Somos plenamente conscientes da imortalidade das nossas almas e mesmo a consciência humana perpetuará após passarmos pelos estágios da morte. Em algum momento todos nós já refletimos sobre a vida após a morte, mas milhões de pessoas foram mais além do que pensar sobre ela, para realmente vivenciá-la. Uma das situações mais comuns relatadas sobre as Experiências de Quase Morte (EQM) é que todos 'visitaram' um lugar de incrível beleza com montanhas, florestas, rios e encontraram-se com seres humanos e celestiais, e todo o cenário era iluminado por uma luz que irradiava Vida e Amor.
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27 outubro 2024
04 julho 2022
BÓSON DE HIGGS - A PARTÍCULA DE DEUS
Dez anos atrás, em 4 de julho de 2012, as colaborações ATLAS e CMS usando o Grande Colisor de Hádrons do CERN, anunciaram a descoberta da partícula Bóson de Higgs. Era o componente crucial há muito procurado dentro da nossa teoria da física de partículas: o denominado Modelo Padrão. Ele sustenta que a interação das partículas no Universo é mediada pelo Bóson de Higgs.
25 dezembro 2021
O EVENTO DE 1914 - THE 1914 EVENT
A Primeira Guerra Mundial teve início em julho de 1914, numa época em que o Santo Papa Pio X estava doente e acamado. Mas mesmo assim ele fez uma tentativa de trazer a paz à Europa, o que resultou na sua última tarefa do pontificado antes de morrer em agosto deste ano. Ele pediu que todas as partes em conflito concordassem em manter pelo menos um cessar-fogo no dia do Natal em dezembro.
16 dezembro 2021
FELIZ NATAL - MERRY CHRISTMAS
Antes do nascimento de Jesus, plenamente narrado nos livros dos apóstolos Mateus, Marcos e Lucas, a população de Nazaré debatia e contestava a ordem contida no recente Édito de Roma; na qual o imperador Caesar Octavianus Augustus ordenava que todos os cidadãos retornassem aos seus vilarejos para o cumprimento do recenseamento do Império.
28 novembro 2021
A TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS CRISTO - TRANSFIGURATION OF JESUS CHRIST
A Transfiguração aparece no Evangelho como o momento mais importante na Vinda de Jesus para a Terra e tornou-se a maior evidência da Sua divindade. Depois de realizar uma série de Ensinamentos e uma pausa para as orações, Jesus conduziu os três discípulos; Pedro, Tiago e João, para uma caminhada nas colinas a leste de Jerusalém, e foi neste local que ocorreu o milagre.
24 novembro 2021
CAÇANDO OS AUSTRALIANOS - HUNTING THE AUSTRALIANS
O exército australiano começou a remover à força os residentes dos Territórios do Norte para o campo de quarentena de Howard Springs localizado em Darwin, depois que dez novos casos do coronavírus foram identificados na comunidade de Binjari. A remoção ocorreu depois que os bloqueios rígidos foram instituídos nas comunidades de Binjari e nas de Rockhole. O centro de detenção 'Howard Springs Quarantine Facility' tem a capacidade para 5.000 internos.
11 dezembro 2020
DEUS, A ORIGEM DAS ESPÉCIES - GOD, THE ORIGIN OF SPECIES
Parece que diariamente encontramos na mídia e na literatura científica evolucionistas declarando que seus relatos dialéticos sobre a evolução biológica e química são fatos absolutos, e aqueles resistentes à afirmação são condenados ao silêncio e exclusão social.
04 dezembro 2020
O CRIACIONISMO E A EVOLUÇÃO TEÍSTA - CREATIONISM AND THEIST EVOLUTION
O Modernismo, um movimento reformista que reinterpretou a doutrina tradicional do catolicismo e os conceitos filosóficos e científicos à luz da modernidade iluminista, reduziu o ser humano a um estado de paranoia crônica movido pela crença de que por meio da razão poderia interatuar nas obras de Deus e na Realidade Única. Assim, uma nova espécie humana ressurgiu: o homem psicológico e sua perturbação moral ou intelectual.
29 outubro 2020
TECNOCRACIA - TECHNOCRACY
Quando a ciência é usada para o bem das pessoas o progresso é garantido, mas quando cai nas mãos erradas a humanidade padece. A base da Tecnocracia é o cientificismo, ou seja: a concepção filosófica da superioridade da ciência sobre as formas de compreensão humana da realidade que alega ser capaz de apresentar benefícios práticos e alcançar o rigor cognitivo. Mas é apenas uma aplicação de métodos científicos à modelagem social e política!
26 janeiro 2020
A NOSSA FÉ CRISTÃ - OUR CHRISTIAN FAITH
Jesus Cristo ensinou que devemos manter um comportamento vigilante a fim de evitar as inconveniências e perigos que assolarão nosso planeta. Assim, devemos manter-nos alertas e seguir as considerações de Jesus sobre as adversidades futuras e deduzir quais são as implicações atuais deste conhecimento que nos foi repassado há séculos.
23 janeiro 2017
O PAPA SÃO PIO X E SEU JURAMENTO CONTRA O MODERNISMO - POPE SAINT PIUS X AND THEIR OATH AGAINST MODERNISM
I firmly embrace and accept each and every definition that has been set forth and declared by the unerring teaching authority of the Church, especially those principal truths which are directly opposed to the errors of this day. And first of all, I profess that God, the origin and end of all things, can be known with certainty by the natural light of reason from the created world, that is, from the visible works of creation, as a cause from its effects, and that, therefore, his existence can also be demonstrated.
Secondly, I accept and acknowledge the external proofs of revelation, that is, divine acts and especially miracles and prophecies as the surest signs of the divine origin of the Christian religion and I hold that these same proofs are well adapted to the understanding of all eras and all men, even of this time.
Thirdly, I believe with equally firm faith that the Church, the guardian and teacher of the revealed word, was personally instituted by the real and historical Christ when he lived among us, and that the Church was built upon Peter, the prince of the apostolic hierarchy, and his successors for the duration of time.
Fourthly, I sincerely hold that the doctrine of faith was handed down to us from the apostles through the orthodox Fathers in exactly the same meaning and always in the same purport. Therefore, I entirely reject the heretical' misrepresentation that dogmas evolve and change from one meaning to another different from the one which the Church held previously.
I also condemn every error according to which, in place of the divine deposit which has been given to the spouse of Christ to be carefully guarded by her, there is put a philosophical figment or product of a human conscience that has gradually been developed by human effort and will continue to develop indefinitely.
Fifthly, I hold with certainty and sincerely confess that faith is not a blind sentiment of religion welling up from the depths of the subconscious under the impulse of the heart and the motion of a will trained to morality; but faith is a genuine assent of the intellect to truth received by hearing from an external source. By this assent, because of the authority of the supremely truthful God, we believe to be true that which has been revealed and attested to by a personal God, our creator and lord.
Furthermore, with due reverence, I submit and adhere with my whole heart to the condemnations, declarations, and all the prescripts contained in the encyclical Pascendi and in the decree Lamentabili, especially those concerning what is known as the history of dogmas.
I also reject the error of those who say that the faith held by the Church can contradict history, and that Catholic dogmas, in the sense in which they are now understood, are irreconcilable with a more realistic view of the origins of the Christian religion.
I also condemn and reject the opinion of those who say that a well-educated Christian assumes a dual personality-that of a believer and at the same time of a historian, as if it were permissible for a historian to hold things that contradict the faith of the believer, or to establish premises which, provided there be no direct denial of dogmas, would lead to the conclusion that dogmas are either false or doubtful.
Likewise, I reject that method of judging and interpreting Sacred Scripture which, departing from the tradition of the Church, the analogy of faith, and the norms of the Apostolic See, embraces the misrepresentations of the rationalists and with no prudence or restraint adopts textual criticism as the one and supreme norm.
Furthermore, I reject the opinion of those who hold that a professor lecturing or writing on a historico-theological subject should first put aside any preconceived opinion about the supernatural origin of Catholic tradition or about the divine promise of help to preserve all revealed truth forever; and that they should then interpret the writings of each of the Fathers solely by scientific principles, excluding all sacred authority, and with the same liberty of judgment that is common in the investigation of all ordinary historical documents.
Finally, I declare that I am completely opposed to the error of the modernists who hold that there is nothing divine in sacred tradition; or what is far worse, say that there is, but in a pantheistic sense, with the result that there would remain nothing but this plain simple fact-one to be put on a par with the ordinary facts of history-the fact, namely, that a group of men by their own labor, skill, and talent have continued through subsequent ages a school begun by Christ and his apostles.
I firmly hold, then, and shall hold to my dying breath the belief of the Fathers in the charism of truth, which certainly is, was, and always will be in the succession of the episcopacy from the apostles. The purpose of this is, then, not that dogma may be tailored according to what seems better and more suited to the culture of each age; rather, that the absolute and immutable truth preached by the apostles from the beginning may never be believed to be different, may never be understood in any other way.
I promise that I shall keep all these articles faithfully, entirely, and sincerely, and guard them inviolate, in no way deviating from them in teaching or in any way in word or in writing. Thus I promise, this I swear, so help me God.
Pius X
September 1, 1910.
To be sworn to by all clergy, pastors, confessors, preachers, religious superiors, and professors in philosophical-theological seminaries.
In vain you will build churches, give missions and found schools, but all your work, all your efforts will be destroyed if you are not able to wield the offensive and defensive weapon of a loyal and sincere Catholic Press.
Giuseppe Melchiorre Sarto
23 dezembro 2016
NOITE SAGRADA, FELIZ NATAL - HOLY NIGHT, MERRY CHRISTMAS
As the world celebrates a Holy Night, I want to wish all readers A Merry Christmas. My special prayer is for all the children of the world who shiver in the cold of the darkness — the hungry, the abused and the dispossessed.
30 agosto 2016
O INÍCIO DA IGREJA CATÓLICA - THE BEGINNING OF THE CATHOLIC CHURCH
A Igreja Católica é a mais antiga instituição religiosa no mundo desde que, perseguidos pelo Sinédrio, denominação da suprema corte judaica em Jerusalém, os primeiros Cristãos desvincularam-se das sinagogas e fundaram a Igreja Primitiva e, em seguida, nomearam-na como Católica (Universal) — a origem é a palavra grega Katholikos latinizada para Catholicus. A Igreja Católica invocou o princípio da universalidade desde o início, pois aceitava todos em suas congregações, sem distinção de credo ou raça. No meado do primeiro século, os fiéis foram isentos de obedecer à antiga Lei mosaica, conforme resolução do Concílio de Jerusalém (50 d.C.), o primeiro concílio da Igreja Católica.
O Cristianismo floresceu na atmosfera político-cultural do Império Romano, onde o paganismo e a apocrifia eram parte das normas sociais e morais. Assim, durante os três primeiros séculos, os Cristãos foram perseguidos por professarem o Cristianismo, religião contrária à veneração do imperador e seus deuses. Isto foi considerado uma afronta ao poder do Estado e as perseguições aos Cristãos tiveram início. As mais cruéis foram as elaboradas por Nero César, em 100 d.C., Trajano Décio, em 249 d.C., Públio Valeriano, em 260 d.C. e Valério Diocleciano, em 305 d.C., considerada a mais sangrenta da história, porque seu objetivo era o extermínio total dos Cristãos e o fim da Igreja Católica.
O início do século IV foi um período de paz graças ao Édito de Milão, quando o imperador Constantino vetou oficialmente toda a perseguição aos Cristãos e à Igreja Católica. No decurso deste século, o Cristianismo passou a ser tolerado pelo império romano e a doutrina cristã professada com liberdade, acabando por tornar-se a religião oficial do império romano. Finalmente, no final do século, o Imperador Flávio Teodósio convocou as assembleias dos bispos e instaurou vários concílios, permitindo à Igreja organizar seu conjunto de inter-relações sociais.
Em 381 d.C., o Primeiro Concílio de Constantinopla foi convocado por Teodósio I, para debater as heresias do arianismo, ideologia do padre Ário de Alexandria, Egito, e atestar a natureza, a humanidade e divindade de Jesus Cristo, confirmando o dogma da Trindade Divina. Em 431 d.C., Teodósio II realizou o Concílio de Éfeso. Este foi conduzido em uma atmosfera de confronto e recriminações, onde o nestorianismo e o sabelianismo foram declarados heresias.
Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, pois Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas. Também negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza Divina.
Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, pois Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas. Também negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza Divina.
O Catecismo de São Pio X disserta sobre a doutrina católica e confirma sua profunda relação com os Ensinamentos de Jesus, e como estes nos orientam sobre o caminho da Salvação e do Reino de Deus. As partes mais importantes e necessárias da doutrina são: o Credo, o Pai Nosso, os Dez Mandamentos e os sete Sacramentos. Jesus Cristo é o personagem central do Cristianismo, e veio anunciar a Salvação da humanidade pela Vontade de Deus. Ele é o Filho Unigênito de Deus e a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. É o Único e Verdadeiro Mediador entre Deus e a humanidade.
Os dogmas do Cristianismo professam que a Salvação da humanidade originou-se da Graça Divina e da Paixão de Jesus Cristo. Este supremo sacrifício foi um ato de submissão à Vontade e ao Infinito Amor de Deus, objetivando a Salvação da humanidade. É fundamental que a adesão à Fé Cristã, a crença em Jesus Cristo e Seus Ensinamentos, ocorra de forma espontânea, porque a liberdade humana, um dom divino, é autônoma perante o Criador. A Fé Cristã transmuda-se na caridade e no amor ao próximo, e para que isso suceda, devemos levar uma vida espiritual elevada.
Jesus Cristo ensinou que a suprema felicidade só é alcançável pelos Santos e justos no Reino de Deus, e que temos nascer novamente para fazer parte Dele. Ele também ensinou que a Graça e a Misericórdia Divina eram superiores ao pecado e ao mal absoluto, e que o arrependimento sincero dos pecados e a Fé em Deus podem salvar nossas almas. Instruiu como um Cristão pode fazer parte do Reino de Deus, Um Reino que está entre vós, disse Jesus. Ele viveu de acordo com os princípios que ensinava e legou exemplos claros de como alcançar a Glória de Deus.
Mas, o que Jesus quis dizer quando afirmou que o Reino de Deus está entre vós? Tertuliano, um escritor da Igreja primitiva, respondeu: "Entre vós significa em vossas mãos ou em vosso poder. Se cumprir os Mandamentos e fizer o bem, qualquer pessoa pode entrar no Reino de Deus, mas só se assumir o compromisso exigido".
Jesus estava divulgando algo maravilhosamente novo e revolucionário. Não era somente um novo reino, como todos que existiram na Terra e desapareceram, mas um Reino com outra natureza que não era deste mundo. Um Reino totalmente diferente, que ninguém jamais tinha ouvido falar. Um Reino que está entre vós...Jesus estava descrevendo um Reino de Verdade, o Reino de Deus.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
Mas, o que Jesus quis dizer quando afirmou que o Reino de Deus está entre vós? Tertuliano, um escritor da Igreja primitiva, respondeu: "Entre vós significa em vossas mãos ou em vosso poder. Se cumprir os Mandamentos e fizer o bem, qualquer pessoa pode entrar no Reino de Deus, mas só se assumir o compromisso exigido".
Jesus estava divulgando algo maravilhosamente novo e revolucionário. Não era somente um novo reino, como todos que existiram na Terra e desapareceram, mas um Reino com outra natureza que não era deste mundo. Um Reino totalmente diferente, que ninguém jamais tinha ouvido falar. Um Reino que está entre vós...Jesus estava descrevendo um Reino de Verdade, o Reino de Deus.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
26 agosto 2016
A RESSUREIÇÃO DE JESUS CRISTO SEGUNDO PÔNCIO PILATOS - THE RESURRECTION OF JESUS CHRIST ACCORDING TO PONTIUS PILATE
Nobre soberano Tibério César Augusto, devo oficialmente relatar os eventos singulares que abalaram a província da Judeia. O desenlace da situação apresentou uma forma tão extraordinária que será preciso enumerar todos os detalhes na íntegra, exatamente na ordem em que ocorreram. Mas não fique desconcertado se no decorrer da história tais eventos alterem o destino da nossa nação pois os desígnios dos deuses não são mais favoráveis, e desde então o desconforto e a angústia constante regem a minha existência.
Quando tomei posse do Pretório na cidade de Jerusalém, organizei uma esplêndida festa para a qual convidei o tetrarca da Galileia Herodes Antipas e seus associados, mas minha honraria foi em vão, porque na hora marcada nenhum convidado dignou-se a comparecer. Este insulto abalou a minha dignidade e foi considerado um desrespeito ao governo que represento. Enfim, quando Herodes resolveu me honrar, notei que sua conduta era simulada nos agrados, fingindo que a religião o impedira de confraternizar com os romanos, mas seu semblante traiu sua hipocrisia.
Considerei estratégico aceitar sua falsidade pois me convencera de que o conquistado era inimigo do conquistador. Devo alertar aos romanos sobre as autoridades judaicas, porque trairiam a própria raça para manter o status e a presunção. Jerusalém será difícil de governar, pois tão turbulenta é a população que temo uma insurreição espontânea. Não tenho tropas suficientes, apenas uma centúria ao meu comando. Solicitei reforço ao governador da Síria, Públio Quirino, mas fui informado que não consegue manter sua própria província.
Entre os vários rumores, um em particular atraiu a minha atenção. Foi relatado que um galileu divulgava uma nova lei do Deus que o tinha enviado. No princípio temi que seu desígnio fosse a incitação das massas, mas os temores se dissiparam, pois ele falava mais como um amigo do que um insurgente. Certo dia, passando pelo poço de Siloé, observei no meio da multidão um jovem que proferia sábias palavras. Foi-me dito que era Jesus, o Nazareno, e notável era a diferença física entre ele e a multidão que o cercava.
Jesus parecia ter uns trinta anos, e seus cabelos dourados e a barba no estilo dos nazarenos davam-lhe um aspecto celestial. Nunca havia visto um semblante mais sereno, e que contraste entre seu povo, com sua barba escura e pele castanha. Continuei o passeio por Siloé mas pedi a meu secretário Manlius que juntasse ao grupo para ouvi-lo. Manlius conhecia a região da Palestina e era familiarizado com a língua semítica, o aramaico. Mais tarde ele relatou que os ensinamentos de Jesus carregavam uma nova e surpreendente filosofia nunca explorada pelos grandes filósofos.
Foi por causa desta sabedoria que concedi-lhe a liberdade irrestrita de agir e dirigir-se ao povo, pois estaria ao meu alcance prendê-lo ou exilá-lo para Pontus. O Nazareno não era sedicioso nem rebelde e assim estendi-lhe a minha proteção. Em outra ocasião, Jesus indignou-se com as esmolas dos ricos e orgulhosos, dizendo-lhes que a migalha dos pobres era mais preciosa aos olhos do seu Deus. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, mas não o pobre, e sim os ricos, os escribas do Templo e os fariseus.
As queixas dos anciãos do Templo contra a pretensa insolência do Nazareno eram constantemente reportadas aos oficiais do Pretório. Fui informado pelo meu secretário que Jesus poderia sofrer algum tipo de retaliação vinda da parte dos anciãos, porque não seria a primeira vez que apedrejariam um dos seus, caso fosse considerado como um profeta pela população. Assim, nobre Tibério, peço que considere o meu apelo para o envio de novas centúrias que, se aprovado no Senado, fornecerá um reforço no contingente da segurança pública em Jerusalém.
Enviei um memorando a Jesus solicitando uma entrevista no Pretório, e finalmente ele veio. Você sabe que em minhas veias corre uma mistura de sangue romano e espanhol, pois sou incapaz de sentir medo mas sinto-me emocionalmente fraco. Quando Jesus entrou na Basílica meus pés pareciam presos por uma mão de ferro no pavimento de mármore, e tremi em cada membro como um réu culpado. Ele parou, e por um sinal pareceu dizer-me: Estou aqui! Por algum tempo contemplei este ser extraordinário, o tipo de homem desconhecido dos nossos pintores que deram forma aos deuses e heróis. Não havia nada em seu caráter que fosse rejeitável, mas fiquei impressionado ao aproximar-me dele. Jesus, disse eu, e na hora minha língua falhou. Jesus de Nazaré, repeti com voz firme:
Nos últimos três anos tenho lhe concedido ampla liberdade de expressão sem me arrepender. Suas palavras são as de um sábio, e não sei se você leu Sócrates ou Platão, mas sei que não há nada desabonador nos seus ensinamentos, nada além do que uma inteligência única e a simplicidade majestosa que te elevam muito acima desses filósofos.
O Imperador foi informado dos fatos, e sou seu representante humilde nesta província. Estou contente por ter permitido a liberdade da qual você digno. No entanto, não devo esconder que seus discursos despertaram potentes e inveterados inimigos. E isto não é surpreendente, pois Sócrates teve inimigos e caiu vítima do ódio. Os escribas e anciãos do Templo estão duplamente indignados contra vós, por causa dos seus discursos, que são graves, mas também contra mim por causa da liberdade que lhe proporcionei.
Eles me acusam de estar coligado a você com o objetivo de privar os hebreus do pequeno poder civil que Roma os legou. O meu pedido, não digo a minha vontade, é que no futuro você seja mais prudente e moderado em seus discursos, mais atencioso com eles, para que não desperte o orgulho dos seus inimigos, senão eles sublevarão contra ti a população estúpida e me obrigarão a empregar todos os instrumentos do direito de justiça.
Então, Jesus respondeu calmamente:
Príncipe da Terra, suas palavras não procedem da verdadeira sabedoria. Diga à torrente que pare no meio do desfiladeiro da montanha pois ela poderá arrancar as árvores do vale, mas ela irá responder-lhe que obedece às leis da natureza e do Criador. E só Deus sabe para onde fluirão as águas da torrente. Em verdade vos digo, que antes que vejamos flores na Planície de Saron, o sangue dos justos será derramado.
Seu sangue não será derramado!, disse eu com profunda emoção. Você é mais precioso por causa da sua sabedoria do que todos os fariseus turbulentos e orgulhosos que abusam da liberdade que lhes foi concedida pelos romanos. Eles conspiram contra César, incitando os ignorantes de que ele é um tirano que procura a sua ruína, desgraçados insolentes! Eles não estão cientes de que o lobo do Tibre (Roma) às vezes veste-se com a pele das ovelhas para realizar seus desígnios. Vou protegê-lo contra eles! Meu Pretório será seu asilo sagrado, dia e noite.
Jesus descuidadamente sacudiu a cabeça e disse com um grave e divino sorriso: Quando os dias terminarem não haverá asilos para o Filho do Homem, nem na Terra e nem debaixo da terra. O asilo dos justos está lá, apontando para os Céus. O que está escrito nos livros dos profetas deve ser realizado. Respondi suavemente: Ó homem novo, você vai obrigar-me a converter meu pedido em uma ordem, pois a segurança da província foi-me confidenciada e assim o exige. Você deve observar a moderação em seus discursos pois sabe as consequências. Agora Jesus, foi uma felicidade poder atendê-lo.
Respondeu Jesus: Príncipe da Terra, não vim para trazer a guerra ao mundo, mas a paz, o amor e a caridade. Eu nasci no mesmo dia em que Augusto trouxe a paz ao mundo romano. As perseguições não procedem de mim e espero que os outros encontrem a paz e o amor ao próximo em obediência à vontade do meu Pai, que me mostrou este caminho. Restrinja, portanto, sua prudência mundana. Não está em seu poder prender a vítima ao pé da tenda da expiação. Assim dizendo, Jesus desapareceu como uma sombra brilhante por trás da cortina da Basílica, para meu grande alívio, pois sentia um pesado fardo sobre mim, do qual não pudera me aliviar durante a sua presença.
Herodes e os inimigos de Jesus já começavam a perpetrar sua sede de vingança contra o Nazareno. Se Herodes pudesse seguir suas próprias convicções, teria condenado Jesus imediatamente à morte mas, orgulhoso da sua dignidade real, hesitou em cometer um ato que poderia diminuir sua influência no Senado de Roma e, principalmente, porque tinha respeito e muito medo do poder sobrenatural de Jesus de Nazaré. Herodes veio ao Pretório e depois de alguma conversa insignificante perguntou qual era a minha opinião sobre o Nazareno.
Disse que Jesus é um daqueles grandes filósofos que as nações por vezes produzem, e que suas doutrinas não eram ofensivas. Confirmei minha intenção de deixá-lo em paz para que a liberdade de expressão fosse justificada pelas suas sóbrias ações. Herodes sorriu maliciosamente, e saudando-me com um respeito irônico, partiu. A grande festa dos judeus estava próxima e sua intenção era aproveitar a exultação popular que se manifestava nas solenidades da Páscoa. A cidade estava em grande agitação e a população tumultuada já clamava pela morte de Jesus.
Fui informado que o tesouro do Templo foi utilizado para comprar a vontade do povo, para que se voltassem contra Jesus. O perigo era eminente e a situação estava fora de controle, os centuriões já estavam sofrendo insultos. Novamente enviei uma mensagem ao governador da Síria solicitando uma centúria da infantaria e três da cavalaria, mas novamente recusou-se a ajudar. Eu me vi sozinho, cercado por um punhado de soldados veteranos no meio de uma cidade rebelde e, sem efetivos para suprimir o levante, tive que aceitar a situação imposta.
A ralé sediciosa já condenara Jesus e não tinha nada a temer do governo romano. A turba seguia os líderes vociferando em contínua sedição: Crucifiquem Jesus! Crucifica-o! Duas facções poderosas conspiravam contra o Nazareno, os herodianos e os saduceus, cuja conduta sediciosa procedera de duplas motivações: o ódio a Jesus e a imposição do jugo romano. Eles nunca me perdoaram por ter entrado em Jerusalém portando a efigie do imperador. Outra acusação que impregnava o meio era que teria me apropriado dos tesouros do Templo para financiar um aqueduto.
Os fariseus eram inimigos declarados de Jesus, mas para estes o governo não importava. Tímidos e covardes demais para agir por conta própria, abraçaram as reivindicações dos herodianos e saduceus. Além destas três partes revoltosas, tive que combater uma população imprudente e analfabeta, pronta para participar de qualquer sedição e lucrar com a desordem ou confusão reinantes. E tudo começou quando enviei uma guarnição ao Monte da Oliveiras para prender Jesus a pedido do sumo sacerdote Caifás que, antecipadamente, o condenara a morte.
Mas o covarde Caifás, em um ato de discrepante submissão, exigiu que eu confirmasse a condenação e garantisse a execução. Respondi que Jesus era galileu e o caso estava sob a jurisdição de Herodes, e aconselhei-o a procurá-lo. Mas o astuto, com fingida humildade, confirmou sua deferência ao enviado de César e colocou o destino do homem-justo nas minhas mãos. Logo meu palácio assumiu o aspecto de uma fortaleza sitiada e a cada momento aumentava o número de descontentes. Jerusalém foi envolta por multidões oriundas das montanhas de Nazaré e mais além. Parecia que toda a Judeia estava se deslocando para a cidade!
Minha mulher Cláudia Prócula, nascida na Galileia, atirou-se aos meus pés, chorando e pedindo: Não te envolvas neste caso porque sofri hoje em sonhos. Cuidado, não toque neste homem porque ele é santo. Eu o vi em uma visão onde estava andando sobre as águas e voando nas asas do vento. Ele falou com a tempestade e os peixes lhe eram obedientes. Vi na torrente do Monte Kedron fluxos de sangue, e as estátuas de César sendo preenchidas com argila. Vi o sol velado em luto como uma vestal no túmulo. Ah! Pilatos, o mal te espera. Se não queres ouvir os votos da tua mulher, teme a maldição do Senado romano e as carrancas de César.
Enquanto isto, a escadaria de pedra do Pretório parecia gemer sob o peso da multidão. Jesus foi trazido à minha presença, mas continuei caminhando para os salões da ala da justiça seguido pela minha guarda pessoal. Indaguei à multidão em um tom grave: O que vocês querem! A morte do Nazareno foi a resposta. Por qual crime, perguntei: Blasfemou, profetizou a ruína do Templo, e proclama ser o Filho de Deus, o Messias, Rei dos Judeus, vociferaram as vozes ensandecidas. Disse eu: A justiça romana não pune tais crimes com morte, mesmo assim urravam os fariseus implacáveis: Crucifica-o! Crucifica-o!. Os vociferações da turba enfurecida 'sacudiam o palácio na bases'.
Havia apenas uma pessoa que mantinha a calma no meio da multidão, Jesus de Nazaré. Depois de muitas tentativas infrutíferas para protegê-lo da fúria dos perseguidores alucinados, adotei uma medida que, no momento, pareceu-me ser a única que poderia salvar sua vida. Conforme o costume judaico o povo poderia escolher entre dois prisioneiros, quem seria executado ou libertado. Assim, ofereci à morte o criminoso Barrabás para ser o bode expiatório como assim chamavam! Mas a multidão vociferava que Jesus deveria ser crucificado.
Então discursei sobre a inconsistência do curso da condenação e como era incompatível com as leis judaicas, demonstrando que nenhum juiz condenaria um réu que não respeitasse o período de jejum por um dia inteiro, e que a sentença deveria ter a aprovação do Sinédrio, a assembleia judaica de anciãos, com a assinatura do presidente deste tribunal. Demonstrei que nenhum réu poderia ser executado no mesmo dia em que fosse sentenciado, e que no dia da execução o Sinédrio era obrigado a rever todo o processo.
Confirmei que de acordo com a lei judaica uma testemunha precisaria apregoar o nome do réu e qual o seu crime, e apresentar os nomes de três testemunhas da acusação, também se alguém estaria disposto a testemunhar a favor do réu. Além disso, remarquei o direito do prisioneiro que, a caminho da execução, poderia retornar três vezes para pleitear quaisquer novas provas que auxiliassem o seu caso. Informei que todos estes fundamentos estavam escritos na lei judaica, esperando que os escribas pudessem cumpri-los em sujeição, mas o povo ainda uivava: Crucifica-o! Crucifica-o!.
Então ordenei que Jesus fosse açoitado, esperando que o fato saciaria a sede de sangue da população implacável, numa tentativa de aplacar a ira da turba enraivecida. Mas isso só serviu para aumentar a fúria desmedida. Sem mais expedientes, pedi uma bacia d'água e, simbolicamente, lavei as mãos na presença da multidão clamorosa, atestando meu juízo de que Jesus de Nazaré era inocente e que não merecia ser condenado à crucificação. Foi em vão, pois extinguir a vida de Jesus é que esses miseráveis tinham sede, e não de justiça.
Durante as comoções civis do Império nada poderia ser comparado ao que testemunhei na ocasião, o ódio furioso de uma multidão ensandecida. Parecia, verdadeiramente, que todos os espectros das regiões infernais estavam reunidos em Jerusalém neste momento: A multidão não caminhava, mas aglomerava-se e girava como um vórtice, rolando em ondas vivas a partir dos portais do Pretório até ao Monte Sião, uivando, vociferando, lamuriando, como algo que nunca se viu ou ouviu nas sedições de Pannonia ou nos tumultos do Fórum.
Pouco a pouco o dia escureceu, como no crepúsculo de inverno durante a morte do grande Júlio César, nos idos de março. Eu estava encostado entre as colunatas da Basílica, contemplando exausto a escuridão sombria que envolvia estes demônios do tártaro, que se arrastavam e empurravam para assistir a execução do inocente Nazareno. Tudo ao meu redor ficou deserto. Jerusalém tinha vomitado sua luz pelos portais que levavam à Gehenna, o inferno judeu. Um ar de desolação e tristeza me envolveu.
Minha guarda pessoal tinham aderido à cavalaria. Um centurião, numa última exibição de poder, açoitava a multidão tentando manter a ordem. Fui deixado sozinho, e meu coração alquebrado advertiu que aquele momento pertencia mais à saga dos deuses do que à história da humanidade. Um clamor alto foi ouvido, indescritível, proveniente do Gólgota, como se mil vozes lamentassem um sofrimento. Estes sons espalharam-se como um vento, e prenunciavam uma intensa agonia sobrenatural nunca sentida pelos ouvidos dos mortais.
Nuvens escuras cobriram o pináculo do Templo, e Jerusalém imergiu num espesso véu. Tão terríveis eram os sinais nos Céus e na Terra que Dionísio, o Areopagita, assim exclamou: O Autor da natureza está sofrendo ou o Universo está caindo aos pedaços! Enquanto os prodígios se manifestavam, a multidão ensandecida uivava e contorcia-se em resposta ao seu crime indescritível. Terríveis terremotos sacudiram o baixo Egito, a península do Sinai e toda a Judeia, trazendo terror e medo para os supersticiosos judeus, os verdadeiros assassinos que seriam afligidos por toda a eternidade.
Baltasar, um hebreu idoso de Antioquia e amigo íntimo de Jesus foi encontrado morto pela dor do sofrimento. Perto da primeira hora da noite coloquei um manto e caminhei para dentro da cidade em direção aos portões do Gólgota. O sacrifício já estava consumado. A multidão voltava, ainda agitada, é verdade, mas sombria, taciturna e desesperada. Aos que tinham testemunhado, acometia-os o terror e o remorso. Vi os judeus murmurando palavras estranhas, feitiços, que não entendia. Pessoas relatavam milagres, e outras paravam, imóveis, olhando para trás em direção ao Monte Calvário, na expectativa de presenciar algum novo prodígio.
Voltei ao Pretório, triste e pensativo. Ao subir as escadas marcadas pelo sangue de Jesus percebi um homem idoso numa postura suplicante, e logo atrás várias pessoas em lágrimas. Ele segurou meus pés e chorou amargamente. É doloroso ver um homem de idade chorar e, com meu coração sobrecarregado pela dor, e embora fossemos estranhos, choramos juntos. Mas as lágrimas foram superficiais naquele dia, pois nos muitos que eu observara dentre a multidão, testemunhei uma repulsa extrema de sentimentos. Aqueles que traíram Jesus não choravam, saíram de mansinho como cães covardes para lavar seus dentes com vinagre.
Eu sabia que Jesus pregara sobre a Ressurreição, e tenho certeza de que alguma coisa profunda manifestara-se entre aqueles que o apoiaram. Voltei-me ao ancião que chorava e, depois controlar meus sentimentos, perguntei: Pai, quem é você e qual o seu pedido? Ele respondeu: Sou José de Arimateia e vim pedir de joelhos a permissão para enterrar Jesus Cristo. Disse eu: Sua oração é concedida. Pedi que Manlius levasse alguns soldados para supervisionar o enterro e cuidar para que não fosse profanado. Mas no domingo o sepulcro foi encontrado vazio!
Os discípulos de Jesus proclamaram que Jesus Cristo ressuscitara dos mortos como Ele havia predito, e o fato criou mais comoção do que a Crucificação. Quanto à sua veracidade não posso afirmar com certeza, mas depois de uma investigação sobre o ocorrido, repasso a vós, meu nobre soberano, todos os fatos para que possas examinar e dizer se estou em falta, como o covarde do Herodes afirmou. Digo com certeza que José e os seguidores de Jesus ajudaram a encerrar o Nazareno na Sua mortalha, e que meus soldados testemunharam o ato do fechamento do túmulo.
Agora, se os discípulos que contemplavam Sua ressurreição calcularam outra coisa não posso confirmar. No dia seguinte, isto é, no sábado, um escriba adentrou bruscamente no Pretório exigindo minha presença, afirmando que os anciãos do Templo estavam apreensivos porque os discípulos tinham a intenção de roubar o corpo de Jesus e escondê-lo, para depois parecer que Ele havia ressuscitado dos mortos, um fato que seus discípulos estavam completamente convencidos. Ignorei as acusações do ancião conspirador e expulsei-o do Pretório, pois estava cansado dos problemas por eles criados.
Anteriormente a este episódio, já havia ordenado que meu capitão Malcus enviasse uma guarnição para montar guarda ao redor do sepulcro de Jesus, antecipando que os escribas e anciãos poderiam culpar os romanos por qualquer acontecimento diferente. Quando a notícia sobre o sepulcro vazio surgiu senti uma comoção mais profunda do que nunca. Malcus relatou que tinha situado seu oficial Ben Isham e seus soldados em torno do sepulcro. Ele me reportou que Isham e sua guarnição estavam muito alarmados com o fato ocorrido. Ordenei que Isham reportasse pessoalmente as circunstâncias do ocorrido, e eis sua declaração:
Por volta do início da quarta vigília vimos uma luz suave e bonita sobre o sepulcro. Num primeiro momento, pensamos que as mulheres tinham entrado para embalsamar o corpo de Jesus, como era costume, mas não podiamos entender como elas não foram vistas pela guarda. Enquanto avivava estes pensamentos com meus companheiros todo o local iluminou-se para cima, e parecia que multidões de pessoas em suas mortalhas pairavam além do ar. Tudo estava girando e sentimo-nos em pleno êxtase, até ouvimos uma música maviosa e o ar parecia estar cheio de vozes.
Ben Isham reportou que neste momento os soldados quedaram-se de fraqueza, não conseguindo ficar em pé. Ele disse que a terra parecia flutuar debaixo dele e que seus sentidos o deixaram, de forma que não sabia onde estava. Então perguntei-lhe em que condição ele voltou a si. Ele relatou-me que estava deitado com o rosto para baixo. Perguntei-lhe se não poderia estar enganado quanto à luz que irradiou e se não era o dia despontando no oriente. Ele disse que no início assim pensou, mas que estava extremamente escuro e muito cedo para o amanhecer. Perguntei-lhe se as tonturas não poderiam ser o efeito do despertar e levantar de repente. Ele disse que a guarnição não tinha dormido durante a noite porque a punição por dormir em serviço era o exílio.
Ele assegurou que só os soldados da guarda periférica dormiram, um de cada vez, mas que nenhum estava dormindo naquele momento. Perguntei-lhe quanto tempo a cena durou, e respondeu que não sabia, mas intuiu que durara uma hora. Relatou que no ápice do acontecimento tudo estava escondido sob uma luz mais clara do que o dia. Perguntei-lhe se ele foi ver o sepulcro depois de ter voltado a si. Ben Isham disse que não, porque estava com medo, e que tão logo o alívio veio todos voltaram para suas tendas. Perguntei-lhe se os sacerdotes hebreus os questionaram, e relatou-me que os tinham arguido. Afirmou que os sacerdotes queriam que ele mentisse sobre um terremoto, que teria sido a causa dos efeitos que sentiram. Relatou que os escribas ofereceram moedas de ouro para que dissesse que os discípulos roubaram o corpo de Jesus.
Finalmente acrescentou que não viu os discípulos naquele dia e que só soube que o corpo do Nazareno tinha desaparecido até os anciãos hebreus o indagaram. Perguntei-lhe qual era sua opinião particular sobre os sacerdotes que tentaram suborná-lo. Ben Isham disse que eles achavam que Jesus não era um homem real, não era um ser humano, e que não era filho de Maria, aquele que foi dito ter nascido da virgem em Belém. Disseram que Ele estava na Terra desde os tempos imemoriais, junto com Abraão e Ló, em muitas épocas e lugares distantes.
Assim, meu nobre soberano, parece-me que a teoria é verdadeira e que as conclusões estão corretas, pois estão de acordo com a vida do Nazareno. Foi testemunhado por amigos e inimigos que os elementos em suas mãos eram como o barro nas mãos de um oleiro. Ele podia converter água em vinho, transformar a morte em vida e a doença em saúde. Ele podia acalmar os mares e as tempestades. Agora eu digo, se Ele fez todas estas coisas e muito mais, como é possível que os judeus que a tudo testemunharam puderam voltar-se contra Ele?
Digo que Jesus não foi acusado de infrações ou de violar qualquer lei. Desde que os fatos são conhecidos por milhares de pessoas, amigos e inimigos, posso repetir as palavras proferidas por Manlius diante da Cruz: Verdadeiramente, Este era o Filho de Deus. Agora, César, nobre soberano, isso é o mais perto dos acontecimentos que posso chegar, e tive o cuidado de construir um depoimento muito completo, de modo que você possa julgar minha conduta diante das dificuldades desta matéria e dos episódios únicos ocorridos nesta fração do Império. Com a promessa de fidelidade e bons desejos para o meu nobre Tiberius Caesar Augustus, despeço-me como seu servo mais obediente. Pontius Pilatus.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
20 maio 2016
JESUS É DEUS - JESUS IS GOD
Jesus é Deus! Esta afirmação é um fato incontestável pois assim confirmou Jesus: "Em verdade vos digo, antes que Abraão existisse, Eu Sou", reafirmando claramente Sua Divindade quando revelou: "Eu sou o Alfa e o Ômega, o que é, o que era, aquele que há de vir. Eu sou o primeiro e o último, aquele que vive".
A comprovação da essência metafísica de Jesus é constatada pela cristologia tácita, manifestando-se mais através de atos do que palavras. Foi através das Suas obras que Jesus confirmou Sua dualidade Deus-Homem — mistério insondável e dogma Cristão que precisa ser compreendido pelos que buscam respostas através da Fé.
No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória, como a Glória do Unigênito do Pai, cheio da Graça e da Verdade. Ele estava no princípio com Deus, e todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a Vida, e a Vida era a Luz dos homens.
Jesus modificou o mundo para sempre através dos Seus Ensinamentos de amor e compaixão, utilizando parábolas lógicas que fluíram a partir do conceito da existência de Deus Pai, norteando e oferecendo o melhor exemplo de irrepreensível conduta moral e social para que a humanidade triunfasse através das eras vindouras.
Podemos intuir que a vida de Jesus teve início no Nascimento e que Sua personalidade desenvolveu-se com o passar dos anos. Mas a realidade é que o 'nosso pequenino Jesus' já carregava ao nascer a mesma Divindade Daquele que vivera eternamente na presença de Deus Pai, muito antes da Criação do Universo.
Embora portasse a substância Divina não apegou-se a esta condição, pois aniquilou-se ao assumir a condição de servo e tornar-se o que os homens são. Mas Ele foi mais humilde, suportando a imposição das falsas acusações e o Sacrifício final na Cruz. O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e ofertar Sua vida em resgate da humanidade!
É por isso que Sua transição de Deus para Homem é considerada o maior ato de humildade, generosidade e amor jamais visto na face da Terra — Sacrifício pelo qual Ele sempre será honrado e exaltado até o fim dos tempos. Mas Ele ressuscitou e Seu Nome está escrito acima de todos os outros nomes: Jesus Cristo Nosso Senhor.
Aos doze anos de idade, Jesus viajou com seus pais até Jerusalém para os festejos da Páscoa. Terminada a festa, Maria e José iniciaram a jornada de volta para casa, caminhando entre amigos e familiares, mas Jesus permaneceu em Jerusalém. Todos imaginavam que Jesus caminhava mais atrás e seguiram despreocupados em direção ao vilarejo de Nazaré.
Quando procuraram Jesus entre os parentes e parceiros da romaria não o encontraram! Voltaram para Jerusalém e, depois de três dias de busca, viram Jesus no Templo, assentado entre os mestres — ouvindo-os, aconselhando-os e interrogando-os. Os sábios estavam maravilhados com Sua inteligência e respostas precisas. Seus pais, apreciando a visão de Jesus entre os anciões, ficaram admirados!
Maria logo perguntou para Jesus: "Filho, por que nos fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos à sua procura". Jesus respondeu: "Por que estavam me procurando? Não sabeis que me convém estar na casa de meu Pai?" Então eles compreenderam o que seu filho dizia. E Jesus foi com eles para Nazaré, pois era-lhes obediente. Sua mãe, porém, guardava todas essas coisas boas em seu coração.
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU
JESUS CRISTO NÃO ERA JUDEU