos mentais.

O conteúdo da consciência é a realidade definitiva e as experiências científicas demonstraram o pensamento da mente do observador sobre um objeto é suficiente para converter a possibilidade em realidade. É importante ressaltar que tudo isto tem uma relação direta com a questão: "Os seres humanos têm almas?"

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Tudo o que experimentamos, todas as cores, sensações e os objetos que percebemos, são apenas representações em nossa mente — o espaço-tempo é a ferramenta da mente para unir estas experiências. Esta conclusão não só desafia a intuição clássica, como também sugere que a alma é imortal e existe fora do espaço e do tempo material.

Os cientistas pensavam que os resultados experimentais da teoria quântica, como a matéria existindo simultaneamente em diferentes estados, seriam limitados às partículas subatômicas. Mas foi confirmado que essa dualidade quântica, matéria existente como partículas e ondas de probabilidade, se estende ao mundo em que vivemos e ocorre também na escala macroscópica.

Albert Einstein demonstrou que o espaço e o tempo não eram realidades absolutas, e desde então, aconteceu um boom sem precedentes de descobertas: o experimento da fenda dupla, o emaranhamento quântico e a conclusão de que todas as leis, forças e constantes universais, "conspiram" para a manutenção da vida no Universo.

O espaço-tempo não são apenas considerados uma dimensão da ordem do visível ou do sensível em relação ao observador, mas sim ferramentas da mente que nos possibilitam associar a lógica de que somente em Deus a essência e a existência coincidem inteiramente. É a linguagem da consciência: nenhum fenômeno é um fenômeno até que ele seja observado!

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Sem o espaço-tempo, as concepções de Newton de ordem e previsão segura seriam sem sentido. As novas descobertas da mecânica quântica permitiram que, teoricamente, nos situemos em qualquer tempo, passado ou futuro, e neste novo quadro estimarmos todos os eventos relacionados à nossa própria morte.

A morte não existiria em um mundo sem tempo ou espaço, mas a imortalidade também não significa uma existência perpétua no tempo, desde que situa-se fora do tempo físico. Esta existência será numa única realidade única na qual Deus nos situará para encontrarmos Jesus e nossos entes queridos.

A  esperança  desta  nova  vida  fornece-nos a coragem para enfrentar nossa morte e a dos parentes e amigos. Sempre acreditem e tenham Fé, pois as palavras de Jesus carregam em seu âmago toda a complexidade do mundo quântico, o local e a forma com que Deus interage com a humanidade.

Acreditar em Deus e na Vida Eterna desencadeará uma onda quântica enviada pela nossa mente tornando-os parte da realidade Divina subjacente. Jesus ensinou: "Quem acreditar em mim, viverá para sempre". Estas simples palavras carregam uma complexidade incompreensível, mas esta foi uma das formas "simples" que Ele escolheu para interagir com Seus filhos.



26 agosto 2012

TEOLOGIZANDO - THEOLOGY



teologia

A diferença entre teologia e ciência, ambas baseadas na observação e experiências, é que a teologia estrutura-se na Fé e a ciência na prova empírica. Porém as características e métodos para o conhecimento são os mesmos, desde que só através do estudo dos fatos é que se obtém a dedução.

Na ciência, os fatos são derivados da observação da natureza, do estudo da matéria e da existência humana, enquanto que na teologia provém das deduções do estudo das Escrituras somadas às experiências metafísicas — sistema filosófico voltado para a compreensão ontológica ou teológica, suprassensíveis à realidade.

Esta similaridade também é observada entre a teologia e a filosofia, pois são erigidas sobre as bases puramente racionais das ciências experimentais, quando empregadas nas elevadas questões da vida humana. Mas a teologia é baseada na Revelação Divina e, consequentemente, existem distinções notáveis entre ambas as sabedorias — a teologia não é filosofia, mesmo quando vagueamos pelos profundos fatos da Fé de difíceis compreensão.

Foi o teólogo São Gregório que considerou o mérito de São Basílio de dominar a dialética com perfeição, ao desmontar as construções filosóficas dos adversários do Cristianismo. Em suas renomadas homilias sobre a Santíssima Trindade, ele afirma: "Brevemente, quanto possível, na maneira dos pescadores e não de Aristóteles, eu vos apresentei nosso amor pela sabedoria que é dogmática e não dialética, espiritual e não engenhosamente tramada, de acordo com as regras da Igreja e não do mercado".

Os dogmas da Igreja Católica sempre foram direcionados para a confirmação das verdades da Fé na consciência humana, desde que tal confirmação foi confessada pela Igreja desde seu início, indicando qual seria o modo de pensamento dos seguidores da Tradição Ecumênica.

Igreja sempre combateu as heresias e procurou uma forma precisa de expressar as verdades da Fé como percebidas no passado, ou seja: fundamentadas nas Escrituras e no pensamento dos Apóstolos, que são o padrão da totalidade da concepção do Cristianismo.

Atualmente nenhum Cristão pode aprofundar-se nas verdades da Fé mais do que os Apóstolos o fizeram. Assim, qualquer tentativa, em nome da teologia cristã, de revelar novas verdades ou novos aspectos dos dogmas que foram ensinados é completamente fora de propósito.

O objetivo da teologia deve ser o de apresentar, com embasamento firme e comprovado, o ensinamento cristão que nos foi repassado, mas tal fato não significa que a exposição teológica dos dogmas deva apresentar uma forma inalterável. Cada época tem uma visão e compreensão próprias das questões envolvendo as verdades cristãs, e a teologia naturalmente sempre considerou as nuances das verdades dogmáticas de acordo com este fato histórico.

Neste sentido pode-se intuir que falta alguma coisa no desenvolvimento da teologia dogmática, como um ramo próprio do aprendizado religioso, ressaltando porém que não há espaço para o debate sobre o desenvolvimento da própria Fé, pois esta carrega um aspecto individual, intuitivo e metafísico de difícil aferição e controle.


teologia

O pensamento teológico contemporâneo contemplou a visão de que a teologia dogmática deveria ser suplementada e iluminada por uma base filosófica, e que esta deveria acolher o conceito filosófico nela contido — mas não se deve confundir aprendizado teológico e filosófico com seus propósitos, conteúdos e métodos!

Nos primeiros séculos do Cristianismo, os escritores cristãos responderam às idéias filosóficas de seu tempo utilizando os conceitos trabalhados pela filosofia antiga, criando uma ponte entre a filosofia grega e a nova filosofia Cristã. Assim, o Cristianismo apresentava-se com uma nova visão que substituiu as versões filosóficas do mundo antigo. Mas esta não poderia ser uma simples substituição da filosofia pagã pela cristã e, por conseguinte, a apologética cristã tomou posse do pensamento filosófico pagão adaptando seus conceitos para o Cristianismo. 

O tratado de São Basílio sobre qual benefício poderia ser aproveitado das obras pagãs, fornece um exemplo de como usar o material instrutivo contido nestes escritos. Com o espalhamento universal dos conceitos cristãos, o interesse na filosofia grega gradualmente perdeu seu conteúdo disciplinador — um desenvolvimento natural já que a teologia e a filosofia são distintas.

Jesus Cristo não pregou idéias abstratas, mas sim, apresentou uma nova vida no Reino de Deus, enquanto que a pregação dos Apóstolos versava sobre a Salvação. É por isso que a teologia dogmática cristã tem como seu principal objetivo a doutrina da Salvação e o caminho para alcançá-la. Em seu conteúdo básico a teologia é soteriológica — a doutrina da Salvação do Homem.

Mas as questões da ontologia de Deus, da essência do mundo e da natureza humana são tratadas de maneira limitada pela teologia, pois são questões pouco debatidas nas Escrituras, onde a área mais importante da abordagem teológica foi o estudo da Santíssima Trindade como revelada pelo Novo Testamento.

A filosofia segue um caminho diferente, pois está interessada nas questões ontológicas, na essência da existência e na relação entre o princípio absoluto do mundo e suas manifestações concretas. A natureza filosófica provém da dúvida sobre as nossas concepções e mesmo quando aborda a Fé ela é objetiva!

Sua abordagem é sujeita ao exame e às definições racionais, com uma explanação sobre a essência e relação da existência absoluta com o mundo de manifestações. A filosofia é racional, abstrata e não procede da Fé, como a teologia, porque baseia-se nos indisputáveis axiomas fundamentais da razão, deduzindo conclusões sobre os fatos da ciência ou do conhecimento humano.


teologia

A fonte da teologia é a Revelação Divina contida nas Sagradas Escrituras e seu caráter fundamental depende da nossa Fé e das verdades Divinas. A teologia reúne e estuda o material encontrado nessas fontes, sistematizando e dividindo-o em categorias apropriadas, utilizando os mesmos conceitos das ciências experimentais.

Assim, não se pode negar a cooperação entre as duas matérias: teologia e filosofia. A filosofia carrega a conclusão de que há limites no pensamento humano que, por sua própria natureza, são impossíveis de se ultrapassar. O fato de que a história da filosofia tem sido abordada nas visões idealistas e materialistas, demonstra que seus sistemas dependem de uma predisposição pessoal da mente e coração do filósofo, que baseia-se naquilo que está além dos limites da prova.

Mas, para o pensamento religioso, o que está além dos limites da prova é a esfera da Fé e da Revelação Divina. Esta abordagem crucial da convergência entre filosofia e teologia forneceu a possibilidade da união entre as duas principais esferas do conhecimento humano, e isto significou a criação da filosofia cristã.

Mas esta nova filosofia religiosa tem um longo e difícil caminho para percorrer, pois precisa unir a atual liberdade do pensamento humanista aos antigos dogmas do ensinamento da Igreja Católica. Ainda assim, é preciso que haja uma clara distinção entre a teologia dogmática e a filosofia cristã, e todas as tentativas de fundi-las numa só matéria devem ser rejeitadas.




09 agosto 2012

O SER HUMANO - THE HUMAN BEING

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A criação humana implica que Deus imaginou a essência do ser humano antes da atual existência da humanidade. Criado à imagem e semelhança do seu Criador, o homem carrega a centelha do conhecimento divino.

Deus elevou o homem acima do mundo material dando-lhe a razão, liberdade de escolha e espiritualidade: adornando-o com Sua própria imagem. Foi desta forma que Ele demonstrou ao homem Seu alto propósito.

Deus e Seu mundo metafísico, incompreensível para nós, revela-se diante do espírito humano, e nosso primeiro propósito deve ser glorificar a Deus. Assim, o homem precisa permanecer fiel à sua ligação com Deus para reconhecê-Lo como seu Criador.

Se toda a Criação fosse convocada a glorificar o Criador, logicamente o homem seria o mais capacitado, de acordo com suas habilidades, a ser o mais perfeito instrumento de Deus na Terra. Para cumprir este propósito, o homem deve manter-se fiel ao seu protótipo de exemplar mais perfeito na sua categoria.

Assim o homem é obrigado a se aperfeiçoar para manter sua semelhança com Deus. O ser humano pode desenvolver ou reforçar sua moralidade por meio das boas ações e do amor ao próximo. Isto requer que cada um encontre sua própria bondade através da benção de Deus.

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São Tomás de Aquino cunhou a expressão "Tábula Rasa" para descrever a constituição do ser humano: como uma folha em branco na qual ao longo da vida o homem escreve sua história a partir da sua essência. Esta visão consolida a noção de que o ser humano está intimamente ligado ao meio ambiente.

Nos escritos das civilizações passadas há uma ligação entre o conhecimento revelado por Deus e o adquirido pela ciência. Foi a fusão do conhecimento pleno de entendimento com o questionamento resultante do trabalho intelectivo que originou a pesquisa científica propriamente dita.

Foram as descobertas que vieram por meio da observação, análise, classificação dos fenômenos e experimentação que definiram o conceito da ciência como um ramo particular e específico do conhecimento empírico.

Antigamente considerada como uma rebeldia do homem perante a Deus, a ciência parece estar agora querendo trazer o ser humano de volta à casa paterna.Quanto mais se desvenda da complexidade da Criação mais próximos estamos de compreender nosso Criador.

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Com a palavra os grandes cientistas da nossa época:

Antonio Damasio, neurocientista
Os fatores críticos para o desenvolvimento da nossa organização social foram a linguagem, criatividade, religião e o impulso científico. Assim a sociedade foi prodigiosamente desenvolvida.

Daniel Dennet, cientista cognitivo
Somos a primeira espécie que desenvolveu a argumentação, permitindo discutirmos um com o outro da mesma espécie. A existência no planeta Terra foi responsável pela complexidade do nosso sistema nervoso.

Francis Collin, geneticista
O que o genoma nos diz? Que há, surpreendentemente, pequena diferença genética entre homens e chimpanzés. Mesmo assim somos claramente diferentes, e isto foi determinado por causa do cérebro e da linguagem.

Ian Tattersall, antropólogo
A questão o que é ser humano direciona para o que é único, ou seja: a nossa extraordinária forma de cognição simbólica.

Jim Gates, físico
Fomos abençoados com a habilidade de conhecer nossa mãe, e somos conscientes muito além de nós mesmos. Podemos perguntar: Quem sou eu? Que lugar é este? Como eu me relaciono com ele?

Marvin Minsky, pioneiro da inteligência artificial
Nós fazemos o que outras espécies não fazem; Lembramos, temos cultura e meios de transmitir informações.

Nikolas Rose, sociólogo
Linguagem e representação é a resposta! Somos o tipo de criatura que faz perguntas a si mesmo e acreditamos que a ciência pode respondê-las. Somos criaturas que nos pensamos como biológicos, mas acho que somos mais do que isso.

Patrícia Churchland, neurocientista
A estrutura como o cérebro humano é arranjado intriga-me. Até onde sabemos, o tamanho do cérebro humano é único. É importante que coloquemos o foco em nós mesmos, comparando-nos com outros animais.

Renee Reijo Pera, embriologista
Somos humanos desde o momento da fusão do esperma com o óvulo. Um programa de construção de um ser humano começa antes mesmo do início da formação do cérebro.